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Estimulando o cuidado com a saúde sexual e desmentindo alguns mitos e preconceitos, o mês se inicia nesta sexta-feira (1) com a campanha do Dezembro Vermelho, que marca uma mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Sendo assim, o LeiaJá entrevistou um biomédico para explicar sobre os avanços nos tratamentos das doenças e esclarecer as dúvidas de muitas pessoas sobre as diferenças entre HIV e AIDS.

Avanços

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Um relatório divulgado esse ano pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) aponta que o fim da doença é uma escolha política e financeira, e que os países e lideranças que estão seguindo esse caminho já percebem resultados promissores. Países como Botsuana, Ruanda e Zimbábue estão sendo considerados exemplos mundiais ao alcançarem as metas denominadas de "95-95-95". Isso significa que 95% das pessoas que vivem com HIV conhecem seu status sorológico, 95% estão em tratamento antirretroviral e outras 95%, que são acompanhadas por infectologistas, estão com a carga viral suprimida.

Mesmo ainda não alcançando essa meta, o Brasil tem números animadores. Dados apresentados na última quinta-feira (30) pelo Ministério da Saúde revelam que 1 milhão de pessoas viviam com HIV no país no ano passado. Desse total, 900 mil foram diagnosticadas, 731 mil das que têm diagnóstico estão em tratamento antirretroviral e 695 mil pessoas que estão em tratamento antirretroviral têm carga indetectável do vírus. Transformando esses números em porcentagens, o Brasil está com suas metas na casa de “88-83-95”, respectivamente.  

“Esses números animam, principalmente por saber que essa doença já matou muita gente nos anos 80. Ali as pessoas viviam amedrontadas, pois se a saúde sexual está doente, a saúde mental também fica afetada. Mas hoje é diferente. Claro que existem os perigos ocasionados pela doença, mas quem segue e respeita o tratamento, consegue viver muito bem”, afirma o biomédico Thiago Silva.

O especialista que trabalha em um laboratório de análises clínicas diz que “a decisão de se fazer o teste rápido é um passo muito importante para cuidar da saúde”.

“Vejo pacientes que vão fazer o teste rápido com um certo tipo de receio de que positive para o vírus. Mas é muito importante procurar um local de coleta. O medo precisa, urgentemente, ser substituído por precaução. Assim como o teste é muito importante, não deixe de usar preservativos”, afirmou.

Como o biomédico citou, o preservativo, ou camisinha, é o método mais conhecido, acessível e eficaz para se prevenir da infecção pela doença e outras infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis, a gonorreia e alguns tipos de hepatites. Os preservativos masculino e feminino são distribuídos gratuitamente em qualquer serviço público de saúde.

Thiago reforçou que a transmissão, em grande parte, ocorre através de uma relação sexual desprotegida, porém que existem também outras formas de se contaminar com a doença, como por exemplo, no compartilhamento de seringas contaminadas ou na transmissão vertical, que é quando a mãe passa o vírus para a criança durante a gestação, no momento do parto ou na amamentação, devido a falta de tratamento ou profilaxia.

PEP e PrEP

Com o avanço da ciência nos últimos anos, hoje é possível tanto controlar como prevenir a transmissão do HIV de diversas maneiras, muitas delas disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um grande exemplo disso é o uso Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP).

A PEP é o uso de medicamentos antirretrovirais após um possível contato com a doença em situações como: violência sexual; relação sexual desprotegida, ou seja, sem o uso de camisinha; rompimento do preservativo e em casos de acidente ocupacional, que é quando a pessoa se fere com um instrumento perfurocortante ou quando tem um contato direto com um material biológico contaminado.

Para que a PEP seja efetiva, ela deve ser iniciada logo após a exposição de risco, respeitando um prazo de até 72 horas. Os medicamentos devem ser tomados por 28 dias. Mesmo com eficácia comprovada, os especialistas afirmam que a PEP não serve como substituta à camisinha.

Já a PrEP é o uso dos medicamentos antirretrovirais antes da exposição a doença. Ela reduz a probabilidade da pessoa se infectar com o vírus e é utilizada quando existe um alto risco de contrair o HIV. Os públicos prioritários para PrEP são as populações-chave, que são aquelas que concentram o maior número de casos de HIV no país: gays, pessoas trans, trabalhadores/as do sexo e parcerias sorodiferentes, que é quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não.

Diferença entre HIV e Aids

Questionado na entrevista sobre qual a diferença entre as doenças, o biomédico Thiago Silva afirmou que "o HIV é o vírus causador da Aids, pois ele ataca as células específicas do sistema imunológico, já a aids se apresenta no corpo do paciente em um estágio mais avançado da infecção pelo HIV". “Ter HIV não significa que a pessoa desenvolverá aids, pois hoje existem tratamentos para diminuir o impacto do vírus no corpo. Mas vale lembrar que a aids é uma doença causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, quando a falta de tratamento por longo tempo faz os sintomas avançarem de nível”.

O especialista explicou que a aids “ataca células específicas do sistema imunológico”, aquelas que são responsáveis em defender o organismo de outras doenças.

“Em um estágio avançado da infecção pelo HIV, o paciente apresenta vários sinais e sintomas, além de infecções como a pneumonias atípicas e doenças parasitárias. Alguns tipos de câncer também podem acometer o paciente. Isso acontece pois o HIV usa células do sistema imunológico para replicar outros vírus. Além disso, ele as destroem, tornando o organismo incapaz de lutar contra em série de infecções e doenças”. Completou.

 

Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (23) mostram que 60,5% das mortes em decorrência da Aids no Brasil em 2021, dado mais recente, foram de pessoas negras. A pasta voltou a publicar o "Boletim Epidemiológico da Saúde da População Negra", que não era atualizado desde 2015. O documento mostra que esse grupo da população é o mais vulnerável a doenças.

A análise leva em conta dados da série histórica que vai de 2011 até 2021 sobre a incidência da Aids no Brasil. Nesse período, o porcentual de negros - que incluem as populações autodeclaradas pretas e pardas - vítimas da Aids passou de 52,6% para 60,5%.

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A quantidade de casos notificados entre os negros cresceu ainda mais ao longo dos anos, com um aumento de 12 pontos porcentuais, passando de 50,3% do total de casos em 2011 para 62,3% em 2021.

O boletim mostra ainda um quadro crítico da incidência da Aids em gestantes: quase sete em cada 10 grávidas (67,7%) diagnosticadas com HIV são negras. Desde 2000, a notificação de gestantes com HIV é obrigatória no país na tentativa de frear a chamada "transmissão vertical", que ocorre da mãe para o bebê. Os dados mostram, no entanto, que é preciso fortalecer essa estratégia.

A incidência da Aids entre os negros é ainda maior quando considerados os mais jovens. Entre as pessoas de 14 anos com detecção da doença, 71,2% são negros. Essa proporção vai caindo nas faixas etárias superiores.

