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O papa Francisco destacou, neste sábado (4), no primeiro dia de sua visita a Atenas, a responsabilidade da Europa na crise migratória e lamentou que ela seja "dilacerada por egoísmos nacionalistas".

O pontífice argentino de 84 anos, que chegou pouco depois das 11h00 (6h00 de Brasília) ao aeroporto de Atenas, criticou o fato de "a Europa persistir em procrastinar" diante da chegada de migrantes "em vez de ser um motor de solidariedade".

Ele falou diante da presidente da República Helênica, Katerina Sakellaropoulou, e do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, bem como para uma audiência de personalidades católicas e civis que o aplaudiram calorosamente no Palácio Presidencial de Atenas.

Se Francisco visitou a ilha grega de Lesbos em 2016, para onde retornará no domingo, é a primeira visita de um papa a Atenas em vinte anos, desde a de João Paulo II em maio de 2001.

Antes, passou dois dias em Chipre, onde criticou "o muro do ódio" erguido contra os migrantes, dos quais cinquenta serão transferidos para Roma, incluindo 10 em situação irregular, de acordo com Nicósia.

Em Atenas, o pontífice lembrou que a Grécia "recebeu em algumas de suas ilhas um número de irmãos e irmãs migrantes superior ao dos próprios habitantes". No entanto, "a comunidade europeia, dilacerada por egoísmos nacionalistas, por vezes parece bloqueada e descoordenada, em vez de ser um motor de solidariedade", declarou às autoridades políticas.

Poucos minutos antes, a presidente Sakellaropoulou havia mencionado a "humanidade dos gregos e o fardo desproporcional que suportaram" na gestão desta crise.

"Nosso país está tentando ao máximo prevenir o tráfico ilegal de pessoas", ressaltou.

A presidente também agradeceu ao papa seu "caloroso apoio" durante a conversão da Basílica de Santa Sofia de Istambul em mesquita, a fim de "mantê-la como um símbolo universal do culto religioso e um monumento emblemático do patrimônio mundial".

Em Atenas, o papa vem "para matar a sede nas fontes da fraternidade" e para fortalecer os seus laços com os seus "irmãos de fé", os cristãos ortodoxos, separados da Igreja Católica desde o cisma de 1054 entre Roma e Constantinopla.

Francisco se encontrará hoje com o arcebispo da Igreja Ortodoxa da Grécia Hieronym II e sua comitiva.

Em um vídeo publicado pouco antes de sua partida de Roma, o papa se apresentou como um "peregrino" indo ao encontro de "todos, não apenas católicos", uma minoria de 1,2% em um país com uma grande maioria religiosa ortodoxa, não separada do Estado.

- "Fontes da humanidade" -

Esta viagem - a sua 35ª ao exterior desde a sua eleição em 2013 - também será marcada no domingo por uma nova visita a Lesbos, símbolo da crise migratória, onde disse que iria "às fontes da humanidade" para advogar pela recepção e "integração" dos refugiados.

Sexta-feira em Chipre, Francisco pediu que o mundo "abra os olhos" para a "escravidão" e "tortura" a que os migrantes são submetidos.

Quarenta ONGs de defesa de migrantes instaram o papa a intervir para pôr fim às alegadas repulsões de exilados nas fronteiras greco-turcas.

O "pai espiritual" é aguardado com ansiedade em Lesbos, onde cerca de 30 novos requerentes de asilo desembarcaram na quarta-feira.

"Estamos esperando por ele de braços abertos", declarou Berthe, um camaronês que espera que o papa "reze por nós por causa das inseguranças que vivemos".

Durante sua "breve" visita ao campo de Mavrovouni, ele encontrará duas famílias de refugiados "escolhidas ao acaso", segundo Dimitris Vafeas, vice-diretor do campo.

Cerca de 900 policiais serão destacados durante sua viagem à ilha grega e ao redor do acampamento erguido às pressas após o incêndio de setembro de 2020 que destruiu a estrutura de Moria, visitada pelo papa há cinco anos.

Drones, veículos blindados e estradas cortadas: a capital também está sob segurança máxima até a partida do soberano pontífice no final da manhã de segunda-feira, em antecipação a possíveis manifestações hostis.

Mesmo que o clima seja melhor do que em 2001, durante a primeira visita de um papa à Grécia, há, dentro do sínodo grego, "alguns fanáticos anticatólicos famosos", comentou à AFP Pierre Salembier, superior da comunidade jesuíta na Grécia.

