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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou parte dos ministros que compõem o governo para um churrasco no Palácio da Alvorada, residência oficial nesta sexta-feira, 26. A confraternização foi pensada por Lula após uma dura semana marcada por derrotas no Congresso e disputas internas dentro do governo.

O presidente, porém, optou por convidar apenas alguns nomes dos 37 integrantes do primeiro escalão do governo. Dentre os selecionados estão aqueles com maior proximidade a Lula e que despacham diariamente com ele, como o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ministro das Comunicações, Paulo Pimenta.

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O churrasco repete uma prática frequente dos mandatos anteriores de Lula, que era a reunião de seus subordinados em contextos mais leves para "entrosar" a equipe. Na primeira passagem do petista pelo Planalto, eram comuns as peladas de futebol entre ministros na Granja do Torto.

Em seus mandatos anteriores, Lula também costumava jantar com seus aliados e até mesmo com alguns opositores para fazer as costuras políticas sem a pressão inerente aos gabinetes de Brasília. Essas práticas ainda não tinham sido trazidas para a atual gestão.

Como mostrou o Estadão, Lula está blindado pelos seus ministros da articulação política e tem se distanciado do "corpo a corpo" da política. O presidente tem concentrado sua agenda em temas maiores e mais distantes do varejo da negociação com o congresso, como as costuras geopolíticas e as reuniões com os chefes de poderes.

A primeira-dama Janja Silva e o ministro da Casa Civil Rui Costa convivem em um clima de desacertos nos bastidores do governo. Enquanto ela cobra a compra de móveis caros e um gabinete oficial, o ex-governador da Bahia tenta evitar prejuízos à imagem do presidente Lula. As informações são da Folha de S. Paulo 

Sem uma estrutura formal para tocar os assuntos estratégicos voltados às Políticas Públicas, Janja usa uma sala no Palácio do Planalto e enxerga possíveis perdas pela falta de um gabinete. 

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O ministro ainda não concedeu a permissão sobre o gabinete e também não autorizou a aquisição de móveis que ela havia escolhido para o Alvorada, onde mora com Lula. Entre a lista de decoração da primeira-dama estava uma mesa de R$ 200 mil. 

A equipe da Casa Civil aponta que o preço dos móveis poderia respingar de forma negativa no governo. Janja teria contra-argumentado, e dito que os itens adquiridos seriam parte doa cervo do Palácio. 

Machismo dentro do governo

Em um dos impasses com Rui Costa, a primeira-dama teria insinuado que "é mais popular que muito ministro". A fala teria sido feita após o resultado da pesquisa Quaest que mostrou a popularidade de Janja maior que da sua antecessora Michelle Bolsonaro. 

Integrantes da equipe de Janja entendem que os desacertos são causados por ações machistas e receio que ela seja escolhida por Lula como próxima candidata à Presidência. 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, passa o domingo no Palácio da Alvorada sem receber visitas. Com pneumonia e influenza A, Lula cancelou a viagem que faria à China a partir deste fim de semana e se recupera da doença por recomendação médica.

O cardiologista Roberto Kalil, médico de Lula, disse que o quadro de saúde do mandatário é bom e que ele teria condições de fazer qualquer viagem em um prazo de 15 dias a um mês.

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"O estado geral é bom e ele deve retornar às atividades dele durante a semana", disse Kalil, em entrevista à CNN Brasil. "Ele volta à vida normal dele, claro, com uma precaução inicial depois de um quadro de pneumonia, nos próximos dias. Se você me perguntar, daqui a um mês ou daqui a 15 dias teria condição, evidentemente, de fazer qualquer viagem."

O governo gostaria de remarcar a viagem à China "o quanto antes" por causa da importância do país asiático para a economia doméstica e da aproximação que Lula quer ter com o presidente chinês, Xi Jinping, por causa de questões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia.

Além disso, o mandatário brasileiro quer participar da posse de sua antecessora Dilma Rousseff como a nova presidente do Banco dos Brics, que tem sede em Xangai.

Com o cancelamento da comitiva presidencial, a ex-presidente da República seguirá para a China sozinha na segunda-feira, 27,, como apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), mas a solenidade de sua posse aguardará a presença de Lula.

No sábado, Lula recebeu no início da noite no Palácio da Alvorada a visita do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que afirmou que, na próxima semana, o chefe do Executivo deve focar em agendas internas em Brasília.

De acordo com o ministro, a permanência do presidente no País permite que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se dedique, junto com Lula, à formulação da proposta do arcabouço fiscal.

O ministro Padilha foi a única visita, além da médica da Presidência da República, Ana Helena Germoglio.

Como médico, Padilha disse não recomendar que o presidente vá presencialmente à Marcha dos Municípios, nesta semana, em Brasília. O ministro disse que analisará se é possível Lula receber uma comitiva, de acordo com a recuperação.

