Tópicos | americanos

Dois turistas americanos bêbados foram encontrados dormindo na segunda-feira (14) na Torre Eiffel, onde haviam entrado no dia anterior, informaram nesta terça-feira (15) a polícia e a empresa que administra o famoso monumento francês.

Os dois intrusos foram descobertos "de madrugada", antes da abertura ao público, às 9h, durante a ronda feita pelos seguranças da empresa que administra o monumento, a SETE.

Os turistas estavam entre o segundo e o terceiro andar da torre, em uma parte não acessível ao público.

"Eles não representavam qualquer ameaça aparente", esclareceu a SETE.

Eles pagaram sua entrada para domingo, por volta das 22h40 locais e passaram pelas barreiras, enquanto desciam as escadas, segundo uma fonte da polícia.

Os bombeiros, incluindo elementos da unidade para setores perigosos, deslocaram-se para recuperá-los, acrescentou a mesma fonte.

Os turistas "teriam ficado bloqueados no local devido ao seu estado alcoolizado", disse a Procuradoria de Paris.

Ambos foram levados para a delegacia de polícia do distrito 7, onde foram interrogados. A empresa SETE informou que pretendia apresentar uma denúncia.

"Nenhum dano foi constatado, a infração por intrusão de um lugar histórico, ou cultural, foi arquivada", declarou o Ministério Público.

A Torre Eiffel foi aberta ao público às 10h locais, uma hora mais tarde do que o normal.

O monumento mais famoso da França, que recebeu seis milhões de visitantes no ano passado, teve de ser evacuado duas vezes no sábado, após dois alertas falsos de bomba.

Lynette Mackey cresceu ouvindo música na varanda de sua casa em Fillmore, um distrito predominantemente negro de San Francisco que sofreu com as políticas urbanas descritas como "uma forma de apartheid" por vozes da população negra.

Mackey olha para o passado e se junta a um grupo de centenas de ex-moradores que agora exigem indenização pelo que acreditam ter sido danos materiais e emocionais.

Fillmore, que já foi o epicentro do jazz na Califórnia, foi apelidado após a Segunda Guerra Mundial de "Harlem do Oeste", em referência ao conhecido bairro de Nova York, na costa leste dos Estados Unidos.

Essa fama durou até as décadas de 1960 e 1970, quando a cidade aprovou novas políticas urbanas que pressionaram centenas de moradores, como a família Mackey, a leiloar suas propriedades a preços baixíssimos.

"Foi um roubo (...). Agora vale milhões", disse ela em entrevista à AFP.

Mas além do material, Mackey lamenta o dano emocional. "Eles destruíram uma família feliz", contou esta mulher de 63 anos.

Seus irmãos e outros parentes se mudaram para cidades mais distantes da Califórnia, como Oakland e a capital Sacramento, a cerca de 140 quilômetros de Fillmore.

"É um exemplo perfeito de por que merecemos reparações", acrescentou Lynette.

- Indenização financeira -

Os Estados Unidos debatem há décadas sobre reparações, uma compensação financeira pelos danos causados pelo racismo sistêmico que decorre do sistema escravagista.

Mas em 2020, com o assassinato de George Floyd pelas mãos de um policial branco em Minnesota e os protestos em massa que abalaram as ruas, a discussão ganhou uma nova dimensão.

A cidade de Evanston, em Illinois, foi a primeira a aprovar um plano de indenização pela desigualdade racial.

Mas a Califórnia foi o primeiro estado a criar uma equipe multidisciplinar para avaliar formas de compensação por anos de escravidão e o impacto econômico do racismo.

O grupo de trabalho entregou seu relatório histórico aos legisladores nesta quinta-feira (29). Não levantou uma quantia específica em dinheiro, mas propôs uma fórmula baseada em diversas variáveis para calcular o valor das reparações econômicas.

Por exemplo, um afrodescendente de 70 anos poderia receber US$ 1,4 milhão de indenização (R$ 6,8 milhões, na cotação atual), segundo cálculos do relatório.

No documento de mais de mil páginas, a equipe considera que os americanos negros sofreram expropriação e discriminação sistêmica. Os números também revelam taxas desproporcionais de encarceramento.

San Francisco também criou um comitê para tratar do assunto. Em março de 2023, a instância propôs pagar cinco milhões de dólares (24,2 milhões de reais, na cotação atual) a cada americano negro - que se qualificasse com condições específicas - e 100.000 dólares (485 mil reais, na cotação atual) por ano durante 250 anos como reparação pelo passado escravista.

Mas a proposta foi considerada inviável por políticos como o líder do Partido Republicano em San Francisco, John Dennis.

- "Uma forma de apartheid" -

Segundo especialistas, a redução da população negra em San Francisco (de 13% em 1970 para 5% hoje) se deve às políticas discriminatórias das autoridades locais.

A renovação urbana "matou a nossa comunidade e nunca nos recuperamos", disse o músico de jazz, Sam Peoples.

Natural de Fillmore, Peoples viu sua família perder a loja e a casa, confiscadas pela prefeitura.

O pianista, de 76 anos, viveu para ver os restaurantes tradicionais desaparecerem gradualmente, assim como os clubes de jazz onde seu pai tocava saxofone e que eram frequentados por nomes como Duke Ellington, Billie Holiday e Ella Fitzgerald.

Onde estava um dos mais famosos, o Jimbo's Bop City, agora existe uma barbearia com cortes de cabelo que custam mais de 100 dólares (485 reais, na cotação atual).

"Perdemos o senso de comunidade. A espinha dorsal (do bairro) foi arrancada", lamentou.

"Não foi a renovação urbana, foi a expulsão dos negros (...). Foi uma forma de apartheid", afirmou o pastor Amos Brown, que prega na igreja evangélica do distrito desde 1976.

Para Brown, de 82 anos, que militou com Martin Luther King, os relatórios das equipes de trabalho não devem ser arquivados por questões orçamentárias.

"Se não temos todo o dinheiro (...) pelo menos comprometa-se, faça um pagamento inicial", pediu aos políticos.

"Os Estados Unidos têm que pagar sua dívida com os negros", disse.

Praticamente seis em cada 10 norte-americanos e brasileiros desejam fazer uma viagem para a Itália em 2023, mostra uma pesquisa com quatro mil pessoas feitas pelo portal Vamonos Vacanze. Os entrevistados têm entre 18 e 65 anos e são de nações fora da Europa.

O levantamento mostrou que 60% dos norte-americanos disseram querer ir para o país europeu e 58% dos brasileiros também. A terceira colocação fica com os chineses (49%), seguido por indianos (45%), sul-coreanos (42%), japoneses (41%) e argentinos (35%).

##RECOMENDA##

Quando incluídos os países europeus, os franceses são os que mais querem ir para a Itália (78%), seguidos por alemães (73%) e ingleses (66%).

