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O escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) localizada na cidade de Miami, nos Estados Unidos, e liderada por Mauro Lourena Cid, teve um aumento de 137% nas movimentações financeiras em 2022, em relação ao ano anterior. As informações foram publicadas na reportagem de Lúcio de Castro, da Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo. 

Segundo a matéria, em 2021 o escritório recebeu U$ 2.172.460,00, equivalente a cerca de R$ 10.862.300,00. Já em 2022, o valor total de recebimento foi de U$ 4.822.521,00, aproximadamente R$ 25.822.521, 00. Vale ressaltar que o período foi marcado pelo ano eleitoral, além de ter sido o último ano do mandato do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Criada em 2003 e vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Apex tem o objetivo de ajudar empresas brasileiras a realizar comércio com outros países. 

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As investigações da Polícia Federal (PF) apontam que Mauro Lourena Cid, juntamente com seu filho, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, lideraram um esquema de desvio e lavagem de dinheiro que passava pelo escritório da Apex, que facilitava a diluição das origens financeiras, e sem arcar com o ônus da tributação. O general chegou a ser apontado pela PF, de acordo com a reportagem, de que “há fortes indícios de que Mauro Cesar Lourena Cid praticou atos de lavagem de capitais, se unindo, em unidade de desígnios, com os demais investigados, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos recursos financeiros decorrentes da alienação dos bens desviados do acervo público brasileiro”. 

Transação financeira com dinheiro em espécie 

Outro trecho da investigação da PF, segundou levantou a reportagem, relata acerca de mensagens de Mauro Cid falando sobre uma movimentação de um dinheiro de Jair Bolsonaro. “O conteúdo do áudio revelou, inicialmente, que o General Mauro Lourena Cid estaria com 25 mil dólares, possivelmente pertencentes a Jair Bolsonaro. Na mensagem, Mauro Cid deixa evidenciado o receio de utilizar o sistema bancário formal para repassar o dinheiro ao ex-Presidente e então sugere entregar os recursos em espécie, por meio de seu pai, diz: ‘Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em ‘cash’ aí. Meu pai estava querendo inclusive ir ai falar com o presidente (…) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (…). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor, né? (…)’”, diz os autos. 

Foi identificado ainda que “os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem localização e propriedade dos valores”. 

Mauro Cid teve a prisão preventiva decretada desde o dia 3 de maio pelo envolvimento na falsificação de certificado de vacinas. Os inquéritos abertos posteriormente apontam, no entanto, que seu nome estaria envolvido nesse e em outros crimes. 

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Parlamentares da oposição vão cobrar explicações do presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana (PT-AC), sobre a nomeação de aliados para cargos de assessoria na direção da agência de cooperação internacional do governo federal. Como revelou o Estadão, os indicados não têm formação nas áreas para as quais foram designados na Apex.

O senador Sérgio Moro (União -PR) anunciou em sua conta no Twitter que vai apresentar requerimento para convidar Jorge Viana a se explicar no Senado. O parlamentar quer que o presidente da Apex compareça à Comissão de Fiscalização da Casa. "Na comissão de fiscalização do Senado, vou propor convite ao novo presidente da Apex para se explicar, em português mesmo, se os assessores nomeados por ele têm experiência e conhecimento em comércio exterior e, se não tem, o motivo da nomeação", escreveu Moro.

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O comentário do ex-juiz faz referência de forma irônica ao fato de Viana ter alterado o estatuto da Apex-Brasil para deixar de exigir proficiência em inglês para ocupante do cargo de presidente da agência, como noticiou o Estadão.

Na Câmara, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também usou a rede social para informar que também apresentará requerimento cobrando explicações de Jorge Viana. "Preparando neste momento requerimento para que o APEX Viana vá à Câmara dar explicações para o que a imprensa tem suspeitado ser cabides de empregos. O máquina pública é mantida pelos impostos dos brasileiros e a eles deve servir, não aos desejos pessoais de seus ocupantes", escreveu Eduardo Bolsonaro.

A Electronic Arts divulgou nesta segunda-feira (6) detalhes do Evento de Coleção Guarda Imperial em Apex Legends.