O presidente Jair Bolsonaro retornou ao Palácio da Alvorada na tarde desta quarta-feira, 23, após ter ido ao Palácio do Planalto pela primeira vez em 20 dias. O chefe do Executivo tem se mantido recluso na residência oficial desde que perdeu a eleição para o agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, com poucas publicações até mesmo nas redes sociais, onde sempre foi atuante.

Bolsonaro ficou por cerca de cinco horas no Palácio do Planalto, local oficial de expediente da Presidência em Brasília. Por volta das 14h, ele retornou para o Alvorada. Apenas uma reunião com o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), das 11h30 às 12h, foi registrada na agenda oficial divulgada.

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Recluso no Alvorada nas últimas semanas, Bolsonaro não ia ao Palácio do Planalto desde 3 de novembro, quando teve um breve encontro, fora da agenda oficial, com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Desde então, o presidente estava recebendo aliados e ministros na residência oficial. A última agenda oficial no Planalto foi uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no dia 31 de outubro, um dia após o segundo turno da eleição.

Desde a derrota nas urnas, Bolsonaro também diminuiu suas publicações nas redes sociais e não fez as tradicionais transmissões ao vivo. O presidente fez apenas um pronunciamento oficial em 1º de novembro, no Alvorada, e divulgou um vídeo em que pedia o fim dos bloqueios nas estradas. De acordo com aliados, o presidente estava se recuperando de uma ferida na perna. Na semana passada, o ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto, afirmou que o presidente havia se recuperado da infecção.

O comboio do presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou há pouco o Palácio da Alvorada. Não foi possível identificar se o chefe do Executivo estava dentro de algum dos veículos. Como mostrou o Broadcast Político, o ministro da Justiça, Anderson Torres, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Márcio Nunes de Oliveira, se encontraram com Bolsonaro na residência oficial nesta tarde, após a polêmica das blitze da PRF.

Bolsonaro chegou por volta das 15h30 no Palácio da Alvorada. De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, há a possibilidade de Bolsonaro ir à Esplanada dos Ministérios à noite, se vencer a eleição.

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Nesta manhã, após votar pontualmente às 8h, horário de abertura das urnas, no Rio de Janeiro (RJ), o candidato à reeleição disse que espera obter um segundo mandato nas urnas. "A expectativa é de vitória hoje, pelo bem do Brasil. Só temos boas notícias nos últimos dias. Se Deus quiser, seremos vitoriosos hoje à tarde, ou melhor, o Brasil será vitorioso hoje à tarde", afirmou hoje Bolsonaro, que disputa o segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O chefe do Executivo votou na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, Zona Oeste do Rio. Depois de votar, Bolsonaro seguiu para o Aeroporto do Galeão, onde recebeu a delegação do Flamengo, que venceu a Copa Libertadores neste sábado, 29. O presidente posou em meio aos jogadores e levantou a taça.

O comboio do presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou por volta das 15h30 deste domingo (30) no Palácio da Alvorada, em Brasília. De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, o chefe do Executivo entrou na residência oficial e pode falar com a imprensa no local após a apuração dos votos. Também há a possibilidade de Bolsonaro ir à Esplanada dos Ministérios à noite, se vencer a eleição.

Nesta manhã, após votar pontualmente às 8h, horário de abertura das urnas, no Rio de Janeiro (RJ), o candidato à reeleição disse que espera obter um segundo mandato nas urnas. "A expectativa é de vitória hoje, pelo bem do Brasil. Só temos boas notícias nos últimos dias. Se Deus quiser, seremos vitoriosos hoje à tarde, ou melhor, o Brasil será vitorioso hoje à tarde", afirmou Bolsonaro, que disputa o segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O chefe do Executivo votou na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, Zona Oeste do Rio. Depois de votar, Bolsonaro seguiu para o Aeroporto do Galeão, onde recebeu a delegação do Flamengo, que venceu a Copa Libertadores neste sábado, 29. O presidente posou em meio aos jogadores e levantou a taça.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República isolou uma área na frente do Palácio da Alvorada para apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Já havia no final da tarde deste domingo, 2, movimentação de um grupo de eleitores com camisas amarelas e bandeiras do Brasil na frente de um dos acessos à residência de Bolsonaro.

Há duas entradas para o Palácio. Por uma, entram os jornalistas. Pela outra, os apoiadores. Em ambos os acessos, há detectores de metal. Candidato à reeleição, Bolsonaro vai acompanhar a apuração dos votos no Palácio da Alvorada. O presidente votou pela manhã, em uma escola na Vila Militar do Rio de Janeiro.

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Bolsonaro retornou à capital federal e chegou pouco depois do meio-dia ao Alvorada, onde quatro apoiadores o esperavam. O presidente, contudo, não parou para conversar com os militantes e nem falou com a imprensa antes de entrar no Palácio.

No Rio, Bolsonaro voltou a dizer que vai ganhar a eleição em primeiro turno com, no mínimo, 60% dos votos, embora as pesquisas eleitorais não indiquem essa possibilidade. "Tenho a certeza que em uma eleição limpa, ganharemos hoje com no mínimo 60% dos votos", afirmou o presidente.