A Aids é considerada uma doença "socialmente determinada", ou seja, associada à exclusão, o que indica a vulnerabilidade da população negra em diversos aspectos sociais. De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, é preciso levar em conta esses aspectos para promover acesso à saúde entre essa população.

"Todas as doenças têm interferência do que chamamos de determinantes sociais e também determinantes ambientais. Não só as doenças infecciosas, mas também diabetes, as doenças cardiovasculares. Então, é muito importante prestarmos atenção que a qualidade da saúde e a promoção da saúde passam por uma visão ampla desses aspectos sociais" analisa Nísia.

Durante o evento de lançamento do boletim, as autoridades do Ministério da Saúde classificaram como "inaceitável" os índices de morte por hipertensão entre as gestantes negras. O índice passou de 36,4% em 2010 para 39,7% em 2020.

"Tudo o que o boletim traz de dado é explicado pela persistência do racismo. Mais do que a causa, que creio que precisa sempre ser aprofundada, precisamos trabalhar nas políticas que nos levem a ter de fato a superação do racismo na nossa sociedade, a equidade como um princípio orientador", defende a ministra.

Em abril, o Ministério da Saúde removeu dos campos de notificação do Sistema Único de Saúde (SUS) opção que viabilizava classificar a cor da pessoa atendida no SUS como "sem informação". Com isso, os profissionais de saúde são obrigados a assinalar a raça/cor, o que, de acordo com a pasta, deve melhorar a qualidade dos dados.

Notificação compulsória de anemia falciforme

A ministra Nísia Trindade anunciou ainda que a pasta publicará uma nota técnica tornando obrigatória a notificação de anemia falciforme. A doença, que é genética, faz com que os glóbulos vermelhos percam seu formato de disco, ficando deformados. Isso leva a problemas de circulação e faz com que os pacientes tenham anemia, dor, lesões e se tornem mais suscetíveis a infecções. A doença é mais comum entre a população negra.

"Essa notificação já existe em vários Estados da federação", comentou Nísia Trindade, lembrando que há maior incidência da doença em Estados como Bahia e Tocantis. "A nossa orientação é para que isso ocorra em todo o Brasil. Já temos ferramentas técnicas para isso, precisamos do registro desses dados para que possamos atuar melhor no cuidado a essas pessoas e (estabelecermos) outras políticas que se fizerem necessárias", explicou Nísia Trindade

O fim da Aids é uma escolha política e financeira dos países e lideranças que estão seguindo esse caminho e estão obtendo resultados extraordinários, o que pode levar ao fim da pandemia de Aids até 2030. É o que mostra um novo relatório divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).

O relatório - denominado O Caminho que põe fim à Aids - expõe dados e estudos de casos sobre a situação atual da doença no mundo e os caminhos para acabar com a epidemia de Aids até 2030, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. 

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Segundo a entidade, esse objetivo também ajudará o mundo a estar bem preparado para enfrentar futuras pandemias e a avançar no progresso em direção à conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Unaids é o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids que lidera e inspira o mundo a alcançar sua visão compartilhada de zero novas infecções por HIV, zero discriminação e zero mortes relacionadas à Aids. Ele trabalha em colaboração com parceiros globais e nacionais para combater a doença. 

Metas 95-95-95

Países como Botsuana, Essuatíni, Ruanda, República Unida da Tanzânia e Zimbábue já alcançaram as metas 95-95-95. Isso significa que, nesses países, 95% das pessoas que vivem com HIV conhecem seu status sorológico; 95% das pessoas que sabem que vivem com HIV estão em tratamento antirretroviral que salva vidas; e 95% das pessoas em tratamento estão com a carga viral suprimida.

Outras 16 nações, oito das quais na África subsaariana - região que representa 65% de todas as pessoas vivendo com HIV - também estão perto de alcançar essas metas.

Brasil: 88-83-95

O Brasil, por sua vez, também está no caminho, com suas metas na casa de 88-83-95. Mas o país ainda enfrenta obstáculos, causados especialmente pelas desigualdades, que impedem que pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade tenham pleno acesso aos recursos de prevenção e tratamento do HIV que salvam vidas.

Na visão da Oficial de Igualdades e Direitos do Unaids Brasil, Ariadne Ribeiro Ferreira, o movimento em casas legislativas municipais, estaduais e no Congresso Nacional de apresentar legislações criminalizadoras e punitivas que afetam diretamente a comunidade LGBTQIA+, especialmente pessoas trans, pode aumentar o estigma. “Este movimento soma-se às desigualdades, aumentando o estigma e discriminação de determinadas populações e pode contribuir para impedir o Brasil de alcançar as metas de acabar com a Aids até 2030”, diz ele. 

Lideranças

"O fim da Aids é uma oportunidade para as lideranças de hoje deixarem um legado extraordinariamente poderoso para o futuro", defende a diretora executiva do Unaids, Winnie Byanyima.

"Essas lideranças podem ser lembradas pelas gerações futuras como aquelas que puseram fim à pandemia mais mortal do mundo. Podem salvar milhões de vidas e proteger a saúde de todas as pessoas", acrescenta.

O relatório destaca que as respostas ao HIV têm sucesso quando baseadas em uma forte liderança política com ações como respeitar a ciência, dados e evidências; enfrentar as desigualdades que impedem o progresso na resposta ao HIV e outras pandemias; fortalecer as comunidades e as organizações da sociedade civil em seu papel vital na resposta; e garantir financiamento suficiente e sustentável.

Investimentos

O relatório do Unaids mostra, também, que o progresso rumo ao fim da Aids tem sido mais forte nos países e regiões com maior investimento financeiro. Na África Oriental e Austral, por exemplo, as novas infecções por HIV foram reduzidas em 57% desde 2010 e o número de pessoas em tratamento antirretroviral triplicou, passando de 7,7 milhões em 2010 para 29,8 milhões em 2022.

Com o apoio e investimento no combate à Aids em crianças, 82% das mulheres grávidas e lactantes vivendo com o HIV em todo o mundo tiveram acesso ao tratamento antirretroviral em 2022, em comparação com 46% em 2010, o que levou a uma redução de 58% nas novas infecções por HIV em crianças de 2010 a 2022, o número mais baixo desde a década de 1980.

Marcos legais

Segundo o relatório, o fortalecimento do progresso na resposta ao HIV passa pela garantia de que os marcos legais e políticos não comprometam os direitos humanos, mas os protejam. Vários países revogaram leis prejudiciais em 2022 e 2023, incluindo Antígua e Barbuda, Ilhas Cook, Barbados, São Cristóvão e Nevis e Singapura que descriminalizavam as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo.