O evento começa nesta terça-feira (7) e vai até 21 de março. Jogadores poderão conferir uma lista de reprodução permanente, personagens lendários e visuais de armas, herança “Aurora da Esperança” da Wraith e muito mais. 

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Apex Legends está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One, Nintendo Switch e PC.

Confira o vídeo de lançamento: https://www.youtube.com/watch?v=fPayWxVcOkI

A Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (Apex) publicou, nesta sexta-feira (27), no Diário Oficial da União o extrato de edital de concurso público.  

As oportunidades são destinadas ao cargo de analista. Com remuneração inicial de R$ 8.726,46, os aprovados no concurso público terão um regime de carga horária semanal de 40 horas e contratação CLT.

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Interessados podem se inscrever no site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos Cebraspe. As inscrições começam dia 30 de maio e vão até 15 de junho. A taxa de participação é de R$ 82,57. 

Os candidatos serão avaliados por meio de provas objetivas, provas discursivas, comprovação de requisitos e avaliação oral por competências.

 

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) cancelou sua afiliação a uma instituição norte-americana que ajudou o Facebook a derrubar páginas ligadas a integrantes do gabinete do presidente de Jair Bolsonaro, seus filhos e o PSL.

A parceria da agência com o think tank Atlantic Council iria até outubro, mas foi encerrada na quinta-feira (9), um dia depois de a rede social tirar do ar as páginas. O Digital Forensic Research Lab, do Atlantic Council, foi um dos responsáveis pela investigação que identificou que as contas e perfis exibiam comportamentos "inautênticos e coordenados".

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A Apex informou que a parceria com o Atlantic Council foi cancelada por "questões estratégicas". O custo da afiliação é de US$ 200 mil para o período de dois anos, dos quais US$ 150 mil já foram pagos.

O Broadcast/Estadão (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou, porém, que a cúpula da agência entendeu ser politicamente insustentável manter a afiliação ao think tank norte-americano depois da investigação. Tal parceria foi criticada pela ala ideológica do governo.

De acordo com a diretora associada do centro ao qual a Apex era afiliada, Roberta Braga, após a publicação do artigo sobre a remoção das páginas do Facebook, a agência informou que seria necessário revogar a parceria. "Isso não é comum. Entendemos que foi necessário para eles, mas operamos de forma intelectualmente independente. Isso nunca ocorreu no passado", afirma.

O cancelamento fez com que um seminário previsto para a próxima quarta-feira com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azêvedo, fosse adiado para agosto em cima da hora. O evento será feito sem a participação da Apex.

Nesta sexta-feira, 10, a relação da agência com a entidade foi usada como munição na briga entre olavistas e militares por espaço no governo. A Apex vem sendo disputada pelas duas alas desde que Bolsonaro assumiu. No Twitter, o escritor Olavo de Carvalho acusou a agência de "financiar" a remoção das páginas. Desde outubro de 2018, a agência brasileira é afiliada do centro Adrienne Arsht Latin America do Atlantic Council.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Agência Brasileira de Promoção à Exportação (Apex), Sérgio Segovia, teve resultado positivo no teste para o novo coronavírus. Ele é o 18º integrante da comitiva que viajou com o presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, há cerca de 10 dias, a ser infectado com o vírus. Os ministros Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Bento Albuquerque, de Minas e Energia, também testaram positivo para a doença.

Em sua live semanal transmitida pelo Facebook nesta quinta-feira (18), Bolsonaro disse que conversou com Segovia e também atualizou a situação do general Heleno.

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"Acabei de ter informação do presidente da Apex, o nosso almirante Segovia, que deu positivo coronavírus. Perguntei para ele se estava sentindo alguma coisa, ele falou que 'nada, nada'. Tudo normal, a vida dele. Ele deve ter os seus 55 anos de idade, um pouquinho menos. Conversei agora com o general Heleno, que tem, se eu não me engano, 74 anos de idade, e está no quarto dia que deu positivo o coronavírus nele. 'Como é que está se sentindo, general?'. Ele falou: 'nada, inclusive acabei de fazer 50 minutos de bicicleta'", relatou.

No último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, foram contabilizadas seis mortes decorrentes do novo coronavírus. Os casos confirmados saíram de 428 para 621 entre ontem (18) e hoje (19).

