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O ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania) usou o Twitter, nesta quinta-feira (30), para avaliar a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante da pandemia do novo coronavírus e a conjuntura econômica do país. Para o ex-senador, Bolsonaro age de acordo com interesses particulares e, por isso, é positivo o fato de o país não ter armas nucleares.  

“Ainda bem que não temos bomba atômica. Já imaginou o Bolsonaro com poder para disparar foguete com arma nuclear?”, indagou Cristovam Buarque na publicação.     

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Na avaliação do ex-senador, “o Brasil está preso nesta esquizofrenia política, durante epidemia e recessão”. “O presidente tem postura de político com poder ditatorial para agir conforme seus interesses, mas está dentro de um sistema político democrático em que há outros poderes institucionais”, observou.

Esta não é a primeira vez, desde o início da pandemia, que Buarque avalia negativamente a condução do presidente. Segundo o ex-senador, "Bolsonaro sempre surpreende para pior."

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O papa Francisco chamou, neste domingo (24), de "crime" o uso da energia atômica para fins militares e denunciou a lógica da dissuasão nuclear, durante visitas a Nagasaki e Hiroshima, cidades japonesas atingidas pela bomba atômica.

"O uso da energia atômica para fins militares é hoje, mais do que nunca, um crime, não apenas contra o homem e sua dignidade, mas também contra qualquer possibilidade de futuro em nossa casa comum", declarou Francisco em uma mensagem pronunciada no Memorial da Paz de Hiroshima, não muito longe de onde a bomba americana caiu em 6 de agosto de 1945.

Mais cedo esta manhã, ele rejeitou em Nagasaki, atingida três dias depois por uma segunda bomba A, a doutrina segundo a qual possuir armas nucleares para dissuadir ataques é o caminho para garantir a paz.

Uma "falsa segurança" que envenena as relações entre os povos, lançou na cidade da ilha de Kyushu, no sudoeste do Japão, onde suas palavras foram ouvidas por sobreviventes do bombardeio em que ao menos 74.000 pessoas morreram.

"A verdadeira paz só pode ser uma paz desarmada", declarou ele mais tarde em seu discurso em Hiroshima, onde pelo menos 140.000 pessoas morreram na manhã do ataque e nos meses seguintes.

- "Viver, morrer de forma humana" -

O horror da guerra e das armas, um grito recorrente do argentino Jorge Bergoglio, é uma continuação dos papas que o precederam.

Mas uma clara rejeição à teoria da dissuasão nuclear é uma ruptura com o passado. Diante das Nações Unidas em 1982, João Paulo II definiu essa doutrina como um mal necessário "nas condições presentes".

A Santa Sé ratificou em 2017 o Tratado de Proibição de Armas Nucleares (TIAN). Dois anos atrás, em um simpósio no Vaticano, Francisco havia condenado a "posse" de armas nucleares e a "ameaça de seu uso". Porque, para ele, as relações internacionais não podem se basear em intimidações militares.

O papa também se revoltou neste domingo contra toda a cadeia de armas: "A fabricação, modernização, manutenção e venda de armas cada vez mais destrutivas são um ultraje contínuo para o céu".

Ele se encontrou com sobreviventes, chamados "hibakusha" no Japão, e prestou homenagem à "força e dignidade" daqueles que sofreram em seus corpos "os sofrimentos mais atrozes" e "em seus espíritos, os germes da morte".

"Minha mãe e minha irmã mais velha foram mortas, carbonizadas. E, mesmo que você sobrevivesse, não poderia mais viver ou morrer como ser humano (...) Esse é o horror das armas nucleares", explicou à imprensa Sakue Shimohira, de 85 anos, que entregou ao papa um buquê de flores brancas em Nagasaki, em frente ao principal monumento do "parque da paz", local central do impacto da bomba atômica.

- 440.000 católicos -

"Este país conheceu como poucos o nível de destruição que o ser humano é capaz", disse o papa em sua homilia durante uma missa ao ar livre celebrada diante de 35.000 pessoas em um estádio de beisebol em Nagasaki.