Financiamento

O financiamento para o HIV também diminuiu em 2022, tanto de fontes internacionais quanto domésticas, retornando ao mesmo nível de 2013. Os recursos totalizaram US$ 20,8 bilhões em 2022, muito aquém dos US$ 29,3 bilhões necessários até 2025, afirma o documento.

O relatório expõe, no entanto, que existe agora uma oportunidade para acabar com a Aids na medida em que a vontade política é estimulada por meio dos investimentos em resposta sustentável ao HIV.

Esses recursos devem ser focados no que mais importa, reforça o Unaids: integração dos sistemas de saúde, leis não discriminatórias, igualdade de gênero e fortalecimento das redes comunitárias de assistência e apoio.

"Os fatos e os números compartilhados neste relatório não mostram que o mundo já está no caminho certo, mas indicam claramente que podemos chegar lá. O caminho a seguir é muito claro”, observa a diretora executiva do Unaids, Winnie Byanyima.

Uma nova pesquisa científica desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da UFPE deu origem a dois artigos que trazem informações importantes sobre pessoas idosas diagnosticadas com HIV.

O estudo foi conduzido pela médica auditora e preceptora da Residência Médica em Geriatria do Hospital das Clínicas (HC) da UFPE, Isaura Romero Peixoto, e constatou um processo de envelhecimento precoce nesses indivíduos, que pôde ser identificado por meio de uma estimativa de idade biológica utilizando inteligência artificial, bem como a baixa contagem de linfócitos T CD4+, disglicemia (pré-diabetes e diabetes) e uso de cannabis como fatores associados ao problema.

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Além de Isaura, a professora Heloísa Ramos Lacerda e a doutoranda Ladjane Santos Wolmer de Melo também participaram do desenvolvimento da pesquisa.

Os artigos são “Factors associated with early biological aging in older people with HIV (Fatores associados ao envelhecimento biológico precoce de idosos com HIV)” e “Older people living with HIV and antiretroviral therapy: The prevalence of dysglycemia and risk factors (Idosos vivendo com HIV e antiretroviral: a prevalência de disglicemia e fatores de risco)”. 

Eles foram apresentados nos congressos Advanced Cardiology & Cardiovascular Research (Reino Unido), Advances in Clinical Research & Trials (Reino Unido) e Future of Preventive Medicine & Public Health (Espanha), renomados eventos internacionais ocorridos em março deste ano.

O estudo ainda envolveu a análise de dados de uma amostra de pessoas vivendo com HIV/aids e estão em tratamento com Terapia Antirretroviral (TARV), que são atendidos em ambulatórios especializados do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco (UPE) e do Hospital das Clínicas da UFPE, uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O Boletim Epidemiológico HIV/Aids publicado pelo Ministério da Saúde, em dezembro de 2022, reforça o aumento da infecção entre a população envelhecida. Mesmo com a pandemia da covid-19, foram registrados 1.517 casos de HIV entre os brasileiros mais velhos em 2021, representando um aumento em relação ao ano anterior (2020), quando mais de 1.200 pessoas idosas foram diagnosticadas com a infecção.

“Estudos apontam como causas para esse evento a falta de informação por parte das pessoas idosas, decorrente do fato dos profissionais de saúde acharem que as pessoas idosas são assexuadas”, diz a médica Isaura.

A pesquisadora, por sua vez, ainda ressalta que a falta de uso de preservativo por pessoas idosas é uma das causas da infecção pelo HIV, assim como a persistente crença de que o vírus afeta exclusivamente pessoas homossexuais, destacando a utilização de uma abordagem mais abrangente para esse público.

“Estudos como esses alertam para a necessidade de campanhas de prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) que envolvam pessoas com 60 anos ou mais. Precisamos dar visibilidade à pessoa idosa”, acrescenta.

Da assessoria da UFPE

A partir das 17h da próxima sexta-feira (19), a ONG Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+), em parceria com ativistas de movimentos e organizações sociais, se reúnem para fazer uma homenagem às pessoas que morreram de Aids. Trata-se da 19ª edição do À Luz de Velas, que é realizado anualmente em memória das vítimas do vírus, com fins divulgar a importância do comprometimento com a assistência, a prevenção e acolhimento às pessoas vivendo com HIV e doentes de Aids.

O ato acontecerá na sede do GTP+, na Avenida Manoel Borba, no bairro da Boa Vista, no Recife. Embora sua realização em Pernambuco seja articulada pela ONG, a vigília é uma mobilização mundial. Neste ano, com o tema “Reconstruir as Políticas de HIV/Aids é Um Compromisso Ético”, o ato terá seu auge com o acender das velas e falas políticas em homenagem às vítimas.

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No dia 5 de junho, a descoberta do vírus HIV completa 42 anos. No Brasil, 900 mil pessoas vivem com o vírus, sendo 900 mil delas residentes de Pernambuco. “Hoje as populações em situação de vulnerabilidade social, estão com a saúde comprometida, sem recursos para alimentar-se, moradia e transporte para os hospitais, além do preconceito e a discriminação. Somos mais do que o HIV, que podemos amar a nós mesmos e ser amados, podemos ir atrás de nossos sonhos e que, em solidariedade, podemos construir uma comunidade mais forte que cuida de outra”, afirma Wladimir Reis, coordenador geral do GTP+.

Serviço XIX A Luz de Velas

Local: Em frente a sede do GTP+ (Rua Manoel Borba, 545, Boa Vista - Recife/PE)

Hora: 17h

Há 40 anos, uma equipe do Instituto Pasteur, na França, descobriu o vírus causador da aids, o que marcou a primeira etapa do combate a uma epidemia que já deixou mais de 40 milhões de mortos.

O "isolamento" do novo vírus foi relatado em 20 de maio de 1983 em um artigo publicado na revista americana Science.

Os autores da descoberta - Françoise Barré-Sinoussi, Jean-Claude Chermann e Luc Montagnier - adotaram um tom cauteloso: o vírus "poderia estar envolvido em várias síndromes patológicas, incluindo a aids", escreveram os virologistas franceses.

A pesquisa sobre a aids estava apenas começando. A doença era nova e representava muitos mistérios.

- "Doença dos quatro H" -

Os primeiros alertas vieram dos Estados Unidos dois anos antes. No verão de 1981, doenças raras como pneumocistose e sarcoma de Kaposi foram relatadas entre jovens homossexuais americanos.

Os médicos se perguntavam por que as infecções "oportunistas" geralmente reservadas para pessoas em estado de saúde frágil apareciam em homens homossexuais jovens e saudáveis.

Especialistas americanos falavam de uma "epidemia entre homens homossexuais e usuários de drogas". A doença não tinha nome e estava se espalhando.

A população haitiana também foi afetada. O termo "doença dos três H" foi cunhado como referência a "homossexuais, usuários de heroína e haitianos".

Logo seria acrescentado um quarto "H": os hemofílicos, também afetados, o que mudou a referência para "doença dos quatro H".