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 13, em frente ao Palácio da Alvorada, que seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), está em Jerusalém, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para inaugurar escritório de negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Segundo informações do site da Apex, o escritório será aberto em 15 de dezembro.

Bolsonaro já prometeu diversas vezes transferir a embaixada do Brasil de Tel-Aviv para Jerusalém. Pressionado por possível boicote de países árabes, no entanto, o governo brasileiro decidiu abrir apenas o escritório de negócios até agora.

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No final de novembro, em evento de lançamento do partido Aliança Pelo Brasil, o presidente reafirmou que deseja transferir a representação diplomática do País para Jerusalém. "É um simbolismo apenas, mas que vale muito para quem acredita em Deus. Vamos atingir esse objetivo sem traumas", disse no evento.

Nesta sexta, 13, o presidente foi recepcionado em frente ao Alvorada por um padre acompanhado por um coral de crianças. Também posou para fotos com o presidente um homem vestido de Papai Noel que fez o já tradicional sinal de "arminha" com as mãos. 

O Itamaraty informou na tarde desta terça-feira, 9, por meio de nota, que o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Mário Vilalva, foi exonerado do cargo. Na nota, o ministro das Relações Exteriores, embaixador Ernesto Araújo, anuncia a exoneração que diz fazer parte "do processo de dinamização e modernização do sistema de promoção comercial brasileiro". A nota não informa quem será o novo presidente da Apex.

A saída de Vilalva é uma vitória de Ernesto Araújo em uma disputa travada com militares por poder na Apex-Brasil. Com a exoneração, Vilalva é o segundo presidente da Apex demitido pelo governo Jair Bolsonaro. O primeiro foi Alexandre Carreiro, demitido ainda em janeiro, depois de entrar em conflito com diretores indicados por Araújo.

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Em entrevista ontem ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Vilalva classificou como "golpe" a mudança no estatuto do órgão feita pelo ministro Ernesto Araújo, que retirou poderes do presidente da agência e ampliou força de diretores.

"Realmente não compreendo, esse tipo de postura por parte do ministro (Ernesto Araújo), esse tipo de atitude que eu considero mais um golpe, de fazer na calada da noite uma modificação profunda no estatuto para me tirar poderes e dar esse poder para pessoas que não estão preparadas", disse ao Broadcast ontem.

Segundo ele, Araújo chegou a oferecer-lhe "postos maravilhosos no exterior" para que deixasse o cargo. "Eu não estou à venda, não estou aqui para amanhã ser comprado", disse.

A crise começou após Vilalva baixar uma portaria em que retirou dos diretores de Negócios, Letícia Catelani, e de Gestão, Márcio Coimbra, ambos indicados por Araújo, o poder de nomear e demitir funcionários. A portaria seria uma retaliação ao fato de Catelani e Coimbra terem se negado a assinar um contrato da agência com uma empresa citada na Lava Jato. Vilalva nega essa versão. Segundo ele, a portaria foi feita após ele "perceber que havia um certo relaxamento em relação a contratação de pessoas".

O presidente Jair Bolsonaro confirmou a nomeação do embaixador Mário Vilalva como novo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), na noite desta quinta-feira, 10. Após impasse que se estendeu ao longo do dia, Vilalva substituirá oficialmente Alecxandro Carreiro, que foi demitido na quarta-feira, 9, mas se recusava a deixar a função até uma decisão do Presidente da República.

Em nota, o Palácio do Planalto confirmou a nomeação de Vilalva na noite desta quinta. Na sequência, pelo Twitter, Bolsonaro publicou foto ao lado de Vilalva e Araújo. A foto foi tirada após reunião entre os três no Palácio do Planalto, que circulava pelo Whatsapp desde o final da tarde. "Recebi hoje o embaixador Mário Vilalva, indicado pelo Chanceler Ernesto Araújo para o cargo de Presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX). Boa noite a todos!", escreveu Bolsonaro na rede social.

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Com a publicação, o presidente buscou colocar fim ao impasse que durava desde ontem sobre como ficaria o comando da Apex e até mesmo do Ministério de Relações Exteriores.