"Apesar do aumento dos preços relacionados à crise energética e o conflito com a Ucrânia, há muitos turistas que escolhem ou seguirão escolhendo a Itália para suas férias", explicou a fundadora do portal, Emma Lenoci.

Para a especialista, "com suas cidades de arte, mas também com o mar e a natureza virgem, assim como suas impressionantes paisagens, as calorosas boas-vindas de seus habitantes e a excelência enogastronômica, a Itália se confirma como o destino mais querido para uma viagem prazerosa".

O pódio das cidades mais desejadas são Roma, Florença e Veneza, mas as regiões mais consideradas para o verão são Sicília, Puglia e Sardenha.

Da Ansa

Três americanos, incluindo o ex-presidente do Fed Ben Bernanke, ganharam o Prêmio Nobel de Economia nesta segunda-feira (10) por suas contribuições para explicar o papel dos bancos na economia.

Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvig foram homenageados por terem "melhorado significativamente nossa compreensão do papel dos bancos na economia, particularmente durante crises financeiras, bem como a forma de regular os mercados financeiros", disse o júri.

"Suas análises foram de grande importância prática na regulação dos mercados financeiros e no enfrentamento de crises", acrescentou o comitê de premiação.

Bernanke, de 68 anos, foi presidente do Federal Reserve (Banco Central americano) de 2006 a 2014 durante a crise financeira de 2008 e foi conhecido por sua análise da "pior crise econômica da história moderna", a Grande Depressão da década de 1930.

Já Diamond, professor da Universidade de Chicago, e Dybvig, acadêmico da Washington University em St. Louis, foram premiados por mostrarem "como a oferta bancária é uma ótima solução" para canalizar a poupança para investimentos, agindo como um intermediário.

Esses dois acadêmicos analisaram como essas instituições são vulneráveis às crises bancárias.

"Se um grande número de poupadores for simultaneamente ao banco para retirar seu dinheiro, um boato pode se tornar uma profecia autorrealizável: acontece uma corrida ao banco, e o banco entra em colapso", escreveu o Comitê do Nobel.

O comitê acrescentou que essa dinâmica perigosa pode ser evitada se os governos fornecerem seguro de depósito e derem aos bancos uma tábua de salvação, tornando-se credores de última instância.

"Os conhecimentos dos ganhadores melhoraram a nossa capacidade de evitar crises sérias e resgates caros", disse o presidente do Comitê do Prêmio de Economia, Tore Ellingsen.

"Em suma, a teoria diz que os bancos podem ser tremendamente úteis, mas sua estabilidade só é garantida se forem devidamente regulamentados", acrescentou.

- Um "Nobel falso" -

Ao contrário dos outros prêmios Nobel, o de Economia não foi contemplado pelo cientista Alfred Nobel quando ele estabeleceu essas distinções, sendo criado posteriormente pelo Banco Central da Suécia. Por esse motivo, às vezes é chamado de "falso Nobel".

Mas, assim como os outros prêmios, os ganhadores recebem uma medalha e 10 milhões de coroas suecas (cerca de 900.000 dólares) em uma cerimônia em 10 de dezembro.

De todos os Prêmios Nobel, a Economia é a que tem menos mulheres premiadas. Apenas duas acadêmicas foram reconhecidas desde sua criação em 1969: Elinor Ostrom em 2009 e Esther Duflo em 2019.

No ano passado, este prêmio foi concedido ao canadense David Card, ao americano-israelense Joshua Angrist e ao americano-holandês Guido Imbens por suas pesquisas que "revolucionaram a pesquisa empírica" e contribuíram para uma melhor compreensão dos mercados de trabalho.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta quinta-feira (10) que os cidadãos americanos na Ucrânia devem deixar o país imediatamente. Ele garantiu que não pretende enviar soldados para resgatar aqueles que queiram esperar uma invasão russa para fugir.

"Os cidadãos americanos devem sair agora", disse em entrevista à NBC News. "Não é como se estivéssemos lidando com uma organização terrorista. Estamos lidando com um dos maiores Exércitos do mundo. É uma situação muito diferente, e as coisas podem sair do controle rapidamente."

##RECOMENDA##

Questionado se haveria algum cenário em que a Casa Branca possa enviar tropas para o resgate de americanos, Biden foi claro. "Não há. Quando os americanos e russos começam a atirar um contra o outro é guerra mundial", afirmou. "Estamos em um mundo muito diferente de antes."

Há semanas o Departamento de Estado americano aconselha os americanos na Ucrânia a deixar o país.

Os dois países estão em estado de conflito desde que Moscou posicionou mais de 100 mil soldados perto da fronteira com a Ucrânia. A Rússia afirma não planejar invadir o país vizinho, mas exige garantias do Ocidente de que a Otan não permitirá que Kiev e outras ex-nações soviéticas se juntem à aliança militar ocidental.

Apesar de intensos esforços diplomáticos para impedir uma guerra na região, milhares de tropas enviadas por Moscou à Belarus praticam exercícios militares. Comboios de sistemas de mísseis antiaéreos russos foram avistados ao longo de estradas cobertas de neve, como parte das manobras.

A Otan e seus membros também estão em movimento, indo para as fronteiras orientais da aliança. O Reino Unido posicionou mil soldados de prontidão para responder a uma possível crise humanitária na Europa Oriental se a Rússia de fato invadir a Ucrânia. O país também está enviando centenas de tropas para a Estônia e a Polônia como parte de uma demonstração de força da Otan.

Os Estados Unidos estão enviando navios para águas europeias. A Marinha não vinculou diretamente o envio de quatro destróieres à crise da Ucrânia, mas disse que fornecerá "flexibilidade adicional" ao comandante da Sexta Frota dos EUA, cuja área de responsabilidade inclui o Mediterrâneo, e operará em apoio aos aliados da Otan.

Milhões de americanos enfrentam, nesta segunda-feira (17), uma enorme tempestade com neve, gelo e fortes ventos no leste dos Estados Unidos, que causa interrupções no tráfego, suspensão de voos e falta de energia em cerca de 130 mil casas.

O Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) informou que a tempestade combina neve pesada, chuva gelada e ventos fortes e impacta o sudeste e a costa do Atlântico, antes de seguir para a Nova Inglaterra e o sul do Canadá.

Até 30 centímetros de neve são esperados em uma faixa de território que se estende do norte do vale de Ohio até a região sul dos Grandes Lagos, alertou o NWS.

Mais de 80 milhões de pessoas estão sob alerta climático, informou a mídia dos EUA.

No domingo, cerca de 235 mil clientes haviam ficado sem energia elétrica no sudeste, mas esta manhã esse número havia caído para 130 mil residências, de acordo com o site PowerOutage.US.

Em áreas ao longo das Montanhas Apalaches, a neve pode cair nesta segunda a uma razão de 2,5 cm por hora, enquanto o tempo ruim pode durar até terça-feira, de acordo com o NWS.

