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Elon Musk suspendeu, nesta terça-feira (29), a proibição de anúncios políticos na rede social X, antigo Twitter. A norma havia sido criada antes de o magnata comprar a plataforma, com o objetivo de evitar a desinformação.

O X explicou que permitir anúncios políticos, a começar pelos Estados Unidos, representa um novo passo em seu “compromisso com a liberdade de expressão”. A rede social de Musk ressaltou que proíbe a divulgação de informações falsas ou enganosas, incluindo aquelas destinadas a minar a confiança em uma eleição.

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O retorno das mensagens políticas potencialmente enganosas ao X ocorre menos de uma semana após a primeira publicação do ex-presidente americano Donald Trump na nova plataforma. O então Twitter suspendeu o republicano após a invasão ao Capitólio, em 2021, quando determinou que ele havia violado a política da plataforma sobre enaltecimento da violência.

Musk, que comprou a rede social no ano passado, permitiu em novembro que Trump entrasse no X, mas o ex-presidente manteve-se afastado da plataforma, optando por interagir com seus apoiadores em sua própria rede, a Truth Social, que tem uma audiência muito menor.

O X informou que está ampliando suas equipes de segurança e eleições, para se concentrar na luta contra a manipulação da plataforma, e que irá proporcionar um centro digital no qual os anúncios políticos poderão ser revisados.

Musk reduziu drasticamente sua equipe após comprar o Twitter, o que gerou dúvidas sobre a sua capacidade de moderar o conteúdo e funcionar de forma confiável.

O Facebook anunciou que vai suspender por tempo indeterminado todos os anúncios que envolvem questões políticas e sociais após as eleições presidenciais nos Estados Unidos. A medida visa a combater potenciais confusões e abusos relacionados à eleição a partir do momento que as urnas se fecharem, em 3 de novembro.

A política, divulgada nesta quarta-feira (7), se soma a um anúncio do CEO Mark Zuckerberg no mês passado de que o Facebook irá barrar novos anúncios políticos na semana que antecede o dia da eleição e sinalizar quaisquer postagens que indiquem prematuramente vitória de algum dos candidatos. No anúncio desta quarta, a empresa também disse que adicionaria restrições a postagens sobre pesquisas eleitorais que utilizem linguagem militarizada ou sugiram um objetivo de intimidar eleitores.

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Antes, o Facebook tinha dito que não esperava fazer mudanças adicionais em suas políticas eleitorais. Mas a tensão aumentou nas últimas semanas, com o presidente Trump se recusando a dizer que aceitará o resultado da votação caso perca, e ambos os partidos prometendo inscrever um número recorde de voluntários para monitorar locais de votação. "Esta parece ser uma eleição única", disse Guy Rosen, chefe da divisão de Integridade do Facebook. (Com informações da Dow Jones Newswires).

O Facebook voltou a ser alvo de críticas nesta terça-feira (29) por sua inação sobre o discurso político nessa plataforma, enquanto um grupo de funcionários da empresa e parlamentares americanos pedem para a rede social revisar para evitar a difusão de informações falsas ou enganosas.

Em uma carta, funcionários da rede social pediram para a empresa combater a "desinformação cívica", e disseram que a propagação de informações falsas é uma "ameaça" para o que a companhia procura defender.

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"Nós nos opomos firmemente a esta política tal como está. Não protege as vozes, mas permite aos políticos demonizar nossa plataforma ao apontar às pessoas que acreditam que o conteúdo publicado por figuras políticas é confiável", diz a carta com 250 assinaturas publicada pelo jornal The New York Times.

Ao mesmo tempo, legisladores americanos que criticam o Facebook intensificaram seu pedido de revisão de sua política, que exime comentários e anúncios pagos na plataforma de verificação de fatos.

"A nova política de publicidade permite que os políticos publiquem avisos de falsidade verificável na plataforma. Não acho que isso seja correto", disse o senador democrata Mark Warner, da Virgínia, que disse ter enviado uma carta ao CEO Mark Zuckerberg para que ele "reverta esta decisão".

O Facebook não respondeu a uma consulta da AFP, mas no início deste mês disse que não é tarefa das empresas de tecnologia "censurar" os políticos.