O termo "aids" (síndrome da imunodeficiência adquirida) começou a ser utilizado em setembro de 1982.

- Hipótese do retrovírus -

A causa da aids permaneceu desconhecida. Alguns, como Roberto Gallo, um importante especialista americano em vírus causadores de câncer, procuravam por um "retrovírus".

Do outro lado do Atlântico, em Paris, o laboratório de oncologia viral dirigido por Luc Montagnier, do Instituto Pasteur, também iniciou a pesquisa.

No início de 1983, o infectologista parisiense Willy Rozenbaum coletou uma amostra de gânglios linfáticos de um paciente em estágio inicial de aids no Hospital Pitié-Salpêtrière.

Sua amostra chegou no dia 3 de janeiro às bancadas do laboratório do Instituto Pasteur. "Comecei a trabalhar", disse Montagnier, falecido em 2022, em seu livro "Sobre vírus e homens".

Com Françoise Barré-Sinoussi e Jean-Claude Chermann, ele detectou um novo retrovírus que foi batizado de LAV para Lymphadenopathy Associated Virus.

"Isolamos o vírus, mostramos que era um retrovírus, mas ainda não tínhamos certeza de que era a causa da aids", disse Barré-Sinoussi à AFP.

- "Ninguém acreditou" -

A publicação da descoberta em maio na revista Science foi recebida com ceticismo, principalmente por Gallo.

A equipe do Pasteur estava cada vez mais certa de que seu LAV era responsável pela aids. Montagnier apresentou dados nesse sentido em setembro de 1983 a alguns especialistas, incluindo Gallo.

"Durante um ano sabíamos que tínhamos o vírus certo (...) mas ninguém acreditou em nós e nossas publicações foram rejeitadas", lembrou Montaigner.

Na primavera de 1984, Gallo apresentou uma série de artigos anunciando a descoberta de um novo retrovírus, o HTLV-3, apresentado como uma "provável causa" da aids. Em 23 de abril, Margaret Heckler, secretária de Saúde dos Estados Unidos, oficializou o anúncio junto com Gallo.

Naquele mesmo dia, Gallo entrou com um pedido de patente nos Estados Unidos para um teste de aids com base em sua descoberta, que foi rapidamente concedido. Um pedido semelhante enviado anteriormente por Pasteur após a descoberta do LAV foi rejeitado.

No entanto, Gallo e Montaigner rapidamente concordaram que HTLV-3 e LAV eram provavelmente o mesmo organismo.

A prova disso apareceu em janeiro de 1985. O novo vírus foi finalmente batizado de HIV, vírus da imunodeficiência humana, em 1986.

A França e os Estados Unidos disputaram a paternidade da descoberta até 1987, data de um acordo bilateral segundo o qual Gallo e Montagnier foram chamados de "co-descobridores" do vírus da aids.

A disputa não era apenas uma questão de honra científica, mas sobretudo financeira, devido aos direitos autorais dos testes de detecção derivados das descobertas.

O verdadeiro epílogo viria em 2008, quando o Prêmio Nobel de Medicina foi concedido aos franceses Montagnier e Barré-Sinoussi "pela descoberta" do HIV.

A partir desta terça-feira (21), a Prefeitura do Recife vai iniciar a vacinação contra a varíola causada pelo vírus mpox para os moradores da capital. Conforme definição do Ministério da Saúde (MS), nesta primeira fase da campanha receberão o imunizante as pessoas que vivem com HIV/aids e os profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus. A capital pernambucana recebeu, nesta segunda-feira (20), 65 doses da vacina enviadas pelo MS.

A estratégia de vacinação tem como objetivo principal a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença, dentro do atual contexto de transmissão observado no Brasil. A vacina utilizada será a MVA-BN Jynneos Mpox, cujo uso foi aprovado de forma emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para bloquear a transmissão da doença. A imunização será realizada em duas doses, com 4 semanas (28 dias) de intervalo entre elas.

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Para facilitar a imunização dos públicos-alvo, os profissionais da Secretaria de Saúde do Recife vão realizar a busca ativa dos moradores da capital que atendem aos critérios elegíveis e realizam tratamentos nos dois Serviços de Atenção Especializada (SAE) do município, localizados nas Policlínicas Lessa de Andrade, na Madalena; e Gouveia de Barros, na Boa Vista. Essas pessoas serão informadas, por telefone e pelo site ou aplicativo Conecta Recife, sobre os detalhes da imunização e poderão agendar o dia e horário de sua preferência para receber a vacina.  

Conforme definição do Ministério da Saúde, nesta primeira fase serão contemplados com a vacinação pré-exposição ao vírus: homens, pessoas transexuais e travestis a partir de 18 anos que vivem com HIV/aids e têm status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses; profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) e que tenham entre 18 e 49 anos. 

Já no grupo de pós-exposição ao vírus, poderão receber o imunizante os indivíduos entre 18 e 49 anos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com suspeita ou confirmação de mpox. 

Neste caso, a exposição precisa ser classificada como de alto (contato direto com a pele, mucosas ou materiais potencialmente infecciosos de pessoas com quadro suspeito ou confirmado da doença) ou médio risco (apenas contato próximo com uma pessoa com teste positivo para o vírus). Essas pessoas devem buscar o serviço em até 4 dias após a exposição. 

É importante destacar que aqueles que já foram diagnosticados com mpox ou apresentarem uma lesão suspeita no momento da vacinação não deverão receber a dose. 

Além disso, para a vacinação pré-exposição é recomendado um intervalo de 30 dias entre qualquer vacina previamente administrada. Já aqueles que estiverem em situação de pós-exposição, a recomendação é que a aplicação seja realizada independentemente da administração prévia de qualquer imunobiológico.

A capital pernambucana confirmou, entre 11 de julho de 2022 e 13 de março de 2023, 212 casos de mpox. Não houve registro de óbito. A doença, anteriormente chamada de monkeypox, é transmitida, principalmente, por meio de contato com sangue, suor, secreções respiratórias, feridas de pele ou mucosas de pessoas infectadas, além do toque em objetos e superfícies contaminadas.

Os sintomas de mpox, geralmente, começam a aparecer três semanas após a contaminação com o vírus. As feridas da doença podem se espalhar por todo o corpo (rosto, dentro da boca, braços, pernas, peito, genitais ou ânus). 

As lesões passam por diversos estágios, mas, na fase inicial, se assemelham a espinhas. Outros sintomas podem surgir, como forte dor de cabeça, caroço em região de pescoço e virilha, dores nas costas, dores musculares, falta de energia e calafrios. A doença tem período limitado e determinado, com duração, normalmente, de duas a quatro semanas. 