A tempestade gerou tornados no estado da Flórida e inundações em partes da costa. Ventos gelados varreram as Carolinas e os Apalaches.

O transporte foi severamente afetado. Cerca de 3 mil voos de ou para os Estados Unidos foram cancelados no domingo, de acordo com o site FlightAware, e outros 4,2 mil foram atrasados.

Uma parte da rodovia interestadual I-95, muito movimentada, foi fechada na Carolina do Norte. Os motoristas receberam alertas sobre as condições perigosas da estrada.

- Estado de emergência -

O governador da Geórgia, Brian Kemp, havia declarado estado de emergência na sexta-feira e os limpa-neves estavam trabalhando desde antes do meio-dia para limpar as estradas.

Virgínia e Carolina do Norte também declararam estado de emergência.

A polícia da Virgínia disse no Twitter que teve que responder a quase 1 mil incidentes no domingo. "A maioria de carros danificados. Nenhuma fatalidade relatada", reportou.

O governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, anunciou no Twitter que, até o meio-dia de domingo, até trinta centímetros de neve havia caído em algumas áreas e que "uma formação de gelo significativa está causando problemas na parte central do estado". O governador instou a população a fazer todo o possível para evitar o deslocamento.

Também na Carolina do Norte, a tempestade fez com que o telhado de uma residência universitária desabasse, segundo a emissora local ABC, mas não houve feridos.

O NWS informou que rajadas de neve foram registradas em Pensacola, Flórida, enquanto Atlanta (Geórgia), com o clima normalmente ameno, também recebia neve.

Algumas inundações costeiras são esperadas e o NWS alertou que os ventos na costa atlântica podem se aproximar da força de um furacão.

A neve já havia atingido o nordeste dos Estados Unidos no início deste mês. Uma tempestade deixou centenas de motoristas presos por mais de 24 horas em uma rodovia que liga a Washington.

Dezesseis americanos e um canadense, ligados a um grupo cristão de ajuda dos EUA, foram sequestrados por uma gangue em Porto Príncipe, capital do Haiti, quando estavam deixando um orfanato. Segundo o grupo Ministério Cristão de Ajuda, com sede em Ohio, os sequestrados são cinco homens, sete mulheres e cinco crianças, uma delas de 2 anos, a base dos missionários e suas famílias fica em Titanyen, cerca de 17 quilômetros ao norte de Porto Príncipe.

A gangue 400 Mawozo, uma das mais perigosas do país, que admitiu ter sequestrado cinco padres e duas freiras em abril, é apontada como a responsável por este sequestro, disse a polícia haitiana ontem. O sequestro do grupo de missionários ocorreu em Ganthier, uma comunidade no leste de Porto Príncipe.

##RECOMENDA##

A gangue, cujo nome pode ser traduzido como "400 homens inexperientes", controla a área de Croix-des-Bouquets, que inclui Ganthier, onde ela costuma realizar sequestros, roubos de carros e extorsão de comerciantes. O Haiti luta contra uma onda de sequestros realizados por gangues. No entanto, mesmo em um país acostumado com a violência, o crime cometido contra um grupo de americanos chocou as autoridades pela ousadia.

A violência vem aumentando na capital haitiana, onde alguns estimam que as gangues atualmente controlem metade da cidade. Ontem, um ônibus foi sequestrado e membros de um grupo criminosos dispararam contra uma escola, ferindo pelo menos cinco pessoas, entre elas estudantes.

As forças de paz da ONU (Minustah) tiveram sucesso em conter a criminalidade em Porto Príncipe e nos subúrbios. No entanto, após o fim da missão, em 2017, as gangues voltaram com força total.

Esses grupos começaram a ampliar suas ações dois anos atrás, quando manifestantes furiosos com a corrupção exigiram a renúncia do presidente Jovenel Moïse e paralisaram o país. Os bloqueios e a violência impediram as pessoas de receberem tratamento nos hospitais, as crianças de frequentarem as escolas e os trabalhadores de comparecerem ao emprego.

O Haiti, um dos países mais pobres do mundo, tem um PIB de US$ 8,6 bilhões (o do Brasil é de US$ 1,8 trilhão) e ocupa a 170ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano, que mede a qualidade de vida dos seus cidadãos.

Partes de Porto Príncipe, incluindo a área onde o sequestro ocorreu, são tão perigosas que muitos residentes deixaram suas casas para viver em abrigos temporários, deixando as ruas praticamente abandonadas.

Membros das gangues vigiam as ruas da capital e poucos pedestres se aventuram a sair, mesmo de dia. Os criminosos têm sequestrado até mesmo ambulantes e, quando a família não tem dinheiro para pagar o resgate, eles exigem que ela venda eletrodomésticos, como geladeiras e televisores.

A insegurança aumentou ainda mais nos últimos meses, em razão do impasse político no país, após o presidente Moïse ser assassinado a tiros em sua residência, em 7 de julho, e um terremoto de magnitude 7,2 que matou mais de 2,2 mil pessoas, em agosto.

Apesar das investigações, a polícia haitiana ainda não identificou os responsáveis pelo assassinato do presidente e os políticos começaram a disputar o controle do governo, acusando uns aos outros de participação na conspiração para matá-lo.

O sequestro dos missionários ocorreu um dia após o Conselho de Segurança da ONU aprovar por unanimidade a extensão de sua missão no Haiti por mais nove meses. Muitos haitianos vêm pedindo que os EUA enviem tropas para ajudar na estabilização do país, mas o governo do presidente Joe Biden está relutante em enviar soldados para o Caribe.

"A segurança e o bem-estar dos cidadãos americanos no exterior são prioridade do Departamento de Estado", disse um porta-voz, em comunicado, sem dar detalhes. Um funcionário americano de alto escalão, que pediu anonimato, disse que os EUA estão em contato com autoridades haitianas para tentar resolver o caso.

O deputado republicano Adam Kinzinger, membro do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, disse ontem à CNN que os EUA precisam localizar os missionários e negociar a libertação deles sem o pagamento de um resgate.

A notícia do sequestro dos missionários veio dias após funcionários de alto escalão do governo americano visitarem o Haiti e prometerem mais recursos para a Polícia Nacional, incluindo US$ 15 milhões para ajudar a reduzir a violência das gangues. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

É necessário administrar nos americanos uma terceira dose da vacina contra o coronavírus da Pfizer para melhor protegê-los contra a Covid-19? Especialistas do mundo médico se reúnem nesta sexta-feira (17) para opinar sobre esse polêmico tema.

O governo do presidente Joe Biden anunciou em agosto que lançaria uma campanha de reforço, a partir de 20 de setembro, para todos os americanos que haviam recebido sua segunda dose oito meses antes.

Essa decisão pegou muitos especialistas de surpresa, ainda cautelosos quanto aos possíveis efeitos colaterais que essa dose adicional geraria e em um momento em que muitos países tiveram acesso apenas a um número muito limitado de injeções.