O chefe do Executivo costuma desacreditar os levantamentos de intenção de voto e levantar suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas. Numa entrevista recente ao Jornal da Record, o presidente se recusou a dizer se aceitará o resultado da eleição em caso de derrota.

Foi negado nesta sexta-feira, 30, o pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) para declarar a suspeição do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na ação que o impediu de fazer lives eleitorais do Palácio da Alvorada.

A campanha bolsonarista acionou o TSE alegando que Moraes foi parcial porque o ministro fez um gesto de degola durante o julgamento. O presidente do TSE esclareceu que o movimento não teve relação com a votação e foi uma brincadeira com um assessor que estava na plateia.

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A decisão que mandou arquivar o pedido da campanha bolsonarista é do ministro Ricardo Lewandowski, que não viu "qualquer demonstração que indique descumprimento do dever de imparcialidade".

"As causas de suspeição estão previstas em rol taxativo e não admitem interpretação extensiva", escreveu. "O excipiente vem agora nesta exceção veicular alegações completamente destituídas de fundamentação jurídica."

A campanha de Bolsonaro alegou que o gesto de Moraes indica "animosidade e interesse pessoal em desfavor" do presidente.

O presidente Jair Bolsonaro pediu, nessa quinta-feira (29), que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, seja impedido de julgá-lo na ação que o proibiu de fazer lives em espaços da Presidência na campanha eleitoral. Em pedido ao próprio tribunal, Bolsonaro também tenta que efeitos do julgamento sejam anulados. Ainda ontem, o presidente fez uma transmissão ao vivo na internet em que chamou Moraes de "patife", "cara de pau" e "moleque".

Na terça-feira passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que o presidente e candidato à reeleição não poderia gravar e transmitir lives de cunho eleitoral nos espaços destinados ao cargo, como o Palácio da Alvorada e o Palácio do Planalto. Durante a sessão, Moraes passou o dedo no pescoço, aparentemente em um gesto de degola, e foi criticado por aliados de Bolsonaro. O momento foi captado pela TV Justiça.

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Ontem, a defesa de Bolsonaro pediu ao TSE que Moraes seja declarado suspeito para julgar o presidente na ação. O advogado do candidato à reeleição, Marcelo Luiz de Berra, argumentou que Moraes fez o gesto no momento em que o placar do julgamento estava 2 votos a 1 a favor de Bolsonaro.

"A postura ativa publicamente exteriorizada na referida Sessão de Julgamentos, ao fazer o gesto de degola no curso de um julgamento no qual, ao final, prolataria o voto de desempate em desfavor do Presidente Jair Bolsonaro, revela comportamento processual legalmente inadmissível, notadamente porque exercido por um Ministro da Corte", diz o pedido.

'Animosidade'

O pedido de Bolsonaro cita a "notória animosidade existente" entre Moraes e Bolsonaro para sustentar que o presidente do TSE precisa ser impedido de julgar o processo. "Indubitavelmente, ao externalizar o gesto de degola, passando o dedo no pescoço, o excepto não só adotou medida que foge à ortodoxia, mas demonstrou o interesse de, no presente caso, atuar mais em prol dos interesses contrários à Parte, e menos como julgador, que traz em seus ombros a toga da imparcialidade dos magistrados."

Após o episódio, Moraes afirmou ao Estadão que o gesto teve relação com o julgamento. "Foi uma brincadeira com um assessor meu que estava na plateia e demorou para me passar uma informação. Ela (ministra Maria Cláudia) nem tinha começado a votar", disse o ministro. A defesa de Bolsonaro, no entanto, cobra que o TSE se pronuncie oficialmente sobre o ocorrido.

'Patife'

O candidato à reeleição também tem feito críticas à quebra de sigilo bancário de um de seus ajudantes de ordem, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, por determinação de Moraes.

Ontem, a três dias do primeiro turno das eleições presidenciais, Bolsonaro subiu o tom contra o ministro e atacou Moraes pelo terceiro dia consecutivo em uma live. O presidente chamou o magistrado de "patife", "cara de pau" e "moleque". "Você quer um presidente, Alexandre de Moraes, refém teu. Eu não sou refém teu", afirmou Bolsonaro na transmissão.

"Você quer um presidente, Alexandre de Moraes, refém teu. Eu não sou refém teu. Se eu fosse, Alexandre, eu não teria, por exemplo, assinado o indulto, a graça para o deputado Daniel Silveira. Quando eu mandei preparar o decreto, teve muita gente do meu lado 'ah, você vai brigar com o Supremo'. Eu brigo com qualquer coisa, só não brigo com a minha consciência, com a minha honra, Alexandre de Moraes", declarou Bolsonaro, em transmissão ao vivo nas redes sociais feita do Rio.

A quebra de sigilo de Cid foi determinada por Moraes após a Polícia Federal encontrar no celular do ajudante de ordens mensagens que levantaram suspeitas sobre transações financeiras feitas no gabinete de Bolsonaro, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, que revelou o fato. Em uma das movimentações, há repasses para uma tia de Michelle Bolsonaro que cuida da filha do casal, Laura, quando a primeira-dama está em viagem ou tem algum outro compromisso.