Todas as reuniões foram proibidas no centro de Atenas, sobrevoado por um helicóptero. São esperados até 2.000 policiais em caso de protestos de fundamentalistas ortodoxos.

Há vinte anos, João Paulo II pediu "perdão" pelos pecados dos católicos contra os ortodoxos, em referência ao saque de Constantinopla em 1204.

Dez policiais ficaram feridos e 16 pessoas foram detidas na terça-feira (9) à noite durante confrontos paralelos a uma manifestação contra os recentes "abusos policiais" em um subúrbio de Atenas, informou a Polícia nesta quarta-feira (10).

Entre os policiais feridos, três continuam hospitalizados, segundo nota da Polícia.

Um deles sofreu graves ferimentos na cabeça, mas "sua vida não está em perigo", disse um porta-voz da Polícia à AFP.

De acordo com imagens da televisão, os manifestantes derrubaram o policial de sua motocicleta antes de espancá-lo.

Quase 5.000 pessoas protestaram na terça em Néa Smyrni, a 5 km de Atenas, contra uma intervenção policial no domingo neste distrito. De acordo com imagens que se tornaram virais, um jovem foi espancado por um policial durante um controle das medidas de confinamento, antes de ser hospitalizado e, em seguida, preso.

O jovem, que disse ter sido chutado por outros três policiais presentes no local, gritou "Está doendo", frase que virou hashtag nas redes sociais.

O principal policial envolvido, visto espancando o jovem, foi suspenso de suas funções, segundo uma fonte policial.

O incidente gerou alvoroço no país e a Justiça ordenou uma investigação.

De acordo com um fotógrafo da AFP no local, os confrontos na terça-feira à noite começaram quando cerca de 200 encapuzados caminharam em direção à delegacia de Néa Smyrni, onde atiraram pedras e coquetéis molotov.

A polícia de choque respondeu com gás lacrimogêneo e canhões de água. Cerca de dez latas de lixo foram incendiadas, obrigando os bombeiros a intervir.

Vários carros foram danificados, informou a polícia.

Dezesseis pessoas foram presas e serão apresentadas ao promotor de Atenas nesta quarta-feira.

A polícia denunciou delitos de "tentativa de homicídio", "lesões corporais graves", "violência", "perturbação da paz comum" e "incêndio criminoso".

A oposição de esquerda, jornalistas e advogados denunciaram nos últimos meses inúmeros incidentes de "repressão policial", a pretexto, segundo eles, da fiscalização do cumprimento das medidas de confinamento.

As manifestações de estudantes ou grupos de esquerda se multiplicaram em Atenas e outras cidades gregas.

Mais de 2.000 estudantes - de acordo com um jornalista da AFP -, protestaram em Atenas na tarde desta quarta-feira contra uma lei que cria uma polícia universitária, a primeira na Grécia.

"A repressão não passará", proclamava uma faixa. Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o Ministro da Proteção ao Cidadão, chamando-o de "lixo" e "fascista".

A porta-voz do governo conservador, Aristotelia Peloni, acusou nesta quarta o principal partido de oposição de esquerda Syriza de "alimentar a tensão" e "mostrar irresponsabilidade ao apostar no cansaço psicológico de parte da sociedade devido às restrições" para conter a pandemia do coronavírus.

A Grécia atravessa o quinto mês consecutivo de confinamento. A pandemia matou mais de 6.800 pessoas no país, a grande maioria delas desde o início de novembro.

Uma forte nevasca atingiu Atenas e outras regiões da Grécia nesta terça-feira (16) e cobriu de branco a Acrópole, sítio arqueológico e importante patrimônio mundial, e todo o centro da capital. A neve forçou a interrupção de serviços de transporte e até a vacinação contra a Covid-19.

A neve é comum na região de montanhas e no norte do país, mas raramente atinge a capital. Em 2019, uma outra nevasca do tipo chegou até Atenas. Nas sacadas de suas casas e nas ruas, atenienses se arriscavam com cuidado para registrar o momento.

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A frente fria atinge o país enquanto os moradores são mantidos em "lockdown" devido a um aumento recente no registro de infecções pelo novo coronavírus. As restrições, que passaram a vigorar no dia 11 de fevereiro e devem durar duas semanas, atingem escolas e o comércio, além de incluir um toque de recolher noturno.

