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Ao sobrevoar um asteroide situado entre as órbitas de Marte e Júpiter a espaçonave Lucy, da Nasa (a agência espacial norte-americana), descobriu que na verdade eram dois: um de 790 metros e outro de 220 metros em seus trechos mais largos. É o que se chama de par binário.

A missão espacial de Lucy é sobrevoar e colher informações sobre sete asteroides selecionados pela Nasa. O primeiro deles, chamado Dinkinesh, fica em um cinturão de asteroides situado entre as órbitas de Marte e Júpiter.

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Quando foi descoberto, em 1999, recebeu o nome provisório de 1999 VD57. Quando sua órbita foi determinada com precisão, ele recebeu o número 152830, mas continuou sem nome oficial. Em janeiro deste ano, quando a equipe da missão Lucy decidiu enviar a sonda homônima para visitar esta rocha espacial, propôs um nome para ela. Dinkinesh significa "maravilhoso" na língua da Etiópia.

O asteroide foi o primeiro visitado pela sonda Lucy durante essa missão, e o principal objetivo da aproximação era testar os sistemas da espaçonave antes de ela iniciar sua atividade científica principal: estudar os misteriosos asteroides troianos de Júpiter, considerados "fósseis" do sistema solar. Mas, acabou havendo uma surpresa.

Semanas antes da chegada da sonda a Dinkinesh, os cientistas da Nasa levantaram a hipótese de o asteroide ser um sistema binário, dada a forma como os instrumentos de Lucy registravam o brilho do asteroide mudando com o tempo. As primeiras imagens do encontro na quarta-feira, 1º, tiraram a dúvida: Dinkinesh é um binário.

"É uma série incrível de imagens. Eles indicam que o sistema de rastreamento funcionou como pretendido, mesmo quando o universo nos apresentou um alvo mais difícil do que esperávamos", disse Tom Kennedy, engenheiro de orientação e navegação e um dos responsáveis por acompanhar a missão. "Uma coisa é simular, testar e praticar. Outra coisa é ver isso realmente acontecer."

Embora a aproximação tenha sido inicialmente um teste de engenharia, os cientistas estão entusiasmados para analisar os dados e obter mais informações sobre a natureza dos pequenos asteroides.

"Sabíamos que este seria o menor asteroide do cinturão principal já visto de perto", disse Keith Noll, cientista do projeto Lucy do Goddard Space Flight Center da Nasa em Greenbelt, nos EUA. "O fato de serem dois torna tudo ainda mais emocionante. Em alguns aspectos, estes asteroides parecem semelhantes aos asteroides binários Didymos e Dimorphos próximos da Terra, mas existem algumas diferenças realmente interessantes que iremos investigar."

O próximo asteroide a ser analisado é Donaldjohanson, ao qual a sonda Lucy chegará só em 2025. Depois ela vai analisar os asteroides de Júpiter, em 2027.

A Nasa se prepara para lançar uma missão nesta sexta-feira (13) ao distante asteroide Psyche, um mundo feito de metal até então não estudado, que os cientistas acreditam poder ser o núcleo de um antigo corpo celeste.

A sonda da missão Psyche está programada para decolar às 10h19, horário local (11h19 em Brasília), do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, a bordo de um foguete SpaceX Falcon Heavy.

No entanto, haveria apenas 40% de chance de que o clima fosse favorável para a decolagem. Uma nova tentativa poderá ocorrer no sábado.

A humanidade já visitou mundos feitos de rochas, gelo, ou gás. Mas "esta será a primeira vez que o fará em um mundo que tem uma superfície metálica", disse Lindy Elkins-Tanton, gestora científica da missão, em coletiva de imprensa.

A viagem será longa: Psyche está localizada na parte externa do cinturão de asteroides, entre as órbitas de Marte e Júpiter.

A sonda da Nasa percorrerá cerca de 3,5 milhões de quilômetros para chegar até lá, provavelmente no verão boreal (hemisfério norte) de 2029.

Graças à luz refletida em sua superfície, os cientistas sabem que Psyche é muito densa e feita de metal, além de algum outro material, talvez rochas. "Não sabemos realmente como é Psyche", explicou a pesquisadora. "Costumo brincar que tem o formato de uma batata, porque as batatas têm vários formatos diferentes, então não estou errada".

Os cientistas pensam que Psyche, com mais de 200 quilômetros de comprimento, pode ser o núcleo de um antigo corpo celeste, cuja superfície foi arrancada por impactos de asteroides.

A Terra, como Marte, Vênus e Mercúrio, tem um núcleo metálico. "Nunca veremos esses núcleos, é muito quente e muito profundo", disse Lindy Elkins-Tanton.

A missão a Psyche é, portanto, "nossa única maneira de ver um núcleo".

- Vulcões, rachaduras, crateras? -

Psyche se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos, no nascimento do nosso sistema solar. É possível que tenha sofrido erupções vulcânicas, das quais restos podem permanecer na forma de antigos fluxos de lava.

Então, quando Psyche esfriou, sua contração pode ter causado a formação de enormes rachaduras.

Os cientistas também estão ansiosos para saber como são as crateras de um corpo celeste metálico: o material impulsionado pelo impacto dos asteroides pode ter congelado no ar e formado uma espécie de pontas.

A sonda permanecerá em órbita ao redor de Psyche por pouco mais de dois anos para estudá-la, alternando entre diversas altitudes.

Serão utilizados três instrumentos científicos: imagens multiespectrais para fotografá-lo, espectrômetros para determinar sua composição e magnetômetros para medir seu campo magnético.

