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Uma missão privada organizada pela empresa Axiom Space decolou, neste domingo (21), rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), com os dois primeiros astronautas da Arábia Saudita, um homem e uma mulher, a viajar para o laboratório orbital da Nasa.

Rayyanah Barnawi e Ali Al Qarni decolaram a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX às 17H37 locais (18H37 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Também estão a bordo Peggy Whitson, ex-astronauta da Nasa, que já visitou a ISS em três ocasiões, no comando da missão, e o empresário americano John Shoffner, o piloto.

"Obrigado por depositar sua confiança na equipe da Falcon 9", disse à tripulação o engenheiro de motores da SpaceX, Bill Gerstenmaier, minutos após o lançamento. "Façam uma ótima viagem na Dragon", acrescentou, referindo-se à nave espacial.

Os quatro vão passar dez dias a bordo da ISS, aonde devem chegar às 10H30 de segunda-feira, horário de Brasília.

"Serei a primeira mulher astronauta saudita e representar a região é um grande prazer e uma honra, que me deixa muito feliz", disse Barnawi, cientista que pesquisa células-tronco, durante coletiva de imprensa celebrada esta semana.

Ela afirmou que pretende se dirigir às crianças quando estiver a bordo da estação orbital. "Poder ver seus rostos quando veem astronautas de sua própria região pela primeira vez é muito emocionante", declarou.

Al Qarni, por sua vez, é piloto de combate. "Sempre fui apaixonado por explorar o desconhecido e admirar o céu e as estrelas", afirmou. "Esta é, portanto, uma oportunidade maravilhosa para seguir com esta paixão, desta vez para voar entre as estrelas".

Esta não é a primeira incursão deste rico país petroleiro no espaço. Em 1985, o príncipe saudita Sultan bin Salmane participou de uma missão americana. Mas esta nova viagem espacial faz parte da estratégia para melhorar a imagem ultraconsevadora deste reino do Golfo Pérsico, onde até alguns anos atrás, as mulheres não podiam sequer dirigir.

A Arábia Saudita criou a Autoridade Espacial Saudita em 2018 e lançou um programa para enviar astronautas no ano passado.

- Experimentos e estações privadas -

Espera-se que, durante sua estada, os quatro tripulantes realizem cerca de 20 experimentos. Um deles é estudar o comportamento das células-tronco na gravidade zero.

Eles se juntarão aos outros sete tripulantes a bordo da ISS: três russos, três americanos e o astronauta emiradense Sultan al Neyadi, que no mês passado se tornou o primeiro cidadão árabe a viajar ao espaço.

Esta missão, nomeada Ax-2, é a segunda de uma associação entre a agência espacial americana e a Axiom Space, que oferece estas viagens extraordinárias ao custo de milhões de dólares.

Em abril de 2022, a primeira missão, Ax-1, levou três empresários e um ex-astronauta, Michael López-Alegría, à Estação Espacial Internacional, onde permaneceram por quinze dias.

Para a Axiom Space, estas missões são um primeiro passo rumo a um objetivo mais ambicioso: a construção de sua própria estação espacial, cujo primeiro módulo será lançado no fim de 2025.

A estrutura ficará inicialmente ligada à ISS, antes de se separar dela para ser independente.

A Nasa prevê aposentar a ISS até 2030 e enviar seus astronautas para estações privadas, que também receberão seus próprios clientes. Assim, a agência espacial americana fomenta programas de várias empresas.

Os mistérios do universo fascinam, intrigam e rendem boas histórias, afinal, temas como corrida espacial, viagens interplanetárias e vida em outros planetas são constantemente abordados no cinema. E hoje (9) é comemorado o Dia do Astronauta. Para quem curte histórias do gênero, a equipe do LeiaJá listou quatro filmes que estão disponíveis na Netflix sobre histórias no espaço. Confira a seguir: 

Ad Astra: Rumo às Estrelas (2019) - Um homem viaja pelo interior de um sistema solar sem lei para encontrar seu pai desaparecido – um cientista renegado que representa uma ameaça à humanidade. Este filme foi indicado ao Leão de Ouro, Oscar de Melhor Mixagem de Som, Green Drop Award e outras indicações.   

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Apollo 11 (2019) - Um documentário que acompanha a missão mais famosa da NASA, que levou os astronautas Neil Armstrong (1930-2012), Buzz Aldrin e Michael Collins (1930-2021) até a Lua. Também apresenta imagens em alta resolução nunca vistas antes. Este documentário ganhou o Prêmio Emmy do Primetime de Melhor Edição e Melhor Mixagem de Som, Peabody AwardDocumentary e outros prêmios.  

O Céu da Meia-Noite (2020) - Um cientista solitário no Ártico corre contra o tempo para impedir que um grupo de astronautas volte à Terra depois de uma catástrofe global. Este filme foi indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais, Satellite Award de Melhor Som, Melhor Trilha Sonora, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e outras indicações.  

Passageiro acidental (2021) - A tripulação de uma missão de dois anos para Marte enfrenta um dilema fatal depois que um passageiro inesperado coloca todos em risco.

 

A Agência Espacial Europeia (ESA) aprovou nesta quarta-feira (23) um forte aumento de seu orçamento para manter seus programas e fazer frente à concorrência dos Estados Unidos e da China e selecionou cinco novos astronautas.

Os escolhidos foram o engenheiro aeronáutico Pablo Álvarez, a piloto de testes de helicópteros francesa Sophie Adenot, a britânica Rosemary Coogan, o suíço Marco Sieber e o belga Raphaël Liégeois. A biotecnóloga espanhola Sara García foi adicionada à lista como reserva.

Eles foram selecionados entre mais de 22.500 candidatos e sua primeira missão em órbita pode ocorrer a partir de 2026.

A agência também selecionou o britânico John McFall, portador de deficiência, para estudar a contribuição que as PcDs podem oferecer à corrida espacial.

- Orçamento elevado -

Os 22 Estados-membros da ESA aprovaram, após uma reunião de dois dias em Paris, um orçamento de 17 bilhões de euros (soma similar em dólares) para os próximos três anos.

