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Emicida publicou um vídeo, em suas redes sociais, após tomar conhecimento que seu livro ‘Amoras’ foi alvo de intolerância religiosa em uma escola de Salvador (BA). A unidade da obra recebeu diversas marcações, por parte da mãe de um aluno, com versículos bíblicos e mensagens de teor evangélico que criticavam o conteúdo da publicação.. No desabafo, o rapper lamentou o ocorrido.

O caso aconteceu em uma escola de Salvador (BA) na última segunda (6). Segundo o G1, o livro é adotado nas práticas de ensino da instituição e foi indicado como sugestão de obras didáticas para o projeto Ciranda Literária, que estimula a leitura. No entanto, a mãe de um aluno acabou riscando as páginas da obra com indicações de salmos bíblicos, Ela também assinalou informações sobre orixás como sendo "falsas". 

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Ao saber do ocorrido, Emicida, autor de ‘Amoras’, foi às redes sociais para fazer um desabafo. Ele disse não ter sido a primeira vez que algo do tipo aconteceu e lamentou o fato. “ eu fiquei triste porque é de entristecer viver entre radicais que se propõem a proibir e vandalizar livros infantis. Livros. Sobretudo um livro tão inofensivo como esse, Amoras. Quer dizer inofensivo para os não racistas. A tristeza é por essas pessoas que querem que a sua religião, no caso o cristão, protestante, conhecidos como evangélicos, seja respeitada, e deve ser respeitada, mas não se predispõem nem por um segundo a respeitar outras formas de viver, de existir e de manifestar sua fé". Confira o vídeo. 

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Foi de uma conversa com a filha mais velha, Estela, de sete anos, que o rapper Emicida tirou a inspiração para escrever Amoras. Só que, desta vez, não se trata de uma música e sim de um livro infantil. A estreia do rapper no mundo da literatura traz uma obra que fala sobre representatividade para as crianças.

Em entrevista à revista Crescer, Emicida contou como surgiu a ideia para o livro. Ele disse que ao colher amoras com a filha, explicava à menina que as frutas mais escuras eram as mais doces; e ela ponderou sob as palavras do pai: "Na grandeza do raciocínio das crianças, ela chegou a esse raciocínio: disse que isso era bom porque ela também era pretinha. Olha a profundidade dessa analogia!", contou o músico.

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Daí veio a inspiração para Amoras. Um livro que fala, com a peosia de Emicida e ilustrações de Aldo Fabrini, sobre representatividade, abordando nomes importantes da história e um pouco de religião, também.

"Estou jogando isso no universo para que menos crianças sofram com o racismo, ainda tão presente em nosso país. A partir do momento que você conta a história e a pessoa se vê nela, nesse caso, as crianças, ela também passa a crer que tem lugar nesse mundo e que tem uma importância tremenda".

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