Para se deslocar, a sonda também utilizará propulsores de efeito Hall, uma novidade nas viagens interplanetárias. Esses motores utilizam a eletricidade fornecida pelos painéis solares da sonda para obter íons de um gás nobre (gás xenônio), que são acelerados pela passagem por um campo elétrico.

Eles são, então, ejetados em alta velocidade, "cinco vezes mais rápido que o combustível que sai de um foguete convencional", disse David Oh, engenheiro da Nasa. "É o tipo de coisa que vimos em Star Wars e Star Trek, mas hoje estamos tornando o futuro uma realidade", disse ele.

A missão Psyche também testará um sistema de comunicação a laser, que deverá permitir a transmissão de mais dados do que comunicações por rádio.

Nesta quinta-feira, 12, a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) se prepara para lançar uma espaçonave para estudar um asteroide rico em metal, chamado 16 Psyche. "A sonda Psyche viajará cerca de 3,5 bilhões de quilômetros para estudar esse asteroide que tem o mesmo nome da missão", afirma a agência espacial.

A decolagem está prevista para as 11h16, pelo horário de Brasília, em um foguete SpaceX Falcon Heavy do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy da agência, na Flórida, nos Estados Unidos. Na página do Youtube que está no final da matéria, você pode acompanhar a transmissão ao vivo.

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"O asteroide, que fica na porção externa do principal cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, pode fazer parte do núcleo de um planetesimal (um bloco de construção de um planeta)", afirma a Nasa. Segundo a agência, o corpo celeste rochoso pode apresentar ainda mais informações sobre os núcleos planetários e a própria formação da Terra.

"As descobertas podem ser algo completamente fora do nosso controle", disse Lindy Elkins-Tanton, investigadora principal da missão.

Cientistas da Nasa estimam que o interior do asteroide pode ser metálico, assim como o centro da Terra e outros planetas rochosos do sistema solar.

Por sua vez, o engenheiro-chefe de operações da Psique, David Oh, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, lembrou que a espaçonave fará uma viagem de 3,5 bilhões de quilômetros em curso de quase 6 anos, com chegada ao satélite prevista para agosto de 2029.

"Uma vez atraída pela força gravitacional do asteroide, a nave espaço Psyche permanecerá orbitando o corpo por cerca de 26 meses celestiais para tirar fotografias, traçar sua superfície e coletar dados para determinar a composição de Psyche, que tem aproximadamente 280 quilômetros de largura", afirma Oh.

"A espaçonave também está hospedando uma demonstração de tecnologia, Deep Space Optical Communications (DSOC) da Nasa, que será o primeiro teste de comunicações a laser além da Lua.

Toda a plataforma em que a espaçonave viajará, que tem 24,8 metros e painéis solares, chegará ao planeta Marte em maio de 2026 para usar seu impulso de gravidade e continuar sua jornada em direção ao asteroide. (Com agências internacionais).

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Cientistas da Nasa que analisam as amostras do asteroide Bennu ficaram surpresos por terem recebido muito mais do que esperado. Quando eles abriram o recipiente vindo do espaço, no último dia 26, encontraram uma quantidade grande de material não apenas dentro da caixa de coleta, mas também do lado de fora do mecanismo usado para coletar solo e rochas extraterrestres.

As amostras históricas pousaram no deserto de Utah em 24 de setembro, marcando o fim da missão de sete anos da Nasa chamada de Osiris-Rex, que foi até o asteroide, a 320 milhões de quilômetros da Terra, tocou o solo, coletou amostras e voltou para casa.

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Os cientistas abriram o recipiente das amostras no dia seguinte a sua chegada ao Centro Espacial Johnson, da Nasa, que tinha reservado uma sala completamente esterilizada para a análise das amostras cósmicas.

Asteroides são remanescentes da formação do Sistema Solar, oferecendo pistas sobre esses primeiros momentos caóticos em que os planetas estavam em formação.

Cientistas acreditam que asteroides como o Bennu possam ter enviado à Terra, nos primeiros anos de formação do nosso planeta, elementos necessários para a formação da água, por exemplo. Estudar as amostras pode ajudá-los a responder questões pendentes sobre a origem do Sistema Solar.

Mas asteroides localizados próximos da Terra também oferecem uma ameaça ao planeta; ou seja, compreender a sua composição e órbita é chave para determinar as melhores formas de desviar rochas espaciais em rota de colisão com a Terra.

As amostras foram coletadas pelo mecanismo TAGSAM (Touch-and-Go Sample Acquisition Mechanism) em outubro de 2020. Foi tanto material coletado que foi possível ver parte da poeira cósmica a deriva antes de o recipiente coletor ser fechado.

"Tem tanto material que está levando mais tempo do que imaginávamos para reunir tudo", afirmou o chefe da missão Osiris-Rex, Christopher Snead, em um comunicado. "Tem muito material solto, fora do recipiente, que é também importante. É realmente espetacular ter todo esse material aqui."

O grupo vai usar microscópios eletrônicos, Raio X e instrumentos de infravermelho para uma primeira análise do material coletado pelo Bennu. O resultado dessas primeiras análises vão oferecer informações sobre a composição química das amostras, sobre eventuais partículas orgânicas presentes, além de revelar a abundância de determinados tipos de minerais.

A maior amostra já coletada de um asteroide, e a primeira feita pela Nasa, pousou no deserto de Utah neste domingo (24), sete anos após o lançamento da sonda Osiris-Rex.

A aterrizagem, observada por sensores militares, foi complementada pelo acionamento de dois paraquedas.