"Seria muito fácil para mim estar do outro lado do balcão, tomando uísque com Alexandre de Moraes, aquela turma toda, se refestelando do poder. Mas estou do lado de cá. E aí o Alexandre de Moraes vem com essas baixarias, quebra o sigilo do meu ajudante de ordens. Quebrou foi o meu sigilo, Alexandre. Isso não é papel de homem, é de moleque", afirmou Bolsonaro. "Deixa de ser um patife, Alexandre de Moraes, um patife", emendou, ao chamar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de "cara de pau". "Seja homem uma vez na vida", continuou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A primeira-dama Michelle Bolsonaro expôs seu incômodo em conviver com o advogado Frederick Wassef, de acordo com colunista Guilherme Amado. A publicação aponta que a esposa do presidente se afastou do defensor particular de Flávio Bolsonaro e teria barrado sua entrada no Palácio da Alvorada.

A ordem teria aborrecido Wassef, que vem se queixando de Michelle a pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), indicou a publicação.

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O jeito do advogado teria incomodado a primeira-dama. Ele vai responder por injúria racial após ser acusado de chamar a atendente de uma pizzaria no Distrito Federal de "macaca", há cerca de duas semanas.

Entre as polêmicas, Wassef teria se escondido em um banheiro feminino do Planalto para fugir de jornalistas. O advogado também ofereceu esconderijo a Fabrício Queiroz, apontado como operador das ‘rachadinhas’ do antigo gabinete de Flávio. Queiroz estava foragido quando foi encontrado em seu escritório.

Após a publicação, o advogado negou que foi proibido de entrar no Alvorada por Michelle e disse que nunca reclamou da primeira-dama.

 

Dois dias depois de manifestações de rua em defesa do impeachment, o presidente Jair Bolsonaro classificou como "milagre" o fato de ainda estar à frente do governo. Em conversa com apoiadores diante do Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira, 21, Bolsonaro mais uma vez distorceu fatos e disse existir uma "jogada política" para inflar o número de mortes causadas pela pandemia de covid-19, com o objetivo de provocar desgaste à sua gestão.

"As mortes parecem que interessam para a TV Funerária", criticou o presidente, numa referência às mais de 500 mil vidas perdidas pelo novo coronavírus. "A TV Funerária entrou em êxtase quando atingiu as quinhentas mil mortes", emendou ele, numa referência à Rede Globo.

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Horas antes, em Guaratinguetá (SP), Bolsonaro havia retirado a máscara de proteção facial enquanto dava entrevista e, aos gritos, mandou a repórter Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, calar a boca. Disse ser alvo de "canalhas" e pediu "pergunta decente", mostrando descontrole.

No fim do dia, já em Brasília, Bolsonaro afirmou a eleitores que o aguardavam na entrada do Alvorada, sede da residência oficial, que continua no Palácio do Planalto por milagre. "Cada um tem a religião que quer, né? Para mim, são dois milagres: estar vivo e estar eleito. E outro, o terceiro: estar no mandato ainda", destacou.

Em campanha pela reeleição, Bolsonaro disse ter certeza de que entregará o Brasil "melhor". "Quando, eu não sei. Vocês que vão dizer se vai ser final de vinte...", comentou, sem completar a frase. Pesquisas recentes de diferentes institutos indicam queda de popularidade de Bolsonaro, que tem como principal adversário o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Serial killer. Um apoiador citou o caso do criminoso Lázaro Barbosa, conhecido como "serial killer do Distrito Federal", que a Polícia tenta capturar há duas semanas, sem sucesso. "Parece que ele tentou invadir uma casa aí, não entrou porque o cara estava armado. Não é o Estatuto do Desarmamento que vai dar tranquilidade para você", afirmou Bolsonaro. "No que depender de mim, todo mundo que quiser vai ter arma. Os vagabundos têm."

O presidente também mencionou reportagem do Estadão/Broadcast mostrando que o problema de muitos que perderam o emprego na pandemia se agravou com a falta de merenda para os filhos, com as escolas fechadas. "De vez em quando, eles escrevem a verdade", ironizou. "Tem muito moleque - a gente sabe disso - que vai para a escola atrás da merenda."

Durante a conversa, outro eleitor disse a Bolsonaro que, apesar das críticas, ele não mudou o estilo nem assumiu o "politicamente correto" apenas para agradar. "Olha, se servir para alguém aí...", iniciou o presidente, dirigindo-se aos apoiadores. "Eu fiquei 28 anos na política (como deputado federal). E o caminho para você perder o mandato é querer agradar a todo mundo. É igual em casa. Se disser ‘sim’ para o outro, 100% do tempo, não dá certo."

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento que uma mulher pede para mostrar um vídeo de seu pai, que havia falecido, ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ele brinca com a situação fazendo piada machista.