Confira abaixo quem pode tomar a vacina contra mpox:

Vacinação e pré-exposição

Homens, pessoas transexuais e travestis a partir de 18 anos vivendo com HIV/aids (PVHA) com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) e que tenham entre 18 e 49 anos. 

acinação e pós-exposição

 Pessoas, entre 18 e 49 anos, que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco.7

 

A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo requereu ao Supremo Tribunal Federal o arquivamento do inquérito que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, pela associação entre a vacina contra a covid-19 e 'risco' de desenvolver o vírus da aids. Na contramão da conclusão da Polícia Federal, que avalia que Bolsonaro atentou contra a paz pública e incorreu em incitação ao crime, a vice-PGR sustenta 'absoluta carência de justa causa' para denunciar o ex-chefe do Executivo e seu aliado.

O pedido para enterrar a investigação contra Bolsonaro foi encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes nesta quinta-feira, 16. A apuração foi aberta após live realizada pelo então presidente no dia 21 de outubro de 2021, ocasião na qual Bolsonaro disse que a população do Reino Unido estaria "desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida [aids]" após a imunização completa contra o novo coronavírus.

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A Polícia Federal apontou, mais de uma vez, que Bolsonaro incorreu em crime ao proferir a declaração mentirosa sobre imunizante. Para a corporação, o ex-chefe do Executivo agiu de maneira "consciente e voluntária" ao espalhar informações falsas sobre a vacinação e "incentivou" a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra a covid-19.

Por sua vez, Lindôra Araújo sustenta que 'não restou demonstrado' que as afirmações de Bolsonaro, realizadas com apoio de Cid, 'produziram ou tiveram capacidade de produzir pânico ou tumulto na população'. "Não houve, durante a investigação criminal, a colheita de provas no sentido de que as declarações feitas por Jair Bolsonaro causaram alarma na população ou que, pelo menos, tinham capacidade para isso", argumentou.

Segundo a vice-PGR, o conteúdo das declarações do ex-chefe do Executivo pode ser 'polêmico e passível de críticas e questionamentos', mas 'não se verifica qualquer incitação à prática de crime'.

"Da análise das declarações feitas pelo então Presidente da República, não é possível extrair incentivo direto às pessoas para que desrespeitassem as medidas determinadas pelas normas sanitárias, o que afasta a consumação do delito de incitação ao crime de infração de medida sanitária preventiva", sustentou.

A Secretaria de Saúde do Recife informou, nesta quarta-feira (30), que os jovens entre 14 e 29 anos representaram o maior número de pessoas que se infectaram com o vírus HIV no ano passado - representando também o maior número de casos de Aids notificados na cidade.

Das 827 pessoas infectadas pelo HIV, 330 (40%) correspondiam a jovens com idade entre 14 e 29 anos. Essa faixa etária também é maioria (21,5%) dos 302 casos notificados de Aids no Recife.

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Até novembro deste ano, foram registrados 615 novos casos de infecção pelo HIV, sendo 38% na faixa etária de 14 a 29 anos. Neste grupo, 82% dos casos são do sexo masculino, sendo 56% com formação até o ensino médio e 26% com formação superior. 

Na tentativa de mudar essa realidade, a Secretaria de Saúde da capital pernambucana irá lançar atividades educativas, ações de testagem e oficinas para os munícipes.

A ação integra a programação do Dezembro Vermelho, campanha nacional voltada para a prevenção e luta contra o HIV, Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Com o tema "Viver Positivo é Possível", a Secretaria de Saúde do Recife inicia os seus trabalhos a partir desta quinta-feira (1º), Dia Mundial de Enfrentamento à Aids, e segue até o dia 22 de dezembro.

As iniciativas têm como objetivo trazer visibilidade para as estratégias de prevenção e tratamento das enfermidades, com foco na diminuição do estigma, preconceito e discriminação de pessoas que vivem com o vírus ou a doença. 

Na abertura da programação será realizado, em parceria com a ONG Gestos, o seminário “Enfrentamento ao Estigma e Discriminação em Relação às Pessoas Vivendo com HIV/AIDS”, no auditório da Policlínica Lessa de Andrade. No mesmo dia, haverá ações de testagem na Policlínica Salomão Kelner, em Água Fria, e na Escola Municipal da Mangabeira, no bairro de mesmo nome.

Confira a programação: 

01/12 - Seminário Enfrentamento ao Estigma e Discriminação em Relação às Pessoas Vivendo com HIV/AIDS 

Local: auditório da Policlínica Lessa de Andrade: Estrada dos Remédios, 2416, Madalena (8h30)

01/12 - Vamos Testar  

Local: Policlínica Salomão Kelner: Estrada Velha de Água Fria, s/n, Tamarineira (9h)

01/12 - Vamos Testar

Local: Escola Municipal da Mangabeira: Rua do Cinema, 287, Mangabeira (9h)

01/12 - Iluminação de Prédios Públicos com a cor vermelha (cor símbolo da luta contra o HIV/AIDS)  

Locais: Ponte Estaiada do Pina, Geraldão e Autarquia de Urbanização do Recife (URB) (18h)

01/12 - Prevenção Combinada para Juventude

Local: Praça da Várzea: Avenida Afonso Olindense, Várzea (18h)

03/12 - Vamos Testar Juventude 

Local: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE): Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos (14h)

05/12 - Vamos Testar Juventude 

Local: ONG Adolescer Caranguejo: Travessa Campo Tabaiares, 88, Afogados (ponto de referência: ao lado do Sebrae) (09h)

06/12 - I Encontro de Formação Multiprofissional em atenção à saúde integral das pessoas vivendo com HIV/AIDS na cidade do Recife

Local: Universidade Tiradentes (UNIT): Avenida Mascarenhas de Morais, 3905, Imbiribeira (8h)

07/12 - I Encontro de Formação Multiprofissional em atenção à saúde integral das pessoas vivendo com HIV/AIDS na cidade do Recife

Local: Universidade Tiradentes (UNIT): Avenida Mascarenhas de Morais, 3905, Imbiribeira (8h)

07/12 - Vamos Testar 

Local: Casa de Acolhida Atitude Santo Amaro: Rua dos Palmares, 1306, Santo Amaro (9h)

07/12 - Prevenção Combinada para Juventude 

Local: Praça da Joana Bezerra: Ponte José de Barros Lima, 1002, Ilha Joana Bezerra (17h)

09/12 - Oficina com Jovens da Comunidade do Caranguejo 

Local: ONG Adolescer Caranguejo: Travessa Campo Tabaiares, 88, Afogados (ponto de referência: ao lado do Sebrae) (14h)

09/12 - Vamos Testar Juventude 

Local: ONG Adolescer Caranguejo: Travessa Campo Tabaiares, 88, Afogados (ponto de referência: ao lado do Sebrae) (15h) 

09/12 - Saúde na Pista: Profilaxia Pós-Exposição 

Locais de concentração de profissionais do sexo do Recife (21h) 