Segundo a agência espacial dos EUA, a amostra, coletada do asteroide Bennu em 2020, deve conter cerca de 250 gramas de material, muito mais do que dois asteroides anteriores trazidos por missões japonesas.

Este material vai "ajudar a compreender melhor os tipos de asteroides que poderiam ameaçar a Terra", além de lançar luz sobre "o início da história do sistema solar", destacou o diretor da Nasa, Bill Nelson.

Trata-se da "maior amostra já recuperada desde as rochas lunares" do programa Apollo, que terminou em 1972, contou à AFP a cientista da Nasa Amy Simon, antes do pouso.

Aproximadamente quatro horas antes do horário programado, a sonda Osiris-Rex lançou a cápsula contendo a amostra, a mais de 100 mil quilômetros da Terra.

A cápsula atravessou a atmosfera durante 13 minutos: entrou com uma velocidade superior a 44.000 quilômetros por hora e chegou a registrar uma temperatura de 2.700°C.

A Osiris-Rex continuou sua missão em direção a outro asteroide.

- Duas amostras japonesas -

Assim que pousou no deserto de Utah, uma equipe munida de luvas e máscaras analisou seu exterior, antes de colocá-la em uma rede, elevando-a em direção a um helicóptero.

Na segunda-feira (25), será transferida de avião ao Centro Espacial Johnson em Houston, Texas, onde será analisada em um processo que deve durar dias.

Os resultados iniciais devem ser apresentados em uma coletiva de imprensa da Nasa em 11 de outubro.

A maior parte da amostra será preservada para estudo das gerações futuras. Cerca de 25% serão usadas imediatamente para experimentos e uma pequena parcela será compartilhada com os parceiros Japão e Canadá.

Tóquio já havia presenteado a agência espacial americana com fragmentos do asteroide Ryugu, do qual obteve 5,4 gramas em 2020, na missão Hayabusa-2. Em 2010, o país também relatou uma quantidade microscópica de outro asteroide.

Mas a amostra de Bennu é "muito maior, então poderemos fazer muito mais análises", afirmou o presidente da Nasa.

- 'História de nossa origem' -

Os asteroides são formados por materiais originários do Sistema Solar que, diferentemente da Terra, permaneceram intactos. Logo, eles contêm "pistas sobre como o Sistema Solar se formou e evoluiu. É a história da nossa própria origem", explicou Melissa Morris, diretora do programa Osiris-Rex.

Ao colidirem com o planeta Terra, "pensamos que os asteroides e os cometas trouxeram matéria orgânica, potencialmente água, que ajudou a desenvolver a vida na Terra", disse Simon.

Os cientistas acreditam que Bennu, que possui 500 metros de diâmetro, é rico em carbono e contém moléculas de água envoltas em minerais.

A superfície do asteroide mostrou ser menos densa do que o esperado. Logo, compreender melhor sobre sua composição poderá ser útil no futuro.

Há um pequeno risco (uma chance em 2.700) de que Bennu colida com a Terra em 2182, o que seria catastrófico.

Em 2022, a Nasa conseguiu desviar a trajetória de um asteroide ao impactá-lo.

Um asteroide considerado "potencialmente perigoso" passará perto da Terra nesta segunda-feira, 12, segundo informações do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (Cneos, na sigla em inglês), da agência espacial dos Estados Unidos, Nasa.

De acordo com site Space Reference, que cataloga os objetos no espaço, o asteroide, batizado de 1994 XD (488453), deverá passar a 3,16 milhões de quilômetros do nosso planeta (ou oito vezes a distância da Terra com a Lua), o que significa que não trará riscos de colisão com a Terra.

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Porém, mesmo sendo uma distância considerável, o nível de proximidade em escala espacial está dentro do limite para a Nasa classificá-lo como um "asteroide próximo da Terra (NEA, na sigla em ingês) e, portanto, um "asteroide potencialmente perigoso" (PHA, na sigla em inglês) também.

O tamanho do 1994 XD é incerto. Mas, com base no brilho, os cálculos indicam que o asteroide tem entre 369 e 824 metros de diâmetro E, pelas informações da Nasa, o corpo espacial viaja a 21.472 km/s.

Os asteroides são considerados remanescentes rochosos da formação do sistema solar. Suas órbitas são monitoradas por questões de segurança, já que o choque com um planeta, a depender do tamanho da rocha, pode causar um alto nível de destruição.

A órbita do 1994 XD foi determinada por observações que datam de 1º de dezembro de 1994. Ainda de acordo com o Space Reference, o asteroide voltará a passar perto da Terra em 13 de junho de 2041, a uma distância de 2,29 milhões de quilômetros.

Um asteroide do tamanho de um caminhão passou na quinta-feira (26) perto da Terra sem provocar perigo, em uma das maiores aproximações já registradas, informou a agência espacial americana, Nasa.

O asteroide 2023 BU, descoberto recentemente pelo astrônomo amador Gennadiy Borisov, passou sobre o extremo sul da América do Sul por volta das 21h29 (horário de Brasília), segundo a Nasa.

Em seu ponto mais próximo, o asteroide chegou a apenas 3.600 quilômetros da superfície da Terra, uma distância mais próxima do que muitos satélites geoestacionários que orbitam o planeta.

A descoberta aconteceu no sábado (21) a partir de um observatório na Crimeia, graças ao trabalho do astrônomo amador Gennadiy Borisov, que já havia detectado um cometa interestelar em 2019.

Em seguida, dezenas de observações foram registradas em observatórios ao redor do mundo. O sistema de avaliação de risco de impacto Scout, da Nasa, rapidamente descartou a possibilidade de impacto do asteroide na Terra.