"Meu pai faleceu esse mês e eu só queria mostrar esse vídeo pro senhor", disse a mulher. O presidente pergunta quanto tempo tem a gravação e a mulher responde que só levaria um minutinho. "Um minuto de mulher e eu não viajo amanhã", disse Bolsonaro. Veja o vídeo.

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Depois de descredibilizar as vacinas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem mudado o seu discurso. Neste sábado (03), inclusive, ele falou da possibilidade de se vacinar.

"Já estou imunizado com o vírus e se acharem que devo vacinar, vacino, não tem problema nenhum. Mas acho que essa vacina minha tem que ser dada para alguém que não contraiu o vírus e tem risco muito, mas muito, maior que o meu", disse Bolsonaro.

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Segundo o jornal Valor Econômico, o discurso do presidente foi dado no Palácio do Alvorada, quando ele retornava de um passeio pela capital federal ao lado do novo ministro da Defesa, general Braga Netto. 

O presidente Jair Bolsonaro deve efetivar o general Eduardo Pazuello como ministro da Saúde nesta quarta-feira (16) às 17h no Palácio do Planalto. A oficialização de Pazuello no cargo ocorre após mais de três meses de o militar estar ocupando a posição como interino. O evento não consta da agenda oficial de Bolsonaro, mas está incluído entre os compromissos oficiais de Pazuello e outros ministros nesta quarta-feira.

O presidente também tem hoje reuniões individuais previstas com os ministros Braga Netto, da Casa Civil, e Onyx Lorenzoni, da Cidadania, além de um almoço com o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), que é membro da bancada evangélica do Congresso. À tarde, Bolsonaro se encontra com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

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Nesta quarta-feira, na saída do Palácio da Alvorada, como de costume, o presidente parou para cumprimentar apoiadores. Na conversa, ele voltou a comentar a alta no preço do arroz e citou que o preço do ovo também aumentou. "Aumentou o preço do ovo também. É a lei da oferta e da procura. É igual o arroz, a partir de dezembro começa uma coleta grande de arroz e aí normaliza o preço", disse.

Em seguida, o mandatário reforçou o seu posicionamento de não interferência no mercado. "Não posso é começar a interferir no mercado. Se interferir, o material sobra na prateleira, isso que é pior", afirmou. Ao final, Bolsonaro também comentou brevemente a possível sanção da proposta que aumenta a pena para quem praticar maus-tratos contra cães e gatos, aprovada pelo Congresso. "Semana que vem, está prevista a decisão sobre esse caso."

EVARISTO SA / AFP

O presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) chamou a atenção ao mostrar, nessa quinta-feira (23), uma caixa de hidroxicloroquina, medicamento que defende para tratar a Covid-19, para uma das emas que vive entorno do Palácio da Alvorada. Há três semanas, o presidente da República afirmou que foi diagnosticado com o novo coronavírus e está usando o remédio para combater a doença, mesmo sem comprovações científicas da eficácia da hidroxicloroquina.

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Devido ao isolamento social por recomendação médica, o presidente vem realizando as atividades atribuídas ao cargo do Alvorada e, no final da tarde, costuma dar umas voltas no entorno do local para alimentar as aves e falar com apoiadores. Durante alguns dos passeios, Bolsonaro acabou sendo bicado por duas vezes pelas emas. 

Nesta quinta, no entanto, Bolsonaro também rompeu o isolamento e fez um passeio de moto. Sem utilizar a máscara, de uso recomendado por autoridades da área da saúde, ele conversou com funcionários da limpeza que trabalhavam no campo do local.

O governo tem se recusado a informar com quem o presidente Jair Bolsonaro se reúne no Palácio da Alvorada. Desde o ano passado, ao menos oito pedidos feitos pela Câmara para saber se houve acesso de lobistas à residência oficial foram negados pela Presidência sob o argumento de que informar quem entra e quem sai do local pode pôr em risco a segurança de Bolsonaro e sua família.

A divulgação dos compromissos das autoridades está prevista em lei, mas o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) se vale de pareceres da Controladoria-Geral da União (CGU) para justificar as negativas e manter os encontros secretos. Os pareceres da CGU também foram usados para impedir o acesso à lista de entrada de políticos e do ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, ao Alvorada. A solicitação da Câmara sobre as datas em que Wassef esteve na residência oficial também foi negada com a justificativa de que qualquer divulgação poderia representar uma ameaça ao chefe do Executivo.

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Depois que Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso em 18 de junho numa casa de Wassef, em Atibaia (SP), o advogado deu declarações desencontradas e acabou saindo do caso. Queiroz, hoje em prisão domiciliar, é investigado por suspeita de comandar um esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio, quando o senador era deputado no Rio.

Um dos pareceres da CGU usados para negar as informações é datado de 26 de dezembro do ano passado e recomenda o sigilo dos registros de "controle de acesso relativos ao ano de 2019, uma vez que se encontram formalmente classificados (como secretos)". O documento observa, porém, que as informações relativas ao controle de acesso de 2018 estão disponíveis. Dessa forma, apenas informações da gestão de Michel Temer e de governos anteriores podem ser consultadas.

