Tópicos | Análise Tática

Sem a pressão e a obrigatoriedade de conquistar a vitória a todo custo – como aconteceu contra o Socorrense, na Copa do Nordeste –, o Sport voltou às suas características ao enfrentar o Serra Talhada. Não foi um massacre, apesar do palcar de 4 a 2, porém, foi um jogo controlado amplamente pelo Leão e com poucos sustos. Claro, não foi uma partida perfeita e alguns erros aconteceram. E após o confronto, o técnico Eduardo Baptista reconheceu pontos a melhorar e isso é importante para o crescimento do time na temporada.

O 4-1-4-1, adotado desde a pré-temporada, foi a formação executada em campo pelos rubro-negros e sem muitas novidades. Eduardo Baptista optou por repetir praticamente a mesma equipe do último jogo pela falta de tempo para treinar novas alternativas. As únicas alterações foram as entradas de Vitor no lugar de Alex Silva e Oswaldo na vaga de Ewerton Páscoa, poupado. Alterações que modificaram pouco o estilo de jogo da equipe.

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Com o controle da partida desde os primeiros minutos, devido ao gol de Joelinton na falha do goleiro do Serra Talhada, o Sport dosou o ritmo na etapa inicial. Por isso, não foi uma equipe tão criativa. O segundo gol com Rithely, de cabeça, após cobrança de falta, era a tranquilidade necessária ao Leão. Ficou a sensação de que se a equipe da casa tivesse um pouco mais de ímpeto, teria matado o jogo logo no primeiro tempo, até porque o adversário não colocava resistência.

Diego Souza, outra vez escalado pelo lado esquerdo do campo, teve liberdade para rodar o campo. Por muitas vezes, apareceu na zona central e também na ponta direita. Mas, apesar dessa movimentação, não participou muito do jogo. Além disso, contribuiu com o gol do Serra Talhada ao errar um passe no meio-campo cedendo o contra-ataque, que resultou no gol de Diogo. Depois disso, o camisa 87 foi substituído por Régis.

Embora a equipe sertaneja estivesse num melhor momento em campo, o Sport voltou a fazer o que mais sabe. Colocou a bola no chão, teve paciência, trocou passes rápidos e logo retomou às rédeas da partida. O terceiro tento saiu em nova bola parada e em outra falha do goleiro Gleibson. Em seguida, Régis marcou de pênalti e a vitória estava garantida. O gol de falta do Serra Talhada alterou o placar, mas não o panorama do confronto.

Ao Sport, ficou a lição de que sem afobação o futebol é outro. Contra o Socorrense, a equipe insistiu em vários cruzamentos à área sem sucesso. Diante do Serra Talhada, os leoninos aplicaram o que foi treinado na pré-temporada. Bola no chão, de pé em pé, saindo de Magrão, passando por Rithely, que inicia a transição, até chegar ao ataque em triangulações. Esse é o estilo de jogo que propõe Eduardo Baptista, mas ainda faltam ajustes na equipe que podem acontecer com mudanças de peças ou de funções.

O trabalho feito por Moacir Júnior no Náutico ainda está no início, ele ainda não tem todas as peças à disposição e, durante os jogos, busca a melhor formação para a equipe. Este último tópico parece ter sido solucionado e apresentado na vitória por 2 a 0 sobre o Piauí, pela Copa do Nordeste.

Assim como no segundo tempo diante do Salgueiro, no empate por 2 a 2, o treinador optou por escalar a equipe no 4-2-3-1. O problema é que, mais uma vez, o time jogou bem apenas um tempo. Mas este, que foram os 45 minutos iniciais de quinta-feira (19), foi um alento aos alvirrubros. Ainda que o segundo tenha sido um tormento, com um adversário frágil pressionando o Timbu.

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O destaque do bom primeiro tempo do Náutico é que Moacir Júnior começa a achar a posição de cada jogador. FIllipe Soutto, cotado para ser referência no meio-campo, deixou de ser meia e jogou como volante ao lado de João Ananias. Por isso, Soutto foi muito mais participativo na transição. Por diversas vezes buscou a bola nos zagueiros para iniciar as jogadas de ataque. Resultado: o Timbu não deu tantos chutões como nos últimos jogos e a bola chegou com qualidade ao ataque.

O Náutico passou a jogar com os setores mais próximos, compacto e com possibilidade de triangulações. Um pedido por Moacir Júnior na véspera do jogo.

Outro beneficiado com este tipo de postura foi Patrick Vieira, que fez sua primeira boa apresentação com a camisa alvirrubra. Além do gol, o meia se movimentou bem, trocando de posição com Bruno Alves e dando opções de jogo no setor de criação. 

A compactação, além de contribuir com o ataque, deixou a defesa menos exposta. Porém, algumas falhas individuais seguem preocupando no setor. Contra o Piauí, Flávio voltou a mostrar algumas deficiências na marcação. Assim como David, que foi o lado mais explorado pelo adversário.

Na etapa complementar, tudo o que havia sido construído foi desfeito. O Náutico conseguiu voltar desorganizado e tomou alguns sustos. Júlio César, como de praxe, salvou a equipe em pelo menos dois lances. De acordo com o técnico Moacir Júnior, essa oscilação é normal por ter um time jovem e em formação. Mas ainda que faça sentido, o comandante do Timbu precisa buscar maneiras de evitar que isso aconteça. Por sorte e pela fragilidade do Piauí, o tento de empate não saiu.

Apesar da demora em fazer a primeira substituição – 19 minutos –, Moacir Júnior foi certeiro. Tirou Renato e colocou Jefferson Renan. O meia conseguiu dar uma nova dinâmica de jogo à equipe e marcou gol da vitória alvirrubra. Com 2 a 0 no placar, o Timbu soube levar com mais tranquilidade o restante da partida.

As duas primeiras apresentações oficiais do Náutico – ambas contra o Salgueiro – deixaram a desejar. Os empates na Arena Pernambuco mostram que o Timbu ainda não tem um time pronto e está longe disso. É bem verdade que vários reforços ainda não estrearam, mas pelo período de pré-temporada, a equipe já deveria ter o mínimo de entrosamento, mesmo sendo formado por jogadores jovens, muitos formados na base do próprio clube.

No 2 a 2 da última quinta-feira (5), pela Copa do Nordeste, os comandados de Moacir Júnior apresentaram variações táticas, mas ainda de forma desorganizada e sem efetividade na execução. Um time com setores distantes, espaçado. A consequência disto é o elevado número de ligações diretas da defesa para o ataque. Nem mesmo a entrada de Fillipe Soutto fez com que o Náutico colocasse a bola no chão e aproximasse o meio-campo da defesa e do ataque.