"Apesar de poucas observações, ele (Borisov) foi capaz de prever que o asteroide se aproximaria de maneira extraordinária da Terra", disse Davide Farnocchia, que ajudou a desenvolver o sistema Scout.

"De fato, esta é uma das aproximações conhecidas mais próximas de um objeto à Terra já registradas", acrescentou.

Porém, mesmo que os cálculos estivessem equivocados, a humanidade estaria a salvo, de acordo com os cientistas.

Com um comprimento de apenas 3,5 a 8,5 metros, o 2023 BU é muito pequeno para provocar danos significativos e teria desintegrado ao entrar na atmosfera.

Os poucos meteoritos que chegaram à Terra são pequenos, diferente dos enormes blocos que destroem cidades e provocam tsunamis nos filmes.

Sua aproximação da Terra terá um impacto mais duradouro no asteroide, de acordo com os matemáticos da Nasa.

A gravidade da Terra aumentará o tempo que leva para o asteroide completar a órbita ao redor do Sol, de 359 dias para 425 dias, segundo a Nasa.

Uma equipe internacional de astrônomos anunciou a descoberta de um enorme asteroide cuja órbita cruza com a da Terra, criando uma pequena possibilidade de colisão catastrófica em um futuro distante.

O asteroide de 1,5 quilômetro de largura, que recebeu o nome de 2022 AP7, foi descoberto em uma área onde é notoriamente difícil detectar objetos devido ao brilho do Sol.

Foi encontrado com o uso de instrumentos de alta tecnologia do telescópio Victor M. Blanco, no Chile, originalmente desenvolvido para estudar matéria escura. Os resultados da investigação foram publicados na revista científica The Astronomical Journal.

"O 2022 AP7 cruza a órbita da Terra, o que o transforma em um asteroide potencialmente perigoso, mas atualmente não tem uma trajetória que o fará colidir com a Terra, nem agora nem no futuro", disse o principal autor da descoberta, o astrônomo Scott Sheppard, do Instituto Carnegie para a Ciência.

A potencial ameaça vem do fato de que, como qualquer objeto em órbita, sua trajetória será lentamente modificada por inúmeras forças gravitacionais, principalmente por planetas. As previsões são, portanto, difíceis de fazer para um prazo muito longo.

O grupo de cientistas financiado pelos Estados Unidos NOIRLab, que opera múltiplos observatórios, descreveu o asteroide como "o maior objeto potencialmente perigoso para a Terra descoberto nos últimos oito anos".

O 2022 AP7 demora cinco anos para dar a volta no Sol em sua órbita atual, que em seu ponto mais próximo da Terra permanece a vários milhões de quilômetros de distância.

Apesar do risco muito pequeno, uma colisão de um asteroide deste tamanho "teria um impacto devastador na vida como a conhecemos", afirmou Sheppard.

Ele explicou que a poeira lançada no ar teria um grande efeito de resfriamento, provocando um "evento de extinção como não é visto na Terra há milhões de anos".

Nenhum dos quase 30.000 asteroides de todos os tamanhos que já foram catalogados como "Objetos Próximos da Terra" (NEOs) ameaça a Terra nos próximos 100 anos.

Sheppard afirmou que existem "provavelmente 20 a 50 grandes NEOs restantes para encontrar", mas a maioria em órbitas que os colocam no brilho do sol.

Como preparação para uma futura descoberta de um objeto que represente uma ameaça maior, a Nasa realizou uma missão de teste no final de setembro na qual colidiu uma nave espacial contra um asteroide, provando que é possível mudar sua trajetória.

Vários tipos de aminoácidos, os componentes básicos da vida na Terra, foram encontrados em amostras retiradas de um asteroide por uma sonda espacial japonesa em 2019, afirma um estudo publicado nesta sexta-feira.

Os aminoácidos e outras matérias orgânicas do asteroide Ryugu "podem fornecer pistas sobre a origem da vida na Terra", de acordo com o estudo da Universidade de Okayama (oeste do Japão).

"A descoberta de aminoácidos capazes de formar proteínas é importante porque o Ryugu não foi exposto à biosfera da Terra, ao contrário dos meteoritos”, destaca o estudo.

Por este motivo, "sua detecção demonstra que pelo menos alguns destes componentes básicos da vida na Terra podem ter se formado em ambientes espaciais", acrescenta.

Os cientistas identificaram 23 tipos diferentes de aminoácidos em 5,4 gramas de amostras de rocha e poeira coletadas no asteroide pela sonda japonesa Hayabusa-2, cuja cápsula retornou à Terra no fim de 2020 com sua carga após uma missão de seis anos.

O asteroide Ryugu ("Palácio do Dragão" em japonês), descoberto em 1999, está a mais de 300 milhões de quilômetros da Terra e tem menos de 900 metros de diâmetro.

Os cientistas acreditam que parte do material do asteroide foi criado há quase cinco milhões de anos, após o nascimento do sistema solar e não foi aquecido acima de 100 graus Celsius.

De acordo com outro estudo publicado na quinta-feira na revista americana "Science", o material coletado no Ryugu tem "uma composição química que se assemelha mais à fotosfera do Sol" que a dos meteoritos.

"Os cientistas têm questionado como a matéria orgânica - incluindo aminoácidos - foi criada ou de onde veio, e o fato de que aminoácidos foram descobertos na amostra oferece uma razão para pensar que os aminoácidos foram trazidos para a Terra a partir do espaço", declarou à AFP Kensei Kobayashi, especialista em astrobiologia e professor emérito da Universidade Nacional de Yokohama.