Imbróglio

A escolha de Vilalva para o cargo foi anunciada ontem pelo ministro Ernesto Araújo. Pelo Twitter, ele disse que Carreiro pediu "o encerramento de suas funções como presidente da Apex". No mesmo tuíte, Araújo disse que tinha indicado o embaixador Mário Vilalva a Bolsonaro.

Interlocutores de Carreiro, no entanto, alegaram que não foi isso que ocorreu. Carreiro teria se reunido com Araújo para reclamar de outra indicação de Bolsonaro para a agência, a diretora de Negócios Letícia Catel, que atuou como assessora durante a transição.

De acordo com fontes, Letícia, que é próxima de Araújo, não gostou de Carreiro ter exonerado 18 pessoas em menos de uma semana no governo e queria reverter as exonerações. Na reunião, Araújo sugeriu que Carreiro pedisse demissão, mas ele se negou. Ao sair do encontro, o chanceler publicou o tuíte. Carreiro viu nisso uma tentativa de criar um "fato consumado" e forçá-lo a sair do cargo.

Contrariado, Carreiro despachou normalmente no prédio do órgão nesta quinta-feira. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, ele não aceitava ser demitido por Araújo e decidiu continuar atuando até a exoneração ser confirmada por Bolsonaro.

Mais cedo, a Apex confirmou, em nota, que Carreiro "nomeado para o cargo pelo presidente da República", cumpriu expediente normal na agência hoje, "tendo efetuado despachos internos e recebido para audiências autoridades de Estado". A agência, no entanto, não informou quem foram as autoridades recebidas pelo presidente.

Como mostrou a Coluna do Estadão, o novo embaraço na Apex, envolvendo Carreiro, iniciou especulações na agência de que o próximo a ser substituído seria o próprio Ernesto. Sua participação em reuniões com Bolsonaro na tarde de hoje, no entanto, já sinalizava o apoio do presidente ao ministro e que ele permaneceria na função normalmente.

Desde o anúncio da demissão, Carreiro mostrou a deputados do PSL, com quem já trabalhou, troca de mensagens pelo WhatsApp que comprovariam que ele não pediu para sair como informou o ministro nas suas redes sociais, mas foi forçado a deixar o cargo na Apex.

Hoje, Carreiro também procurou interlocutores no Palácio do Planalto para apresentar sua versão, mas não foi recebido pelo presidente da República. Ernesto Araújo, por sua vez, teve uma reunião com o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional, GSI) logo no início da manhã.

Menos de 10 dias depois de sua posse, o governo de Jair Bolsonaro já sofreu sua primeira baixa: Alex Carreiro, que deixou o cargo de presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), órgão responsável pela internacionalização de empresas e produtos do país no exterior, nesta quarta-feira (9).

A saída foi anunciada pelo chanceler Ernesto Araújo, em seu perfil no Twitter, mas sem entrar em detalhes. "O sr. Alex Carreiro pediu-me o encerramento de suas funções como presidente da Apex. Agradeço sua importante contribuição na transição e no início do governo", declarou Araújo.

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Segundo o site O Antagonista, Carreiro, que é publicitário, era criticado por diplomatas devido à sua suposta "falta de preparo", o que incluiria não ser fluente em inglês nem ter experiência em comércio exterior.

Para seu lugar no comando da Apex, Araújo indicou a Bolsonaro o embaixador Mário Vilalva.

Da Ansa

O governo interino de Michel Temer publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 22, mudanças no decreto que instituiu em 2003 a Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex Brasil) - serviço social autônomo antes ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e agora vinculado ao Ministério das Relações Exteriores, comandado pelo tucano José Serra.

Uma das mudanças diz que o titular do Itamaraty será o presidente do Conselho Deliberativo da Apex. A regra anterior previa que esse cargo seria ocupado mediante eleição dentre os conselheiros, por maioria simples.

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Além do Itamaraty, ainda fazem parte do colegiado os ministérios da Agricultura e o da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a Secretaria Executiva do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

O setor aeroespacial brasileiro quer mostrar que vai além de São José dos Campos (SP). Usando como mote a capacidade nacional de solucionar problemas de engenharia, que impulsionou as exportações do setor em 30% durante o governo Dilma Rousseff, um grupo de 45 empresas de Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e São Paulo assinam nesta quinta-feira (17) um convênio com o governo federal para promover o 'cluster' lá fora.