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No primeiro tempo, o técnico Moacir Júnior, pelas circunstâncias do jogo, foi obrigado a utilizar duas formações. O time começou no 4-3-3. A novidade foi Fillipe Soutto ao lado de Hélder, quando esperava-se Jefferson Renan na vaga deste último. Enquanto no ataque o treinador optou deslocar o centroavante Josimar para a esquerda para a entrada de Stéfano Yuri. Bruno Alves se manteve pela direita, mas também se aproximou ao centro para ajudar na criação. 

Talvez pela ansiedade, como foi dito pelo próprio Moacir Júnior, esta postura não funcionou. O Salgueiro, mesmo sem ter o domínio do jogo, perdeu um pênalti e ainda conseguiu sair na frente do placar. Para completar o primeiro tempo ruim, o Náutico perdeu Elivelton e Stéfano Yuri no mesmo momento por lesões. Foi a partir daí que aconteceu a primeira variação tática alvirrubra.

Elivélton saiu e entrou Diego. E a substituição que alterou o desenho tático foi a entrada de Jefferson Renan no lugar de Stéfano Yuri. O Náutico saiu do 4-3-3 para o 4-1-4-1. Josimar voltou a ser centroavante e a linha de quatro do meio-campo foi formada por Bruno Alves (pela esquerda), Fillipe Soutto, Hélder e Jefferson Renan. João Ananias seguiu à frente da defesa. A equipe passou ter um pouco mais de consistência do meio-campo, porém ainda sem compactação.

Na etapa complementar, aos 17 minutos, a entrada de Renato deu outra cara ao Timbu. Ainda longe da ideal. Antes, o time já havia mostrado mais ímpeto em busca do empate. Com o atacante, ganhou uma nova alternativa tática, que deu mais certo. O 4-2-3-1 com Fillipe Soutto mais recuado ao lado de João Ananias, e a linha de três com Jefferson Renan, Bruno Alves e Renato fez o futebol alvirrubro crescer. Em quatro minutos, aconteceu a virada, mas que não foi sustentada por muito tempo. Logo o Salgueiro deixou tudo igual. Ainda assim, ficou a boa impressão da última escolha de Moacir Júnior. Apesar de ele mesmo apontar a vontade como fator determinante, a alteração tática também teve a sua parcela de contribuição.

Embora esta formação tenha dado o melhor resultado, Moacir Júnior não garantiu o 4-2-3-1 no clássico contra o Sport. Perguntado pelo LeiaJá, o treinador alvirrubro foi evasivo e preferiu deixar no ar a dúvida, até para não municiar o adversário do próximo domingo. Mas indicou que não descarta a possibilidade de manter o 4-3-3 usado nos dois primeiros jogos. “Pode acontecer (de manter a formação), mas pode acontecer de usar as mesmas peças em funções diferentes”, resumiu Moacir Júnior.

A elasticidade do placar do Clássico das Multidões – Sport 3 a 0 no Santa Cruz -, é antagônico a analise fria e tática do duelo. O equilíbrio foi predominante entre as duas equipes em boa parte do duelo. Mas o velho clichê de que clássico é decidido nos detalhes se aplica totalmente ao jogo de abertura do Campeonato Pernambucano. Quando parecia que o Tricolor daria as cartas do confronto, no segundo tempo, o Leão soube se sair bem do momento desfavorável e chegou ao gol de pênalti. Em seguida, já em contra-ataques mortais, ampliou e fechou o placar se aproveitando do desespero coral na tentativa de voltar ao jogo. 

Contudo, antes de tudo isto acontecer, o desenho da partida era outro. A marcação se sobrepôs à criatividade no Clássico das Multidões no primeiro tempo. O Santa Cruz, embora postado no 4-3-3, foi eficiente no sistema defensivo nos 45 minutos iniciais e neutralizou a saída de bola rubro-negra. Porém, com o pouco avanço dos laterais, os atacantes Thiaguinho, Betinho e Waldison tiveram dificuldades de concluir as jogadas. Ainda assim, este último finalizou duas vezes com condições de abrir o placar. Pedro Castro, como único meia de ofício, foi o mais lúcido na criação.

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O Sport adotou o 4-1-4-1 com os meias Régis e Élber aberto pelas pontas. Rithley, à frente da defesa, era o responsável pela transição. Mas devido à lentidão de toda a equipe e também a marcação coral, o Leão quase não criou problemas no setor ofensivo aos tricolores. Élber e Danilo não apareceram para o jogo, enquanto Régis ainda tentou em algumas jogadas individuais. Não foi o suficiente. Por isso, Joelinton ficou preso entre os zagueiros sem conseguir finalizar a gol.

A etapa complementar trouxe um cenário diferente para o confronto, apesar de não haver nenhuma alteração tática. E isso aconteceu por causa da postura ofensiva com que o Tricolor voltou a campo. Os primeiros minutos foram de seguidos lances perigosos, mas de chances desperdiçadas. Ao Sport, coube tentar a alternativa da ligação direta. De início, deu certo e por duas vezes a defesa coral quase foi pega desprevenida. Mas, em seguida, o Leão voltou às suas características, rodou a bola e chegou aos gols. No primeiro, Régis sofreu o pênalti convertido por Danilo. Élber, num rápido contra-ataque, e depois livre na área, deu números finais ao jogo.

As escalações de Náutico e Santa Cruz – escondidas durante a semana e reveladas momentos antes do Clássico das Emoções-, apontavam um confronto interesse no meio-campo. O técnico Dado Cavalcanti mandou a campo o que tinha de melhor: João Ananias, Paulinho, Vinícius e Cañete. Enquanto Oliveira Canindé, por sua vez, tinha o desfalque de Tony e apostou na criação com: Danilo Pires, Natan, Wescley e Keno. A diferença foi na montagem desse setor e, neste ponto, o treinador alvirrubro levou vantagem. Contudo, não foi o suficiente para a vitória. Ainda assim, o 0 a 0 trouxe mais aspectos positivos ao Alvirrubro do que ao Tricolor.

No 4-4-2, Dado Cavalcanti armou um losango no meio-campo do Timbu (imagem abaixo, do lado esquerdo). João Ananias à frente da defesa, Paulinho e Vinícius próximo ao círculo central e Cañete mais avançado, fazendo as vezes de falso-nove. Com esses três primeiros e ainda contando com o recuo do argentino, o Náutico teve superioridade numérica na zona central do campo. Assim, foi mais eficiente na marcação e também na criação. Embora Paulinho pudesse ter participado mais da partida.