Outra teoria sobre a origem dos aminoácidos indica que foram criados na atmosfera primitiva da Terra por meio de relâmpagos, por exemplo.

A China está planejando uma nova iniciativa para combater a ameaça de uma potencial colisão de asteroide com Terra, disse Wu Yanhua, o vice-diretor da Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês).

Yanhua anunciou que nos próximos anos o departamento começará um projeto para neutralizar asteroides que representam uma ameaça ao nosso planeta.

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Neste momento os detalhes do projeto não são totalmente claros, no entanto, o que se sabe é que a CNSA está trabalhando em um sistema de alerta precoce em terra e no espaço capaz de observar asteroides que se aproximam e acionar o alarme se eles puderem representar risco de colisão com a Terra.

Além disso, a CNSA planeja também desenvolver um método para evitar que esses impactos ocorram, com o vice-diretor especificando que eles vão "realizar uma colisão" para deslocar o asteroide que se aproxima de sua órbita.

"Tentaremos até o final do 14º plano quinquenal (2021-2025), ou em 2025-2026, começar a testar tecnologias para a observação de curta distância de qualquer asteroide que represente uma ameaça para a Terra. Com a sua ajuda realizaremos uma colisão, em resultado da qual esse corpo será deslocado de sua órbita", disse Wu Yanhua citado pela emissora estatal Televisão Central da China (CCTV).

E se caísse?

Impactos de asteroides são dos piores desastres naturais possíveis, já que o nível de destruição que eles podem causar excede o de qualquer outro.

Possíveis danos que um impacto de asteroide pode causar variam com base em uma série de fatores, especialmente o tamanho.

A NASA considera que asteroides de 140 metros ou mais de diâmetro sejam uma grande preocupação se eles atingirem o planeta, escreve portal Digit News.

Ninguém tinha pensando nisso?

Atualmente, o único projeto de defesa contra asteroides que foi lançado é o da sonda DART (sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo) da NASA, cuja missão é colidir com um asteroide para desviá-lo e avaliar se é um método eficaz para proteger a Terra.

A missão, lançada no final de novembro do ano passado, está programada para chegar ao asteroide Didymos em 26 de setembro de 2022.

Da Sputnik Brasil

A missão Dart, da Nasa, agência espacial norte-americana, começou com sucesso na madrugada desta quarta-feira (24). A sonda será responsável pelo teste de redirecionamento de asteroide duplo (em tradução livre), que vai tentar pela primeira vez desviar a rota de um asteroide, com o objetivo de checar se possui tecnologia suficiente para proteger o planeta de um possível risco futuro.

A bordo de um foguete Falcon 9 da Space-X, a sonda Dart foi lançada às 3h21, no horário de Brasília, da base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia (EUA). Passado cerca de uma hora do lançamento, a nave se separou do foguete.

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Minutos depois, os operadores da missão receberam os primeiros dados de telemetria e iniciaram o processo de orientação dela para uma posição segura para abertura de seus painéis solares - o que ocorreu, com sucesso, após duas horas.

Segundo a agência norte-americana, nenhum asteroide conhecido representa uma ameaça à Terra - pelo menos até o próximo século. A missão Dart funciona como um teste-chave antes de qualquer ameaça real, para coletar dados sobre a possibilidade de deflexão de um asteroide por meio de uma técnica chamada de impacto cinético.

"A Dart está transformando a ficção científica em fato científico", disse o administrador da Nasa, Bill Nelson. "Além de todas as maneiras como a Nasa estuda nosso universo e nosso planeta natal, também estamos trabalhando para proteger essa casa. Esse teste ajudará a provar uma maneira viável de proteger nosso planeta de um asteroide perigoso, caso algum dia um venha em direção à Terra."

A sonda da Dart ruma até um sistema de asteroides binário. Com uma velocidade de seis quilômetros por segundo, de forma autônoma, a nave deve colidir deliberadamente com o Dimorphos, um asteroide de 160 metros de diâmetro, que orbita outro maior, o Didymos, com 780 metros de diâmetro.

Pela proximidade com a Terra, o sistema Didymos permite que especialistas em defesa planetária observem e meçam o impacto cinético da sonda.

Com a colisão, os cientistas estimam reduzir em vários minutos o período orbital do Dimorphos. A escolha da data de colisão, que deve ocorrer entre outubro e novembro do próximo ano, foi proposital. A cada 770 dias, o Didymos fica a 11 milhões de quilômetros do planeta.

Com informações mais específicas sobre o Dimorphos, como massa e estrutura interna, e da cratera a ser deixada pela Dart, será possível tornar o impacto cinético em uma técnica replicável. Assim, em caso da aproximação de um asteroide que realmente possa causar danos ao planeta, os cientistas estarão prontos para contorná-lo.

A Nasa está se preparando para lançar uma missão para colidir deliberadamente uma nave espacial contra um asteroide, um ensaio para caso a humanidade precise um dia impedir que uma rocha espacial gigante acabe com a vida na Terra.

Pode soar como ficção científica, mas o Dart (Double Asteroid Redirection Test) é um experimento real que decolará nesta terça-feira às 22h21 do horário padrão do Pacífico (quarta, 24, às 3h21 de Brasília), a bordo de um foguete SpaceX a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, Estados Unidos.

Seu alvo é Dimorphos, uma "lua" com cerca de 160 metros de largura, que orbita um asteroide muito maior chamado Didymos, de 780 metros de diâmetro. Juntos, eles formam um sistema que orbita o sol.