Este valor significa uma forte alta, de 17% com relação ao triênio anterior, mas inferior aos 18,5 bilhões de euros reivindicados por seu diretor-geral, Josef Aschbacher.

As principais rubricas orçamentárias do montante aprovado serão destinadas a programas de exploração espacial, de observação da Terra e de fabricação de ônibus espaciais.

O aporte da Alemanha sobe para 3,5 bilhões, o da França para 3,25 bilhões, o da Itália para 3,1 bilhões e o da Espanha para 932 milhões de euros.

É um "grande sucesso", celebrou o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, para quem o orçamento está "acima das expectativas".

"Levando-se em consideração o nível de inflação, estou muito impressionado com este resultado", disse Aschbacher, garantindo que o orçamento votado é "necessário para não perder o bonde".

O Velho Continente não quer ficar atrás da China, nem dos Estados Unidos, países que investem somas colossais em suas atividades espaciais, sobretudo, na exploração.

No entanto, o orçamento da ESA está longe dos 24 bilhões de dólares por ano que a Nasa tem nos Estados Unidos.

A ESA pretende se manter como uma das organizações mais poderosas do setor, em meio à revolução do “Novo Espaço” (do inglês "New Space"), a nova corrida espacial marcada pela multiplicação de atores privados, tendo a empresa americana SpaceX à frente.

A soberania europeia se fragilizou com o atraso no projeto Ariane 6, considerado uma resposta à SpaceX, e com a guerra na Ucrânia, que privou a agência europeia dos foguetes russos Soyuz.

A questão dos foguetes costuma ser motivo de atritos entre França, Alemanha e Itália, reconhece Philippe Baptiste, presidente da CNES, a agência espacial francesa.

"O programa de lançadores é extremamente estratégico. Claro que há competição (embora não goste dessa palavra) e pode ser saudável", disse Aschbacher em entrevista à AFP na semana passada.

"Sei que França, Itália e Alemanha podem ter interesses diferentes, mas na ESA o nosso papel é definir um terreno comum, algo que funciona muito bem na observação da Terra, na navegação, nas telecomunicações, na exploração", acrescentou.

Depois de passarem quase três meses no espaço, três astronautas americanos e um alemão iniciaram sua jornada de volta à Terra a bordo de uma cápsula da SpaceX, cuja aterrissagem na costa da Flórida está marcada para esta quinta-feira à noite.

A cápsula Dragon se separou da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) às 2h20 (horário de Brasília) de hoje.

Os americanos Kayla Barron, Raja Chari e Tom Marshburn, e o astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA) Matthias Maurer, permanecerão quase 24 horas na cápsula espacial até pousarem à 1h43 (horário de Brasília), na sexta-feira.

A vertiginosa descida se desacelera ao entrar na atmosfera terrestre e, na sequência, pela abertura de enormes paraquedas. Posteriormente, a cápsula será resgatada por um navio da empresa de Elon Musk. Uma vez a bordo, a escotilha se abrirá para que os astronautas possam sair.

Batizada de Crew-3, a tripulação passou os últimos dias a bordo da ISS, realizando as operações de transferência com a Crew-4. Esta última também é composta por quatro astronautas, sendo três americanos e um italiano. A nova tripulação decolou da Flórida há uma semana, também a bordo de uma nave da SpaceX.

Três cosmonautas russos permanecem na ISS, aonde chegaram em um foguete Soyuz.

Será o sexto pouso de uma cápsula Dragon tripulada da SpaceX, que vem transportando astronautas para a ISS, regularmente, a serviço da Nasa.

Os membros da Crew-3 fizeram vários experimentos científicos. Eles estudaram, por exemplo, como o cimento endurece na ausência de gravidade, algo que pode ser muito útil para futuras construções, inclusive na Lua. Também fizeram a segunda coleta de pimentas a bordo da estação.

Durante sua estada, receberam a visita de uma missão privada, composta de três empresários. Pela viagem, o trio pagou dezenas de milhões de dólares à SpaceX.

Uma cápsula da empresa americana SpaceX procedente da Estação Espacial Internacional (ISS) na qual viajavam quatro astronautas retornou à Terra na segunda-feira (8) à noite, informou a Nasa.

Freada pela atmosfera terrestre, assim como por quatro enormes paraquedas, a cápsula Dragon suportou a queda vertiginosa graças ao escudo térmico.

Às 22h33 da costa leste dos Estados Unidos (0h33 de Brasília, terça-feira), a cápsula amerissou na Flórida, o que representou o final da missão Crew-2.

Um navio recuperou a cápsula e uma equipe abriu a escotilha para a saída dos astronautas. Como medida de precaução, eles foram colocados em macas e transportados por helicóptero.

Desde sua chegada à ISS em 24 de abril, a tripulação, formada por dois americanos (Megan McArthur e Shane Kimbrough), um francês (Thomas Pesquet) e um japonês (Aki Hoshide), fez centenas de experimentos e ajudou a aperfeiçoar os painéis solares da estação.

Os quatro astronautas a bordo da cápsula Dragon, batizada como Endeavour, se desacoplaram da ISS às 14h05 (16h05 de Brasília) de segunda-feira.

Em seguida, a Endeavour deu uma volta ao redor da ISS durante uma hora e meia para fazer fotografias.

Esta foi a primeira missão do tipo desde que uma nave espacial russa Soyuz fez uma manobra similar em 2018.

A cápsula Dragon tem uma pequena janela circular na parte superior da escotilha dianteira para permitir as fotografias.

A volta à Terra da Crew-2 foi adiada em um dia devido aos fortes ventos.

O mau tempo e o que a Nasa considerou um "assunto médico menor" também provocaram o adiamento do lançamento de um novo grupo de astronautas, a missão Crew-3, previsto para quarta-feira.

Enquanto isso, a ISS contará com a presença de três astronautas, dois russos e um americano.

A SpaceX começou a transportar os astronautas para a ISS em 2020, o que acabou com nove anos de dependência dos Estados Unidos dos foguetes russos para a viagem após o fim do programa do ônibus espacial.