10/12 - Oficina sobre Prevenção Combinada 

Local: Casa de Acolhida LGBTQIA+: Rua Pereira Coutinho Filho, 481, Iputinga (10h)

10/12 - Vamos Testar em parceria com a Igreja Católica do Coque 

Local: Terreiro de Mãe Leonildes 

14/12 - Oficina sobre Gerenciamento de Risco na Prevenção das IST

Local: Auditório do Compaz Miguel Arraes: Avenida Caxangá, 653, Madalena (13h)

16/12 - Prevenção Combinada: Multiplique essa ideia 

Local: USF Alto José do Pinho: Rua Maragogi, 05, Casa Amarela (18h)

17/12 - Vamos Testar no Colorindo os Terreiros 

Local: Terreiro Ilê Orixá - Rua da Bela Vista, 342, Dois Unidos (9h)

19/12 - Vamos Testar 

Local: Caps AD René Ribeiro: Rua Jacira, 210, Afogados (18h) 

22/12 - Oficina sobre Notificação de Violência com foco na Sorofobia 

Local: Serviço de Atenção Especializada (SAE) Gouveia de Barros: Largo da Santa Cruz, s/n Boa Vista (14h)

A luta contra a aids, a tuberculose e a malária salvou 50 milhões de vidas nas últimas duas décadas, segundo o Fundo Global, que pede 18 bilhões de dólares para salvar mais 20 milhões de pessoas.

"Fizemos um enorme progresso", declarou o Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária, uma aliança global criada em 2002 para combater essas três doenças, cuja taxa de mortalidade foi reduzida pela metade desde então, em seu relatório anual.

"Mas a nossa luta não acabou", alertou, destacando a conjuntura de uma série de crises, desde as mudanças climáticas aos conflitos, passando pela pandemia de covid-19, que poderá "nos atrasar".

O Fundo Global realizará uma chamada para doações em Nova York na próxima semana, onde espera arrecadar pelo menos US$ 18 bilhões para seus programas de 2024 a 2026.

O organismo - que reúne governos, agências multilaterais, grupos da sociedade civil e setor privado - acredita que esse financiamento ajudaria a reduzir em quase dois terços as mortes por essas doenças e salvar 20 milhões de vidas.

No ano passado, alertou que a covid teve um impacto "devastador" nestes objetivos, com um retrocesso pela primeira vez na sua história.

Mas, como afirmou hoje, os enormes recursos que mobilizou estão valendo a pena e "a recuperação está em andamento".

Desde março de 2020, o Fundo Global informou que gastou mais de US$ 4,4 bilhões para combater a pandemia e reduzir seu impacto em seus programas.

- "No bom caminho" -

O diretor do Fundo Global, Peter Sands, no entanto, destacou que "embora a maioria dos países que lutam contra a aids, a tuberculose e a malária tenham começado a se recuperar dos estragos da covid-19, temos que acelerar os esforços se quisermos recuperar totalmente a cobertura perdida e voltar ao caminho para acabar com essas doenças até 2030.

Para Sands, as 50 milhões de vidas salvas em duas décadas são "prova de que o compromisso global pode fazer retroceder as doenças infecciosas mais mortais do mundo".

O Fundo, que administra quase um terço de todo o financiamento internacional para lutar contra a aids, declarou que o número de pessoas que receberam terapia antirretroviral no ano passado foi de 23,3 milhões, contra 21,9 milhões no ano anterior.

Mas cerca de 10 milhões de pessoas com o vírus não têm acesso ao tratamento, alertou.

E embora as mortes relacionadas à aids tenham caído 50% de 2010 para 650.000 no ano passado, o objetivo principal de ficar abaixo de 500.000 mortes por ano ainda está longe.

- Tuberculose e covid -

A pandemia teve um impacto especialmente grave no combate à tuberculose, já que muitos recursos foram direcionados contra a covid-19.

Em 2020, 1,5 milhão de pessoas morreram dessa doença, tornando-se a segunda doença infecciosa mais mortal após o coronavírus.

O Fundo Global vê, no entanto, pequenas melhorias.

Em 2021, 5,3 milhões de pessoas receberam tratamento, das quais 110.000 tinham tuberculose resistente, disse.

A pandemia também dificultou o combate à malária e a suspensão de alguns serviços fez com que as mortes aumentassem 12% em 2020, chegando a 627 mil óbitos.

Aqui, também, o Fundo Global vê uma melhoria em seus programas, com cerca de 280 milhões de casos suspeitos testados e 148 milhões de casos tratados no ano passado.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, nessa segunda-feira (5), que o ministro Alexandre de Moraes deixe o inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a live em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) associou a vacinação contra a Covid-19 ao risco de contrair o vírus da aids e as máscaras de proteção facial ao desenvolvimento de pneumonia bacteriana. A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo reiterou que a investigação deve ser transferida ao gabinete do ministro Luís Roberto Barroso.

O pano de fundo da briga é a chamada "prevenção". A regra, prevista no regimento interno do STF, dispensa o sorteio entre os gabinetes se já houver processo semelhante distribuído a algum ministro, que tem preferência para receber também a nova ação. O objetivo é evitar decisões monocráticas divergentes.

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A investigação sobre as notícias falsas espalhadas pelo presidente chegou ao gabinete de Moraes porque ele é relator do inquérito das fake news, que apura ofensas, ameaças e desinformação contra ministros do STF. Bolsonaro está entre os investigados, mas, segundo a PGR, "não basta o ventilado e suposto emprego do mesmo modus operandi no cometimento de infrações penais para o reconhecimento de conexão".

A Procuradoria argumenta que o caso deveria ser conduzido por Barroso porque ele já é relator das frentes de apuração abertas a partir do relatório da CPI da Covid. O pedido para investigar a live do presidente foi feito pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que presidiu a comissão parlamentar. Lindôra afirma que o ministro é o "único" com "competência, por prevenção, para averiguar as condutas imputadas ao Presidente da República".

A transferência da investigação já havia sido solicitada pela PGR em dezembro do ano passado. Lindôra afirma que o inquérito não deveria seguir sem a análise do pedido.

CRIME. Em relatório enviado ao STF, a Polícia Federal (PF) disse que vê crime de Bolsonaro. A delegada Lorena Lima Nascimento pediu para interrogar o presidente, mas já antes sugeriu seu indiciamento. O depoimento é uma das últimas pendências do inquérito.

A PF diz que, ao espalhar informações falsas, o presidente "encorajou" a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra a Covid-19 e gerou alarde "anunciando perigo inexistente". O relatório afirma ainda que Bolsonaro agiu de "forma direta, voluntária e consciente".

O  Grupo de Trabalho em Prevenção Posithivo (ONG GTP+) em conjunto com o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, a Universidade Federal Rural de Pernambuco e a Faculdade Pernambucana de Saúde, realizam neste fim de semana (2, 3 e 4), o HackaGTP+, um hackaton de inovação social inclusiva. 

