Tópicos | Alexandre Figueirôa

O cineasta e professor Alexandre Figueirôa é um dos homenageados, na próxima segunda-feira (9), na edição de 2019 do Festival de Curtas de Pernambuco (FestCine). O evento ocorre entre os dias 9 e 14 de dezembro, no Cinema São Luiz, localizado no bairro da Boa Vista, área central do Recife. Na programação do festival há exibição de ficções, videoartes, documentários, animações e videoclipes. A entrada é gratuita.

Alexandre Figueirôa é doutor em cinema pela Sorbonne (França) e atualmente atua como professor adjunto do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco, da Especialização em Estudos Cinematográficos e da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Como diretor, realizou os curtas "Eternamente Ágora" (1987), com George Moura; "Eternamente Elza" (2013), com Paulo Feitosa; "Tudo se Liga, Siga" (2015), com Sérgio Dantas; "Kibe Lanches" (2017) e seu mais recente "Piu Piu" (2019).

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Além de Figueirôa, o FestCine também homenageia Conceição Camarotti, atriz pernambucana conhecida por atuar com diretores como Cláudio Assis e Matheus Nachtergaele. Já participou de filmes premiados como “Texas Hotel" (1999), “A Febre do Rato" (2011), “A Festa da Menina Morta" (2008) e “Baixio das Bestas" (2006).

Mostra competitiva

O FestCine chega à sua 21ª edição com 49 filmes pernambucanos selecionados para a programação. Ao todo, 152 trabalhos de várias cidades do estado participaram do processo de inscrição.  O FestCine é realizado pelo Governo de Pernambuco e a Prefeitura do Recife, e tem o objetivo de incentivar a produção audiovisual pernambucana.

Figueirôa participa ainda do festival com o curta “Piu Piu”, como era conhecido o ator, cenógrafo e figurinista Elpídio Lima, que foi, talvez, um dos primeiros transformistas do Recife. Nos anos 1950 e 1960, ele atuou na Companhia Barreto Junior, nos palcos dos teatros Almare e Marrocos, onde imitava as cantoras e atrizes Sarita Montiel e Carmem Miranda. Foi também um dos criadores da Companhia Tra-la-lá, de teatro rebolado. O filme será exibido na sessão da quarta-feira (11), às 20h.

A edição de junho do Curta Doze e Meia traz o tema 'Fragmentos da Memória'. Os filmes, exibidos toda quinta-feira, são todos sobre acontecimentos específicos, pessoas e registros da memória. A primeira sessão será realizada nesta quinta (5), às 12h30, no Centro Cultural dos Correios.

Os filmes escolhidos para abrir o mês de junho foram os curtas Loop, Hotel Central, Esboço para Fotografia, Mauro em Caiena e Eternamente Elza – curta pernambucano que conta acompanha as memórias de Elza Show, um transformista recifense que cantava músicas das grandes cantoras de rádio brasileiras. O codiretor do filme, Alexandre Figueirôa, vai bater um papo com o público após a exibição.

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Serviço

Curta Doze e Meia

Quinta (5, 11, 19 e 25) | 12h30

Centro Cultural dos Correios (Av. Marquês de Olinda, 262 – Bairro do Recife)

Gratuito

Por Karolina Pacheco/Especial para o LeiaJá

Passaram-se 60 anos desde que o primeiro capítulo da novela "Sua vida me pertence", a pioneira na teledramaturgia brasileira, foi exibida nos lares brasileiros. Seu autor, Walter Forster, também dirigiu e interpretou a obra, em 1951, na extinta TV Tupi. Inicialmente, eram exibidos apenas dois capítulos semanais, com quinze minutos cada. “A tradição de teledramaturgia já existe desde os primórdios, mas só ganhou espaço a partir do momento de popularização dos aparelhos de TV e da propaganda. O folhetim já era um gênero consagrado desde os jornais e, quando migrou para a televisão, encontrou um público que já gostava de drama”, declara Alexandre Figueirôa, doutor em estudos cinematográficos e audiovisuais e coordenador do Núcleo de Pesquisa Comunicação Audiovisual – Intercom.

Se estabelecermos comparações com as novelas feitas atualmente, só encontraremos em "Sua vida me pertence" semelhanças no que diz respeito aos estereótipos das personagens: o vilão, a mocinha, o mocinho... Além disso, os folhetins evoluíram junto à cultura e modos do povo brasileiro. O primeiro beijo técnico em novela, protagonizado por Walter Forster e Vida Alves, foi apresentado no último capitulo do folhetim, em 1951, e causou burburinho à época. Uma das últimas polêmicas "relevantes" na teledramaturgia nos dias de hoje aconteceu em maio deste ano, quando a emissora paulista SBT exibiu o primeiro beijo lésbico, na novela Amor e Revolução, protagonizado pelas atrizes Gisele Tigre e Luciana Vendramini.

Paralelamente à ficção, hoje é trazida para o cotidiano brasileiro a abordagem temática de questões como homossexualidade, violência contra a mulher e outras discussões pertinentes ao cotidiano do "noveleiro moderno". Segundo Figueirôa, as telenovelas refletem a época e suas concepções morais, por isso existem adaptações - conforme a sociedade transforma-se, o gênero vai se adequando à nova realidade. Por isso, questões que envolvem sustentabilidade e o "politicamente correto" com poder pedagógico têm sido abordadas, e são o retrato do que vemos hoje.

Sobre o futuro do gênero, Alexandre é incisicivo: “É um formato que está longe de se esgotar, ainda mais com a transmidiação que começa a chegar, agregando a participação das redes sociais e da interação com o público. Já existem estudos na área que dizem que a telenovela tende a evoluir sem perder suas características essenciais”, pontua.

Desta forma, 60 anos depois de sua primeira exibição, o público estaria ligado à cultura de acompanhar os capítulos diários e o gênero televisivo só tende a perdurar. Logo, não seria exagero afirmar que a cultura novelística está tão arraigada ao povo brasileiro quanto o próprio futebol. Em tempo: novela é, sim, uma paixão nacional.

 

O programa Opinião Brasil 53 fala sobre Cinema Nacional e recebe o pesquisador e jornalista Alexandre Figueirôa e o cineasta Léo Falcão, num debate que começa relembrando a importância de Glauber Rocha, fala do Cinema Novo, das grandes produções da retomada e dos sucessos (e fracassos) do atual cinema brasileiro.

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No programa, os convidados também falam sobre os filmes preferidos, sobre a qualidade da produção cinematográfica brasileira e da sua visibilidade internacional, inclusive comentam sobre a escolha do filme Tropa de Elite 2 para concorrer a uma vaga no Oscar 2012 de melhor filme estrangeiro. 

O Opinião Brasil sobre Cinema Nacional teve, excepcionalmente, a apresentação de Denis Cavalcanti. A produção é uma parceria entre o Núcleo de Comunicação da Faculdade Maurício de Nassau e o Portal LeiaJá.

 

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