Tópicos | Arthur Weintraub

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e seu irmão, o ex-assessor especial da Presidência da República Arthur Weintraub, publicaram em suas redes sociais na noite da sexta-feira (4) que se recuperaram recentemente de casos graves da Covid-19. Na mensagem dedicada aos seguidores e amigos, eles explicam a razão do “sumiço” nas redes sociais e que as esposas dos dois, além dos filhos, também foram infectados pelo vírus. A filha caçula de Abraham, de 10 anos, teve sintomas leves.

"A gente pegou Covid, uma cepa bem agressiva, não foi a normal, aparentemente foi essa nova e inclusive o Arthur, eu, as nossas esposas, inclusive as crianças pegaram", disse o ex-ministro em vídeo gravado ao lado do irmão. Eles sofreram de uma “cepa agressiva” e chegaram a ter os pulmões comprometidos, mas não especificam em vídeo de qual variante se trata.

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Atualmente, os irmãos vivem nos Estados Unidos. Abraham é diretor-executivo do conselho do Banco Mundial. Já Arthur, atua como secretário de Segurança Multidimensional da Organização dos Estados Americanos (OEA).

No vídeo, Arthur afirma que ele e o irmão pretendiam se vacinar há cerca de um mês e que teriam escolhido o imunizante da Pfizer, o mais aplicado no país onde moram, mas não puderam porque apresentaram sintomas da Covid-19.

“Eu não achei que fosse Covid, de início estava tranquilo, era uma febre alta. E aí, quando eu vi, não tomei, não se pode tomar vacina com o risco de estar com Covid. Isso foi no começo de maio. Foi no dia 12 de maio. A gente não pôde tomar e ficamos com a doença”, explica Arthur.

Por fim, agradeceram aos médicos pelo tratamento recebido nos Estados Unidos e aos seguidores pelas mensagens de apoio nas redes sociais, dizendo que estão bem e que voltarão “mais fortes”.

Apesar do grande número de possíveis variantes em circulação, a A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que há quatro cepas preocupantes por serem mais transmissíveis: britânica (B.1.1.7), sul-africana (B.1.351), brasileira (P.1) e indiana (B.1.617.2).

Arthur Weintraub pode ter idealizado 'gabinete paralelo', investigado na CPI

Os senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid já aprovaram a convocação de Arthur Weintraub para prestar esclarecimentos sobre a existência de um "gabinete paralelo" de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia. O tal gabinete seria um dos principais responsáveis pelo protocolo do tratamento precoce, que envolve o uso da cloroquina em casos leves e graves da Covid.

Para a CPI, existe a possibilidade de enviar representante aos Estados Unidos para colher o depoimento do ex-assessor. A comissão investiga reunião com médicos e outras pessoas, em setembro do ano passado, na qual Arthur intermediou os contatos entre o grupo e o Palácio do Planalto. O ex-assessor legal do PR também é cogitado como idealizador do gabinete.

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, e também seu irmão Arthur, se tornaram sócios do único professor que deu uma nota acima da mínima no concurso em que o ministro concorreu sozinho (e quase foi reprovado) para se tornar professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 2014.

O Centro de Estudos em Seguridade (CES), fundado pelos três, lucrou até R$ 45 milhões em um contrato firmado com o Governo do Estado de Goiás, utilizando irregularmente o nome da universidade federal. As informações são de uma reportagem da Revista Fórum.

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De acordo com a revista, quando o ministro prestou concurso em 2014, houve dúvidas acerca da legalidade do certame e resistência à realização da seleção de candidatos com título de mestre (que Weintraub tinha acabado de adquirir) e não apenas de doutorado. Naquele ano, 32 concursos foram realizados e apenas o atual ministro foi aprovado com a nota mínima, 7, concorrendo sozinho uma vez que os outros cinco candidatos desistiram da prova. 

A banca era composta por professores de diversas instituições de ensino: FGV, PUC, FEA-USP, Mackenzie e Unifesp. Um deles reprovou Weintraub, com uma nota 6. Outros três o aprovaram com a nota mínima e apenas um lhe deu 8 pontos.

Ricardo Hirata Ikeda, professor da Unifesp, foi um dos primeiros professores da instituição, onde já participou de conselhos, comissões e presta consultoria, além de ser membro da Comissão de Bancas e ter fundado o departamento de Ciências Contábeis da universidade, onde o irmão do ministro, Arthur Weintraub, se tornou coordenador. Nesta posição, o professor esteve a par dos processos de seleção dos irmãos Weintraub e também da esposa do ministro, Daniela.

Ainda segundo a reportagem, cerca de um ano após a entrada de Weintraub na Unifesp, ele, o irmão e o professor Ricardo Hirata Ikeda fundaram o Centro de Estudos em Seguridade (CES), descrito no currículo Lattes do ministro como “uma associação civil sem fins lucrativos fundada por professores dos cursos de Atuária e Contabilidade da UNIFESP, que tem como missão a excelência científica e técnica em Seguridade”. 

Apesar da definição dar a entender que há uma ligação entre o centro e a universidade, um funcionário não identificado declarou à reportagem que “O CES nunca obteve a aprovação e o acompanhamento mencionados. Ele não foi nem sequer apreciado pela Congregação do campus Osasco, órgão máximo de deliberação do campus, quanto mais pelo Conselho Universitários (CONSU) da UNIFESP”.

Diante do uso irregular do nome da instituição, em 2018 a Unifesp abriu uma sindicância que o ministro classifica como “perseguição política da Unifesp”. A universidade emitiu uma nota em seu site oficial esclarecendo que a sindicância foi concluída comprovando a irregularidade, mas sem abertura de processo administrativo.

O CES é também responsável por publicar a Revista Brasileira de Previdência, que tem Arthur Weintraub no corpo editorial e é responsável por aprovar e divulgar os artigos publicados pelo ministro, que são critério de seleção para o concurso. 

Em 2016, o Centro de Estudos em Seguridade fechou um contrato assinado por Ikeda, Abraham e Arthur Weintraub, com o Governo do Estado de Goiás, no valor de até R$ 45 milhões de acordo com a taxa de sucesso, para execução de serviços de recuperação de valores relativos a dívidas de médio e de longo prazo. À reportagem da revista, o funcionário não identificado da Unifesp declarou que “O ministro, seu irmão e colegas (alguns dos quais nomeados por eles para cargos no MEC) utilizaram da Unifesp e de seu prestígio para amealhar vantagens financeiras e oportunidades de negócios. Vantagens sobre o qual a Unifesp nunca foi recompensada, uma vez que o CES se apresentava como um Centro (órgão complementar) a ela vinculado”. 

Nas redes sociais, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, já reagiu à publicação da reportagem negando as acusações, que classificou como “mentiras”. Ele também dirigiu ofensas à revista que fez a reportagem e fez ameaças de processo. “Terão que provar na justiça”, disse ele. Também à revista, o Ministério da Educação declarou que o ministro não comentará mais o caso pois já se manifestou pelo Twitter. Confira:

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