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A superioridade do Náutico aconteceu devido à escolha de Oliveira Canindé em armar o Santa Cruz no 4-1-4-1. Com Keno e Danilo Pires muito aberto pelos lados, Natan e Wescley, jogadores mais centralizados, foram facilmente anulados. Por consequência, Léo Gamalho foi pouco municiado na frente. Sem a aproximação dos jogadores de criação para troca de passes, os melhores lances do Tricolor foram em jogadas individuais. Duas delas com Wescley, que poderiam ter resultado em gol.

O Náutico foi melhor em boa parte do clássico. Coincidentemente – ou não -, os momentos de perigo que passou foram nos minutos finais do primeiro e segundo tempo. Mas apesar de ter sido superior, faltou ao Timbu o destaque individual. Cañete fez um jogo regular, assim como Vinícius. Enquanto Paulinho foi abaixo do que apresenta. Coletivamente foram eficientes, mas para superar a defesa coral e Tiago Cardoso precisava de algo a mais. Quem ficou mais próximo de ultrapassar esta barreira foi Marinho, em jogadas de habilidade e velocidade. Mas a finalização não é o forte do atacante.

Ao Santa Cruz, a pressão pelo resultado pesou e atrapalhou. Outra vez o Tricolor do Arruda desperdiçou uma chance de entrar no G4 da Série B. Entretanto,  não se pode aplicar apenas a este fator o mau desempenho do time na Arena Pernambuco. Apesar de sentir a falta de Tony, peça importante no setor ofensivo pelo lado direito, jogadores como Natan e Danilo Pires, que costumam desequilibrar, estiveram longe de mudar o panorama da partida. Assim como Keno, atuando pelo lado esquerdo, não conseguiu puxar os contra-ataques em velocidade.

Se não houver nenhum novo problema médico, o técnico Eduardo Baptista, em breve, terá praticamente todo o elenco do Sport à disposição. E, assim, terá boas opções para armar o time titular. Quem sabe até mudar a formação da equipe. Se o treinador leonino aceitar uma sugestão, aqui vai uma, baseada nas principais características dos atletas e o que melhor eles têm a oferecer.

A primeira mudança seria abandonar o 4-2-3-1, formação inicial de toda a partida do Sport e predominante nesta temporada. Com os retornos de Ewerton Páscoa (zagueiro), Rodrigo Mancha (volante) e Régis (meia), Eduardo Baptista pode manter o meio-campo com cinco jogadores, mas com um desenho diferente. O 4-3-2-1 é uma alternativa a ser explorada e com a seguinte escalação: Magrão; Patric, Ewerton Páscoa, Durval e Renê; Rodrigo Mancha, Rithely, Ibson, Régis e Diego Souza; Neto Baiano.



A linha defensiva, como pode ser vista, não sofrerá modificações e terá apenas a volta de Páscoa, que foi quem protagonizou os melhores momentos defensivo do time ao lado de Durval. No meio-campo, porém, algumas funções seriam alteradas. Rodrigo Mancha, por exemplo, ficaria só à frente da defesa por ser um jogador de força e desempenhar bem esta função de primeiro volante. A transição seria uma atribuição para Rithely e Ibson, pelos lados, mas também atentos à marcação nas subidas dos pontas e/ou laterais do adversário.

O setor de criação não seria sobrecarregado. Régis dividiria a responsabilidade de armar as jogadas ofensivas com Diego Souza, atleta experiente e de qualidade incontestável. O camisa 87, além de criar, também poderia contribuir no ataque com Neto Baiano, tornando-se um segundo atacante em determinados momentos.

Esta formação sugerida não alteraria as variações que Eduardo Baptista gosta de aplicar quando o time se defende. Sempre com duas linhas de quatro. Às vezes no 4-1-4-1 e outras no clássico 4-4-2. Este último é utilizado com Diego Souza e Neto Baiano em campo. E também não mudaria a postura do Sport, que é de ter uma forte marcação e sair rápido para o ataque. Pelo menos foi assim em boa parte da Série A e é assim que os rubro-negros esperam que volte a ser.

Oliveira Canindé comandou apenas um treinamento com os titulares do Santa Cruz, mas algumas mudanças já puderam ser vistas contra o Oeste, no Arruda. Apesar do pouquíssimo tempo de trabalho, o treinador demonstrou conhecimento do elenco coral e em seu primeiro jogo procurou explorar as melhores características de cada atleta. Mas também adaptando ao que o adversário tinha de perigo a oferecer.

Sem mudar nenhuma peça com relação ao jogo anterior, o técnico tricolor alterou a formação e fez o time ganhar consistência defensiva – vale ressaltar a fragilidade do Oeste. Além de criar mais alternativas ofensivas, contribuindo para que Léo Gamalho não ficasse isolado na frente ou tendo que voltar para buscar a bola.

Alguns jogadores com funções especificas ajudaram o bom andamento da partida para o Santa Cruz, principalmente no primeiro tempo. Bileu em alguns momentos tornou-se um terceiro zagueiro e em outras fez a cobertura de Tony. Este, por sua vez, foi praticamente um ala e a principal arma de saída de jogo juntamente com o volante Danilo Pires, que de volante não teve nada. Danilo foi um verdadeiro ponta pelo lado direito com Léo Gamalho centralizado e Keno pela esquerda (imagem abaixo).

A equipe de Oliveira Canindé ficou pendendo apenas para um lado, já que Julinho subiu pouco e Keno ficou isolado. Isso só foi corrigido com a entrada de Tiago Costa, que, após poucos minutos em campo, sofreu o pênalti convertido por Léo Gamalho e praticamente definiu a partida. O Oeste não teve de onde tirar a reação e o Tricolor levou o jogo com tranquilidade até o final, chegando até a ampliar a vantagem com Keno.

Após o jogo, Oliveira Canindé ressaltou que esta postura do time pode mudar nos próximos jogos, a depender do adversário. O Santa Cruz foi mais seguro e tomou poucos sustos. Mas, claro, ainda há o que se corrigir. No entanto, o técnico pode apostar na repetição desta estratégia que tende a melhorar com algumas mudanças. A principal delas é a de Tiago Costa para dar equilíbrio pelos lados. Canindé ainda terá também Aílton para disputar a posição com Wescley. Agora, é esperar o que o treinador fará para o confronto ante o América-MG, na Arena Independência.