A tripulação também enfrentou um último desafio na viagem de volta para casa: usar fraldas, depois que foi detectado um problema no sistema de manejo de resíduos da cápsula.

Os astronautas ficaram sem acesso a um banheiro durante 10 horas, a partir do momento de fechamento da escotilha e até o retorno à Terra.

"Certamente não é o ideal, mas estamos preparados para lidar com isso", disse a astronauta da Nasa Megan McArthur.

Quatro astronautas acabam de deixar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) para seguirem rumo à Terra nesta segunda-feira (8), após seis meses realizando diversos trabalhos no espaço.

A missão Crew-2, integrada por dois americanos, um francês e um japonês, esteve trabalhando no laboratório espacial desde 24 de abril, realizando centenas de experimentos e melhorando os paneis solares da estação.

Agora, os quatro viajam na cápsula Dragon da SpaceX batizada de "Endeavour", que se separou da ISS às 16h05, no horário de Brasília, e deverá pousar no mar, em frente ao litoral da Flórida, pouco depois da meia-noite. A Nasa está transmitindo tudo ao vivo em suas redes sociais.

"Fazendo as malas de última hora e me preparando para partir da ISS", tuitou o japonês Akihiko Hoshide.

"Foram mais de seis meses divertidos, um prazer e uma honra trabalhar com todas essas pessoas incríveis de diferentes partes do mundo, dentro e fora do planeta", acrescentou.

Suas atividades incluíram documentar a superfície do planeta para registrar mudanças ocasionados pelo homem e eventos naturais, cultivar pimentas e estudar algumas larvas para entender melhor a saúde humana no espaço.

O retorno da equipe, no entanto, deveria ter sido ontem, mas acabou sendo adiado devido às condições meteorológicas.

O mal tempo e o que a Nasa considerou um "assunto médico menor" também provocaram o adiamento do lançamento de um novo grupo de astronautas, da missão Crew-3, que deverá decolar nesta quarta-feira (10). A SpaceX transporta astronautas para a ISS desde 2020.

"Enquanto nos preparamos para partir, há uma sensação agridoce, de que poderíamos não voltar a ver nunca a ISS", disse o francês Thomas Pesquet em uma coletiva de imprensa no fim de semana.

A tripulação, contudo, ainda enfrentará um último desafio em seu trajeto para casa: usar fraldas, depois que foi detectado um problema no sistema de manejo de dejetos da cápsula.

Além disso, os astronautas estão sem acesso a um banheiro desde o fechamento das comportas, às 14h40, e terão que permanecer assim por cerca de 10 horas, até que cheguem à Terra.

"Certamente não é o ideal, mas estamos preparados para lidar com isso", disse a astronauta da Nasa, Megan McArthur, em coletiva de imprensa.

"Os voos espaciais estão repletos de desafios, este é apenas mais um com o qual nos deparamos e temos que lidar nessa missão", acrescentou.

A tripulação de turistas de SpaceX que viajou em setembro também teve um problema similar com o sistema de manejo de dejetos, que acendeu um alarme. Pouco depois, a Nasa informou que uma tubulação tinha se desconectado, enviando urina para o sistema de ventilação da cápsula ao invés do tanque de armazenamento.

Em uma cratera de 500 metros de profundidade, perdida no meio do deserto ocre do Negev, os astronautas em seus trajes espaciais caminham lentamente. Sua missão? Simular no sul de Israel as condições de vida em Marte.

Neste quadro peculiar de Mitzpé Ramon, a maior cratera de erosão do mundo com 40 km de extensão, o Fórum Espacial Austríaco (OeWF) instalou sua "base marciana", em colaboração com a agência espacial israelense, no âmbito da missão Amadee-20.

Inicialmente, a missão estava planejada para começar no ano passado, mas foi adiada, devido à pandemia da Covid-19.

A cratera, o deserto rochoso e as cores laranja do horizonte lembram a paisagem de Marte, mas a gravidade e o frio nem tanto.

"Aqui temos temperaturas de 25°C a 30ºC. Em Marte, é -60ºC, e a atmosfera é irrespirável", relata o austríaco Gernot Grömer, que supervisiona a missão.

Por quase um mês e até o final de outubro, seis "astronautas análogos" - termo usado para descrever pessoas que reproduzem, na Terra, as condições de longas missões espaciais - de Portugal, Espanha, Alemanha, Holanda, Áustria e Israel vão viver isolados do mundo nesta "estação marciana". Poderão sair somente de traje especial, como se estivessem, de fato, no Planeta Vermelho.

"É um sonho que se tornou realidade", diz Alon Tenzer, um astronauta israelense de 36 anos. "É algo em que trabalhamos há vários anos. Estou muito feliz por estar aqui", completou.

Para a inauguração da estação no domingo (10), Alon vestiu sua melhor roupa: o traje prateado, que ele diz pesar cerca de 50 quilos e que leva de duas a três horas para vestir.

- "Casamento" com Marte -

Todos os membros da "tripulação" são voluntários e tiveram de passar por diversos testes físicos e psicológicos para participar.

"Meu pai me levou ao museu espacial quando eu era pequena, ele colecionava aviões. Quando descobri que o fórum procurava astronautas análogos, disse a mim mesma que deveria me apresentar", conta a alemã Anika Mehlis, única mulher do grupo.

O Fórum Espacial Austríaco, uma organização privada que reúne especialistas do setor aeroespacial, firmou uma parceria com o centro de pesquisa israelense D-MARS para construir esta base em forma de polígono, movida a energia solar.

Por dentro, o conforto é espartano com uma pequena cozinha e beliches. A maior parte do espaço é para experimentos científicos.

No futuro, seus resultados podem ser cruciais, já que a NASA, a agência espacial americana, considera enviar uma primeira missão tripulada a Marte na década de 2030.

Durante o mês em que simularão a vida de Marte na Terra, os astronautas análogos terão de testar um protótipo de drone que funciona sem GPS, assim como veículos autônomos movidos a energia eólica e solar para mapear o território.