O objetivo é conquistar mercados nos Estados Unidos e na Europa, desbancando concorrentes locais e outros competidores do México e do Canadá. O convênio propõe a oferta de tecnologia de fornecedores brasileiros de diversas áreas em nove feiras internacionais até 2016. A meta é fazer as vendas das 45 empresas crescerem de 5% a 10% e impulsionar todo o setor, que compreende hoje cerca de 100 empresas.

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"O grande diferencial dessas empresas é a mentalidade do engenheiro brasileiro, de pensar fora da caixa, criando e inovando mesmo com regras rígidas", afirmou o gestor da Apex e coordenador do projeto, Maurício Manfrê.

Uma das empresas que tenta conquistar clientes no exterior é a Akaer, localizada em São José dos Campos e fornecedora da Embraer e Helibrás. Criada por dois ex-engenheiros da Embraer, a empresa cresceu como prestadora de serviços de engenharia e hoje também atua como integradora da indústria de componentes aeroespaciais. Ou seja: projeta as peças dos aviões e une diversas empresas da cadeia produtiva para fabricar um produto final, com mais valor agregado. Um dos projetos mais avançados nessa linha é a criação de um console para helicópteros da Helibras.

"Queremos buscar clientes no exterior para peças brasileiras. A empresa tem um papel de captar o contrato e distribuir na cadeia produtiva", explicou o diretor comercial da Akaer, Aldo da Silva Júnior.

A maior dificuldade para acessar o mercado externo é o pequeno porte das empresas. A Akaer, por exemplo, tem 280 funcionários e receita anual de cerca de R$ 40 milhões.

O projeto da Apex visa a ajudar pequenas e médias empresas a conquistar espaço no exterior. Segundo a Apex, as exportações das companhias que participam da iniciativa somaram US$ 69,3 milhões em 2013, acima dos US$ 53,5 milhões de 2011. O volume, porém, é considerado abaixo do potencial. Em 2009, apenas três delas exportavam, número que cresceu para 24 no ano passado.

Raio-X

O plano da Apex para atrair negócios para essas empresas é mostrar que, apesar de pequenas, elas participaram de grandes projetos.

Para isso, a Apex vai organizar exposições com uma espécie de "raio-X" de aviões e helicópteros, mostrando toda a tecnologia brasileira dentro do produto. A Akaer, por exemplo, fez o projeto da fuselagem dianteira do cargueiro KC-390, da Embraer, bem como a fuselagem traseira do Gripen, o caça da sueca Saab que será usado pela Força Aérea Brasileira.

Com esses eventos, a Apex quer ressaltar ao mercado que há empresas nacionais capazes de produzir e desenvolver não só aeronaves e satélites, mas também projetos, estruturas interiores, sistemas aviônicos e componentes. O convênio também terá participação de empresas de infraestrutura de solo, como radares e tecnologia de torres de controle.

Âncora

A exemplo de shopping centers, que usam lojas famosas para gerar tráfego para todo o varejo local, a Apex vai usar a Embraer e Helibras como "âncoras" para alavancar as vendas do restante da indústria.

A paulista Avionics Services é uma das empresas que quer aproveitar a parceria com a Embraer para conseguir contratos no exterior. "Ser fornecedor da Embraer abre portas. Existe um padrão rigoroso de qualidade e o mercado reconhece isso", disse João Vernini Filho, diretor comercial da empresa, que já desenvolveu 70 produtos para a Embraer, como a cabine de iluminação do jato Phenom 100.

Além de projetos de engenharia aeronáutica, a companhia também faz "retrofit" de aviões usados. "Esse mercado é enorme lá fora. Entramos no projeto para ter mais visibilidade e conseguir novos clientes."

O projeto da Apex também vai ressaltar no exterior os recentes avanços do setor aeroespacial brasileiro. Serão destacados lá fora o desenvolvimento local, em conjunto com a sueca Saab, da nova geração de caças da Aeronáutica, o projeto de um novo cargueiro militar da Embraer e a inclusão de novas tecnologias nos aeroportos brasileiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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