O porta-voz dos bombeiros de Atenas, Vassilis Vathrakoyannis, disse a uma TV local que o serviço já havia recebido mais de 600 ligações. "A maior parte das chamadas se devem a árvores que caíram e pessoas que ficaram presas em seus veículos durante a nevasca", afirmou. "A vacinação foi suspensa, mas auxiliamos no transporte de equipes médicas e também de eletricistas para o conserto de redes de energia que foram danificadas", completou.

Apesar do clima congelante, a situação deve mudar radicalmente até o final da semana. A expectativa é que as temperaturas já cheguem aos 14ºC na quinta-feira, 18. (Fonte: Associated Press).

A Acrópole de Atenas, monumento emblemático da Antiguidade, reabriu ao público nesta segunda-feira (18), como todos os sítios arqueológicos da Grécia, na presença da presidente da República helênica Katerina Sakellaropoulou, dois meses após seu fechamento devido à pandemia de coronavírus.

Na ausência de grande público para a reabertura, organizada sob forte esquema de segurança sanitária, a chefe de Estado foi uma das primeiras visitantes do Parthenon, empoleirado na rocha sagrada da Acrópole, na presença de jornalistas e funcionários com máscaras, observou uma jornalista da AFP.

"Nunca vimos tão poucas pessoas na Acrópole, é como se tivéssemos uma visita particular", declarou à AFP uma russa que veio à reabertura com o marido. O casal russo vive em Atenas há cinco anos.

Com três outros estudantes, Marinela veio "tirar uma foto para postar no site" de sua universidade, depois de ganhar um prêmio universitário. "Já visitei a Acrópole mais de dez vezes, por isso não vim especificamente para a visita", comentou a aluna no local.

Também entre os primeiros visitantes, a ministra da Cultura Lina Mendoni, com máscara cirúrgica verde no rosto, conduziu uma visita com os jornalistas presentes. "Os sítios arqueológicos nos recebem novamente a partir de segunda-feira, 18 de maio, o primeiro passo no reinício gradual das estruturas culturais do país", informou seu ministério em comunicado no domingo.

Os museus serão reabertos apenas em 15 de junho, de acordo com o plano do governo para o desconfinamento. Localizado no centro histórico de Atenas, o templo dórico do Partenon dedicado à deusa Atena, protetora da cidade antiga de mesmo nome, data do período clássico da Antiguidade Grega (século V a.C).

Com 2,9 milhões de visitantes em 2019, um aumento de 14,2% em relação ao ano anterior, a Acrópole é o monumento mais visitado da Grécia.

Faz parte das dezenas de tesouros arqueológicos do país, incluindo templos, estádios, teatros e cidadelas antigas: do palácio de Knossos (idade do Bronze) à Acrópole de Lindos (século II a.C) nas ilhas de Creta e Rodes, passando por Olympia, o berço dos antigos Jogos Olímpicos.

- Protocolos, segurança -

O objetivo dessa reabertura é "saborear com segurança os sítios arqueológicos localizados ao ar livre", indicou a ministra Lina Mendoni, no comunicado de imprensa ministerial. A ministra destacou que "os protocolos foram adotados" de acordo com as especificidades de cada local.

"Painéis de separação foram instalados onde era necessário, como no Propylaea", monumento na entrada da Acrópole, disse ela, garantindo que os locais foram desinfetados.

A lista de medidas adotadas inclui o respeito de uma distância de pelo menos 1,5 metro entre os visitantes. Usar uma máscara é "altamente recomendado", mas é obrigatório apenas para os guias, de acordo com o ministério.

"Durante esses dois meses de confinamento, o ministério teve tempo de melhorar o funcionamento dos locais" e adotou "um plano de segurança para visitantes e funcionários", acrescentou Mendoni no comunicado à imprensa.

Os sítios arqueológicos constituem uma renda importante para os cofres do país, cuja economia depende fortemente da indústria do turismo.

Preocupada com as deficiências crônicas de seus hospitais e a alta taxa de envelhecimento de sua população (2ª na Europa depois da Itália), Atenas reagiu rapidamente à epidemia adotando um confinamento geral em 23 de março por seis semanas.

Menos afetada pela Covid-19 em comparação com seus colegas europeus, a Grécia registra 163 mortos até o momento.

No entanto, a economia corre o risco de mergulhar "em profunda recessão", segundo o governo, apenas dois anos após a saída do país da crise da dívida.

