Tópicos | Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados

A atriz norte-americana e representante especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Angelina Jolie, manifestou apoio aos refugiados venezuelanos e agradeceu aos países da América do Sul que os acolheram.

Jolie visitou os refugiados em Lima, no Peru, para chamar a atenção para a situação que os venezuelanos enfrentam desde que foram forçados a deixar sua terra natal por causa da crise econômica.

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"Eu ouvi histórias de pessoas morrendo por causa da falta de cuidados médicos e remédios (...) pessoas passando fome e relatos trágicos de violência e perseguição", afirmou.

O Peru foi um dos primeiros países a criar um programa de residência para os refugiados da Venezuela, permitindo que eles trabalharem legalmente no país. No entanto, como o número de venezuelanos no Peru chegou a quase 500 mil, o governo suspendeu o programa e restringiu as exigências de entrada no país, sob a justificativa de que há preocupações de segurança.

A atriz de Hollywood se reuniu com o presidente peruano, Martin Vizcarra, e discutiu maneiras como a comunidade internacional pode ajudar os países que recebem os refugiados da Venezuela.

"Como em quase todas as crises de deslocamento, os países que têm menos recursos estão sendo solicitados a fazer mais", ressaltou Jolie. A enviada especial da agência da ONU disse ainda que a Colômbia e o Equador são “muito generosos” por terem hospedado os venezuelanos.

Os Estados Unidos receberam 33 mil refugiados em 2017, o equivalente a uma redução de quase dois terços em relação ao ano anterior, quando foram acolhidos 97 mil. Os números foram divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) em um estudo do centro Pew Research.

A queda na admissão de pessoas deslocadas coincidiu com a chegada de Donald Trump à Casa Branca em janeiro de 2017, pois desde que o país norte-americano adotou a Lei dos Refugiados, em 1980, o ano passado foi o primeiro em que os EUA aceitaram menos pedidos de refúgio. Os demais países, juntos, acolheram 69 mil pessoas refugiadas.

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Em 2016, último ano de Barack Obama na presidência dos Estados Unidos, o país recebeu 97 mil refugiados contra 92 mil nos outros países. Ao todo, desde 1980, os EUA admitiram 3 milhões das 4 milhões de pessoas refugiadas em todo o mundo.

Os refugiados representam aproximadamente 30% da população mundial deslocada e em 2017, 56% chegaram do Oriente Médio e Norte da África, 23% de países subsaarianos e 15% da Ásia.

Para o ano fiscal de 2018 – que se encerrará em setembro – Trump reduziu a cota de refugiados para 45 mil dos 110 mil, estabelecidos por Obama para 2017 e que não foram alcançados. Desde janeiro deste ano, os EUA acolheram 16 mil refugiados, um número que indica que a meta de 45 mil não será atingida em três meses.

Uma equipe de socorristas voluntários gregos que salva emigrantes em alto mar e uma militante de uma associação que os abriga em terra receberam nesta segunda-feira o prêmio Nansen 2016 do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Konstantinos Mitragas, representando a Equipe Helênica de Resgate (HRT), e Efi Latsoudi, da associação que administra o acampamento Pipka na ilha de Lesbos "foram selecionados por seu trabalho sem pausa durante a crise dos refugiados na costa grega em 2015", disse a ACNUR em comunicado.

A Equipe Helênica de Resgate trabalhou "24 horas por dia para salvar emigrantes em perigo no mar" e Efi Latsoudi é premiada "por sua compaixão e os cuidados dados aos refugiados e imigrantes mais vulneráveis em Lesbos".

O Alto Comissário Filippo Grandi disse que ambos se recusaram a permanecer como testemunhas passivas dessa situação e por isso merecem receber o prêmio Nansen".

Cerca de 850.000 pessoas chegaram em 2015 por mar à Grécia (meio milhão a Lesbos) fugindo dos conflitos de Séria, Iraque e Afeganistão.

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