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Milhares de pessoas se reuniram no sudeste da Turquia nesta sexta-feira para o funeral de 35 civis curdos que foram mortos num ataque militar mal sucedido, já que os jatos confundiram o grupo com rebeldes curdos baseados no Iraque.

No segundo dia de agitação civil, os manifestantes entraram em confronto com a polícia em Diyarbakir e em pelo menos duas outras cidades no sudeste, majoritariamente habitado por curdos.

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Sindicatos e outros grupos planejavam a realização de um protesto em Istambul ainda nesta sexta-feira. Cerca de 500 curdos iraquianos condenaram os ataques durante um comício na cidade de Irbil, na região controlada pelos curdos no norte do Iraque.

Pessoas não ligadas ao conflito costumam ser pegas no fogo cruzado, mas um episódio com grande número de civis mortos num único dia azedou ainda mais as relações entre o governo e os curdos, que há muito tempo enfrentam discriminação.

Uma campanha do governo com o objetivo de promover a reconciliação com os curdos, ao dar a eles mais direitos, ficou paralisada em meio ao aumento dos confrontos neste ano.

Vídeos da agência de notícias Dogan mostram pessoas cavando sepulturas numa colina perto da vila de Gulyazi, no sudeste, onde nasceram alguns dos mortos. Os ritos funerários logo adquiriram um tom político. Milhares de pessoas andaram ao longo de um caminho montanhoso com caixões enfeitados com as cores vermelha, amarela e verde, associadas à identidade curda e ao grupo rebelde Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Numa das imagens pode-se ver um pôster de Abdullah Ocalan, líder preso do PKK. O governo, que assim como o Ocidente diz que os rebeldes são um grupo terrorista, tem feito contatos secretos com Ocalan como parte dos esforços para ficar em paz com os opositores curdos.

Familiares no funeral pediram que os rebeldes se vinguem e acusaram o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan de "assassino", segundo a agência pró-curda Firat. As informações são da Associated Press.

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