O Japão, dotado de uma Constituição pacifista ditada pelos ocupantes americanos após a Segunda Guerra Mundial, também adotou em 1967 os princípios de "não produzir, deter ou introduzir em seu território armas nucleares".

Ainda assim, o país depende do guarda-chuva nuclear dos Estados Unidos para sua segurança.

Em um segundo discurso em Nagasaki, antes da missa, Francisco prestou homenagem aos primeiros missionários japoneses e "mártires" dos séculos XVI e XVII, "uma fonte profunda de inspiração e renovação" para ele em sua juventude, e recordou a necessidade de garantir a liberdade religiosa para todos.

Apenas 440.000 japoneses são católicos, de uma população total de 126 milhões. ​Francisco também se encontrará na segunda-feira com vítimas do terremoto de magnitude 9 no nordeste do Japão e do tsunami, que matou 18.500 pessoas em 11 de março de 2011, um desastre natural seguido pelo desastre nuclear de Fukushima.

O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, afirmou nesta terça-feira, 22, que o país precisaria de apenas cinco dias para retomar o enriquecimento de urânio a 20% - nível que permite que o material seja usado para a construção de arma nuclear.

O site da TV estatal iraniana citou Salehi dizendo: "Se houver uma determinação, somos capazes de retomar o enriquecimento a 20% em no máximo cinco dias".

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Em 2015, o Irã desistiu de avançar com seu programa de enriquecimento de urânio a 20% em um acordo assinado com potências mundiais. O acordo levantou sanções e limitou o país a enriquecer o minério a 5%. O Irã tem dito que desenvolve seu programa nuclear para propósitos pacíficos.

Estrelas de Hollywood como Robert De Niro, Michael Douglas e Morgan Freeman pediram aos presidentes do Grupo dos Oito (G-8) o fim das armas nucleares. Os líderes do G-8 se reúnem na Irlanda do Norte no início da próxima semana.

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As celebridades, entre elas o austríaco Christoph Waltz, a australiana Naomi Watts e o americano Matt Damon, emprestaram seus rostos e vozes a um vídeo de dois minutos patrocinado pelo grupo da campanha anti-nuclear Global Zero. "A mensagem dos especialistas nacionais em segurança e cidadãos de todo o mundo é clara: a única maneira de eliminar o perigo nuclear mundial é eliminar todas as armas nucleares", diz o protagonista de "Instinto selvagem", Michael Douglas.

Já Morgan Freeman afirma que "as armas nucleares são relíquias obsoletas da Guerra Fria, não contemplam as ameaças de segurança atuais e custam um bilhão de dólares em nível mundial... É hora de nos livrarmos delas".

O cofundador do Global Zero, Matt Brown, disse que o vídeo foi concebido para chamar a atenção do presidente americano, Barack Obama, e de seu homólogo russo, Vladimir Putin, que se reunirão na cúpula do G-8 nas próximas segunda e terça. "Para que o mundo tome o rumo de 'zero armas nucleares', o presidente Obama terá de ir além do processo bilateral que o presidente (Ronald) Reagan iniciou com as reduções de armas da União Soviética/Rússia e levar às outras principais potências nucleares as negociações internacionais de armas pela primeira vez na história", insistiu.

Outros atores que participam do vídeo são Alec Baldwin, John Cusack, Danny DeVito, Whoopi Goldberg, Zoe Kravitz e Martin Sheen. Os líderes dos países do G-8, grupo formado por Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Rússia, França, Japão, Itália e Canadá, se reunirão no exclusivo clube de golfe Lough Erne, na Irlanda do Norte.

As negociações serão, provavelmente, dominadas pela guerra na Síria, depois que os Estados Unidos acusaram o regime de usar armas químicas, como o gás sarin, enquanto os anfitriões britânicos estão decididos a fazer uma campanha contra a evasão fiscal, além da promoção do comércio global.