Microbiologista de formação, Anika Mehlis ficará encarregada de avaliar as possibilidades de contaminação microbiana, ou seja, o risco de introdução de bactérias terrestres em Marte que poderiam matar qualquer tipo de vida no Planeta Vermelho.

"Seria um grande problema", afirma, apontando para o que é considerado um dos maiores desafios na conquista do espaço.

Além de testar equipamentos e tecnologias, a missão também quer estudar o comportamento humano, especialmente o impacto do isolamento nos astronautas.

"A coerência do grupo e a capacidade de trabalhar em conjunto são cruciais para a sobrevivência em Marte", explica o supervisor Gernot Grömer. "É como um casamento, só que, em um casamento, você pode ir embora, e não em Marte", diz, ironicamente.

Três astronautas chineses iniciaram nesta quinta-feira (16) a viagem de retorno à Terra após uma missão recorde de 90 dias na construção de uma estação espacial do país.

Lançada em junho, pouco antes das celebrações do centenário do Partido Comunista Chinês, a missão Shenzhou-12 tem grande prestígio nacional para o governo do presidente Xi Jinping.

Esta é a missão mais longa de astronautas chineses, recordou em um comunicado a agência responsável por voos tripulados.

Os astronautas devem chegar à Terra na sexta-feira (17).

De acordo com portais de internet especializados, a tripulação deve pousar no deserto Gobi (noroeste), perto do Centro Espacial de Jiuquan, onde aconteceu a decolagem em 16 de junho.

Nesta quinta-feira, a nave Shenzhou-12 se separou às 8h56 horário de Pequim (21h56 de Brasília, de quarta-feira) da estação Tiangong ("Palácio Celestial"), à qual estava acoplada há três meses, informou a agência espacial.

A missão tripulada anterior da China, Shenzhou-11, havia acontecido no fim de 2016 com duração de 33 dias.

Durante a missão, os astronautas da Shenzhou-12, Nie Haisheng, Liu Boming e Tang Hongbo, trabalharam na construção da estação espacial, que teve o primeiro elemento lançado em abril. Eles fizeram várias saídas ao espaço.

A Shenzhou-12 constitui o terceiro dos 11 lançamento que serão necessários para a construção da estação, entre 2021 e 2022. Quatro missões serão tripuladas.

Após a conclusão, a estação "Palácio Celestial" terá dimensões parecidas com a antiga instalação soviética Mir (1986-2001) e deve ter uma vida útil de pelo menos dez anos, segundo a agência espacial chinesa.

O interesse chinês em ter a própria base humana na órbita terrestre foi estimulado pela recusa dos Estados Unidos de dar acesso ao país à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Esta última - uma colaboração entre Estados Unidos, Rússia, Canadá, Europa e Japão - deve ser aposentada em 2024, mas a Nasa afirmou que poderia seguir em operação potencialmente até 2028.

Durante o lançamento da missão em junho, o comandante Nie Haisheng destacou o caráter patriótico da operação.

"Há décadas escrevemos capítulos gloriosos da história espacial chinesa, e nossa missão encarna as esperanças do povo e do próprio Partido", declarou.

"Esta contribuição abre novos horizontes para a humanidade no uso pacífico do espaço", disse o presidente Xi Jinping no fim de junho, durante uma comunicação por vídeo com a equipe.

O programa espacial do país é controlado pelo exército.

A China investiu bilhões de dólares ao longo de décadas para alcançar o nível de potências espaciais como Estados Unidos e Rússia.

Depois de lançar o primeiro satélite em 1970, a China enviou seu primeiro astronauta ao espaço em 2003. Em 2013, colocou um robô na Lua.

O país asiático também planeja enviar astronautas à Lua antes de 2030 e construir uma base em colaboração com a Rússia.

Sobre Marte, os engenheiros chineses enviaram um robô teleguiado que pousou no Planeta Vermelho em maio.

A China alcançou outro sucesso em janeiro de 2019 com uma inovação mundial: o pouso de um robô (o "Coelho de Jade 2") no lado oculto da Lua.

Um astronauta francês e um americano iniciaram neste domingo uma caminhada espacial para concluir a instalação de novos painéis solares, que aumentararão o abastecimento de energia da Estação Espacial Internacional (ISS), anunciaram ambos no Twitter.

"Aqui vamos novamente para o episódio das novas caminhadas espaciais para a instalação de painéis solares", tuitou o francês Thomas Pesquet, da Agência Espacial Europeia. Ele e o colega americano Shane Kimbrough ativaram as baterias internas de seus trajes às 11h42. Em seguida, abriram a escotilha para sair ao espaço.

A missão dos astronautas inclui a instalação de seis painéis solares de nova geração, conhecidos como iROSA, que aportarão energia para as operações cotidianas da ISS e os projetos científicos em andamento. Os painéis têm expectativa de duração de 15 anos.

Uma primeira saída realizada por ambos na última quarta-feira teve problemas com os dados do traje de um dos astronautas. No total, já foram realizadas 240 saídas ao espaço para a ISS, cujas missões foram instalar equipamentos, realizar trabalhos de manutenção e atualizar a estação.

A China confirmou o lançamento de três astronautas, nesta quinta-feira (17), às 9h22 locais (22h22 em Brasília), para sua nova estação espacial, em construção, para uma primeira missão de três meses.

Os três astronautas, todos homens, decolarão da base de Jiuquan, no deserto de Gobi (noroeste), anunciou a agência espacial encarregada dos voos tripulados (CMSA) em entrevista coletiva.

O trio embarca a bordo da espaçonave Shenzhu-12, impulsionada por um foguete Longa Marcha 2F, que irá atracar em Tianhe ("Harmonia Celestial"). Por enquanto, este é o único módulo da estação posta em órbita terrestre baixa em 29 de abril (350-390 km de distância).

A bordo, os astronautas se dedicarão a trabalhos de manutenção, instalação, saídas para o espaço, preparação de futuras missões e de próximas estadas de outros tripulantes.