Ninguém pode reclamar de falta de tentativas e opções de Eduardo Baptista. Menos ainda de que o treinador não está tentando variações táticas no Sport, mesmo com tantos desfalques. Na vitória contra o Santos por 3 a 1, o comandante rubro-negro abdicou do centroavante fixo e artilheiro Neto Baiano e deu mais liberdade a Ibson. Na Arena Pernambuco, o Leão atacou no mesmo 4-2-3-1, mas com um falso nove (Felipe Azevedo). Por outro lado, se defendeu no 4-4-2, com Ibson também na linha de frente (imagem abaixo).

A vitória foi rubro-negra, mas o futebol nem de longe lembrou as boas apresentações do primeiro turno da Série A. Principalmente na etapa inicial de jogo, quando faltou agressividade na marcação e criatividade. Felipe Azevedo, como falso nove, teve pouca participação ofensiva e apareceu mais na marcação. Assim como Ibson, que cresceu junto com a equipe apenas no segundo tempo.

Na etapa complementar, Eduardo Baptista fez a substituição que mudou a história do jogo. Após uma fraca atuação nos primeiros 45 minutos, Érico Júnior foi substituído pelo lateral direito Vitor. Assim, o jogador que estava na posição, Patric, passou a atuar na ponta, na linha de três, e o Sport ganhou profundidade. O camisa 12, autor do gol de empate, marcou mais dois e decidiu a partida a favor do Leão.

Embora não tenha funcionado perfeitamente, a tentativa de Eduardo Baptista abriu a perspectiva de seguir com um falso nove. Contra a Chapecoense, Felipe Azevedo seguirá na função. No entanto, pode servir como teste para quando Diego Souza voltar ao time. O camisa 87, principal contratatação do clube na temporada, cairá bem na posição, já que tem movimentação, bom passe e finaliza melhor do que Azevedo e o centroavante Neto Baiano.

O Náutico não mudou da água para o vinho com a saída de Sidney Moraes e a chegada de Dado Cavalcanti. Mas, é inegável o avanço do time com menos de uma semana de trabalho do novo treinador. Os jogos contra o Luverdense e Oeste trouxeram boas perspectivas aos alvirrubros, sobretudo, no aspecto tático. O Timbu já não é uma equipe tão espaçada. Agora, apresenta uma certa compactação e, com poucos treinamentos, os jogadores demonstram uma disciplina nas funções.

Nesse primeiro momento de trabalho, o técnico Dado Cavalcanti apostou no 4-3-3, descobrindo novos jogadores como Sassá e Crislan e redescobrindo João Ananias. Esses três foram destaques nas duas vitórias seguidas do Náutico na Série B. Nas laterais, para ganhar força na marcação, o treinador optou por Roberto e Rafael Cruz ao invés de Raí e Neílson, que estavam sendo utilizados por Sidney Moraes.

Apenas Vinícius é responsável pelo setor de criação alvirrubro. Além de voltar para buscar o jogo e contribuir com passes longos, o meia conta com Sassá e Crislan que têm a missão de sair das pontas para se aproximarem ao meio. Tudo isto para municiar Tadeu, o centroavante brigador e elogiado pelo novo comandante.

No momento de se defender, a equipe de Dado Cavalcanti já apresenta uma variação tática. Sai do 4-3-3 para o 4-1-4-1 (imagem abaixo). João Ananias recua para ficar na frente dos zagueiros. Enquanto Vinícius, Paulinho, Sassá e Crislan formam a segunda linha de quatro. Tadeu também participa da marcação, sendo o primeiro homem de combate. Embora no confronto diante do Oeste, na Arena Pernambuco, isto não tenha saído sempre como o planejado.

Como foi dito no início, o Náutico não mudou completamente. Ainda apresenta falhas defensivas. Os laterais, em alguns momentos, tomaram bola nas costas. E, em outros, os zagueiros ficaram expostos. Vinícius também precisa contar mais com a participação de um dos volantes e dos pontas para construir as jogadas. Este foi um dos problemas para a falta de criatividade a equipe no 3 a 2 da última terça-feira (19).

Entretanto, é alentador o início de trabalho de Dado Cavalcanti. Com poucos dias de trabalho, ele já conseguiu projetar um time. Isso sem contar que Marinho e Cañete não foram titulares com o novo treinador. O que deve acontecer naturalmente e já na próxima partida, diante do América-RN. Espera-se que com mais tempo para treinar, os erros sejam corrigidos e o Náutico cresça seu futebol à medida que suba na classificação da Série B.

Diego Souza é o reforço que chega pronto para vestir o uniforme do Sport e ser titular, o camisa 10 do time. O setor de criação rubro-negro, tão criticado, ganha um jogador de velocidade, passes apurados e arremates precisos. E tudo isso o técnico Eduardo Baptista terá sem precisar alterar a formação tática leonina, que vem dando certo desde o início da temporada. A engrenagem montada no 4-2-3-1 ganhará qualidade na transição da defesa para o ataque. O último clube do recém-contratado rubro-negro no Brasil foi o Cruzeiro, de onde saiu após a Copa das Confederações de 2013. E é de lá que vem o exemplo para a formação leonina.



Na Raposa, Diego Souza era o meia central na linha de três do 4-2-3-1, que ainda contava com Dagoberto pela esquerda e Everton Ribeiro na direita. No ataque, Anselmo Ramon e Borges revezavam como o centroavante do time. Embora não tenha tido uma grande passagem pelo clube mineiro, participou do início da campanha do inquestionável título Brasileiro e foi vice-campeão Mineiro. Foi substituído por Ricardo Goulart, então aposta do técnico Marcelo Oliveira.

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Apesar da versatilidade em poder jogar pelas pontas e até como centroavante, no 4-2-3-1, Diego Souza deve mesmo atuar pelo meio na equipe de Eduardo Baptista. É justamente essa a maior carência no elenco rubro-negro, que já teve o Aílton, os atacantes Felipe Azevedo e Leonardo, e até Augusto César. Régis, até a estreia do novo reforço, deve ter uma oportunidade também.



Porém, isto não significa dizer que terá de jogar um ou outro. Sem abdicar da forte marcação, o técnico leonino pode colocá-los juntos em campo na mesma formação. Ou até testar a pedida variação tática na equipe. Voltando ao 4-4-2 tradicional e mantendo os três volantes, Régis pode ser o meia armador e Diego Souza o segundo atacante pouco atrás de Neto Baiano. Essa é apenas uma das possibilidades que o técnico Eduardo Baptista terá em mãos, como mostra a imagem abaixo.