O evento acontece no Apolo 235, no Porto Digital, bairro do Recife, e pretende desafiar os participantes a trazerem soluções inovadoras para o GTP+ e as pessoas acolhidas pelo espaço. Além dos desafios, haverá também workshops do Sebrae sobre Design Thinking, Modelo de Negócios e como construir um pitch.

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As duas equipes vencedoras devem receber até R$22.500,00 por equipe (máximo de cinco pessoas), distribuído em bolsas de inovação por seis meses. No entanto, é necessário que todos os grupos tenham como integrante ao menos uma pessoa atendida pelo GTP+ ou voluntária da instituição.

O desafio proposto aos participantes é o da criação de soluções tecnológicas (aplicativo Web ou Mobile) que alavanquem negócios ou novos modelos de negócio dentro de uma das temáticas trabalhadas na ONG, como a Cozinha Confeitaria Escola e o Espaço Posithivo. As soluções geradas poderão ser exploradas comercialmente pelas equipes vencedoras em parceria com o GTP+.

O programa de bolsas oferecido às equipes vencedoras estará condicionado ao compromisso com a continuidade do projeto ao longo de seis meses e à participação no programa de formação em empreendedorismo e inovação através do Mind the Bizz, do Porto Digital.

De acordo com o coordenador geral do GTP+, Wladimir Reis, as soluções que a inovação tecnológica vai contribuir para o fortalecimento das pessoas vivendo com HIV/Aids, que estão em situação de vulnerabilidade, por meio da possibilidade da geração de renda e qualificação para o empreendedorismo.

A Polícia Federal (PF) disse nesta quarta-feira, 17, que vê indícios de crime do presidente Jair Bolsonaro (PL) por associar a vacina contra a covid-19 ao risco de desenvolver o vírus da aids.

A afirmação consta no relatório parcial da investigação enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela delegada Lorena Lima Nascimento.

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De acordo com o documento, os elementos reunidos até o momento apontam para os delitos de incitação ao crime e de provocar alarma a terceiros.

O presidente disse, em live no dia 21 de outubro de 2021, que a população do Reino Unido estaria "desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida [aids]" após a imunização completa contra o novo coronavírus.

Na mesma transmissão ao vivo, Bolsonaro afirmou, citando um suposto estudo atribuído ao imunologista Anthony Fauci, que "a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe espanhola, mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara". Na época, as máscaras eram obrigatórias em locais públicos.

A PF diz que, ao espalhar informações falsas, o presidente "encorajou" a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra o novo coronavírus e gerou alarde "anunciando perigo inexistente". O relatório afirma ainda que Bolsonaro agiu de "forma direta, voluntária e consciente".

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou por mais 60 dias o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao relacionar a vacina contra a Covid-19 ao vírus da aids. A decisão atende a pedido da Polícia Federal, que apontou a necessidade de prosseguimento das investigações.

Uma das movimentações mais recente do inquérito foi o envio, pelo Google da íntegra da transmissão ao vivo em que o presidente divulgou, em outubro de 2021, a informação falsa sobre a vacina. Em abril, quando autorizou uma outra prorrogação do inquérito, também a pedido da PF, o ministro havia autorizado que os investigadores oficiassem a plataforma, em busca da gravação.

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A live em que o chefe do Executivo cita uma falsa relação entre vacinas contra Covid-19 e aids foi removida das redes sociais - Facebook, Instagram e YouTube. Quando derrubou o vídeo, a plataforma de vídeos registrou, em nota: "Removemos um vídeo do canal de Jair Bolsonaro por violar as nossas diretrizes de desinformação médica sobre a Covid-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas".

A transmissão ao vivo foi realizada por Bolsonaro em 21 de outubro, exatamente um dia após a leitura do relatório da CPI da Covid no Senado. O colegiado pediu o indiciamento por 11 crimes relacionados à conduta do chefe do Executivo no enfrentamento à pandemia.

O inquérito prorrogado por Alexandre foi aberto a pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que encaminhou o requerimento à corte na reta final da CPI da Covid para que fossem averiguadas as declarações do presidente por, segundo ele, fazerem parte de um "contexto bastante mais amplo de sucessivas e reiteradas manifestações criminosas".

O ex-ministro da Saúde e deputado Alexandre Padilha (PT-SP) denunciou a ausência de dados sobre a população privada de liberdade nos boletins epidemiológicos tanto do HIV/aids como o das hepatites virais. 

Em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (9), ele disse que a falta de dados detalhados e consistentes dificulta tanto o monitoramento como a construção de políticas específicas para essa população, seus familiares e para os servidores das unidades prisionais. “Não é possível fazer prevenção, cuidado e tratamento sem uma boa informação em saúde”, afirmou. 

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Coordenador de Saúde do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Rodrigo Pereira informou que hoje em torno de 33 mil pessoas privadas de liberdade têm o diagnóstico das doenças infecciosas mais prevalentes no sistema prisional - HIV/aids, hepatite, sífilis e tuberculose. Ao todo, são mais de 670 mil pessoas divididas em cerca de 1.500 unidades prisionais no Brasil.

*Da Agência Câmara de Notícias

Nesta sexta-feira (20), ativistas de cidades de todo o mundo realizam uma vigília a Luz de Velas em homenagem às pessoas que falecerem em decorrência da HIV/AIDS e para cobrar assistência adequada às pessoas que convivem com a doença. No Recife, a mobilização acontecerá das 15h às 17h, na sede do Ministério da Saúde, localizada no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul.

Neste ano, o evento tem como tema "Uma grande luta pela saúde e pelos direitos das pessoas vivendo com HIV/AIDS" e pede a retirada da emenda 95/2016, que congela os recursos do SUS e da Educação até 2036. O limite dos gastos impacta diretamente na assistência integral às pessoas vivendo com HIV/AIDS.

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Para o coordenador geral do GTP+, Wladimir Reis, a Emenda 95 é inconstitucional. “A emenda tem provocado diversos impactos no SUS por causa do congelamento do piso do gasto federal com a saúde para o financiamento do sistema público. Precisamos de investimento e ampliação das pesquisas em busca de uma vacina Anti-HIV, acesso à medicamentos para doenças oportunistas e de um atendimento de saúde humanizado. Não há respostas sem participação comunitária e sem ativismo. Por isso estamos mais uma vez fazendo esse ato em busca do direito das pessoas vivendo com HIV/AIDS”, afirma.

No Recife, a mobilização está sendo organizada pelo Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+), em parceria com a Articulação AIDS de Pernambuco, a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS de Pernambuco, a Rede Nacional de Travestis, Mulheres Transsexuais e Homens Trans Vivendo e Convivendo com HIV - núcleo Pernambuco, o Movimento Nacional das Cidadãs Positivas – Núcleo PE e o Fórum de Mulheres de Pernambuco.