A missão Shenzhu-12 é o terceiro dos 11 lançamentos que serão necessários para a construção da estação entre 2021 e 2022. Ao todo, estão previstas quatro missões tripuladas.

Além de Tianhe, que já está em órbita, os dois módulos restantes - que serão laboratórios de biotecnologia, medicina, ou astronomia - serão enviados ao espaço no ano que vem.

Depois de concluída, a estação terá uma massa de cerca de 90 toneladas, com expectativa de vida útil de pelo menos 10 anos, de acordo com a agência espacial chinesa. Será muito menor do que a ISS e similar à estação soviética Mir, lançada em 1986 e desativada em 2001.

A China investiu bilhões de dólares ao longo de décadas para alcançar potências espaciais como Estados Unidos e Rússia. Até agora, enviou humanos ao espaço, sondas à Lua e, no mês passado, colocou um robô em Marte.

O interesse chinês em ter sua própria base humana na órbita da Terra foi impulsionado pela proibição americana de seus astronautas estarem na ISS.

Um pouso "suave" e uma "experiência única", um pouco diferente das aterrissagens a bordo das naves russas Soyuz: os astronautas que retornaram da Estação Espacial Internacional (ISS) em uma cápsula da empresa SpaceX descreveram nesta quinta-feira (6) como foi a volta à Terra após mais de 160 dias no espaço.

"Em certo momento, eu dizia para mim mesmo: 'Respira, inspira'. Porque me sentia muito pesado", contou o americano Victor Glover, um dos quatro astronautas da tripulação, batizada de Crew-1. "Mais ou menos como aqueles personagens de desenhos animados quando enfrentam a força-G", descreveu o integrante da primeira missão regular a ser enviada e trazida de volta da ISS pela empresa do multimilionário Elon Musk.

Os astronautas viajaram na cápsula Crew Dragon, que tocou o mar do estado americano da Flórida na madrugada do último domingo (2). "Esperava algo tão dinâmico e desafiador, que, quando finalmente aconteceu, foi um pouco menos do que eu imaginava", disse Glover em entrevista coletiva. O peso da aceleração se concentrou "no peito, o que dificultava a respiração. Mas o lançamento e a chegada são experiências únicas."

"O impacto foi mínimo, e logo após o pouso sentimos as ondas. Foi uma sensação ótima", descreveu o japonês Soichi Noguchi. A americana Shannon Walker, por sua vez, explicou que "pousar na água era interessante, porque nenhum de nós sabia o que esperar. Para mim, foi um pouco mais suave do que pousar em terra firme."

A Nasa assinou contratos com a SpaceX para voltar a enviar astronautas ao espaço a partir do território americano, algo que não era possível desde 2011, após o fim do programa de ônibus espaciais. Os astronautas eram obrigados a viajar nas naves russas Soyuz, que pousam em terra firme.

Em um futuro próximo, civis poderão embarcar na Crew Dragon para missões de turismo espacial. Os astronautas foram questionados se cidadãos comuns conseguiriam suportar a entrada na atmosfera nesse veículo. "Acredito que poderão lidar com isso tão bem quanto nós", avaliou o americano Mike Hopkins.

Três astronautas americanos e um japonês decolaram neste domingo dos Estados Unidos rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês) a bordo de um foguete da empresa SpaceX, novo sistema de transporte espacial da Nasa, após nove anos de dependência da Rússia.

O foguete Falcon 9 decolou sem falhas, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, iluminando a paisagem noturna. A bordo da cápsula acoplada com a parte superior iam os astronautas americanos Michael Michael Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker, e o japonês Soichi Noguchi.

Menos de três minutos após a decolagem, a uma altitude de 90 quilômetros, e enquanto o foguete voava a 7000 km/h, o primeiro nível da nave se desprendeu sem para voltar à Terra, uma vez que será usado em uma missão prevista para 2021, que levará quatro astronautas à ISS. O segundo nível seguiu seu curso, segundo a empresa.

A viagem levará 27 horas e meia e a cápsula Dragon deverá acoplar com a ISS por volta das 4h GMT de terça-feira. Dois russos e um americano estão na estação, onde os tripulantes permanecerão por seis meses.

Este voo "operacional" dá continuidade à bem-sucedida missão de demonstração realizada de maio a agosto, na qual dois astronautas americanos foram levados para a ISS e, depois, trazidos com segurança para a Terra pela SpaceX.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, presenciou do centro espacial o lançamento. "Bem-vindos à continuação de uma nova era de exploração espacial tripulada nos Estados Unidos", declarou mais cedo.

A cápsula Dragon da SpaceX é, hoje, o segundo dispositivo capaz de chegar à ISS, ao lado da bastante confiável Soyouz russa. Esta última leva todos os visitantes à estação desde 2011, depois que os Estados Unidos interromperam seus voos tripulados há nove anos.

Um segundo ônibus espacial, fabricado pela Boeing, pode entrar em atividade em um ano.

A Nasa espera, no entanto, continuar cooperando com a Rússia. Para isso, a agência americana propôs facilitar lugares para seus cosmonautas em missões futuras e pretende que os americanos continuem a usar a Soyouz regularmente. As negociações se arrastam, porém.

"Queremos uma troca de lugares", disse o administrador da Nasa, Jim Bridenstine, em entrevista coletiva na sexta-feira.

"As conversas estão em andamento", limitou-se a dizer, como vem fazendo há meses.

A realidade é que os laços entre Washington e Moscou no âmbito espacial - um dos raros setores onde continuavam sendo bons - estão-se enfraquecendo.

Rompendo com mais de 20 anos de cooperação para a ISS, a Rússia não participará da próxima miniestação idealizada pela Nasa em torno da Lua, a Gateway.

O diretor da agência espacial russa (Roskosmos), Dmitri Rogozine, ironizou em 2014 a necessidade de os Estados Unidos usarem um "trampolim" para chegar à ISS.

Elon Musk, o polêmico presidente da SpaceX, não esqueceu a provocação e respondeu em maio: "O trampolim funciona".