Devido ao confinamento, a Grécia perdeu metade da temporada turística, como a maioria dos países europeus.

Depois de várias pressões, as autoridades decidiram no domingo adiantar em uma semana a abertura de tabernas, cafés e bares, agora programa para 25 de maio.

"A Grécia ganhou confiança internacional após o gerenciamento eficaz da crise do coronavírus" e "é um dos países mais seguros", comemorou Lina Mendoni.

Um terremoto de 5 graus de magnitude atingiu a capital da Grécia, Atenas, nesta sexta-feira (19). De acordo com a imprensa local, o tremor de terra provocou um blackout geral.

A região está sem sinal de telefone e há relatos de pessoas correndo pelas ruas, em pânico. O terremoto teria ocorrido a 23 km a noroeste da capital, a somente 2 km de profundidade.

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Da Ansa

A Acrópole de Atenas, um dos monumentos mais visitados do mundo, fechará nesta quinta-feira e na sexta-feira à tarde em consequência da temperatura elevada, que se aproximará de 44 graus, informou o ministério grego da Cultura.

O sítio arqueológico fica aberto todos os dias por 12 horas, a partir das 8h.

Mas a temperatura próxima de de 44ºC provocará o fechamento do local nesta quinta-feira entre 13h e 16Hh. De acordo com o ministério, a medida também será aplicada na sexta-feira em caso de temperatura similar.

Esta não é a primeira vez que o local fecha em consequência das temperaturas, pois as autoridades temem que os turistas desmaiem.

De acordo com a meteorologia, os termômetros devem superar 40 graus em todo o país nos próximos dois dias.

LISBOA - Durante o Web Summit, a cidade de Atenas, na Grécia, foi anunciada como a capital europeia da Inovação. A capital grega disputava o título com várias outras cidades e levou um prêmio de um milhão de Euros para investir ainda mais em formação inovadora.

O anúncio foi feito pelo emissário europeu para Pesquisa, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, que destacou que cidades são alicerces da inovação. “Elas atuam como imãs para talentos, capital e oportunidades. Com o prêmio ‘Capital Europeia da Inovação’ nós recompensamos aquelas cidades que foram além e fizeram algo a mais para testar novas ideias, tecnologias e caminhos para ouvir os cidadãos no processo de mudança pelo qual todas as cidades hão de passar”, disse.

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O emissário também destacou o que levou a capital Grega até a vitória. “Atenas se destaca como um exemplo de como cidade que enfrenta muitos desafios pode conseguir grandes realizações. Através da inovação, Atenas encontrou novo propósito para reverter a crise econômica e social. É a prova de que não são as dificuldades, mas como você se levanta que importa”.

A competição é organizada pela comissão europeia para a pesquisa e inovação e teve sua primeira edição em 2014. Os primeiros vencedores foram Barcelona (2014), Amsterdam (2016) e Paris (2017).

 

Pelo menos cinco pessoas, segundo os serviços de emergência e um fotógrafo da AFP no local, morreram nesta segunda-feira (23) em incêndios que continuam afetando os arredores de Atenas.

Tarde da noite, um fotógrafo da AFP encontrou três corpos carbonizados debaixo de um carro perto de Rafina, 40 km a leste de Atenas. Duas pessoas morreram antes de serem transferidas a hospitais, anunciou a TV pública Ert, citando os serviços de emergência da capital, Ekav.

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O ano de 2018 já chegou em vários países da Ásia e da Europa. Vejam algumas das principais capitais onde as pessoas já tomam as ruas, para receber o ano novo.

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Atenas, mundialmente conhecida por suas antiguidades, também possui um patrimônio arquitetônico dos séculos XIX e XX cujos escassos vestígios estão ameaçados devido à crise e à falta de políticas para sua conservação. Maria Daniil se beneficiou das subvenções dos empréstimos bancários dos anos 1980 para restaurar a casa da sua família, construída em 1936 perto da Acrópole.

"Atualmente, com a crise, é caro e difícil restaurar este tipo de construções, já não há ajudas do Estado e as pessoas preferem abandoná-las os demoli-las", aponta esta arquiteta, especialista em edifícios do final do século XIX e início do XX.

Sua casa, de 300 m2 e estilo de transição entre o neoclassicismo e o ecleticismo, foi construída com uma técnica mista de muros de pedra e pisos de concreto armado.