O impacto deve ocorrer entre 26 de setembro e 1º de outubro de 2022, quando o par de rochas estará a 11 milhões de quilômetros da Terra, o ponto mais próximo que podem chegar.

"O que estamos tentando aprender é como desviar uma ameaça", disse o cientista-chefe da Nasa, Thomas Zuburchen, em uma coletiva de imprensa sobre o projeto de 330 milhões de dólares e o primeiro de seu tipo.

Para deixar claro: os asteroides não representam uma ameaça ao nosso planeta. Mas eles pertencem a uma classe de corpos conhecida como Objetos Próximos à Terra (NEOs, em inglês). São asteroides e cometas que se encontram a menos de 50 milhões de quilômetros do nosso planeta.

O Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da Nasa está mais interessado em corpos maiores que 140 metros, já que eles têm o potencial de devastar cidades ou regiões inteiras com uma energia várias vezes maior do que bombas nucleares.

Há 10 mil asteroides próximos à Terra com esse tamanho conhecidos, mas nenhum tem uma chance significativa de impacto nos próximos 100 anos. No entanto, estima-se que apenas 40% desses asteroides foram encontrados até o momento.

Os cientistas podem criar impactos em miniatura em laboratórios e usar os resultados para criar modelos sofisticados de como desviar um asteroide, mas esses modelos são baseados em suposições imperfeitas, portanto, querem fazer um teste do mundo real.

A sonda Dart, que é uma caixa com o volume de um grande frigorífico e painéis solares do tamanho de limusines de cada lado, irá colidir com Dimorphos a pouco mais de 24 mil quilômetros por hora, provocando uma pequena mudança no movimento do asteroide.

Analisando o espectro de reflexão do asteroide Kamoʻoalewa, que gira em torno do Sol junto com a Terra, os cientistas concluíram que ele é composto do mesmo material que a Lua. Os pesquisadores sugerem que o asteroide é um satélite falho da Terra ou um fragmento que se separou da Lua.

O asteroide 469219 Kamoʻoalewa ("fragmento oscilante", em havaiano) foi descoberto em 27 de abril de 2016. Tem 40 metros de diâmetro e um período de rotação em torno do Sol de cerca de 366 dias. É o quase-satélite mais constante de nosso planeta.

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Os cientistas dos EUA estudaram a luz refletida do asteroide com os telescópios LBT e LDT. Eles descobriram que o padrão de luz refletida, chamado espectro, é semelhante ao das rochas lunares recolhidas pelo Programa Apollo, sugerindo que o corpo se originou na Lua, conforme estudo publicado na revista Communications Earth & Environment.

Os pesquisadores ainda não sabem como o asteroide apareceu, em parte porque não há outros asteroides conhecidos com origem lunar. Ele poderia ser o resultado de uma colisão ou destruição pela força da gravidade de um maior corpo celeste ao passar perto da Terra e Lua.

"Eu estudei todos os espectros de asteroides perto da Terra a que tivemos acesso e não correspondeu a nada", disse o autor principal da pesquisa, Ben Sharkey.

A órbita do Kamoʻoalewa é mais uma pista para sua origem lunar. Sua órbita é similar à da Terra, mas tem uma inclinação muito pequena. Além disso, não é típica para os asteroides próximos da Terra.

"É muito improvável que um asteroide próximo da Terra se mova espontaneamente para uma órbita de quase-satélite como a do Kamoʻoalewa", afirmou a coautora do estudo Renu Malhotra.

Da Sputnik Brasil

Em menos de um ano, uma nave espacial da Nasa vai colidir deliberadamente contra um asteroide para desviar sua trajetória. Descrita como uma "defesa planetária", essa missão deveria preparar a humanidade em caso de ameaça de impacto.

O cenário lembra o filme "Armageddom", no qual Bruce Willis e Ben Affleck salvam o planeta de um grande asteroide que se projeta em direção à Terra.

No entanto, a agência espacial americana está desenvolvendo um experimento nada ficcional. Mesmo que por enquanto não se conheça nenhum grande asteroide que esteja em rota de colisão, a ideia é se preparar para esta possibilidade.

"Não queremos estar em uma posição na qual um asteroide se dirige para a Terra; devemos testar essa técnica", disse Lindley Johnson, do Departamento de Defesa Planetária da Nasa, na quinta-feira.

A missão, nomeada de DART (Double Asteroid Redirection Test), vai decolar da Califórnia a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 em 23 de novembro às 22h20 no horário local.

Dez meses depois, a nave alcançará seu alvo, que estará a 11 milhões de quilômetros da Terra. É o mais perto que chegará do planeta azul.

- Objetivo duplo -

Na verdade, é um objetivo duplo. O principal é o grande asteroide Didymos, de 780 metros de diâmetro, duas vezes a altura da torre Eiffel. Em sua órbita há uma lua, Dimorphos, de 160 metros de diâmetro e mais alta que a Estátua da Liberdade.

É nessa lua onde a nave vai pousar, cerca de 100 vezes menor que ela, projetada a uma velocidade de 24.000 km/h. O impacto lançará toneladas e toneladas de material.

Mas "não vai destruir o asteroide, só lhe dará uma pequena sacudida", disse Nancy Chabot, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que lidera a missão em colaboração com a Nasa.

Como resultado, a órbita do asteroide menor ao redor do maior se reduzirá somente "por volta de 1%", explicou.

A partir das observações realizadas por telescópios na Terra há décadas, sabe-se que Dimorphos orbita atualmente ao redor de Didymos em exatamente 11 horas e 55 minutos.

Usando os mesmos telescópios, este período será medido novamente depois da colisão. Nesse caso, talvez sejam "11 horas e 45 minutos, ou algo assim", disse o pesquisador.

