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Dois requerimentos com votos de aplausos para o presidente Jair Bolsonaro, incluídos na votados e apovados na Alepe nessa segunda-feira (9), geraram uma discussão acalorada entre os deputados. Os requerimentos foram de autoria do deputado Alberto Feitosa (SD) e enalteceram a transformação da Embratur de Instituto Brasileiro de Turismo para Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, e a destinação de 280 viaturas para as guardas municipais de 68 cidades pernambucanas.

As duas proposições receberam pedidos – feitos, respectivamente, pelas deputadas Teresa Leitão (PT) e Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas (PSOL) – para que fossem votadas separadamente das demais. Além delas, votaram contra ambas os deputados João Paulo (PCdoB), José Queiroz (PDT), Simone Santana (PSB), Dulcicleide Amorim (PT), Fabíola Cabral (PP), Isaltino Nascimento (PSB), Waldemar Borges (PSB), Sivaldo Albino (PSB) e Professor Paulo Dutra (PSB). A deputada Delegada Gleide Ângelo (PSB), que votou contra um dos requerimentos, estava ausente no primeiro. Já  Roberta Arraes (PSB) votou contra o primeiro e a favor do segundo.

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Após as votações, Teresa Leitão manifestou-se novamente contra a mudança no perfil da Embratur de autarquia pública para pessoa jurídica de direito privado. Ela apontou possíveis perdas com a redução da participação da União na economia. Citando nominalmente o deputado Joel da Harpa (PP), criticou os colegas que comemoraram a aprovação do requerimento fazendo o gesto de uma arma, símbolo da campanha de Bolsonaro.

“Não sei o que tem de bonito e engraçado em louvar um presidente da República que faz do ódio, do armamento, do assassinato, do feminicídio, do genocídio de índios e negros coisas de menos importância. Esta Casa está contaminada pela polarização que existe na sociedade. Eu nunca vi semelhante disputa ideológica como a que se está querendo colocar agora”, assinalou. 

Em resposta, Joel da Harpa disse que a petista, que é 3ª secretária do Legislativo Estadual, “excedeu o limite de representatividade na Mesa Diretora”. “Respeito as posições ideológicas da deputada, e é preciso que ela tenha respeito às pessoas que pensam diferente dela. O que falo ou o sinal que faço é um direito meu, como representante do povo de Pernambuco”, pontuou.

Na sequência, a petista pediu a palavra e afirmou ter sido ameaçada pelo parlamentar “fora do microfone e nele”. “Em momento nenhum eu ameacei a deputada, nem na tribuna nem fora dela. Essa palavra ameaça é muito forte. Ela precisa deixar claro que tipo de ameaça foi essa”, retrucou Joel.

Veja o momento:

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O deputado João Paulo (PCdoB) também considerou que a simbologia da arma “é muito forte”. “Há um processo de radicalização que não podemos aprofundar. Isso só vai prejudicar cada vez mais a imagem desta Casa, do País e do Governo”, prosseguiu.

Já Alberto Feitosa negou que estivesse buscando promover uma discussão política e ideológica por meio dos requerimentos. “Qual o problema de se indicar votos de aplauso para ações administrativas de Governo?”, questionou. “Há uma visão de patrulhamento. Cada um homenageia quem gosta, quem admira”, prosseguiu. Para ele, a mudança na gestão da Embratur aumentará a possibilidade de obter recursos para além do Orçamento público. Já a destinação de viaturas às guardas municipais beneficiará, sobretudo, as prefeituras mais carentes.

Vice-líder do PT, o deputado Doriel Barros – que não estava presente no momento das votações, mas se manifestou contrariamente aos projetos – voltou a citar o gesto da arma feito por Bolsonaro e seus apoiadores. “Não queremos um Brasil onde as pessoas fuzilem outras, queremos um País no qual todos se respeitem. Os sinais que a gente precisa ter são de harmonia, sinceridade, tranquilidade e amor”, expressou o parlamentar.

*Do site da Alepe

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) usou o Twitter, nesta sexta-feira (27), para questionar o uso de armas nas missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) e se explicar por uma foto em que aparece fazendo arminha, gesto de campanha do pai e presidente Jair Bolsonaro (PSL), diante de uma escultura em defesa da paz, instalada em frente ao prédio da ONU, eem Nova York. 

A escultura foi erguida em 1985, pelo artista sueco Carl Fredrik Reuterswärd, em homenagem ao artista John Lennon, morto a tiros cinco anos antes. Monumento chama-se “sem violência” e é uma arma com um nó no fim do cano. 

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Ao acompanhar a foto publicada nessa quinta (26), Eduardo escreveu: “As operações de paz da ONU acertadamente usam armas. Mas na entrada do prédio da ONU em NY fica essa escultura desarmamentista. Como todo bom desarmamentista eis a máxima "armas para mim, desarmamento para os outros".

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Fala rendeu críticas e ao rebate-las, Eduardo disse que “a escultura desarmamentista na entrada da ONU serve para depreciar o papel fundamental das armas na garantia da segurança, das liberdades e da paz”. “Ignoram o uso defensivo das armas de fogo”, disparou.

Logo em seguida, o parlamentar perguntou o que aconteceria se John Lennon estivesse armado quando foi morto. “O assassinato do John Lennon é o pano de fundo para calar os pró-legítima defesa que ousarem falar contra - quem poderia ser contra essa escultura, ainda mais em tempos de politicamente correto? O que aconteceria se John Lennon estivesse armado?”, indagou. 

Na ótica de Eduardo, que tem buscado apoios na indicação para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos, a ONU deveria colocar em frente à sua sede armas usadas nas missões de paz da entidade. 

“Que tal botar na entrada da ONU os fuzis usados pelos founding fathers que garatiram - e garantem - a liberdade dos EUA fizeram dela uma terra tão próspera que séculos depois ainda atrai as pessoas a morarem neste país multicultural?”, perguntou. “As mesmas armas que o povo venezuelano clama para poder sair das garras de um narcoditador mas não tem, porque em 2012 uma lei os desarmou, em que pese sua constituição ter o art. 350. Ou as armas das missões de PAZ da ONU?”, emendou o questionamento. 

Por fim, Eduardo sugeriu que fosse acrescida ainda à escultura, as mãos do assassino de John Lennon “pois o revólver não atirou sozinho”.

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