A desconfiança se espalhou pelas fileiras da Agência de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), que publicou um documento se distanciando da decisão anunciada antes da reunião de seu comitê de especialistas independentes.

"No geral, os dados indicam que as vacinas licenciadas nos Estados Unidos ainda conferem proteção contra formas graves da Covid-19 e morte", disse a FDA.

Os especialistas deste comitê (pesquisadores, epidemiologistas, especialistas em doenças infecciosas) devem decidir se consideram que há evidências suficientes sobre eficácia e segurança de uma dose de reforço.

As recomendações deste comitê não são vinculativas, mas geralmente são seguidas.

Qualquer sinal de desconfiança que possa expressar em suas conclusões soaria, porém, como uma crítica ao governo Biden. O democrata anunciou que queria revacinar todos os americanos antes mesmo de consultar as agências científicas.

Dois altos funcionários da FDA já assinaram uma carta publicada no The Lancet contra uma terceira dose "neste estágio da pandemia".

Se os especialistas votarem a favor de uma dose de reforço para os americanos, caberá a outro comitê - liderado pela principal agência federal de saúde, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) - decidir quem deve receber essa vacina primeiro e quando. Este grupo se reunirá de 22 a 23 de setembro.

No passado, os CDC determinaram que a prioridade deveria ser dada a adultos com 65 anos, ou mais, residentes de lares para idosos e profissionais de saúde.

Para convencer da necessidade dessa dose adicional, a Pfizer planeja citar estudos que mostraram uma diminuição na proteção contra a infecção alguns meses após a administração das duas primeiras doses, de acordo com documentos do grupo farmacêutico.

Um número crescente de estudos mostra, porém, que duas doses são suficientes para fornecer alta proteção contra manifestações graves da doença, embora em níveis ligeiramente mais baixos em pessoas mais velhas.

A Pfizer também citará dados que mostram que os reforços aumentam o nível de anticorpos contra a variante delta, bem como estudos conduzidos em Israel, onde se fez uma campanha de administração da terceira dose, para sustentar seus argumentos.

A FDA afirma, entretanto, que nem todos os estudos são necessariamente confiáveis e estima que aqueles resultantes de pesquisas nos Estados Unidos "provavelmente representem com mais precisão a eficácia das vacinas na população americana".

Os quatro turistas espaciais americanos passaram seu primeiro dia em órbita na espaçonave da SpaceX, fazendo pesquisas científicas e conversando com crianças de um hospital do câncer infantil, após decolar do Cabo Canaveral, na Flórida no dia anterior.

As crianças do Hospital St. Jude puderam falar com a equipe da missão Inspiration4, "e fizeram a pergunta que todas fazem: 'Há vacas na lua?'", tuitou o hospital.

Inspiration4 é a primeira missão espacial composta inteiramente por civis.

A tripulação "circulou a Terra 5,5 vezes, conduziu a primeira rodada de pesquisas científicas e comeu alguma coisa" antes de ir para a cama, revelou no Twitter a SpaceX, empresa fundada por Elon Musk.

Este último indicou em sua conta no Twitter que havia falado com a tripulação e que "está tudo bem".

Agora, os tripulantes terão acesso à imensa cúpula envidraçada instalada dentro da cápsula Dragon para oferecer aos passageiros uma visão de 360 graus do vazio espacial e que substitui o sistema normalmente destinado a atracar com a Estação Espacial Internacional (ISS).

O bilionário Jared Isaacman, a assistente médica Hayley Arceneaux, o engenheiro aeronáutico Chris Sembroski e a professora de geologia Sian Proctor orbitam a 590 quilômetros acima do nível do mar. Todos são novatos no espaço.

A Inspiration4, que orbita além da Estação Espacial Internacional (cerca de 400 km acima do nível do mar), é a primeira missão a ir tão longe no espaço desde a enviada para reparar o telescópio Hubble em 2009.

Seu objetivo é arrecadar US$ 200 milhões para o Hospital St. Jude e estudar os efeitos do espaço nesta tripulação de astronautas amadores.

- 14 humanos no espaço -

No entanto, outra importante meta da missão é mostrar que o espaço é acessível para pessoas comuns e não apenas para astronautas.

"Missões como a Inspiration4 ajudam a avançar os voos espaciais para permitir que todos entrem em órbita e além", disse Musk.

Com esta missão, um novo recorde é quebrado: há atualmente 14 humanos no espaço sideral. O recorde anterior era de 13 em 2009 na ISS.

Atualmente há sete pessoas na ISS e três astronautas chineses a bordo da espaçonave Shenzhou-12, que os levará para casa após 90 dias na estação espacial de Tiangong.

A aventura espacial fecha um verão boreal marcado pela batalha dos bilionários Richard Branson e Jeff Bezos para chegar à última fronteira.

Mas esses voos ofereciam aos passageiros apenas alguns minutos em gravidade zero, em vez dos três dias completos de órbita que a tripulação da Inspiration4 experimentará, antes de chegar à costa oeste da Flórida no sábado.

Os Estados Unidos marcam, neste sábado (11), o vigésimo aniversário do 11 de Setembro, com cerimônias para homenagear os cerca de 3.000 mortos nos ataques da Al-Qaeda, em uma atmosfera tensa pela caótica retirada americana do Afeganistão.

Um minuto de silêncio foi observado às 8h46 (9h46 de Brasília) no memorial de Manhattan (Nova York), onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center (WTC), exatamente vinte anos após o primeiro avião sequestrado pelos terroristas ter atingido a Torre Norte.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, preside a homenagem aos 2.977 mortos (incluindo 2.753 em Nova York) no "Marco Zero" ao lado de antecessores, incluindo Barack Obama e Bill Clinton.

Em duas décadas, o tempo de uma geração, os ataques terroristas mais mortais da História agora estão bem ancorados na história política e na memória coletiva dos Estados Unidos, mas a dor das famílias das vítimas e sobreviventes continua extremamente viva.

- Pearl Harbor -

Mais cinco minutos de silêncio e homenagens musicais se seguirão até as 12h30 (13h30 de Brasília) para marcar a trágica manhã daquela terça-feira de 11 de setembro de 2001: o colapso das torres de Nova York, o ataque ao Pentágono perto de Washington e a queda de um dos aviões em Shanksville, Pensilvânia.

Como todo 11 de setembro, durante três horas, os nomes das quase 3.000 vítimas serão lidos no memorial de Nova York. Enormes feixes de luz verticais saem das duas enormes bacias pretas que substituíram a base das torres.

Na Times Square, no centro de Manhattan, coração econômico da maior potência mundial, onde tradicionalmente se comemora as vitórias do país, também estão previstos uma mobilização e momentos de contemplação.

Todo americano, vítima ou testemunha do 11 de Setembro, se prepara para homenagear um ente querido perdido.