O meia Diego Souza já não precisa mais provar que tem qualidade. A missão, agora, é tentar manter a regularidade. Foi isto que o sabotou em alguns clubes, inclusive o Cruzeiro, nos últimos anos. Por isso, um currículo com tantos times. Entretanto, é um reforço e tanto para o Sport, principalmente pelo que já mostrou vestindo as camisas do Grêmio, Palmeiras e do Vasco.

Esperava-se um estratégico Clássico das Emoções, no último sábado (9). Essa foi a expectativa criada pelos treinadores durante a semana, devido aos mistérios sobre as escalações. Na prática, não foi bem assim. Durante os 90 minutos, por vezes, o confronto nem de longe lembrava um clássico. Sequência de passes errados, falhas de marcação e escorregões, causados pelas condições do gramado. Mas, ainda assim o Santa Cruz se sobressaiu, foi melhor em campo e venceu com méritos por 3 a 0. Resultado construído com organização e aplicação tática.


Sérgio Guedes surpreendeu na escalação. Natan e Keno entraram nas vagas de Danilo Pires e Pingo. A formação também foi alterada. O Santa Cruz atuou no 4-2-3-1. Atrás do centroavante Léo Gamalho, a linha de três era formada, da esquerda para direita, por Keno, Natan e Carlos Alberto. A iniciativa era para pressionar a saída de bola e explorar os lados do campo. À frente da defesa, Everton Hora e Sandro Manoel fizeram a proteção da defesa, diga-se de passagem, bem feita.

A linha de três coral deu trabalho à defesa alvirrubra. No primeiro tempo, principalmente com Natan e Carlos Alberto. E na etapa complementar com Keno, autor de um dos gols da vitória. Com as subidas de Renatinho e Tony, as laterais foram bastante utilizadas sempre em superioridade com relação aos jogadores do Náutico. A movimentação de Natan, pelo meio, e Léo Gamalho também criou alternativas para o Tricolor. Uma pontaria mais precisa do atacante coral, e a vitória poderia ter sido iniciada antes.

O Náutico não teve nenhuma surpresa. A dupla de zagueiros formada por Mario Risso e Renato Chaves que treinou, estreou. Assim como Roberto entrou no lugar Paulinho. Dos três, o uruguaio teve o melhor desempenho. Renato Chaves não demonstrou falta de ritmo de jogo e Roberto como volante é um bom latera esquerdo. Apesar de Sidney Moraes afirmar que o setor de origem do jogador é o meio-campo.



O 4-4-2 alvirrubro estava fadado ao fracasso desde o início. Raí e Neílson sempre tiveram confronto pelas pontas, contra Renatinho e Keno (pela esquerda) e Tony e Carlos Alberto (pela direita). Elicarlos e Roberto saíam de suas posições para fazer a cobertura. Por consequência, Natan (pelo meio) tinha liberdade para trabalhar a bola. Com o time espaçado (como mostra o flagrante abaixo no segundo gol do Santa Cruz), o Timbu foi quem deu campo ao adversário. E alguns jogadores deixavam sua função para nas laterais. Foi o caso de Mario Risso, no segundo gol da partida. O zagueiro saiu para marcar Carlos Alberto e deixou a área livre para Wescley.



O Tricolor do Arruda voltou para o segundo tempo sabendo que não precisaria mudar a postura. Era só ter eficiência. Teve e abriu o placar com um golaço de Keno. No desespero, o Timbu se jogou à frente e cedeu ainda mais espaços. Foi questão de tempo para Wescley garantir a vitória com dois tentos. Triunfo de quem sabia o que precisava fazer. Sérgio Guedes desapegou do sistema, mudou e apostou na ofensividade. Foi premiado com uma goleada importante e venceu por 3 a 0.

Em contrapartida, o agora ex-técnico alvirrubro Sidney Moraes foi outra vez previsível. Não largou em nenhum momento da formação com apenas Marco Vinícius na criação, preso entre os volantes corais. As substituições foram apenas seis por meia dúzia, como sempre, que nada acrescentaram. A falta de ousadia do treinador foi refletida dentro de campo. Não só no placar, mas na ausência de poder de reação e organização de um time. E por incrível que pareça, após nove dias só treinando, o Náutico regrediu comparado ao jogo contra o Icasa.

A vitória contra o Atlético-MG foi importante para as pretensões do Sport na Série A. Mas o 2 a 1 não mostrou apenas isso, no gramado da Ilha do Retiro. O triunfo demonstrou que o Leão tem um time maduro, mesmo quando está na adversidade, é pressionado e enfrenta um adversário mais qualificado. Foi exatamente esse o roteiro diante do Galo mineiro, no último domingo (27), pela 12º rodada do Brasileiro.

O técnico Eduardo Baptista mudou o time titular e, até certo ponto, surpreendeu. Na vaga de Patric, naturalmente, Vitor foi o escolhido. Porém, para o lugar de Rithely, a opção foi por Ronaldo para não precisar adiantar Ewerton Páscoa e mexer ainda mais a equipe, tendo que escalar outro zagueiro. Além dessas alterações obrigatórias, o treinador reforçou a marcação com Danilo atuando pela ponta esquerda para segurar o lado direito do Atlético-MG.

Com tantas mudanças, o Sport demorou a se encontrar no jogo. Primeiro, tentou marcar a saída de bola do Galo, montado no 4-2-3-1. E depois optou por se fechar na defesa para sair no contra-ataque, mas teve dificuldades devido aos passes errados. Mesmo compactado na defesa, a movimentação dos jogadores de meio do Atlético-MG e a rápida troca de passes apresentava uma superioridade mineira. Contudo, faltou efetividade ao domínio porque as jogadas não foram concluídas. Os momentos mais perigosos saíram em contra-ataques rápidos, como foi no lance em que Magrão defendeu o chute de Diego Tardelli.

Embora tenha ficado bem menos com a posse da bola (36,7% contra 63,3% do Atlético), o Sport teve o mesmo número de finalizações do adversário: 12. E são esses dados do Footstats que dão base para comprovar a maturidade dos comandados de Eduardo Baptista. Em nenhum momento houve desespero por parte dos rubro-negros. Pelo contrário, eles foram pacientes, ajustaram a saída do jogo e, reconhecendo suas limitações, souberam ir ao ataque no momento certo para definir a partida.

