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Pesquisa semanal do Modalmais em conjunto com a AP Exata, publicada nesta sexta-feira, 18, mostra que houve pouca mudança no cenário de avaliação do governo esta semana. A porcentagem dos que avaliam a gestão como ruim ou péssima é de 53,3% (0,2 p.p. a menos do que na semana passada), sendo que apenas 24,4% (0,1 p.p. a mais) consideram o governo como bom ou ótimo, restando 24,3% que julgam como regular (2,0 p.p. a mais).

As teorias da conspiração a respeito de uma suposta fragilidade das urnas eletrônicas voltaram a ter força nas redes, principalmente na bolha bolsonarista. Neste grupo, há uma narrativa forte que acredita que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já está sob ataque dos hackers e que os ministros escondem a informação. As falas do presidente Jair Bolsonaro (PL), em que diz que parte dos magistrados quer impedi-lo de ser candidato com o intuito de eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são vistas como verdade absoluta pela militância digital governista, que volta a pedir medidas mais radicais por parte do governo.

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As declarações do presidente foram dadas durante entrevista à Rádio Jovem Pan, na última quarta-feira (16). Ele disse que os ministros do STF Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso querem torná-lo inelegível, "na base da canetada", para beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário na disputa ao Palácio do Planalto neste ano. Bolsonaro também criticou declarações de Fachin, que, em entrevista ao Estadão, afirmou que a Justiça Eleitoral "já pode estar sob ataque de hackers" e citou a Rússia como origem da maior parte dessa ofensiva.

Além disso, a viagem de Bolsonaro à Rússia foi profundamente criticada, resultando em um aumento das menções negativas no Twitter, que chegaram a atingir 68%. A rejeição foi acentuada, acima de tudo, por dois fatores: a homenagem de Bolsonaro a soldados comunistas e às fake news que atribuíam ao presidente a suposta desistência do presidente Vladimir Putin de invadir a Ucrânia. Os dois episódios foram rechaçados e ironizados, tendo sido positivos apenas na bolha dos bolsonaristas.

Bolsonaro se reuniu com Putin na quarta-feira, 16. No encontro, o chefe do Executivo brasileiro destacou ao russo que deseja colaborar nas áreas de defesa, petróleo, gás e agricultura. A crise dos fertilizantes também foi debatida e as duas partes destacaram a necessidade de manter a cooperação no agronegócio.

A campanha do PT, em contrapartida, tem focado no voto evangélico para ampliar sua base eleitoral, já que Bolsonaro está cada vez mais distante do grupo, que o beneficiou nas eleições de 2018. Contudo, ainda é clara a resistência do público cristão conservador, tendo em vista as pautas identitárias defendidas pelo partido. Ainda assim, Lula apresenta um cenário de vantagem, já que a militância petista tem reforçado dados econômicos das suas gestões como forma de consolidar sua imagem.

A manutenção das candidaturas que hoje se colocam como a chamada "terceira via" também foi discutida nas redes. Internautas veem como frágeis as candidaturas de Sérgio Moro (Podemos), João Dória (PSDB), Rodrigo Pacheco (PSD), Simone Tebet (MDB) e Felipe DÁvila (Novo). Muitos especulam quando esses nomes deixarão de lado a intenção de disputar a Presidência. Apenas Ciro Gomes (PDT) escapou às especulações. O pedetista se mantém como o presidenciável com maior aprovação entre os que o mencionam, mas segue com grande dificuldade em ampliar sua participação nos debates das redes.

Entre os presidenciáveis, Bolsonaro é o que possui maior número de menções, totalizando 48,9%. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário, vem logo atrás, somando 32,8% das menções.

Pesquisa semanal Modalmais realizada em parceria com a AP Exata, divulgada nesta sexta-feira, 28, mostra que os índices de popularidade do governo Bolsonaro permanecem estáveis, mas continuam a mostrar um cenário ruim para o governo. De acordo com o levantamento, os que consideram o governo como "ruim" ou "péssimo" são 54,3% (0,1 ponto porcentual a mais do que na última pesquisa), uma rejeição "muita alta", segundo o documento.