Mas quanto exatamente? Os cientistas não sabem e é justamente isso o que querem investigar.

Há muitos fatores que entram em jogo, como o ângulo do impacto, o aspecto da superfície do asteroide, sua composição e sua massa exata, todos eles desconhecidos até o momento.

Deste modo, "se um dia descobrirmos um asteroide em rota de colisão com a Terra (...), teremos uma ideia da força que precisaremos para que esse asteroide não toque a Terra", explicou Andy Cheng, da Universidade Johns Hopkins.

A órbita ao redor do sol de Didymos, o grande asteroide, também mudará levemente, devido à relação gravitacional com sua lua, disse Cheng. Mas essa mudança será "pequena demais para ser medida".

- Caixa de ferramentas -

Um pequeno satélite também estará na viagem. Se desacoplará da nave principal 10 dias antes do impacto e usará seu sistema de propulsão para desviar levemente sua própria trajetória.

Três minutos depois da colisão, sobrevoará Dimorphos, para observar o efeito do impacto e possivelmente a cratera na superfície.

O custo total da missão é de 330 milhões de dólares. Se o experimento for bem-sucedido, "acreditamos que essa técnica poderia fazer parte de uma caixa de ferramentas, que estamos começando a criar, para desviar um asteroide", explicou Lindley Johnson.

"A estratégia é encontrar esses objetos não só anos antes, mas décadas antes de qualquer risco de colisão com a Terra", disse.

Atualmente são conhecidos 27.000 asteroides próximos ao planeta azul.

Uma jovem de 18 anos de Contagem-BH descobriu um novo asteroide durante pesquisa para a Nasa. Laysa Peixoto Sena Lage analisava o sistema solar em imagens de telescópio pelo computador de casa. 

A estudante batizou o asteroide de LPS 033, suas iniciais. Ela participou da ação após encontrar no site da Nasa um anúncio de uma campanha de "caça asteroides". O projeto é realizado em parceria com a The International Astronomical Search Collaboration. 

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"Eu vejo as imagens pelo telescópio e estudei o sistema solar do instituto no Havaí. Analiso pixel por pixel da imagem, percebo algumas características e valores. Aí fui enviando relatório para eles. Depois de um tempo, eles comprovaram que era um asteroide mesmo e, por enquanto, ele terá as iniciais do meu nome", disse a jovem ao G1.

Laysa está no 2º período de física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela sempre estudou em escola pública.

 

Um asteroide de diâmetro entre 400 e 1.300 metros está se aproximando de nosso planeta à velocidade de 26 quilômetros por segundo.

O asteroide 2016 AJ193, que pertence à classe de corpos celestes potencialmente perigosos, se aproximará da Terra a uma distância mínima de cerca de 3,4 milhões de quilômetros neste sábado (21), segundo o site de uma das divisões da NASA.

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O asteroide chegará mais perto da Terra às 12h10, no horário de Brasília. A velocidade do corpo celeste é superior a 93 mil quilômetros por hora (26 quilômetros por segundo). Sua dimensão é estimada entre 400 metros e 1.300 metros de diâmetro.

O serviço de imprensa do Planetário de Moscou explicou à Sputnik que o asteroide não representa ameaça para o planeta, embora pertença aos potencialmente perigosos.

Em toda a história das observações de objetos desse tipo, os asteroides voaram a distâncias muito menores da Terra, segundo o Planetário de Moscou. Como comparação, a Lua está localizada a apenas 380 mil quilômetros da Terra.

Anteriormente, os astrônomos da NASA realizaram cálculos para determinar a probabilidade de a Terra ser atingida por um dos asteroides mais perigosos do Sistema Solar, Bennu. A probabilidade de o Bennu atingir a nosso planeta é de apenas 0,057%, ou uma chance em 1.750.

Da Sputink Brasil

Nesta semana, a sonda Osiris-Rex, da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), iniciou percurso de volta para ao planeta Terra. A chegada está programada para setembro de 2023. A nave espacial havia sido lançada em 2016 e conseguiu alçar pouso em 2018. O objetivo era coletar amostras em uma cratera do asteroide Bennu, atividade realizada em outubro de 2020.

De acordo com informações divulgadas pela Nasa, a sonda espacial vai circundar o Sol e a órbita de Vênus. Após entrar na atmosfera, a cápsula que contém as amostras do asteroide vai se separar do restante da espaçonave para pousar em uma área deserta, localizada a oeste do estado de Utah, nos Estados Unidos. Todos os itens coletados, como pedaços do asteroide e poeira, serão estudados e catalogados.

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O asteroide Bennu foi descoberto em 1999 e tem cerca de 500 metros de diâmetro. O tamanho é relativamente pequeno, se comparado aos corpos celestes do sistema solar. De acordo com os estudos científicos, é provável que Bennu tenha cerca de 4,5 bilhões de anos de idade. O asteroide estava entre as órbitas de Marte e Júpiter, mas com o passar dos anos, devido a absorção de energia solar, aproxima-se cada vez mais do Sol.

Este fenômeno é conhecido como Efeito Yarkovsky e acontece quando energias térmicas entram em contato com meteoritos e asteroides. Por conta disto, Bennu é catalogado como potencialmente perigoso para a Terra, uma vez que esse movimento traz chances de colisão com o planeta, ainda que sejam pequenas. As possibilidades de um contato com a Terra são de 0,0004%, ou seja, 1 em 2.700, e pode acontecer entre os anos 2170 e 2200.