O triunfo, porém, não deixou de expor algumas dificuldades que o Sport tem. Entre elas, a transição da defesa para o ataque. Zé Mário ainda não se encontrou com a camisa rubro-negra. Sem tanta velocidade, foi facilmente marcado e tornou-se um destaque negativo. Em contrapartida, outra vez, ficou claro o quanto é difícil marcar um gol no Leão e vencê-lo também. Tudo isso começando por uma marcação eficiente e sem se expor desnecessariamente.


O Sport reencontrou sua torcida na Ilha do Retiro com as mesmas virtudes do primeiro semestre. Na vitória por 1 a 0 diante do Botafogo, pela Série A, o Leão mostrou a solidez defensiva que caracterizou o time na Copa do Nordeste, Pernambucano e no início do Brasileirão. A novidade foi a variação tática imposta por Eduardo Baptista durante o jogo. Com a bola e atacando, os rubro-negros mantiveram o 4-2-3-1 – sistema utilizado desde o começo do ano. Já sem a bola e defendendo, a formação se transformava no 4-1-4-1.

Apesar de alguns descuidos que resultaram em ataques perigosos da equipe carioca – desenhada também no 4-2-3-1 -, o sistema defensivo do Sport se comportou bem. Para travar as jogadas ofensivas do adversário, o time leonino recuava Felipe Azevedo (depois Ananias), Zé Mário e Érico Júnior (depois Danilo) para formar a segunda linha de quatro. Entre elas, Rithely flutuava de um lado para o outro. E, no ataque, apenas Neto Baiano. Tudo bem compacto, sem dar muitos espaços, como pode ser visto no flagrante abaixo.



O sistema do Leão encaixou com o do Botafogo e, praticamente, espremeu os quatro atacantes alvinegros. Os momentos de perigos só foram criados quando Emerson Sheik recuou para buscar a bola e Yuri Mamute e Wallyson trocaram de lados, se movimentando com intensidade e dificultando a vida da defesa rubro-negra. Nos minutos finais, a pressão carioca quase deu resultado devido à falta de atenção da marcação iniciada do meio-campo. Por sorte e pela carência de qualidade na conclusão botafoguense, a vitória foi garantida.

Por outro lado, também, o triunfo poderia ter um placar mais elástico. Além das chances claras desperdiçadas no segundo tempo, o meia Zé Mário teve uma participação tímida. Não municiou Neto Baiano como esperava o técnico Eduardo Baptista e ficou devendo. Com o camisa 31 pouco inspirado, as laterais levaram o Sport ao ataque em grande parte do jogo.

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Durante a intertemporada e os 28 dias de treinamento, o técnico do Náutico, Sidney Moraes, formou uma base e mandou a campo no retorno à Série B, na vitória por 1 a 0 contra o Sampaio Corrêa. Sem muitas novidades, a não ser a formação tática que o treinador preferiu não revelar antes. Mas, quando a bola rolou na Arena Pernambuco, o 4-3-3 desenhou-se no gramado da Arena Pernambuco. A trinca de volantes tinha Gilmak à frente da defesa e Elicarlos e Paulinho em linha na zona central. No ataque, Tadeu centralizado, Vinícius pela esquerda e Leleu pela direita.




O problema é que o Sampaio Corrêa veio com um meio-campo reforçado e teve superioridade numérica no setor. Isso fez com que o Timbu tivesse dificuldades na transição da defesa para o ataque, reconhecida pelo próprio treinador. Não foi exagero de Sidney afirmar que os alvirrubros não acertaram três passes seguidos. Paulinho e Elicarlos precisavam contar com a aproximação de Vinícius e Leleu para criar jogadas, situação que não acorreu.

Com a entrada de Raí no lugar de Roberto, aos 16 minutos do primeiro tempo, o Timbu ganhou uma boa alternativa de saída de jogo pelo lado esquerdo e melhorou em campo. Por lá, o lateral criou pelo menos três boas jogadas para finalizações de Tadeu, que se movimentou bastante e teve uma boa participação no jogo.

Após o gol de Tadeu, aos 30 minutos da etapa inicial, o Sampaio Corrêa voltou a ter domínio e assim seguiu até o final da partida. Os maranhenses tiveram 58% de posse de bola contra 42% do Náutico. A dificuldade no meio-campo fez o time pernambucano ter menos o controle e ainda errar mais passes: 54 x 40. O único dado favorável aos alvirrubros foram os desarmes. E, aí, os volantes foram importantes nas 30 roubadas de bola contra apenas 13 do adversário.

Não foi o retorno ideal da equipe de Sidney Moraes após tanto tempo de trabalho. Porém, dos males o menor e, como afirmou William Alves, "é melhor corrigir os erros vencendo". É isso que o treinador terá de fazer para os próximos jogos. Ajustar o meio-campo para que as falhas não voltem a acontecer, tentar compactar o time fazendo com que Vinícius e Leleu se aproximem mais da zona central do campo.

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Desde que o técnico Eduardo Baptista assumiu o Sport, o time demonstra uma segurança defensiva que há muito não se via na Ilha do Retiro. Com a marcação começando no ataque, os zagueiros não ficam tão sobrecarregados. Porém, no último domingo (25), diante do Corinthians, esse sistema defensivo não funcionou. Foram inúmeros erros, mas, fundamentalmente, as falhas nos passes e o espaço dado entre a zaga e o meio-campo foram determinantes.

Dois lances em momentos importantes do jogo exemplificam bem o que aconteceu com o Sport. Avançando os pontas Renan Oliveira e Augusto César para forçar o erro dos laterais corinthianos, que são mais ofensivos do que defensivos, os laterais do Sport atuaram mais por dentro do campo.

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Assim surgiu o primeiro gol dos paulistas. Renê apareceu na entrada da área e soltou a bola nos pés de Ralf. O volante do Corinthians puxou o contra-ataque e tocou para Romarinho, com espaço, avançar e em seguida lançar Guerrero. O camisa 9 teve a marcação de Ferron e Patric, caiu, levantou e mandou para o meio da área. Jádson deu um leve toque e Romarinho completou para o gol (vídeo abaixo).

O outro grande erro definiu a partida, na opinião do técnico Eduardo Baptista. Quando o Sport era melhor, na volta do intervalo, e pressionava, Rithely saiu jogando errado e deu a bola de graça para Petros. Com a defesa desguarnecida, o volante tocou para Guerrero, que avançou pela esquerda e outra vez fez o que quis para cima de Ferron. O atacante chutou, Magrão espalmou e a defesa não se recompôs. Renê afastou mal e ainda deixou Petros livre por trás. O volante recebeu na área e foi derrubado por Durval (vídeo abaixo). Na cobrança do pênalti, Jádson marcou o terceiro e praticamente matou a partida.

