Sem a pressão e a obrigatoriedade de conquistar a vitória a todo custo – como aconteceu contra o Socorrense, na Copa do Nordeste –, o Sport voltou às suas características ao enfrentar o Serra Talhada. Não foi um massacre, apesar do palcar de 4 a 2, porém, foi um jogo controlado amplamente pelo Leão e com poucos sustos. Claro, não foi uma partida perfeita e alguns erros aconteceram. E após o confronto, o técnico Eduardo Baptista reconheceu pontos a melhorar e isso é importante para o crescimento do time na temporada.
O 4-1-4-1, adotado desde a pré-temporada, foi a formação executada em campo pelos rubro-negros e sem muitas novidades. Eduardo Baptista optou por repetir praticamente a mesma equipe do último jogo pela falta de tempo para treinar novas alternativas. As únicas alterações foram as entradas de Vitor no lugar de Alex Silva e Oswaldo na vaga de Ewerton Páscoa, poupado. Alterações que modificaram pouco o estilo de jogo da equipe.
##RECOMENDA##Com o controle da partida desde os primeiros minutos, devido ao gol de Joelinton na falha do goleiro do Serra Talhada, o Sport dosou o ritmo na etapa inicial. Por isso, não foi uma equipe tão criativa. O segundo gol com Rithely, de cabeça, após cobrança de falta, era a tranquilidade necessária ao Leão. Ficou a sensação de que se a equipe da casa tivesse um pouco mais de ímpeto, teria matado o jogo logo no primeiro tempo, até porque o adversário não colocava resistência.
Diego Souza, outra vez escalado pelo lado esquerdo do campo, teve liberdade para rodar o campo. Por muitas vezes, apareceu na zona central e também na ponta direita. Mas, apesar dessa movimentação, não participou muito do jogo. Além disso, contribuiu com o gol do Serra Talhada ao errar um passe no meio-campo cedendo o contra-ataque, que resultou no gol de Diogo. Depois disso, o camisa 87 foi substituído por Régis.
Embora a equipe sertaneja estivesse num melhor momento em campo, o Sport voltou a fazer o que mais sabe. Colocou a bola no chão, teve paciência, trocou passes rápidos e logo retomou às rédeas da partida. O terceiro tento saiu em nova bola parada e em outra falha do goleiro Gleibson. Em seguida, Régis marcou de pênalti e a vitória estava garantida. O gol de falta do Serra Talhada alterou o placar, mas não o panorama do confronto.
Ao Sport, ficou a lição de que sem afobação o futebol é outro. Contra o Socorrense, a equipe insistiu em vários cruzamentos à área sem sucesso. Diante do Serra Talhada, os leoninos aplicaram o que foi treinado na pré-temporada. Bola no chão, de pé em pé, saindo de Magrão, passando por Rithely, que inicia a transição, até chegar ao ataque em triangulações. Esse é o estilo de jogo que propõe Eduardo Baptista, mas ainda faltam ajustes na equipe que podem acontecer com mudanças de peças ou de funções.