Na capital grega restam 10.600 casas residenciais em estilo neoclássico ou moderno, segundo a associação Monumenta, que criou uma base de dados para "sensibilizar autoridades e proprietários sobre a sobrevivência do patrimônio imobiliário moderno".

"A maioria está abandonada, em ruínas ou demolida. Mais de 80% desapareceram", lamenta Irini Gratsia, arqueóloga especialista em proteção de edifícios-monumentos e cofundadora da Monumenta.

Gropius e Le Corbusier

Muitos destes edifícios foram substituídos por imóveis de concreto armado nos anos 1960 e 1970, durante a caótica expansão urbanística da capital.

Na época foram construídos imóveis de cinco ou seis andares para responder à gigantesca urbanização que Atenas ia viver, e era uma forma de relançar a economia após a Segunda Guerra Mundial.

Uma lei de 1983 para a conservação de edifícios neoclássicos obriga os proprietários a restaurá-los, mas a crise econômica, os altos impostos e a ausência de empréstimos ou ajudas estatais levaram de novo ao seu abandono. Há dois anos, apesar dos esforços da Monumenta, se demoliu uma casa de 1875 de um dos bairros mais antigos da zona oeste da cidade.

Era uma das poucas testemunhas do primeiro apogeu de Atenas no século XIX, quando a cidade tinha apenas 15.000 habitantes. No início do século XX, a população atingiu meio milhão, e nas últimas décadas ultrapassou quatro milhões, explica Gratsia.

Nos anos 1930, o movimento Bauhaus atraiu rapidamente os atenienses ricos por seu aspecto funcional. Essas casas de formas cúbicas já não tinham os elementos decorativos neoclássicos e respondiam às normas da comodidade da classe média do momento, como calefação central e elevador.

A embaixada dos Estados Unidos, emblemática da arquitetura moderna de Atenas, foi concebida nos anos 1950 pelo arquiteto alemão Walter Gropius, fundador da Bauhaus.

Arquitetos gregos discípulos do franco-suíço Le Corbusier, expoente da arquitetura moderna, também se lançaram à construção de vivendas desse estilo ou de estabelecimentos públicos hoje dispersos em vários bairros populares. "Esses edifícios foram obras-primas em seu momento e é preciso conservar os que permanecem", disse Gratsia.

"Continuidade histórica"

"Atenas poderia destacar o que resta das suas pequenas joias arquitetônicas e se transformar em um ponto de atração turística graças aos seus diferentes estilos", afirma Monumenta. Para Maria Daniil, "a conservação de velhos edifícios permite mostrar a continuidade histórica de Atenas, da Antiguidade à atualidade".

No entanto, proprietários e inquilinos destes antigos edifícios sempre se queixam do alto custo da sua conservação. Dimitris Ioakim, inquilino há 40 anos de um edifício estilo Bauhaus de 1935, aponta que os gastos das reparações "são altos" e que o proprietário não tem interesse em pagá-los.

"A maioria dos proprietários destas casas as venderam nos anos 1990 para se mudar para a periferia ou as alugaram", acrescenta.

No entanto, a recente explosão de sites de aluguel como AirBnB abriu caminho para a venda destes edifícios a investidores estrangeiros que os renovaram para alugá-los, principalmente a turistas. "AirBnB representa uma solução, mas também são necessárias soluções a longo prazo", afirma Maria Daniil.

Um refugiado sírio detido na ilha grega de Lesbos foi descoberto escondido em uma mala transportada por dois compatriotas que embarcaram em um ferry com destino a Atenas.

O homem de 24 anos foi detido, assim como seus companheiros, uma mulher de 40 anos e um homem de 23. As duas pessoas viajavam legalmente para Atenas, mas tentaram passar clandestinamente com seu amigo.

O homem detido figura entre os 4.000 migrantes e refugiados que se amontoam nos acampamentos de Lesbos há vários meses à espera de obter asilo na Grécia ou ser enviado para a Turquia, de acordo com o acordo entre Ancara e a União Europeia.

Lesbos é uma das cinco ilhas do Mar Egeu incluídas no acordo assinado em março de 2016 e cujo objetivo é frear o fluxo migratório para a União Europeia a partir da Turquia.

Segundo as autoridades gregas, desde a assinatura do acordo, cerca de 7.600 refugiados permanecem nas ilhas.