Com um jogador a menos e perdendo por 3 a 1, o Sport não teve como reagir mesmo faltando 35 minutos para o fim da partida. Os rubro-negros se abriram mais, levaram o quarto gol e Neto Baiano ainda foi expulso, para fechar a irreconhecível partida do Leão.

PROGRAMAR PARA DOMINGO (18), ÀS 14H30

O Santa Cruz teve duas posturas distintas no empate por 1 a 1 contra o Icasa-CE, no último sábado (17), pela Série B. No primeiro tempo, com três volantes – Sandro Manoel, Danilo Pires e Luciano Sorriso –, foi um time burocrático e sem criatividade. Na etapa complementar, já com três atacantes – Léo Gamalho, Pingo e Flávio Caça-Rato –, foi criativo, marcou um gol, teve mais chances e poderia ter saído de campo com a vitória. E isso serviu para mostrar ao técnico Sérgio Guedes que ele pode ter mais desse elenco.

A escalação inicial do Tricolor foi a mesma da partida contra o Botafogo-PB. Dos três volantes, Sandro Manoel era o que ficava fixo próximo da defesa. Mais à frente pela esquerda estava Danilo Pires e pela direita Luciano Sorriso. Esses dois com a missão de auxiliar Carlos Alberto na criação. Porém, eles não fizeram e foram substituídos no intervalo. Isolado, Léo Gamalho pouco apareceu e viu Pingo ser a principal arma ofensiva, ainda que tenha perdido algumas chances.

No segundo tempo, o técnico Sérgio Guedes tirou justamente os dois volantes que estavam mal na partida. Memo entrou no lugar de Danilo Pires e Flávio Caça-Rato na vaga de Luciano Sorriso. Memo passou a fazer companhia a Sandro Manoel. Enquanto Caça-Rato abriu pela ponta direita, deixando Léo Gamalho centralizado e Pingo pela esquerda. Mas, os camisas 7 e 18 trocavam de lado constantemente. E voltavam para recompor a marcação.

Mais ofensivo, o Santa Cruz logo saiu na frente com Carlos Alberto. E mesmo tomando o empate em seguida, continuou melhor. Cada atacante teve pelo menos uma oportunidade de marcar o segundo gol tricolor, mas desperdiçaram. Entretanto, ficou o alento aos tricolores de um bom segundo tempo.

Sérgio Guedes, agora, precisa enxergar além do empate conquistado em Juazeiro do Norte e seguir ousando. Contra o Oeste-SP, mesmo tratando-se de um jogo fora de casa, há espaço para repetir a escalação da etapa complementar com três atacantes. E, quem sabe, buscar essa esperada primeira vitória na Série B.

Não há motivos para mudar o que está dando certo. E no Campeonato Brasileiro, o técnico Eduardo Baptista garantiu que manterá o esquema tático do Sport: 4-2-3-1. As mudanças serão feitas apenas nas peças, o que proporcionará uma variação necessária para disputar uma competição complicada como a Série A.

Diante da Chapecoense, como pode ser visto na imagem abaixo, o treinador já testou as primeiras alternativas. Uma deu certo e a outra nem tanto. Com Rithely na vaga de Ewerton Páscoa, o Leão ganhou um homem surpresa no ataque com mais qualidade na finalização e nos passes. O primeiro gol do jogo, marcado pelo volante, confirma a escolha correta do treinador. Ananias mantido na direita continuou mostrando que está em evolução. No entanto, pela esquerda, Renan Oliveira ainda não conseguiu encaixar no time. Apesar dos elogios do técnico.

 

Apesar das oscilações do time nos dois jogos da Série A – o fraco primeiro tempo em Santos e a etapa complementar na Ilha do Retiro -, o sistema tático rubro-negro, mais uma vez, foi eficiente. No entanto, além do cansaço comentado pelo técnico Eduardo Baptista, o Sport também teve dificuldades contra uma equipe com a mesma formação, como a Chapecoense.

A equipe de Santa Catarina demonstrou entrosamento, mesmo não tendo tanta qualidade. O camisa 10, Régis, foi o destaque do time ante o Leão com jogadas de velocidades e passes precisos. E ainda contando com o auxilio dos pontas Bergson e Ricardo Conceição, autor do gol catarinense. No entanto, a defesa não é confiável e, assim como o goleiro Danilo, deram alguns sustos na torcida da Chape.

 

Um time jogou e o outro apenas se defendeu no Clássico das Multidões que definiu o segundo finalista do Campeonato Pernambucano. O Sport atacou, pressionou e tentou de toda as formas furar o bloqueio, bem montado, do Santa Cruz. Contudo, não deu para segurar e nem aguentar os 90 minutos apenas na defesa. Principalmente os últimos 45, onde o Tricolor abdicou até de tentar os contra-ataques.

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O técnico Eduardo Baptista não mudou a forma de sua equipe jogar. Inclusive, repetiu o time que iniciou a decisão diante do Ceará com Wendel na ponta esquerda. Apesar de volante, o camisa 7 chegou sempre à frente. Os zagueiros avançaram a linha de defesa e praticamente encurralaram o Santa Cruz a partir do meio de campo. 

No segundo tempo, já na base do desespero em busca do gol que levaria a decisão para os pênaltis, Eduardo Baptista desfez do esquema ao colocar Leonardo na vaga de Aílton. Ficando, assim, com dois atacantes mais presos na área. Renan Oliveira, na vaga de Wendel, e Bruninho, no lugar de Felipe Azevedo, caíram pelas pontas. As mudanças surtiram efeito porque a pressão aumentou e Leonardo marcou o gol da vitória.

Basicamente, Vica escalou seu time no 4-4-2 com um losango no meio-campo. Isso quando tinha a posse de bola. Se defendendo, o comandante tricolor fez o mesmo que Lisca e recuou o atacante – nesse caso, Flávio Caça-Rato - para fechar uma linha de quatro atrás do meio-campo transformando o 4-4-2 no 4-1-4-1.