Candlelight

A vigília com velas acesas pelos falecidos da AIDS, conhecida como Candlelight, teve sua primeira edição em 7 de maio de 1983, na cidade de Nova Iorque. Na ocasião, o ato foi articulado por mães, parentes e amigos de vítimas da doença.

Serviço//XVIII Vigília à luz de velas

Data: 20 de maio de 2022 (sexta-feira)

Hora: 15h às 17h.

Local: Ministério da Saúde – Sede Recife.

Endereço: Boa Viagem Corporate – Rua Prof. Aloísio Pessoa de Araújo, 75 - Boa Viagem.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Polícia Federal (PF) e prorrogou, por mais 60 dias, o inquérito que investiga se o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao relacionar a vacina contra a Covid-19 ao vírus da aids.

Em despacho publicado nesta quarta-feira, 6, o ministro disse que considerou a "necessidade de prosseguimento das investigações".

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Entre as pendências do inquérito está a obtenção da íntegra da transmissão ao vivo em que o presidente divulgou, em outubro do ano passado, a informação falsa sobre a vacina. As redes sociais removeram o vídeo.

Em sua decisão, Moraes autorizou a PF a notificar a Google Brasil para apresentar, em até dez dias, a cópia integral da live do presidente. A plataforma já havia sido procurada, mas ainda não respondeu se a gravação foi conservada em sua base dados.

Na última comunicação ao STF, na semana passada, a delegada federal Lorena Lima Nascimento também informou que aguarda resposta a um pedido de informações direcionado ao Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido. Isso porque, segundo Bolsonaro, pessoas da região estariam "desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida [aids]" após a imunização completa contra o novo coronavírus. A delegada quer saber se a informação foi divulgada em sites oficiais. Cientistas de todo o mundo já desmentiram a afirmação, que foi publicada em um site inglês conhecido por espalhar teorias da conspiração.

Outro ofício foi disparado ao Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), sediado nos Estados Unidos, para saber se a instituição publicou alguma pesquisa com a conclusão de que o uso de máscaras está associado ao desenvolvimento de pneumonia bacteriana secundária. Na mesma live, Bolsonaro afirmou, citando um suposto estudo atribuído a Anthony Fauci, médico imunologista ligado ao NIAID, que "a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe espanhola, mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara".

O inquérito foi aberto a partir de uma representação do senador Omar Aziz (PSD-AM), que foi presidente da CPI da Covid e atribuiu a Bolsonaro os crimes de delito de epidemia, infração de medida sanitária preventiva e incitação ao crime.

Estudo divulgado nesta sexta-feira (26) pela Universidade de Penn State, nos Estados Unidos, identificou uma série de medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), órgão regulatório do país, que reduzem “significativamente” a capacidade de a variante Delta, da covid-19, se replicar em células humanas. Os resultados foram publicados em 25 de fevereiro na revista Communications Biology.

De acordo com os pesquisadores da Penn State, a descoberta abrange medicamentos que inibem enzimas virais essenciais para replicação do SARS-CoV-2 em células humanas infectadas.

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“As vacinas SARS-CoV-2 têm como alvo a proteína spike, mas essa proteína está sob forte pressão de seleção e, como vimos com a Ômicron, pode sofrer mutações significativas”, explicou a professora de bioquímica e biologia molecular da Penn State, Joyce Jose.

Nesse sentido, acrescentou, “permanece a necessidade urgente de agentes terapêuticos que tenham como alvo partes do vírus, além da proteína spike, que não é tão provável de evoluir”.

Segundo nota divulgada pela universidade, pesquisas anteriores demonstraram que duas enzimas SARS-CoV-2 – proteases, incluindo Mpro e PLpro – são alvos promissores para o desenvolvimento de medicamentos antivirais.

Professor de bioquímica e biologia molecular da Penn State, Katsuhiko Murakami disse que o novo coronavírus produz proteínas longas, chamadas poliproteínas, de seu genoma de RNA.

“Essas proteínas devem ser clivadas em proteínas individuais por essas proteases de maneira ordenada, levando à formação de enzimas e proteínas virais funcionais para iniciar a replicação do vírus assim que ele entra na célula. Caso você iniba uma dessas proteases, a disseminação do vírus na pessoa infectada pode ser interrompida”, detalhou.

Os pesquisadores fizeram ensaios que testaram 64 compostos – incluindo inibidores das proteases do HIV e da hepatite C; proteases de cisteína, que ocorrem em certos parasitas protozoários; e dipeptidil peptidase, enzima humana envolvida no diabetes tipo 2 (por sua capacidade de inibir Mpro ou PLpro).

“Dos 64 compostos, a equipe identificou 11 que afetaram a atividade de Mpro e cinco que afetaram a atividade de PLpro, com base em corte de 50% de redução na atividade de protease com 90% de viabilidade celular”, informou a universidade.

Em seguida, a equipe avaliou a atividade antiviral dos 16 inibidores PLpro e Mpro contra vírus em células humanas vivas, e descobriu que oito deles tinham “atividades antivirais dependentes da dose contra o SARS-CoV-2, e que alguns deles inibem a enzima Mpro, além de prejudicar a capacidade do vírus de infectar células.

Os pesquisadores descobriram também que a combinação de algumas substâncias proporcionou “efeito antiviral aditivo”, inibindo ainda mais a replicação do novo coronavírus.

Embora os cientistas tenham estudado a variante Delta, eles afirmam que os medicamentos “provavelmente serão eficazes contra a Ômicron e futuras variantes, porque visam partes do vírus que provavelmente não sofrerão mutações significativas”.

*Com informações da Penn State University.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, recorreu nesta segunda-feira, 13, ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ao divulgar notícias falsas que relacionavam as vacinas contra a covid-19 ao vírus da Aids.

A investigação foi aberta pelo ministro Alexandre de Moraes a pedido da cúpula da CPI da Covid.

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Aras sugere duas alternativas: o arquivamento do caso sem julgamento do mérito ou a redistribuição ao gabinete do ministro Luís Roberto Barroso, relator da investigação que apura as condutas imputadas ao presidente pela comissão parlamentar.

Nesta sexta-feira (3), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que um inquérito seja aberto para investigar a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao divulgar fake news que associavam a vacinação contra a Covid-19 ao risco de desenvolver a Aids.

Essa notícia, que é falsa, foi divulgada por Bolsonaro em uma de suas tradicionais lives nas redes sociais, no dia 22 de outubro deste ano. O presidente disse que relatórios do Reino Unido sugeriam que pessoas totalmente imunizadas contra o novo coronavírus estariam desenvolvendo Aids.

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No entanto, não há qualquer relatório oficial que faça essa associação. Agora, a decisão do ministro Moraes atende a um pedido feito pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19.

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