Além de se tornar a transportadora preferida da Nasa, a empresa de Musk também é líder no mercado de lançamentos de satélites privados, obrigando a Rússia a rever seu ultrapassado programa espacial.

A cápsula da SpaceX que levou dois astronautas norte-americanos à Estação Espacial Internacional no fim de maio retornou à Terra na tarde deste domingo, 2, após pouco mais de dois meses em órbita. O trajeto de volta que trouxe os tripulantes Bob Behnken e Doug Hurley durou cerca de 19 horas e o pouso ocorreu no Golfo do México, na costa de Pensacola, na Flórida.

No dia 30 de maio, o foguete Falcon 9 deixou o solo americano pontualmente às 16h22 (horário de Brasília) e chegou à estação no dia seguinte, às 11h16. Após o lançamento, os astronautas fizeram uma viagem de 19 horas a bordo da cápsula Crew Dragon até atingir o destino.

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O lançamento foi um marco histórico: pela primeira vez desde 2011 a Nasa realiza uma missão espacial tripulada saindo dos Estados Unidos. É também a primeira vez que uma empresa privada lança astronautas em órbita - até então, apenas as espaçonaves governamentais chegavam a tais alturas. Além disso, foi um voo simbólico: o foguete saiu da mesma plataforma de lançamento do Centro Espacial Kennedy, na Florida, que içou a tripulação da Apollo 11 à Lua.

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Os primeiros astronautas dos Estados Unidos a chegar à Estação Espacial Internacional (ISS) em uma espaçonave americana em quase uma década se preparavam neste sábado (1º) para voltar para casa conforme o planejado, apesar da passagem do furacão Isaías pela Flórida.

"Agora é a fase de entrada, descida e pouso no mar, depois de desacoplarmos, espero que um pouco mais tarde hoje", disse Doug Hurley, um dos dois astronautas, em uma cerimônia de despedida a bordo da ISS, que foi transmitida na TV da Nasa.

"As equipes estão trabalhando muito, especialmente com a dinâmica do clima nos próximos dias pela Flórida", disse ele. "E agradecemos esses esforços porque conheço essas decisões e esse trabalho não é fácil".

Bob Behnken e Doug Hurley decolaram de Cabo Canaveral em 30 de maio a bordo do SpaceX Crew Dragon e estavam programados para pousar na costa da Flórida na tarde de domingo.

Por enquanto, o desacoplamento continua marcado para as 19h34 locais (20h34 de Brasília) deste sábado e o pouso no mar está previsto para as 14h42 locais (15h42 de Brasília) no domingo.

"As condições indicam 'avançar' para o primeiro alvo principal, ao largo da costa de Pensacola, e local alternativo na costa da Cidade do Panamá, no Golfo do México, para o pouso no mar e recuperação no domingo, 2 de agosto", relatou a Nasa em seu blog.

Mas a agência espacial americana disse que está acompanhando de perto a evolução do furacão Isaías de categoria 1, que atingiu as Bahamas na sexta-feira e se dirigia para a Flórida.

"A Nasa e a SpaceX tomarão a decisão final de prosseguir depois que os astronautas estiverem prontos dentro do Crew Dragon, pouco antes da desacoplagem", afirmou. Esta ligação deve ocorrer às 18h de Brasília.

Antes, durante a cerimônia da ISS, Behnken disse que "a parte mais difícil foi nos lançar. Mas a parte mais importante é nos levar para casa".

Dirigindo-se ao filho e ao filho de Hurley, ele levantou um dinossauro de brinquedo que as crianças escolheram enviar na missão e disse: "O Hipossauro está voltando para casa em breve e estará com seus pais".

Behnken depois tuitou: "Todas as minhas malas estão prontas, estou pronto para ir".

'Dia emocionante'

O chefe da missão, Chris Cassidy, classificou o dia como "emocionante" e disse estar triste ao ver a dupla deixar a ISS, destacando a importância de ter um novo meio de transportar astronautas.

Essa missão é a primeira realizada por uma espaçonave tripulada lançada do solo americano desde 2011, quando o programa de ônibus espaciais terminou.

É também a primeira vez que uma empresa privada leva astronautas para a ISS. Os Estados Unidos pagaram à SpaceX e à gigante aeroespacial Boeing um total de sete bilhões de dólares por contratos de "táxi espacial".

Mas o programa da Boeing falhou após um teste malsucedido no final do ano passado, tornando a SpaceX, fundada em 2002, a favorita nos contratos.

Nos últimos nove anos, os astronautas americanos viajaram para a ISS em foguetes russos da Soyuz. Washington pagou cerca de 80 milhões de dólares por cada um deles.

A princípio, o ceticismo era grande. Mas a SpaceX de Elon Musk desafiou as expectativas e, na quarta-feira (27), espera fazer história transportando dois astronautas da NASA ao espaço, no primeiro voo tripulado partindo de solo americano em nove anos.

O presidente Donald Trump estará entre os espectadores no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para assistir ao lançamento, que recebeu autorização apesar dos meses de confinamento devido à pandemia de coronavírus.

Em razão das restrições impostas pela pandemia de Covid-19, o público em geral foi convidado a acompanhar a transmissão ao vivo do lançamento da Crew Dragon por um foguete Falcon 9 rumo a Estação Espacial Internacional (ISS).

Destinado a desenvolver naves espaciais privadas para transportar astronautas americanos ao espaço, o programa de tripulação comercial da NASA começou sob o governo de Barack Obama.

Seu sucessor o vê como símbolo de sua estratégia para reafirmar o domínio americano do espaço, tanto militar, com a criação da Força Espacial, quanto civil.

Trump ordenou que a NASA retorne à Lua em 2024, um cronograma difícil de cumprir, mas que deu impulso à famosa agência espacial.

Nos 22 anos desde o lançamento dos primeiros componentes da ISS, apenas naves espaciais desenvolvidas pela NASA e pela agência espacial russa levaram equipes para essa estação.

A NASA utilizou o famoso programa de ônibus espaciais: naves espaciais enormes e extremamente complexas que levaram dezenas de astronautas ao espaço por três décadas.