Frank Siller foi mais longe. Irmão de um bombeiro do Brooklyn que morreu no WTC, ele "caminhou 537 milhas (864 km entre Washington e Nova York) do Pentágono, em Shanksville, até o Marco Zero", e está levantando fundos para apoiar as famílias das vítimas.

"A América nunca se esqueceu de Pearl Harbor, e nunca se esquecerá do 11 de Setembro", disse Siller à AFP.

De fato, segundo pesquisadores, o cataclismo do 11 de Setembro mudou a sociedade e a política americanas e, em uma geração, tornou-se um capítulo da história inscrito na memória do país. Como Pearl Harbor, o Desembarque na Normandia ou o assassinato do presidente Kennedy.

Este aniversário do 11 de Setembro, Joe Biden, de 78 anos, sem dúvida preparou muitas vezes desde sua vitória em novembro contra Donald Trump, a quem acusou de ter enfraquecido e fragmentado os Estados Unidos.

Em uma mensagem de vídeo transmitida na sexta-feira à noite, o presidente democrata pediu "união, nossa maior força".

Mas depois de oito meses no cargo, ele é amplamente criticado pelo desastre do fim da intervenção militar no Afeganistão, com Washington sendo pego de surpresa pelo avanço meteórico do Talibã.

Em 20 anos, os Estados Unidos perderam 2.500 soldados e gastaram mais de US $ 2 trilhões no Afeganistão.

No final de agosto, abandonaram o país às mãos dos fundamentalistas islâmicos que haviam expulsado de Cabul no final de 2001, acusando-os de abrigar o líder da Al-Qaeda Osama bin Laden, que finalmente foi morto em 2011 no Paquistão.

- Geração 11 de Setembro -

E o ataque de 26 de agosto, reivindicado pelo braço afegão do grupo Estado Islâmico, que matou 13 jovens soldados americanos no aeroporto de Cabul - em meio a uma operação de evacuação - revoltou parte da opinião pública.

Esses jovens militares eram, em sua maioria, crianças em 11 de setembro de 2001.

A morte deles é um lembrete de uma dolorosa cicatriz nos Estados Unidos: entre a memória ainda viva para dezenas de milhões de adultos americanos e uma consciência histórica mais parcial para os jovens nascidos desde os anos 1990.

É "importante que saibam o que aconteceu naquele dia, porque há toda uma geração que não entende bem", defende Monica Iken-Murphy, viúva de um operador do mercado financeiro que trabalhava na Torre Sul do WTC.

A rainha Elizabeth II prestou homenagem neste sábado às vítimas do 11 de Setembro, bem como à "resistência e determinação das comunidades que se uniram para reconstruir" após os ataques.

Os talibãs se comprometeram a permitir que cidadãos americanos e afegãos em risco deixem o Afeganistão após 31 de agosto, anunciou nesta quarta-feira (25) o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Em coletiva de imprensa em Washington, DC, o chefe da diplomacia do governo do democrata Joe Biden afirmou que "os talibãs assumiram compromissos públicos e privados para proporcionar e permitir uma passagem segura aos americanos, aos cidadãos de países terceiros e aos afegãos em risco a partir de 31 de agosto".

Blinken declarou aos jornalistas que pelo menos 4.500 cidadãos americanos dos 6.000 que queriam deixar o país já foram retirados.

Assim, segundo estimativas, restariam cerca de 1.500 americanos a ser evacuados do Afeganistão. Com 500 deles existe um "contato direto" próximo, afirmou.

"Estamos em contato ativo com eles várias vezes por dia através de múltiplos canais de comunicação (...) para determinar se ainda querem partir", disse Blinken aos jornalistas.

Nesta terça, o presidente Joe Biden disse que a ponte aérea de retirada, liderada pelos Estados Unidos a partir do superlotado aeroporto de Cabul, capital afegã, deve terminar em breve devido à ameaça crescente do braço afegão do grupo Estado Islâmico.

Pouco antes, Biden havia dito aos líderes do G7 que os Estados Unidos estavam "em vias" de concluir sua retirada militar do Afeganistão até 31 de agosto, uma condição irredutível exigida pelos talibãs em meio a complicações geradas no principal terminal aéreo, cuja segurança é garantida por 6.000 militares americanos.

Até agora, quase 60.000 pessoas, entre estrangeiros e afegãos, foram evacuadas do país a partir do aeroporto de Cabul desde 14 de agosto, a maioria delas em voos militares americanos, segundo números de Washington. Mas uma multidão continua reunida do lado de fora das instalações, esperando a oportunidade de sair do país.

Mais de 100 mil pessoas no nordeste dos Estados Unidos estavam sem luz neste domingo (22), após a passagem da tempestade tropical Henri, informou um site especializado, enquanto o presidente Joe Biden pedia cautela diante do risco de inundações.

Mais de 70 mil pessoas no estado de Rhode Island, 30 mil em Connecticut e 10 mil em Massachusetts foram afetadas pelo apagão, segundo o site poweroutage.us.

A tempestade tropical tocou o solo americano em Rhode Island às 12h15 locais, segundo o serviço meteorológico nacional. Em seu boletim das 21h GMT, o Centro Nacional de Furacões (NHC) informou que Henri registrava ventos máximos de 65 km/h.

É importante monitorar a situação e estarem preparados em casa e na vizinhança. Certifiquem-se de contar com suprimentos, incluindo remédios, alimentos, água e rádios a bateria em caso de cortes de energia prolongados", advertiu o presidente Biden durante entrevista coletiva no fim da tarde.

Henri, que foi rebaixado de furacão a tempestade tropical nesta manhã, deve se deslocar mais lentamente nas próximas horas, observou o NHC, acrescentando que o fenômeno climático poderia "se estagnar perto do limite entre os estados de Nova York e Connecticut esta noite".

O nordeste dos Estados Unidos não costuma ser afetado por tempestades desse tipo, que tendem a atingir com mais frequência os estados mais ao sul.

Conforme a superfície dos oceanos se aquece, os furacões se tornam mais poderosos, explicam os cientistas. Portanto, representam um risco cada vez mais importante para as comunidades costeiras.

Apesar de o governador de Rhode Island, Dan McKee, ter dito que houve grandes enchentes em algumas áreas, reações iniciais de moradores parecem indicar que a tempestade não foi tão forte quanto o esperado.

"Fomos salvos", disse à AFP James Kiker, morador de Newport, na manhã deste domingo, assinalando que observou "poucos danos" em sua vizinhança.

Dois americanos foram condenados nesta segunda-feira (19) a penas de prisão por um tribunal de Tóquio por suas ações para ajudar Carlos Ghosn, ex-CEO da Renault e Nissan, a fugir do Japão no fim de 2019.

Michael Taylor, de 60 anos, foi condenado a dois anos de prisão, e seu filho Peter Taylor, 28 anos, a 20 meses. Eles eram julgados desde o mês passado em Tóquio.