Assinado pelo ouvidor-geral da União, Fábio do Valle Valgas da Silva, o parecer foi feito para fundamentar uma negativa, por parte do GSI, a uma solicitação sobre o acesso de três lobistas do setor de armas ao Alvorada, ao longo de 2019 e 2020.

A visita de representantes do setor aos palácios e ministérios de Brasília ocorre com frequência, como mostrou o Estadão, geralmente antes da tomada de decisões importantes do governo. Na lista de requerimentos negados pelo GSI estão pedidos de acesso a registros de entrada de lobistas dos setores de medicamentos e energia, além daqueles de armas.

Uma dessas demandas, encaminhada pela Mesa Diretora da Câmara, pedia acesso à lista de participantes de 21 reuniões realizadas pelo governo para preparação do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro, que buscava ativar a Base de Alcântara, no Maranhão.

A justificativa do pedido era de que lobistas americanos poderiam estar influenciando na tomada de decisões em reuniões secretas no Alvorada. Neste caso, o GSI também evocou um parecer da CGU, de 23 de outubro de 2019, para negar a solicitação. Naquele mês, o Estadão mostrou que, na gestão de Bolsonaro, o Lago Paranoá vinha servindo como "entrada vip" para convidados que chegavam de lancha ao Alvorada para evitar o assédio da imprensa.

'Reservado'

Um pouco antes, em 10 de outubro de 2019, o próprio ministro do GSI, general Augusto Heleno, encaminhou um ofício à Câmara, após pressão de parlamentares pela divulgação das agendas. No ofício, Heleno disse que, na sua avaliação, os registros de acesso às dependências presidenciais deveriam ser mantidos em sigilo.

"Os registros do corrente ano são classificados com o grau de sigilo reservado", argumentou Heleno, destacando que o Palácio do Jaburu e a residência oficial da Granja do Torto também se enquadravam no quesito "reservado". O general alegou que, para zelar pela segurança presidencial, precisava "fazer um rígido controle de entrada e saída de visitantes" que, em sua maioria, são visitantes, terceirizados, fornecedores e prestadores de serviço com acesso privilegiado aos referidos locais.

"Não é difícil imaginar que a divulgação do dado de tais pessoas, além de não representar nenhum interesse público por se tratar de trabalhadores anônimos, colocaria em risco sua segurança pessoal, expondo desnecessariamente sua privacidade, além de torná-los alvo de eventual cooptação", diz trecho do documento, obtido pelo Estadão.

Na prática, a mesma regra de sigilo tem sido aplicada a qualquer brasileiro que, por meio da Lei de Acesso a Informação (LAI), queira saber quais autoridades, representantes de empresas ou advogados frequentam as sedes do Executivo. Um dos argumentos apresentados pelo GSI e acatado pela CGU para aceitar o pedido de sigilo é de que o órgão não dispõe de um sistema eletrônico do qual possa extrair automaticamente os registros do controle de acesso às residências oficiais de Bolsonaro e do vice-presidente Hamilton Mourão.

Conforme essa justificativa, o registro das pessoas que acessam os palácios é "lançado manualmente" em livros. "Para digitalizar as informações relativas ao período solicitado, teria de envolver 50% da sua força de trabalho durante quase três semanas", disse o GSI. Segundo o ministério, o envio das informações digitalizadas "tornaria o pedido desproporcional, acarretando um custo desnecessário para a administração pública, com a alocação de parte relevante de sua força de trabalho".

Promessa

Logo que tomou posse, em janeiro de 2019, Bolsonaro disse que a transparência seria uma marca de seu governo. A promessa já havia sido feita durante a campanha. "Transparência acima de tudo. Todos os nossos atos terão que ser abertos para o público. E o que aconteceu no passado também. Não podemos admitir qualquer cláusula de confidencialidade pretérita. Esses atos e ações tornar-se-ão públicos", afirmou o presidente, ao empossar os novos dirigentes de bancos estatais, em 7 de janeiro do ano passado.

Ao longo dos últimos meses, no entanto, o que se viu por parte do GSI, de acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão, foi uma seletividade nas respostas aos requerimentos sobre quem acessou o Alvorada. Chama a atenção o fato de que o ministério, em alguns casos, consultou os registros de entrada para responder à solicitação da Câmara. A "consulta" só ocorreu, porém, em casos nos quais a resposta foi para dizer que determinados lobistas "não frequentaram" o palácio.

Procurados, a Secretaria-Geral da Presidência da República e o GSI não quiseram se manifestar sobre o assunto.

'Obrigação'

O diretor executivo da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão, disse que o governo tem "compromisso e obrigação" de dar acesso ativo às informações, o que significa divulgar as agendas de reuniões diretamente nos seus sites, sem necessariamente ser solicitado.

"É importante que a sociedade acompanhe quais interesses estão sendo levados ao governo, quais empresas e agendas são ouvidas", afirmou Brandão.