O Facebook vai adotar no Brasil, antes das eleições deste ano, ferramentas de transparência em anúncios políticos. Os recursos já haviam sido divulgados em maio pela empresa, mas estavam funcionando em poucos países, como nos Estados Unidos. A medida, anunciada nessa quinta-feira (28), tem como foco as eleições, valendo para conteúdos políticos em geral. 

Os anúncios políticos impulsionados por páginas entraram na mira de questionamentos de autoridades e organizações da sociedade civil quando o Facebook passou a ser questionado pela influência em disputas como as eleições dos Estados Unidos de 2016 e o referendo de saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit.

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A empresa foi bastante criticada pelo vazamento de dados de milhões de usuários, que teriam sido usados pela empresa britânica de marketing digital Cambridge Analytica, no pleito de 2016, em favor do ganhador, hoje o presidente Donald Trump. A possível influência de forças russas neste processo, por meio da plataforma, motivou a abertura de uma investigação no Congresso do país.

Ferramentas

Os usuários poderão visualizar os anúncios que estão sendo promovidos por uma página. Isso não apenas caso eles apareçam nos conteúdos da linha do tempo (chamada de feed de notícias), mas também ao acessar o endereço de cada página. Isso valerá também para outros serviços da empresa, como Instagram e Messenger. Para acessar a informação, o usuário deve procurar pelo link “informações e anúncios”. Também haverá a possibilidade de denunciar este tipo de conteúdo.

Será criada uma identificação de anúncios políticos, para diferenciá-los de outros. Essa foi uma preocupação manifestada nos Estados Unidos, já que o design do feed de notícias não destacava este tipo de conteúdo, por vezes possibilitando a confusão deles com outros anúncios ou até mesmo com notícias não pagas.

Como a legislação brasileira só permite o anúncio pago nas eleições por candidatos, devem aparecer com este rótulo as publicações impulsionadas de quem está disputando algum cargo.

Arquivo

Outro recurso nas páginas será o chamado “arquivo”, onde ficarão os anúncios veiculados por aquele perfil. Este tipo de recurso foi cobrado por autoridades e especialistas pela preocupação de que a segmentação e personalização de anúncios poderia ser explorada por um candidato, enviando mensagens direcionadas a cada público que poderiam ser, inclusive, contraditórias entre si.

Com a possibilidade de acessar um arquivo, o eleitor pode ver tudo o que o candidato vai impulsionar na plataforma.

O Facebook anunciou também que serão disponibilizadas mais informações sobre as páginas, independentemente de veicularem ou não anúncios. O Facebook não detalhou que tipo de informações serão acrescidas, mas citou como exemplos os nomes antigos (é possível trocar os nomes das páginas na plataforma) e as datas de criação (recurso que pode ajudar a identificar perfis criados especificamente para eleições ou para determinadas ações, como impulsionar anúncios).

Luz sobre anúncios

Além destas medidas, em abril a companhia já havia divulgado outras regras para as páginas. Entre elas, a fiscalização dos responsáveis por estes perfis, para garantir a identificação no caso de muitos seguidores. No primeiro trimestre, a empresa derrubou seis milhões de contas falsas por dia a partir deste tipo de monitoramento.

O Facebook argumentou que as medidas visam coibir o mau uso da plataforma.

“Ao lançar uma luz sobre todos os anúncios, bem como sobre as páginas que estão rodando esses anúncios, conseguiremos evitar abusos, ajudando a garantir que pessoas mal intencionadas tenham responsabilidade sobre os anúncios que fizerem”, afirmou o comunicado, assinado pelo diretor de gerenciamento de produto, Rob Leathern, e a diretora de marketing de produto, Emma Rodgers.

Na avaliação da advogada especialista em direito digital e integrante do Comitê Gestor da Internet no Brasil Flávia Lefévre, a possibilidade de acessar os anúncios independentemente do que aparece no feed de notícias ajuda a furar as "bolhas" causadas pela seleção de conteúdos operada pelos algoritmos do Facebook.

Por outro lado, a advogada se preocupa com a fiscalização dos responsáveis pelas páginas. “A possibilidade de você ter um pseudônimo, uma conta alternativa, fortalece sua liberdade de expressão. A gente tem tido casos de jornalistas e comunicadores ameaçados e sendo mortos porque defendem determinadas ideias, então isso pode calar a boca de muita gente”, alertou.

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