Carlos Ghosn fugiu do Japão escondido em uma caixa de equipamento de som.

Michael e Peter Taylor aceitaram as acusações e pediram desculpas no tribunal. Os dois afirmaram que lamentavam suas ações.

No início de julho, a Promotoria solicitou dois anos e 10 meses de prisão para Michael Taylor e dois anos e meio para seu filho.

Os advogados haviam solicitado condenações com suspensão condicional das penas, argumentando em particular que Carlos Ghosn foi o principal instigador de toda a operação e que os Taylor já passaram 10 meses em prisão provisória nos Estados Unidos antes da extradição para o Japão.

Mas o juiz Hideo Nirei destacou nesta segunda-feira que este foi um "crime grave" porque a perspectiva de ver Ghosn julgado no Japão algum dia praticamente desapareceu.

"Os dois acusados conseguiram com êxito uma fuga ao exterior sem precedentes e tiveram um papel proativo nesta operação", afirmou o juiz.

- Dinheiro como motivação -

Nirei disse ainda que pai e filho foram motivados pelo dinheiro, e não porque Michael Taylor tem, por meio de sua esposa, relações distantes de parentesco com a família de Ghosn no Líbano.

De acordo com os investigadores, os Taylor receberam de Ghosn 862.500 dólares para preparar a operação e depois o equivalente a 500.000 dólares em bitcoins para pagar os gastos com advogados.

Carlos Ghosn mora no Líbano desde sua fuga, o que significa que o ex-CEO da Renault e Nissan está fora do alcance da justiça japonesa porque Beirute não extradita seus cidadãos.

Os Taylor foram detidos nos Estados Unidos em maio de 2020 e extraditados ao Japão em março para o julgamento.

Outro suposto cúmplice, um homem de origem libanesa chamado George-Antoine Zayek que ajudou os Taylor no Japão, continua foragido.

No fim de 2019, Carlos Ghosn estava em liberdade sob fiança em Tóquio, com a proibição de sair do Japão à espera do julgamento por suposta frauda financeira, acusação que sempre negou, quando estava à frente da Nissan.

Em 29 de dezembro de 2019, depois de viajar de maneira incógnita de Tóquio a Osaka no Shinkansen, o trem de alta velocidade japonês, ele se escondeu em uma grande caixa de equipamento de som, perfurada com pequenos orifícios discretos para permitir sua respiração.

A estratégia permitiu evitar os controles na alfândega do aeroporto internacional de Kansai, pois na época a inspeção de bagagem não era obrigatória para os passageiros de um voo privado.

O avião seguiu para Istambul, Turquia, onde Ghosn embarcou em outra aeronave alugada e viajou até Beirute.

Em fevereiro, três pessoas - um funcionário de uma empresa de aviões e dois pilotos - vinculadas à fuga foram condenadas a mais de quatro anos de prisão em Istambul.

A fuga de Ghosn não impediu o início no ano passado de um julgamento penal em Tóquio sobre dezenas de milhões de dólares em compensações diferidas que o executivo da Nissan receberia após a aposentadoria, mas que não foram mencionados nos relatórios enviados à Bolsa pelo grupo.

O americano Greg Kelly, ex-diretor jurídico da Nissan que foi detido no mesmo dia que Ghosn em novembro de 2018, é atualmente o único no banco dos réus pelo caso, já que a Nissan está sendo julgada como pessoa jurídica.

Kelly, 64 anos, pode ser condenado a até 10 anos de prisão no julgamento. A Nissan se declarou culpada.

Os americanos Michael e Peter Taylor, pai e filho, admitiram nesta segunda-feira (14) pela primeira vez em um tribunal de Tóquio que esconderam o ex-CEO da Renault-Nissan Carlos Ghosn em uma caixa de equipamento de som para ajudá-lo a fugir do Japão e evitar a polícia.

Michael e Peter Taylor admitiram as acusações contra ambos apresentadas pelo promotor no início do julgamento.

O ex-militar Michael Taylor e seu filho Peter foram extraditados dos Estados Unidos ao Japão para enfrentar o processo por ajudar o empresário a fugir do país asiático em dezembro de 2019.

Os dois podem ser condenados a até três anos de prisão em caso de condenação por planejar a fuga de Ghosn, de nacionalidade libanesa, brasileira e francesa, que havia sido detido em 2018 em Tóquio por acusações de irregularidades financeiras.

Ghosn estava em liberdade sob fiança e aguardava um julgamento por irregularidades financeiras, que ele nega, quando conseguiu escapar das autoridades japonesas e embarcar em um avião privado com destino ao Líbano, que não tem tratado de extradição com o Japão.

Os Taylor são acusados, ao lado de um libanês foragido, de orquestrar a fuga em dezembro de 2019, quando Ghosn se escondeu em uma caixa de equipamento de som para entrar no avião.

Michael, 60 anos, e Peter, 28, tentaram evitar a extradição para o Japão alegando que poderiam enfrentar condições similares à tortura.

Hiroshi Yamamoto, subdiretor do Ministério Público de Tóquio, se negou a comentar sobre o caso, mas a imprensa local informou que os dois homens admitiram as ilegalidades em interrogatórios.

O canal público NHK informou que Peter recebeu 1,3 milhão de dólares de Ghosn para ajudar na fuga.

De acordo com jornal Asahi Shimbun, os dois afirmaram que gastaram a maior parte do dinheiro recebido nos preparativos da fuga, incluindo os custos do avião fretado, e que não receberam um pagamento por sua ajuda.

Ghosn permanece no Líbano, onde na semana passada foi interrogado por investigadores franceses por uma série de acusações de irregularidades financeiras.

Um drone com explosivos caiu, na manhã deste sábado (8), em uma base aérea iraquiana que abriga tropas americanas, informou o Exército iraquiano, um modus operandi já usado por facções pró-Irã no Iraque e em outras partes do Oriente Médio.

A coalizão antijihadista liderada por Washington no Iraque esclareceu que o ataque - o quarto em menos de uma semana - "não provocou baixas", mas que "um hangar sofreu danos" na base aérea de Ain al-Assad, no oeste desértico do Iraque.

##RECOMENDA##

As facções pró-Irã, que querem acabar com qualquer presença militar estrangeira no Iraque, alcançaram um novo nível em meados de abril com um ataque espetacular.

Na ocasião, um drone "carregado com TNT" - de acordo com as autoridades curdas - caiu no quartel-general da coalizão antijihadista no aeroporto internacional de Erbil. A notícia chocou porque foi a primeira vez que as autoridades iraquianas relataram tal modus operandi.

"Outros ataques, porém, já ocorreram em solo iraquiano", garantiu à AFP um funcionário do governo iraquiano.