Um dos deputados que têm feito reiterados pedidos de acesso à lista de frequentadores do Alvorada é Ivan Valente (PSOL-SP). "A falta de transparência permite que o governo esconda da sociedade os verdadeiros motivos por trás de suas decisões." 

Lei da Transparência

Uma resolução de 2017, da Comissão de Ética Pública da Presidência, garante que toda agenda de autoridades do governo deve ser divulgada. Ex-presidente da comissão, o jurista Mauro de Menezes afirmou que a Lei da Transparência e a própria Constituição obrigam o presidente da República a dar publicidade às suas agendas.

"O Palácio da Alvorada é público, não é a residência particular do presidente. Por isso, todos os compromissos, sobretudo com outras autoridades e pessoas que possam discutir assuntos de Estado, têm de ser publicizados. A regra geral é a da publicidade e da transparência", disse o jurista.

De acordo com Menezes, todas as autoridades públicas constituídas têm o dever de prestar contas do que fazem no poder, segundo a LAI e a Constituição. "Não é possível que se mantenha nada oculto. Imagine que a autoridade recebeu alguma pessoa interessada em um ato governamental e esse ato foi editado algum tempo depois. Foge do paradigma da República, que não é o interesse privado, mas o público", argumentou Menezes, que integrou a Comissão de Combate à Corrupção do Conselho Federal da OAB e o Conselho de Transparência da CGU.

Para o presidente da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco, a forma como o governo age afronta a LAI. "O presidente deve respeitar as normas da Comissão de Ética Pública."

Após afirmar na noite de terça-feira que tomará "medidas legais" para proteger a Constituição, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer, nesta quarta-feira (17), que considera ter havido "abusos" na ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para quebrar o sigilo bancário de dez deputados e um senador aliados ao seu governo.

Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, pela manhã, ele afirmou que está "fazendo o que deve ser feito" e "não será o primeiro a chutar o pau da barraca". Em seguida, acrescentou que em breve tudo será colocado "no seu devido lugar". Uma das apoiadoras se queixou ao presidente dizendo que corre risco de ser presa.

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"Tem gente que nasceu 40 anos depois do que eu vivi e quer dizer como eu devo governar o Brasil. Estou fazendo exatamente o que tem que ser feito. Eu não vou ser o primeiro a chutar o pau da barraca. Eles estão abusando, isso está a olhos vistos. O ocorrido no dia de ontem, quebrar sigilo de parlamentar, não tem história vista numa democracia por mais frágil que seja. Está chegando a hora de colocar tudo em seu devido lugar", disse o mandatário na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro destacou que todos, sem exceção, devem entender o que é democracia, e que isso não é apenas "o que um poder quer". "Não devo nada a ninguém do que estou fazendo. Está chegado a hora de acertarmos o Brasil no rumo da prosperidade e todos entenderem o que é democracia. Democracia não é o que eu quero, nem você, nem o que um poder quer, o que outro poder quer. Está chegando a hora, fique tranquila", declarou.

O presidente conversou com uma apoiadora que afirmou ser uma ativista conservadora e que ela estava correndo risco de ser presa. "Eles já estão com mandado (de prisão). Três amigos nossos foram presos ontem sem fazer nada, não temos um estilingue para se defender. Não pedimos intervenção", contou a mulher ao presidente.

Na sequência, Bolsonaro falou que estilingue é ação, o que seria outra coisa, mas não pensamentos e palavras. "Terrorismo não é o que alguns estão achando por aí. Terrorismo é meter carro bomba em guarita do Exército", disse a apoiadora.

O Grupo Globo e o Grupo Folha anunciaram que vão retirar seus repórteres da cobertura da entrada do Palácio da Alvorada. A decisão foi tomada após apoiadores do presidente Jair Bolsonaro hostilizarem os jornalistas no local, prática que estaria ficando recorrente e subindo o tom em frente à residência presidencial.

 O Grupo Globo comunicou sua decisão por carta ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. "São muitos os insultos e os apupos que os nossos profissionais vêm sofrendo dia a dia por parte dos militantes que ali se encontram, sem qualquer segurança para o trabalho jornalístico", diz a nota. A Folha informou que a cobertura no local está suspensa até que o Palácio do Planalto garanta a segurança dos profissionais de imprensa.

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 A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) emitiu nota apoiando a decisão dos dois grupos. "Esses ataques ganharam corpo e se tornaram mais graves, havendo, inclusive, agressões físicas a repórteres por parte da claque bolsonarista", diz trecho.

 Na segunda-feira (25), as agressões verbais ocorreram após Bolsonaro criticar os jornalistas. "O dia em que vocês tiverem compromisso com a verdade, eu falo com vocês", disse o presidente. A claque chamou os jornalistas de comunistas, escória, lixos, ratos, entre outros termos. 

O jornal Correio Braziliense já havia deixado a cobertura. Segundo o veículo, além da exaltação dos apoiadores do presidente, a medida também foi tomada por causa das aglomerações e o contato com pessoas sem máscara de proteção.