Com cerca de um quilômetro de diâmetro e por volta de 550 metros de largura, o asteroide 2001 FO32 passará, neste domingo (21), muito perto da Terra, segundo padrões astronômicos.

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Formado nos primórdios do Sistema Solar e viajando a aproximadamente 124 mil quilômetros por hora (km/h), o asteroide não ameaça colidir com a Terra, apesar de ter sido classificado como “potencialmente perigoso” pela Nasa.

"Conhecemos a rota orbital do 2001 FO32 ao redor do Sol precisamente, já que ele foi descoberto há 20 anos e tem sido rastreado desde então”, afirmou o diretor do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra da agência aeroespacial norte-americana (Nasa), Paul Chodas. "Não há risco de colisão dele com nosso planeta nem agora, nem nos próximos séculos.”

A maior proximidade do asteroide com a Terra será por volta das 13h (horário de Brasília) deste 21 de março. De acordo com a Nasa, ele estará a uma distância de cerca de 2 milhões de km - o equivalente a pouco mais do que cinco vezes a distância entre a Terra e a Lua.

Segundo a agência, o F032 é o maior entre os asteroides que se aproximarão da Terra em 2021 – o que proporcionará aos astrônomos “uma rara oportunidade de se observar uma relíquia rochosa que se formou no início do nosso sistema solar”.

A próxima visita do asteroide às vizinhanças da Terra está prevista para 2052, quando ele passará a cerca de sete distâncias lunares, ou 2,8 milhões de quilômetros do planeta.

De acordo com a Nasa, mais de 95% dos asteroides próximos à Terra com tamanho similar ou maior ao do F032 já foram descobertos, rastreados e catalogados. Nenhum deles tem qualquer chance de impacto direto com o planeta.

“Ainda assim, os esforços continuam para descobrir todos os asteroides que podem representar um risco de impacto. Quanto mais informações puderem ser reunidas sobre esses objetos, melhor os projetistas de missões podem se preparar para desviá-los se algum ameaçar a Terra no futuro”, destaca a agência.

 

Uma rocha formada nos primórdios do Sistema Solar, com cerca de 1 quilômetro (km) de diâmetro e 550 metros de largura, passará, segundo os padrões astronômicos, muito perto da Terra, a uma velocidade de aproximadamente 124 mil km/h.

Apesar de classificar o objeto como “potencialmente perigoso”, a agência espacial norte-americana (Nasa) garante: “não há risco de colisão dele com nosso planeta nem agora, nem nos próximos séculos”.

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Chamado 2001 FO32, esse asteroide descoberto em março de 2001 atingirá seu ponto de maior proximidade com a Terra no dia 21 de março, por volta das 13h (horário de Brasília). De acordo com a Nasa, ele estará a uma distância de cerca de 2 milhões de km: o equivalente a pouco mais do que cinco vezes a distância entre a Terra e a Lua.

Segundo a agência, o F032 é o maior, entre os asteroides que se aproximarão da Terra em 2021 – o que proporcionará, aos astrônomos, “uma rara oportunidade de se observar uma relíquia rochosa que se formou no início do nosso Sistema Solar”.

“Essa distância é próxima em termos astronômicos, e é por isso que o 2001 FO32 foi designado um ‘asteroide potencialmente perigoso’ ”, explica o diretor do Centro de Estudos de Objetos da Terra Próximo, da Nasa, Paul Chodas, referindo-se ao asteroide cuja órbita ao redor do Sol ocorre a cada 810 dias.

A próxima visita do asteroide às vizinhanças da Terra está prevista para 2052, quando ele passará a cerca de sete distâncias lunares, ou 2,8 milhões de quilômetros do planeta.

De acordo com a Nasa, mais de 95% dos asteroides próximos à Terra, com tamanho similar ou maior ao do F032 já foram descobertos, rastreados e catalogados. Nenhum deles tem qualquer chance de impactar a Terra. Pelo menos “no próximo século”, conforme diz, em seu site, a agência espacial dos Estados Unidos.

“Ainda assim, os esforços continuam para descobrir todos os asteroides que podem representar um risco de impacto. Quanto mais informações puderem ser reunidas sobre esses objetos, melhor os projetistas de missões podem se preparar para desviá-los se algum ameaçar a Terra no futuro”, destaca a agência.

 

O asteroide Apophis 99942 passará próximo à Terra nesta sexta-feira (5) e poderá ser observado através de telescópios. Apesar de classificado pela Nasa como “Asteroide potencialmente perigoso", o Apophis não oferece risco de colisão com a Terra.

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A classificação de perigo se dá devido as próximas passagens do corpo previstas pela Terra. Porém o Apophis é um asteroide muito pequeno, possui cerca de 0,3 km de diâmetro, o que o torna maior do que 90% dos asteroides, mas minúsculo em comparação com os grandes. Segundo os cientistas, é provável que o meteoro tenha em sua composição silicato de magnésio e silicato de ferro.

O Apophis passará há 16.852.647km de distância da terra e a observação do meteoro poderá ser feita através de telescópios de no mínimo 12 polegadas ou algumas câmeras. Após a aproximação do meteoro do nosso planeta nesta sexta-feira, o Apophis 99942 só voltará a passar por perto em 13 de abril de 2029.

As primeiras observações desse asteroide datam 15 de março de 2004, nos estudos foi observado que a órbita de Apophis está bastante próxima a da Terra (a 0,00 UA da órbita da Terra). Até o momento o Centro de Planeta Menor da IAU registra 5.022 observações usadas para determinar suas órbitas, há interesse dos cientistas monitorarem o meteoro de perto, mas uma viagem até ele duraria 354 dias.

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