E, acima de tudo, segundo os americanos, os pró-iranianos do Iraque e do Iêmen já coordenaram esforços para realizar um ataque semelhante sobre um palácio real saudita em Riade. O drone em questão foi interceptado antes de atingir o palácio, segundo um oficial americano.

Há um ano e meio, os pró-Irã disparam, em intervalos regulares, foguetes visando os 2.500 soldados americanos ainda presentes no Iraque, bem como a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá.

Desde o último domingo, eles dispararam dois foguetes contra a base de Ain al-Assad, seis outros contra outra base aérea, Balad, onde os americanos mantêm a frota iraquiana de caças F-16, e dois foguetes no aeroporto de Bagdá, onde soldados americanos também estão estacionados.

Para lidar com esses projéteis - que já mataram americanos, britânicos e iraquianos -, os Estados Unidos instalaram sistemas de defesa C-RAM, que são baterias antiaéreas, em Bagdá e Erbil.

Nem tudo está fora de controle em Miami Beach. A poucos quarteirões dos milhares de turistas americanos que forçaram o estado de emergência, os moradores fazem ioga na praia ao amanhecer e recolhem o lixo deixado pelos visitantes.

“Foram dias difíceis com as férias de primavera”, diz Radha Silva, a instrutora.

##RECOMENDA##

"Como residentes, somos cautelosos e preferimos nos afastar e ir para a praia bem cedo pela manhã."

Em 10 anos que mora em Miami Beach, essa "iogue" brasileira de 49 anos nunca viu tanta gente.

"Acho que é por causa da pandemia, ou seja o que for que as pessoas estão passando."

Todo mês de março, essa pequena ilha do sul da Flórida é destino de milhares de turistas, principalmente estudantes, que vêm de todo o país em busca de clima quente e vida noturna.

Neste ano, a cidade foi inundada por um número incomum de turistas após um ano de tristeza e privação.

Eles dançam seminus nos tetos dos carros enquanto passam as garrafas de mão em mão, celebrando o que equivocadamente percebem como o fim da pandemia, muitas vezes com brigas e tiros para o alto.

“Você está aqui curtindo a praia, sabe, é uma boa vibração”, diz Joseph, um jovem turista de Nova Jersey.

"Acabou o Corona, acabou o inverno, vacine-se, volte ao normal."

No entanto, as "boas vibrações" saíram do controle e, desde fevereiro, a polícia confiscou 80 armas e fez mais de 1.000 prisões, cerca de 400 delas por crimes graves.

Além disso, na segunda-feira, foi registrada a prisão de dois homens por drogar e estuprar uma mulher, que mais tarde foi encontrada morta em seu quarto de hotel.

- Sitiados em sua cidade -

Em resposta, as autoridades impuseram um toque de recolher aos fins de semana nas ruas mais turísticas, que valerá até meados de abril, e ordenaram o fechamento das três pontes que ligam a ilha a Miami durante a noite.

Mas a apenas alguns quarteirões das festas na Ocean Drive, Miami Beach é um bairro tranquilo de classe trabalhadora, com habitantes de todo o mundo.

Muitos moradores são funcionários de restaurantes e hotéis e pedalam suas bicicletas ao ritmo preguiçoso da praia e do calor.

Eles costumam fazer compras em feiras de bairro que vendem de tudo, desde empanadas argentinas a "janelinhas" cubanas onde se serve café coado por vendedores falam uma mistura de italiano, inglês e espanhol.

Portanto, a situação atual é frustrante para muitos. No final da tarde, Sophie Ringel caminha pela praia recolhendo resíduos que a cidade não consegue remover apesar de limpar duas vezes ao dia.

“Não gosto de catar o lixo alheio”, diz a contadora e ambientalista alemã de 36 anos. "Mas deixá-lo na mata é ainda pior." "Os veranistas estão destruindo nossa cidade em muitos níveis, é um desastre completo", disse ele à AFP.

“O toque de recolher e as restrições afetam nossa vida diária como residentes”, acrescenta ela, “e me sinto insegura em minha própria cidade”. Seu grupo, o Clean Miami Beach, recolheu 10.000 kg de lixo das praias desde que foi fundado em 2019.

O problema é que, embora muitos temam o quão incontrolável a multidão se tornou, eles também dependem do turismo para sobreviver.

Tania Dean, uma barista inglesa que está em Miami Beach há 21 anos, admite que atualmente tem medo de passear com o cachorro à noite, mas acredita que recorrer à repressão policial "é como esvaziar o oceano com uma colher". “Amo turistas. Eles pagam minhas contas”, diz.

“É muito fácil colocar o turista no papel de vilão, mas não é ele o problema, o problema é a prefeitura”.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na terça-feira (17) que todos os cidadãos do país terão acesso às vacinas contra a Covid-19 antes de agosto.

Biden já havia declarado que as vacinas poderiam estar disponíveis para todos na primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), mas a Casa Branca revisou recentemente a avaliação otimista, alegando problemas com a disponibilidade das vacinas e com a capacidade de aplicação.

Ao ser questionado quando todos os americanos estariam vacinados, Biden respondeu, durante um encontro com cidadãos organizado pelo canal CNN: "Até o fim de julho deste ano".

"Até o fim de julho teremos 600 milhões de doses, suficientes para vacinar todos os americanos", disse.

Biden também afirmou que deseja que os estudantes retornem rapidamente às escolas e se mostrou partidário da ideia de que os professores avancem na escala de prioridade para receber a vacina.

"No próximo Natal estaremos em uma circunstância muito diferente", respondeu Biden ao ser questionado quando o país retomará a vida normal.

"Dentro de um ano acredito que teremos uma quantidade significativamente menor de pessoas que terão que manter o distanciamento social, que terão que usar máscara", declarou Biden, antes de alertar que não tinha certeza da previsão.

As vacinas Pfizer e Moderna contra a Covid-19 podem ser aprovadas em questão de semanas, mas quem nos Estados Unidos será imunizado primeiro?

Um painel de alto nível de especialistas dos EUA votou nesta terça-feira (1°) que os profissionais de saúde e residentes em instituições de longa permanência deveriam ser priorizados na primeira fase.

"Acredito que meu voto reflete benefícios máximos, danos mínimos, promoção da justiça e mitigação das desigualdades de saúde existentes, no que diz respeito à distribuição desta vacina", disse José Romero, presidente do Comitê Consultivo em Práticas de Imunização nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

No entanto, os especialistas dos EUA podem diferir de outros países priorizando "trabalhadores essenciais" que mantêm a sociedade funcionando - antes de pessoas em maior risco.

Para ser claro, não haverá um único conjunto de regras para toda a nação. Correndo o risco de criar confusão, como aconteceu durante a campanha de vacinação contra a gripe H1N1 em 2009, o governo federal só faz recomendações aos estados, que decidem por si próprios como distribuir as doses e quem terá prioridade.