A grave crise econômica enfrentada pela Grécia e as medidas adotadas pelo país europeu para reverter o cenário negativo foram temas da reunião bilateral entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, de acordo com fontes do governo brasileiro.

A reunião durou cerca de meia hora e foi realizada na sede da ONU em Nova York. O primeiro-ministro convidou Dilma para ir à Grécia em fevereiro de 2016 para a presidente participar do acendimento da tocha Olímpica em Atenas. Dilma também convidou Tsipras para ir às Olimpíadas no Rio em agosto.

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Os dois líderes discutiram a criação de um grupo de trabalho voltado a diversos assuntos. Um dos temas que farão parte das discussões é o desenvolvimento da agricultura familiar, que no Brasil tem sido tratado por Dilma como uma alternativa econômica importante para as pessoas de menor renda.

Segundo assessores que acompanharam o encontro, Dilma e Tsipras conversaram como dois economistas ao falar do cenário econômico mundial.

A colina rochosa da Acrópole de Atenas, onde fica o Partenon, está desmoronando e serão necessárias obras de contenção para evitar o desprendimento de pedras, segundo engenheiros especialistas, citados nesta quarta-feira pela agência de notícias ANA.

A queda de uma rocha de "tamanho considerável" em um dos acessos ao cume em janeiro passado, alarmou os especialistas, que abriram uma investigação para analisar a estabilidade do sítio.

Seus estudos revelaram "instabilidade sobre uma superfície bastante ampla" da face sul da colina, por causa de infiltrações pluviométricas, segundo um dos especialistas citados pela ANA.

Os estudos para melhorar e estabilizar a drenagem da água foram apresentados ao Conselho Central de Arqueologia, que deu seu aval, segundo a ANA.

De fato, o Partenon e outros monumentos da colina, que têm 2.500 anos de antiguidade, estão sob restauração permanente, por turnos, desde os anos 1970.

A pernambucana Teliana Pereira estreia nesta terça-feira (18) no Rio Open, o único torneio da América do Sul que reúne uma etapa do ATP World Tour 500 e do WTA Internacional ao mesmo tempo. O evento será disputado no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro. O primeiro desafio da tenista será encarar a romena Alexandra Cadantu, a 60ª colocada no ranking da ATP. Os melhores do mundo da categoria, Rafael Nadal e David Ferrer também irão participar da competição.

A tenista terá que defender os 146 pontos da semifinal da etapa de Bogotá, em que ela se destacou em 2013. Se vencer na estreia do Open, Teliana somará 30 pontos. Entretanto, para adquirir uma melhor colocação no ranking mundial a pernambucana precisa defender 146 pontos. O vice-campeonato do Rio Open renderá 180 pontos, enquanto o título valerá 280. 

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Duas pessoas morreram e uma outra ficou ferida, nesta sexta-feira (1°) à noite, atingidas por tiros disparados por dois homens em uma moto em frente à sede do partido neonazista Aurora Dourada em Atenas, informou a polícia.

A polícia ainda não identificou as vítimas. Membros do Aurora Dourada afirmaram à imprensa grega que as vítimas eram seguranças do local. Agentes do serviço anti-terrorista foram enviados para o bairro de Neo Heraklion, onde ocorreu o incidente, e isolaram a área.

Esse incidente ocorre poucas semanas após o indiciamento de seis membros do Aurora Dourada, incluindo seu líder e fundador, por participação em "organização criminosa", como parte de uma ofensiva contra o partido depois do assassinato de um músico esquerdista por um de seus membros.

A polícia de Atenas anunciou nesta sexta-feira (25) a prisão de um casal grego suspeito de ter comprado uma menina cigana por 4.000 euros. O casal, um homem de 53 anos e uma mulher 48, declarou à polícia que a menina lhes foi confiada em março por uma cigana, quando tinha apenas algumas semanas de nascida.

O casal tentou, em vão, registrar a criança como sua filha. O anúncio desta prisão acontece num momento em que as autoridades reforçaram os controles sobre o tráfico de menores, depois da descoberta, em um acampamento cigano na Grécia, de uma menina loura de origem desconhecida.

Esta menina, conhecida como Maria, pode ser a filha de um casal de ciganos búlgaros e, segundo as autoridades gregas, pode ter sido vendida por 200 euros. A legislação sobre a adoção na Grécia é regularmente alvo de críticas por parte de associações de proteção à infância.

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