Outros 23,8% consideram a administração "ótima" (0,1 ponto porcentual a menos que no levantamento anterior) e aqueles que avaliam o governo como "regular" representam 21,9% (0,1 p.p. a menos).

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A pesquisa destaca nesta semana o acirramento de ânimos entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Executivo. Nesta sexta-feira, Bolsonaro não compareceu à Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, para prestar depoimento sobre o vazamento de dados sigilosos de investigação da Polícia Federal que apura ataques hackers às urnas eletrônicas, contrariando o que decidiu o ministro Alexandre Moraes no dia anterior.

"O episódio é mais um capítulo que alimenta a narrativa de que o STF atrapalha propositalmente o governo", diz trecho do levantamento. "Bolsonaristas veem o Tribunal como oposição e como uma corte de esquerda, empenhada em ajudar a eleger Lula. Diante dessas interpretações, seguem muito proeminentes nas redes os pedidos de impeachment para os ministros, sobretudo Moraes."

Na economia, a pesquisa também mostra que a PEC dos Combustíveis, proposta por Bolsonaro para reduzir a tributação sobre combustíveis, energia e gás, causou muitas críticas ao governo. "A maioria discordou que a proposta tenha efeito visível nos preços e previu agravamento da inflação e disparada do dólar. Informações recentes indicam que o presidente pode ter desistido de apresentar a PEC, levando a novas acusações de 'amadorismo'", aponta.

Na mira das críticas, está o ministro da Economia, Paulo Guedes. "A maioria acusa Paulo Guedes de ter perdido qualquer controle sobre a Economia e ser um mero 'assistente' de Ciro Nogueira (Casa Civil). Muitos questionam a utilidade de Guedes e suas funções no governo." Recentemente, Bolsonaro editou um decreto determinando que atos relacionados à gestão do Orçamento público terão de ter aval prévio da Casa Civil, em mais um movimento para empoderar o Centrão às vésperas da campanha eleitoral em que pretende se reeleger.

Apesar do acirramento das relações entre Executivo e Judiciário nesta semana, a avaliação do governo Jair Bolsonaro apresentou um aumento das avaliações regulares em contraste com a diminuição das avaliações positivas ou negativas, mostra levantamento do banco Modalmais e consultoria AP Exata. Nesta sexta-feira (6), 44,5% dos brasileiros avaliam o governo como ruim ou péssimo (1 ponto porcentual a menos que na última semana), 28,6% como bom ou ótimo (0,6 p.p. a menos) e 26,8% como regular (1,5 p.p. a mais).

Segundo o relatório, a redução da avaliação negativa é resultado de "ampla e sistemática atuação da militância bolsonarista" em favor da defesa do presidente e da adoção do voto impresso para as próximas eleições. O apoio foi deflagrado pelo agravamento da crise institucional que tem como destaque a declaração do presidente sugerindo que poderia atuar fora das "linhas da Constituição" após ser incluído como investigado no inquérito que apura a disseminação de notícias fraudulentas. Em resposta, o Judiciário, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, avisou que não tolerará ameaças à democracia.

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De acordo com o levantamento, esta semana inaugurou nova fase do governo, em que o presidente vive uma tendência de queda da aprovação e tenta se manter no poder agarrado ao Centrão, "grupo político fisiológico que carrega na manga a carta do impeachment, que pode ser lançada caso Bolsonaro se recuse a obedecer às regras".

Em economia, internautas seguem reclamando do aumento de preços dos alimentos e derivados do petróleo, como combustíveis e gás de cozinha. Para as redes sociais, é necessária medidas do governo para atender os mais vulneráveis.

Outro ponto é o anúncio do ministro Paulo Guedes sobre proposta de emenda à Constituição (PEC) para parcelar o pagamento de precatórios, que causou desconfiança nas redes sociais. Entre os pontos de preocupação está a reserva de parte do lucro das privatizações para investimento em programas sociais fora do teto de gastos, sinal de que o ministro teria cedido a impulsos populistas e eleitorais do presidente.

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