Seu custo impressionante - US$ 200 bilhões para 135 voos - e dois acidentes fatais acabaram por encerrar o programa. O último ônibus espacial, Atlantis, viajou em 21 de julho de 2011.

Depois, os astronautas da NASA tiveram de aprender russo e viajar para a ISS no foguete russo Soyuz, que decolou do Cazaquistão, em uma parceria que sobreviveu às tensões políticas entre Washington e Moscou.

Os Estados Unidos pretendiam, no entanto, que este fosse um acordo temporário.

A NASA confiou a duas empresas privadas, a gigante da aviação Boeing e a SpaceX, a tarefa de projetar e construir cápsulas que substituiriam os ônibus espaciais.

Nove anos depois, a SpaceX, fundada por Musk, o empresário sul-africano que também criou o PayPal e a Tesla, está pronta para o lançamento.

- "Uma história de sucesso" -

Às 16h33 (17h33 de Brasília) de quarta-feira, um foguete SpaceX Falcon 9 decolará da plataforma de lançamento 39A com a cápsula Crew Dragon no topo.

A NASA concedeu à SpaceX mais de US$ 3 bilhões em contratos desde 2011 para construir a espaçonave.

A cápsula será tripulada por Robert Behnken, de 49 anos, e Douglas Hurley, de 53, ambos com uma longa história de viagens espaciais: Hurley pilotou o Atlantis em sua última viagem. Cerca de 19 horas depois, vão atracar na ISS, onde dois russos e um americano esperam por eles.

A previsão do tempo permanece desfavorável, com uma probabilidade de 60% de condições adversas, segundo os meteorologistas de Cabo Canaveral. A próxima janela de lançamento é sábado, 30 de maio.

A operação levou cinco anos a mais do que o planejado, mas, mesmo com os atrasos, a SpaceX derrotou a Boeing. O voo de teste da Boeing de seu Starliner fracassou, devido a sérios problemas de software, e terá de ser refeito.

"Tem sido uma história de sucesso", disse à AFP Scott Hubbard, ex-diretor do Centro Ames da NASA no Vale do Silício, que agora leciona em Stanford.

"Houve um grande ceticismo", lembrou Hubbard, que conheceu Musk antes da criação da SpaceX e também preside um painel consultivo de segurança da SpaceX.

"Os líderes da Lockheed, da Boeing, me disseram em uma conferência que os caras da SpaceX não sabiam o que estavam fazendo", contou à AFP.

A SpaceX finalmente chegou ao topo com seu foguete Falcon 9. Desde 2012, a empresa reabastece a ISS para a NASA, graças à versão de carga da cápsula Dragon.

A missão tripulada, chamada Demo-2, é de fundamental importância para Washington por duas razões. A primeira é quebrar a dependência da NASA em relação à Rússia. E a segunda é catalisar um mercado privado de "órbita terrestre baixa", aberta a turistas e empresas.

"Prevemos um dia, no futuro, que teremos uma dúzia de estações espaciais na órbita terrestre baixa. Todas operadas pela indústria comercial", disse o diretor da NASA, Jim Bridenstine.

Musk mira mais alto: está construindo um enorme foguete, o Starship, para circunavegar a Lua, ou até viajar para Marte e, finalmente, tornar a humanidade uma "espécie que habite vários planetas".

A SpaceX conseguiu simular com sucesso neste domingo (19) a expulsão de emergência de astronautas de um foguete momentos após o lançamento, segundo transmissão ao vivo do teste, o último antes do envio previsto para alguns meses de uma equipe da Nasa à Estação Espacial Internacional (ISS).

O lançamento de testes, sem tripulação, foi iniciado às 10h30 locais (12h30 de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, com a decolagem de um foguete Falcon 9, no qual foi acoplado na parte superior a nova cápsula da SpaceX, Crew Dragon.

Um minuto e 24 segundos depois da decolagem, a uma altitude de aproximadamente 19 quilômetros sobre o Atlântico e enquanto o foguete viajava a 1.500 km/h, ativou-se uma sequência de abandono para simular uma anomalia. A cápsula ligou seus potentes propulsores SuperDraco para expulsar os astronautas do foguete e afastar-se dele o mais rapidamente possível.

Em uma missão tripulada, a manobra salvaria os astronautas dentro do Dragon, caso o foguete viesse a ter algum problema ou seguisse uma trajetória errada.

Pouco após o brusco desacoplamento, o foguete se desintegrou em uma bola de fogo, o que a SpaceX havia advertido que poderia acontecer.

A Crew Dragon continuou sozinha seu curso a 40 km de altitude, antes de cair naturalmente no Oceano Atlântico.

Em seguida, os quatro grandes para-quedas da cápsula se abriram para frear a queda e amerizar no Atlântico, onde equipes de resgate tinham sido previamente posicionadas. Nove minutos depois da decolagem, a Crew Dragon pousou no oceano, aparentemente sem danos.

A análise da cápsula e os dados de voo confirmarão se tudo saiu bem e se o veículo é considerado confiável para transportar astronautas.

No entanto, o diretor da SpaceX, Elon Musk, antecipou em coletiva de imprensa que os dados iniciais indicaram que o teste havia sido perfeito. Acrescentou que o próximo voo da cápsula Crew Dragon será seu primeiro com astronautas a bordo e que poderia ser realizado no segundo trimestre deste ano.

"Isto representa o retorno dos astronautas americanos ao espaço a bordo de foguetes americanos a partir do território americano", disse na mesma coletiva de imprensa o administrador da Nasa, Jim Bridenstine.

O desenvolvimento aparentemente normal deste perigoso teste é uma excelente notícia para a SpaceX e a Nasa, que precisa certificar urgentemente um veículo para levar seus astronautas à ISS este ano.

Desde 2011, os Estados Unidos se viram obrigados a enviar seus astronautas em foguetes russos Soyuz, os únicos que têm a capacidade de transportar tripulantes, desde a aposentadoria dos ônibus espaciais americanos.