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro hostilizaram profissionais da imprensa na manhã desta segunda-feira, 25, em frente ao Palácio da Alvorada, com diversos insultos. As agressões verbais ocorreram pouco após o próprio presidente criticar jornalistas. "O dia que vocês tiverem compromisso com a verdade eu falo com vocês", disse, indicando que não daria entrevista.

Os xingamentos contra profissionais da imprensa pela claque bolsonarista se tornaram rotina no Palácio da Alvorada, mas nesta segunda-feira foi um tom acima, principalmente pela presença de um número maior de apoiadores.

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"Mídia lixo", "comunistas", "safados" foram alguns dos insultos ditos nesta segunda, logo após Bolsonaro deixar o local. "Mídia golpista, comprada, cambada de safados. Não sei como vocês colocam a cabeça no travesseiro. Seus lixos", disse um apoiador, chegando bem próximo ao local reservado aos profissionais da imprensa. O espaço é cercado por grades.

Diariamente, grupos de apoiadores aguardam para falar com o presidente pela manhã, quando Bolsonaro deixa a residência oficial, e no fim da tarde, quando ele retorna. Nesta segunda-feira, o movimento foi maior, já que muitos viajaram a Brasília para participar de ato pró-governo realizado no domingo, 24, na Esplanada dos Ministérios. Por causa da lotação, alguns apoiadores ficaram em uma área do lado oposto, em frente ao espelho d’água do Palácio.

Ao descer do carro nesta manhã, o presidente retirou a máscara para falar com os apoiadores que estavam próximo ao espelho d’água. Ao se dirigir para cumprimentar as pessoas que o esperavam, do outro lado, colocou o equipamento de segurança - que é obrigatório no Distrito Federal. O presidente falou com apoiadores por cerca de quinze minutos.

A segurança no Palácio da Alvorada é responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), mas nessa manhã os seguranças levaram alguns minutos para retirarem o grupo do local. Com o aumento das agressões verbais, duas grades foram instaladas na tentativa separar jornalistas e apoiadores. O reforço, no entanto, foi retirado e apenas uma grande e uma fita de contenção são usadas para segurança. Procurado nesta segunda-feira, o GSI não se manifestou.

Além de xingamentos, apoiadores já chegaram a revirar o lixo em frente à sala em que ficam jornalistas na tentativa de expor repórteres, cinegrafistas e fotógrafos. A equipe de segurança abordou os homens e pediram para que apagassem o vídeo. As imagens, no entanto, foram compartilhadas nas redes sociais.

Mais tarde, ainda nesta segunda-feira, jornalistas voltaram a ser hostilizados por apoiadores do presidente em frente ao Ministério da Defesa, na Esplanada dos Ministérios. Bolsonaro participou de almoço com o chefe da pasta, Fernando Azevedo e Silva, e com os comandantes das Forças Armadas. A Polícia Militar do Distrito Federal precisou intervir para afastar o grupo.

Incentivo

Bolsonaro já incentivou apoiadores a intimidar os profissionais de imprensa no local em outras ocasiões. Em março, jornalistas que fazem a cobertura diária no Alvorada se retiraram de entrevista concedida pelo presidente após ele mandar repórteres ficarem quietos e estimular apoiadores a hostilizar os profissionais que estavam no local.

"É ele que vai falar, não é vocês não", disse, mandando os repórteres ficarem quietos. Em outra ocasião, Bolsonaro mandou jornalistas calarem a boca ao ser questionado sobre interferência política na Polícia Federal. O presidente também já chamou jornalistas de "idiotas" pelas redes sociais ao afirmar que era falsa a informação de que faria um churrasco, anunciado por ele mesmo.

Os registros de agressões físicas de apoiadores também aumentaram. No início de maio, profissionais do Estadão foram agredidos com chutes, murros e empurrões por apoiadores de Bolsonaro durante manifestação pró-governo na Esplanada dos Ministérios. Em outro ato, uma apoiadora bateu com o mastro de uma bandeira do Brasil na cabeça de uma jornalista da Band News.

O ministro da Saúde, Nelson Teich, chegou há pouco, na manhã desta sexta-feira, 1º, ao Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente Jair Bolsonaro. Antes, o chefe do Executivo recebeu um grupo de agricultores familiares do Distrito Federal e entorno, que visitaram o presidente junto da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).

Bolsonaro e Teich se encontram após o ministro da Saúde ter mudado o tom sobre os planos de flexibilizar o isolamento social, defendidos pelo presidente. Ele afirmou que o momento é impróprio, dado o avanço crescente de mortes e contaminações em todo o País. Teich também admitiu que o Brasil pode vir a registrar cerca de mil mortos por dia.

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Nesta manhã, durante live da deputada Bia Kicis, Bolsonaro disse que gostaria que a população voltasse a trabalhar, mas emendou que quem decide a questão, no entanto, são os governadores e prefeitos. "Gostaria que todos voltassem a trabalhar, mas quem decide isso não sou eu, são governadores e prefeitos", disse.

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