O Global Zero também anunciou a entrega de uma carta pelo grupo à Casa Branca, assinada por pelo menos 75 ex-premiers, ministros da Defesa e comandantes militares. Nela, também se pede o fim dos armamentos nucleares.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse neste sábado não ter mais esperanças de que uma conferência sobre a proibição de armas nucleares no Oriente Médio seja realizada ainda este ano. Ban e o enviado especial Jaakko Laajava, da Finlândia, vêm tentando convencer os países da região a participar da conferência, mas vêm enfrentando resistência de Israel e outras nações.

A conferência, organizada pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Rússia, deveria ser realizada este ano, na Finlândia. Mas o secretário-geral da ONU agora espera que ela aconteça "na primeira oportunidade em 2013".

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Na sexta-feira, o Departamento de Estado dos EUA disse que a conferência não poderia ser marcada por causa das atuais condições no Oriente Médio e porque os estados da região não chegaram a um acordo sobre as condições aceitáveis para o encontro. A Grã-Bretanha disse que os três coorganizadores também querem que a conferência seja realizada o quanto antes em 2013.

Ban também pediu que os estados da região superem suas diferenças e "aproveitem esta rara oportunidade" que pode levar à eliminação completa de armas de destruição em massa na região.

Israel disse que não participaria da conferência agora por causa das tensões na região e porque seus representantes poderiam ser alvo de ataques. Diplomatas norte-americanos expressaram os mesmos temores.

O Irã e estados árabes criticam Israel por seu suposto arsenal nuclear. Israel se recusa a revelar se possui ou não armas nucleares, embora especialistas em segurança digam que o país tem um número substancial de armamentos. Para os EUA e Israel, a principal ameaça nesse sentido é o Irã, mas o país nega que esteja tentando fabricar armas nucleares. As informações são da Dow Jones.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste domingo que o país não vai hesitar em atacar o Irã com forças militares para evitar que o país persa adquira armas nucleares, mas alertou que "muita conversa solta sobre guerra" recentemente tem apenas ajudado Teerã e elevado o preço do petróleo.

Falando a um poderoso grupo de lobby pró-Israel, Obama pediu a Israel mais tempo para permitir que as sanções possam isolar o Irã. Ele tentou conter as sinalizações de guerra com o Irã e rechaçou um ataque unilateral israelense contra as instalações nucleares do Irã.

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"Pela segurança de Israel, a segurança da América e a paz e a segurança do mundo, agora não é o momento para turbulência", afirmou Obama a milhares de pessoas na conferência anual do Comitê de Relações Públicas americano-israelenses. "Agora é o momento para que deixemos a pressão aumentar e sustentar a ampla coalização internacional que construímos."

Citando o ex-presidente Theodore Roosevelt, Obama afirmou que iria "falar suavemente, mas carregar um grande porrete" e alertou o Irã para que não teste os Estados Unidos.

O discurso de Obama, bastante esperado, ocorreu um dia antes de seu encontro na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que planejou se pronunciar à conferência na noite de segunda-feira.

Três candidatos à presidente dos Estados Unidos do Partido Republicano, Mitt Romney, Rick Santorum e Newt Gingrich, devem falar à conferência via satélite na terça-feira. As informações são da Associated Press.

O Irã vai propor uma nova rodada de negociações com seis potências mundiais sobre seu polêmico programa nuclear após as últimas sanções impostas ao país, afirmou o embaixador iraniano na Alemanha, segundo a agência semioficial iraniana Mehr.

O embaixador Ali Reza Sheikh Attar disse que o principal negociador sobre questões nucleares do Irã, Saeed Jalili, enviará em breve uma carta à chefe de políticas externas da União Europeia, Catherine Ashton, para propor a retomada das discussões. Attar não especificou quando a carta será enviada.

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A última rodada de conversas entre Irã e as potências do 5+1, que inclui os cinco países permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França - e Alemanha, fracassou em janeiro.

O Ocidente teme que o programa nuclear do Irã se destine à produção de armas atômicas, uma acusação que Teerã nega reiteradamente. As informações são da Associated Press.

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