A SpaceX conseguiu simular com sucesso neste domingo (19) a expulsão de emergência de astronautas de um foguete momentos após o lançamento, segundo transmissão ao vivo do teste, o último antes do envio previsto para alguns meses de uma equipe da Nasa à Estação Espacial Internacional (ISS).

O lançamento de testes, sem tripulação, foi iniciado às 10H30 locais (12H30 de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, com a decolagem de um foguete Falcon 9, no qual foi acoplado na parte superior a nova cápsula da SpaceX, Crew Dragon.

Um minuto e 24 segundos depois da decolagem, a uma altitude de aproximadamente 19 quilômetros sobre o Atlântico e enquanto o foguete viajava a 1.500 km/h, ativou-se uma sequência de abandono para simular uma anomalia. A cápsula ligou seus potentes propulsores SuperDraco para expulsar os astronautas do foguete e afastar-se dele o mais rapidamente possível.

Em uma missão tripulada, a manobra salvaria os astronautas dentro do Dragon, caso o foguete viesse a ter algum problema ou seguisse uma trajetória errada.

Pouco após o brusco desacoplamento, o foguete se desintegrou em uma bola de fogo, o que a SpaceX havia advertido que poderia acontecer.

A Crew Dragon continuou sozinha seu curso a 40 km de altitude, antes de cair naturalmente no Oceano Atlântico.

Em seguida, os quatro grandes para-quedas da cápsula se abriram para frear a queda e amerizar no Atlântico, onde equipes de resgate tinham sido previamente posicionadas. Nove minutos depois da decolagem, a Crew Dragon pousou no oceano, aparentemente sem danos.

A análise da cápsula e os dados de voo confirmarão se tudo saiu bem e se o veículo é considerado confiável para transportar astronautas.

No entanto, o diretor da SpaceX, Elon Musk, antecipou em coletiva de imprensa que os dados iniciais indicaram que o teste havia sido perfeito. Acrescentou que o próximo voo da cápsula Crew Dragon será seu primeiro com astronautas a bordo e que poderia ser realizado no segundo trimestre deste ano.

"Isto representa o retorno dos astronautas americanos ao espaço a bordo de foguetes americanos a partir do território americano", disse na mesma coletiva de imprensa o administrador da Nasa, Jim Bridenstine.

O desenvolvimento aparentemente normal deste perigoso teste é uma excelente notícia para a SpaceX e a Nasa, que precisa certificar urgentemente um veículo para levar seus astronautas à ISS este ano.

Desde 2011, os Estados Unidos se viram obrigados a enviar seus astronautas em foguetes russos Soyuz, os únicos que têm a capacidade de transportar tripulantes, desde a aposentadoria dos ônibus espaciais americanos.

A Nasa parece levar a sério o ditado esportivo de que em time que está ganhando, não se mexe. Ela enviou novamente suas astronautas Jessica Meir e Christina Koch juntas ao espaço para substituir uma bateria da Estação Espacial Internacional (ISS), a segunda missão deste tipo composta apenas por mulheres.

A atividade começou às 11H35 GMT (8h35 de Brasília) desta quarta-feira, e ocorreu sem grande pompa por se tratar de uma operação rotineira de manutenção da ISS.

As duas astronautas levaram seis horas e meia para trocar as baterias velhas de níquel-hidrogênio por novas de íon de lítio.

Meir e Koch tinham realizado juntas uma missão similar em 18 de outubro, que foi celebrada como um acontecimento por se tratar da primeira missão espacial só com mulheres. Na ocasião, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ligou para elas para felicitá-las por sua coragem.

Nas 200 missões anteriores da Nasa sempre houve pelo menos um homem.

Além das duas mulheres, a atual equipe da ISS é composta pelo americano Andrew Morgan, o europeu Luca Parmitano e os cosmonautas russos Alexander Skvortsov e Oleg Skripochka.

A participação das mulheres em suas missões se tornou um assunto importante para a Nasa, que já anunciou que seu programa Artemisa, que busca voltar a levar seres humanos à superfície lunar, levará pela primeira vez uma mulher ao satélite terrestre.

Em seus quadros de astronautas se encontram várias mulheres, e na última promoção foram recrutadas cinco mulheres e seis homens, a quem se uniram um homem e uma mulher canadenses que realizam a primeira parte de seu treinamento na Nasa.

Quem nunca sonhou em ser astronauta e dormir próximo às estrelas? Para ao menos matar a curiosidade dos que permanecem no planeta Terra, a NASA abriu as portas da Orion - transporte responsável pelas próximas viagens do homem à lua - e revelou as instalações onde os tripulantes vão descansar por anos.

O quarto futurista segue a compactação dos transportes espaciais e, no lugar de camas acolchoadas foram instalados sacos de dormir, pendurados como redes. Para garantir horas de sono a cerca de 240.000 milhas da Terra, o cômodo teve as janelas cobertas por cortinas, que podem ser abertas para fotografar algum astro. De olho na funcionalidade, compartimentos para apoiar computadores também compõem o quarto.

A primeira viagem da Orion está marcada para o próximo ano. Contudo, só em 2022, a 'nave' será devidamente tripulada, orbitando um satélite. Após dois anos de exploração, a expectativa é que os passageiros retornem em 2024.

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A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) realizou nesta sexta-feira (18) a primeira caminhada espacial feita exclusivamente por astronautas mulheres.

A missão, que deve durar entre cinco e seis horas, é realizada pelas astronautas Christina Koch e Jessica Meir. A dupla deixou a Estação Espacial Internacional (ISS) para substituir no exterior da aeronave uma unidade de bateria de carga e descarga que parou de funcionar.

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Mulheres já haviam partipado de caminhadas espaciais da Nasa, mas sempre em equipes mistas. Em mais de 200 missões realizadas desde 1965, essa é a primeira 100% feminina.

A primeira caminhada espacial feita por mulheres estava prevista para acontecer inicialmente em março, mas a Nasa cancelou a manobra por falta de trajes espaciais adequados para as astrounatas.

Antes da missão, Meir publicou nas redes sociais uma selfie vestindo o traje espacial.

Da Ansa

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