A proposta de jogo do técnico coral era defender, mas sair rápido nos contra-ataques. No primeiro quesito, o Santa Cruz fez bem em parte do duelo. Claro, ressaltando-se alguns sustos e os vacilos nos gols – anulado e validado. O problema esteve na hora de ir ao ataque. Na etapa inicial, a lentidão atrapalhou. Justamente o motivo das reclamações do treinador. Enquanto no segundo tempo, nem contra-ataque o Tricolor conseguiu puxar. Simplesmente dava chutões. Não teve como ser perigoso apenas com Léo Gamalho isolado entre os zagueiros.

O Santa Cruz chegaria à final se jogasse pra frente, mais ofensivo? É difícil prever, afinal, nos outros duelos entre as duas equipes, na Ilha do Retiro, o Sport saiu de campo vencedor com o Tricolor disposto a jogar, indo ao ataque. 

O Clássico dos Clássicos do último domingo (30) valia a liderança do Hexagonal do Título. Ainda assim, os técnicos Eduardo Baptista e Lisca utilizaram a partida, na Ilha do Retiro, para fazer algumas experiências de olho no mata-mata do Campeonato Pernambucano. Porém, nenhum dos dois comandantes foram felizes nos testes. Valeu apenas para ficarem conscientes do que podem utilizar nos duelos decisivos.

Eduardo Baptista inverte jogadores de posições
A base do Sport foi mantida para o clássico, inclusive, toda a defesa titular jogou. Até mesmo os laterais Patric e Renê, pendurados com dois cartões amarelos. No entanto, foi do meio pra frente que o comandante rubro-negro fez as maiores alterações. A linha à frente dos volantes tinha Renan Oliveira, Bruninho e Felipe Azevedo. Mas não foram os nomes que surpreenderam, e sim, as funções atribuídas.



Renan Oliveira atuou pela ponta esquerda, Bruninho pela direita e Felipe Azevedo centralizado. O primeiro teve uma atuação apagada, não teve tanto ímpeto na marcação e pouco contribuiu ofensivamente. Enquanto Felipe Azevedo fez o de sempre, armou, correu e marcou. Tudo isso no primeiro tempo, quando o Sport poderia ter saído na frente. Já o segundo, que vestiu a camisa 7, foi mais participativo do que nos últimos jogos, principalmente no primeiro tempo, mas perdeu as chances armadas.

No segundo tempo, Eduardo Baptista tentou corrigir o erro e inverteu a posição de Felipe Azevedo e Renan Oliveira. Contudo, o camisa 10 seguiu sem render e foi substituído por Aílton. Outra mudança no setor foi a entrada de Sandrinho no lugar de Bruninho, que pouco mudou. Já Felipe Azevedo, por incrível que pareça, caiu de produção quando foi atuar onde está acostumado.

Para a final da Copa do Nordeste, Eduardo Baptista deve voltar a escalar o time que o torcedor já conhece. Além da experiência frustrada, Bruninho e Renan Oliveira não estão inscritos na no Nordestão. Assim, o Leão enfrentará o Ceará sem grandes surpresas.

Lisca testa Roberson no meio-campo e se arrepende
O técnico do Náutico fez apenas uma mudança, mas que provocou um estrago maior do que os testes de Eduardo Baptista. Lisca deixou Marcos Vinícius no banco e colocou, pela primeira vez, Roberson como titular. O ex-jogador do Sport, atuando como meia, foi peça nula na engrenagem alvirrubra. Tanto é que, na primeira etapa, poucas foram as chances do Timbu. A equipe alvirrubra apenas se defendeu e demonstrou uma transição lenta. O camisa 10 não teve velocidade e nem qualidade nas tentativas de passes agudos.



Na volta do intervalo, Lisca se redimiu ao tirar Marcelinho e colocar Marcos Vinícius. Roberson foi para o ataque, porém, continuou produzindo pouco. Até teve uma chance, mas foi travado por Renê e desperdiçou. Por outro lado, Marcos Vinícius deu mais dinâmica aos contra-ataques alvirrubros, inclusive, também perdeu uma chance clara de gol. Não jogou tão bem quanto o esperado, mas marcou o gol da vitória após cobrança de falta de Zé Mário.

Quem não acompanhou o clássico entre Náutico e Santa Cruz e viu apenas o resultado de 5x3, pode acreditar que tenha sido um grande espetáculo. Mas, não foi bem assim. Os gols, em sua maioria, saíram de erros defensivos, demonstrando a fragilidade das equipes, principalmente do Timbu. Voltando à qualidade da partida, os treinadores têm uma boa parcela de culpa. Cada um por motivos específicos, que poderiam ter elevado o nível do futebol apresentado no Arena Pernambuco.

O previsível Vica



Desde o segundo jogo da semifinal da Copa do Nordeste é esperada uma mudança efetiva no time do Santa Cruz. No entanto, o técnico Vica não mudou nem as peças, muito menos a estrutura tática. A única novidade no clássico foi a entrada de Zeca no lugar de Nininho na lateral esquerda. No mais, o Tricolor seguiu atuando no 4-2-3-1 com Léo Gamalho mais à frente e Flávio Caça-Rato recuando para fechar o lado.

Com praticamente tudo igual, o Santa Cruz repetiu o futebol de troca de passes, posse de bola e pouca objetividade. Assim, poucos chutes à meta do goleiro Alessandro até o gol de Renan Fonseca. Depois, os tentos foram saindo por falhas da defesa alvirrubra, reconhecido pelo próprio Vica - que acabou tendo sorte. A sua previsibilidade foi salva e ficou em segundo plano pelos erros do Náutico.

A insistência de Lisca



Pelo lado do Timbu, o problema não foi na formação tática, mas sim em alguns jogadores que a compuseram. Com o 4-1-4-1, Lisca deixou apenas Elicarlos à frente da defesa, Yuri e Dê no setor central pegando os meias tricolores, enquanto Marcos Vinicius e Pedro Carmona aturam aberto pelas pontas. Na frente, apenas Hugo.

Foi justamente com os homens responsáveis por fazer a transição da defesa para o ataque que o jogo alvirrubro não fluiu. Yuri e Dê não são jogadores com forte poder de marcação. E, no ataque, foram anulados pelos atletas de meio-campo do Santa Cruz. Para não falar que foi uma atuação nula dos dois, Dê, no final da partida, efetuou o cruzamento que culminou no gol de William Alves.

Os dois intocáveis no time titular do Náutico, mesmo com a pouca participação, permaneceram em campo durante os 90 minutos. Ainda que Lisca estivesse com opções para o deixar o time ofensivo como Leleu e Marinho, que poderiam ajudar Hugo no ataque.

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