Painéis de especialistas renomados já emitiram suas opiniões, que divergem em alguns aspectos essenciais e revelam a tensão no centro do debate: as vacinas devem proteger os mais vulneráveis e ajudar a facilitar o retorno à normalidade.

Impulsionar a economia o mais rápido possível seria a motivação que pode diferenciar os EUA.

A principal autoridade de saúde da França recomendou começar com residentes e funcionários de lares de idosos, seguidos por idosos e profissionais de saúde, depois os com mais de 50 anos, pessoas cujos empregos as colocam em risco, pessoas de alto risco médico, os pobres e, finalmente o resto da população.

Essa é a abordagem recomendada pela Organização Mundial da Saúde e adotada por vários países ricos, disse Saad Omer, diretor do Instituto de Saúde Global de Yale, à AFP.

Nos EUA, o painel votou esmagadoramente a favor da priorização dos profissionais de saúde e instalações de cuidados de longa duração (como os lares para idosos), que responderam por cerca de 40% das mortes no país até agora.

O comitê não votou sobre o que aconteceria após a fase inicial, mas especialistas propuseram, então, dar prioridade aos trabalhadores essenciais na fase "1b", seguidos por adultos com múltiplos fatores de risco e adultos com mais de 65 anos na fase "1c".

- Mantendo o país funcionando -

Trabalhadores essenciais incluem professores, funcionários de abatedouros e supermercados que mantêm os americanos abastecidos e aqueles que dirigem ônibus e trens, vendem remédios, mantêm a ordem ou entregam correspondências e pacotes.

As pessoas nesses empregos costumam ser de minorias hispânicas ou negras e foram atingidas de forma desproporcional pela pandemia.

Na prática, essas considerações éticas, epidemiológicas e econômicas podem ser ignoradas na pressa inicial das doses.

Ainda há problemas a serem resolvidos: embora possa ser fácil reconhecer lares de idosos e hospitais, como os farmacêuticos e médicos podem confirmar se uma pessoa é de fato um trabalhador essencial ou se tem duas doenças subjacentes?

A administração Trump disse que as casas de repouso receberão vacinas da Pfizer/BioNTech já em meados de dezembro, no caso de uma luz verde regulamentar.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, atacou na quarta-feira (26) o candidato democrata Joe Biden, a quem acusou de ser um "cavalo de Troia da esquerda radical", e advertiu os eleitores que se Donald Trump for derrotado "não estarão a salvo".

No terceiro e penúltimo dia da convenção republicana, que termina nesta quinta-feira (27) com um discurso de Trump nos jardins da Casa Branca, Pence advertiu os eleitores que "não estarão a salvo nos Estados Unidos governado por Joe Biden".

##RECOMENDA##

Diante dos crescentes protestos por um novo caso de violência policial que deixou Jacob Blake, um homem negro, com graves sequelas em Wisconsin, Pence advertiu que nestas eleições "estão em jogo a lei e a ordem".

Depois dos protestos pelo incidente na localidade de Kenosha, Trump anunciou que enviaria agentes federais para conter as manifestações, nas quais duas pessoas morreram depois que um homem branco abriu fogo contra a multidão.

O incidente aconteceu quase três meses depois que George Floyd, um homem negro, foi morto por um policial branco que ajoelhou em seu pescoço por quase nove minutos, o que desatou a maior onda de protestos contra o racismo no país em décadas.

"Não se trata de saber (...) se o país será republicano ou democrata. A eleição é se os Estados Unidos continuarão sendo Estados Unidos", afirmou Pence.

Outros republicanos também fizeram advertências sobre a segurança durante a terceira noite da convenção e destacaram Trump como um defensor da "lei e da ordem".

"De Seattle e Portland a Washington e Nova York, as cidades governadas pelos democratas estão sendo invadidas por violentas turbas. A violência está desenfrenada", declarou a governadora da Dakota do Sul, Kristi Noem.

Pence tomou a palavra para aceitar a indicação como candidato a vice-presidente no Forte McHenry, em Baltimore, um local emblemático na história dos Estados Unidos por ter sido a fonte de inspiração para o hino nacional.

"Joe Biden não vai ser outra coisa que um cavalo de Troia da esquerda radical", afirmou o vice-presidente de 61 anos.

Pence, sempre em um discreto segundo plano, pode ganhar outra dimensão em caso de vitória de Trump em novembro e se posicionar como candidato à sucessão em 2024.

O presidente apareceu de modo surpreendente ao lado da primeira-dama para cumprimentar Pence após o discurso.

O vice apelou para o voto ideológico, com base nas crenças religiosas conservadoras e motivado por temas como a oposição ao aborto.

Durante a quarta-feira, vários oradores destacaram a oposição de Trump ao aborto.

Pence também ressaltou que o governo Trump nomeou "mais de 200 juízes conservadores" e sua defesa do direito à vida.

Em quase quatro anos de administração, Pence assumiu o papel de contrapeso ante o drama e as controvérsias que cercam Trump. Também se apresenta como uma pessoa de reputação que não pode ser atacada e tendências religiosas inquestionáveis.

Diante da imagem de Trump de magnata e "playboy" com três casamentos, Pence apresenta as credenciais de um homem piedoso, que supostamente se recusa a jantar sozinho com qualquer outra mulher que não seja sua esposa.

- A questão do coronavírus -

O vice-presidente, responsável por coordenar a resposta da Casa Branca à pandemia, discursou no momento em que o balanço de mortes provocadas pelo coronavírus supera 178.000. Além disso, a economia, principal ativo de Trump, saiu dos trilhos e a taxa de desemprego superou 10%.

O presidente está atrás de Biden nas pesquisas nacionais e aparece empatado em muitos estados chaves para chegar à Casa Branca, o que indica uma campanha acirrada.

Dois terços dos americanos se declaram descontentes com a gestão do governo para a pandemia.

Os democratas devem aproveitar o flanco e nesta quinta-feira a candidata a vice na chapa de Biden, a senadora Kamala Harris, vai criticar a estratégia de Trump para o coronavírus em um discurso em Washington, coincidindo com o discurso de Trump na última noite da convenção republicana.

O youtuber Felipe Neto estrelou, nesta quinta-feira (15), um vídeo para o New York Times. Nas imagens, Felipe apresenta fatos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), relatando declarações homofóbicas e atitudes de desrespeito durante a pandemia do coronavírus, como o passeio de Jet-ski.  

No vídeo de mais de 6 minutos, o youtuber fala que "perto de Trump, Bolsonaro é um Patch Adams". Felipe apresenta ainda imagens com tradução das declarações feitas pelo presidente na mídia, entre elas: "Não sou coveiro"; "A morte é o destino de todo mundo"; "Sou homofóbico com orgulho". E pontua o papel do presidente americano nas ações de Bolsonaro. 

##RECOMENDA##

Felipe chegou a dizer para os americanos durante o vídeo: "se você quer saber como ajudar o Brasil, por favor não reeleja Trump".

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando