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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lançou nota na tarde desta quinta-feira (09), dizendo que nunca teve a intenção de agredir quaisquer poderes. "A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar", disse.

O posicionamento oficial do presidente acontece após as manifestações do 7 de setembro em todo o país, agitadas por ele, atacarem o Supremo Tribunal Federal e a democracia. O próprio Bolsonaro, inclusive, disse em seus discursos em Brasília e em São Paulo que as eleições são uma farsa e afirmou que só sai da presidência "preso ou morto" - exaltando ainda a desobediência à Justiça.

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Dois dias depois, o presidente aponta que boa parte das divergências entre os poderes "decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news".

O chefe do executivo aponta que "pessoas que exercem o poder, não têm direito de 'esticar a corda' a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia".

Confira a nota na íntegra

Declaração à Nação

No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como Presidente da República, vir a público para dizer:

1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.

2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.

3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.

4. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.

5. Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes.

6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal.

7. Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país.

8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição.

9. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles.

10. Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil.

O processo contra o homem acusado de ser o autor intelectual dos atentados de 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed, e outros quatro acusados foi retomado nesta terça-feira (7), mas a conclusão parece distante, na véspera do 20º aniversário dos ataques.

Mohammed, com uma grande barba, e os outros réus compareceram ao tribunal na base naval dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo, Cuba, para a retomada do processo, após uma pausa de 18 meses provocada pela pandemia de covid-19.

O tribunal militar estava repleto de promotores, intérpretes e cinco equipes de defesa para Mohammed e os supostos cúmplices Ammar al-Baluchi, Walid bin Attash, Ramzi bin al-Shibh e Mustafa al-Hawsawi.

Entre o público, atrás de espessa proteção de vidro, estavam parentes das 2.976 pessoas que morreram nos ataques de 2001, assim como repórteres para acompanhar a audiência, a poucos dias do sombrio aniversário dos atentados, que acontecerá no próximo sábado.

Os cinco acusados, que estão detidos na prisão militar americana há quase 15 anos, podem ser condenados à pena de morte por acusações de assassinato e terrorismo no tribunal de crimes de guerra.

Mas, com o processo ainda em sua fase de prévia ao julgamento nove anos após o início, e marcado pela questão central do momento, a de que as provas do governo estão contaminadas pela tortura que os réus sofreram sob a custódia da CIA, não se vislumbra um fim imediato.

O processo é presidido por um novo juiz militar, o coronel da Força Aérea Matthew McCall, o oitavo do caso.

O oficial decidiu que a audiência de terça-feira seria consagrada a suas próprias qualificações. O restante da semana será marcado principalmente por reuniões com os procuradores militares e as equipes de defesa.

E a fase prévia ao julgamento pode demorar mais um ano, o que adiaria o aguardado veredicto.

Ao ser questionado se o caso poderia finalmente chegar a este ponto, um advogado de defesa, James Connell, respondeu: "Não sei".

- Impacto duradouro da tortura -

Os advogados afirmam que os cinco homens estão fisicamente debilitados pelos efeitos duradouros das graves torturas que sofreram nos centros clandestinos de detenção da CIA entre 2002 e 2006.

Além disso, deve ser adicionado o impacto acumulativo de 15 anos passados em condições duras e de isolamento.

Os réus são representados por advogados designados pelo exército, assim como advogados 'pro bono' do setor privado e de organizações não governamentais.

- Caso encerrado? -

Desde o início do caso, os promotores o consideram encerrado, inclusive sem as informações contaminadas obtidas nos brutais interrogatórios da CIA.

Eles afirmam que apresentaram provas sólidas contra os acusados dos ataques de 11 de setembro durante os chamados interrogatórios de "equipe limpa", organizados pelo FBI em 2007, depois que os cinco chegaram a Guantánamo.

Mas os advogados de defesa argumentam que os interrogatórios de 2007 dificilmente foram "limpos" porque o FBI também foi parte das torturas organizadas pela CIA.

Os acusados falaram com os interrogadores do FBI porque temiam ser martirizados novamente, afirmaram.

"Não se enganem, acobertar a tortura é a razão pela qual estes homens foram levados a Guantánamo", e não apresentados a um juiz federal em território americano, disse Connell, advogado de Baluchi.

- Atrasos -

Para provar seu caso, a defesa exige enormes quantidades de material confidencial que o governo resiste a entregar, que vão do programa de tortura original até as condições que imperavam em Guantánamo e as avaliações do estado de saúde dos detentos.

Os advogados pretendem ainda entrevistar dezenas de testemunhas adicionais, depois que 12 já compareceram ao tribunal, incluindo dois homens que supervisionaram o programa da CIA.

As demandas atrasaram o julgamento, mas a defesa culpa o governo por esconder de maneira ativa materiais relevantes para o caso.

Alka Pradhan, outro advogado de defesa, destacou que o governo demorou seis anos para admitir que o FBI participou no programa de tortura da CIA.

"Este caso é exaustivo", disse. "Estão retendo coisas que são procedimentos normais nos tribunais".

A Rússia condenou, nesta sexta-feira (27), "nos mais duros termos", o atentado suicida reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), cometido ontem nos arredores do aeroporto de Cabul e que deixou 85 mortos - declarou o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.

"Infelizmente, as pessimistas previsões que antecipavam que grupos terroristas, em especial o EI, iriam se aproveitar do caos do Afeganistão se confirmaram", disse Peskov à imprensa.

"O perigo é muito grande para todos (...)", acrescentou o porta-voz, que classificou como uma "notícia muito triste" o número de mortos.

Pelo menos 85 pessoas morreram, incluindo 13 soldados americanos, e mais de 160 ficaram feridas no atentado cometido ontem no aeroporto de Cabul.

Tudo isso, completou Peskov, "soma tensões" no Afeganistão, país onde os talibãs recuperaram o poder em 15 de agosto, após uma meteórica campanha militar.

A Rússia tem-se posicionado com cautela em relação ao novo governo talibã. Nesse sentido, ao contrário de outras nações ocidentais, não esvaziou sua embaixada no Afeganistão.

O presidente Joe Biden prometeu nesta quinta-feira (26) represálias contra os autores dos atentados suicidas que mataram 13 militares americanos em Cabul e disse que os Estados Unidos não serão dissuadidos de sua missão de evacuar milhares de civis do Afeganistão até 31 de agosto.

"Para aqueles que realizaram este ataque, bem como para qualquer pessoa que deseja mal aos Estados Unidos, saibma disso: Não vamos perdoar. Não vamos esquecer. Vamos caçá-los e fazê-los pagar", declarou Biden.

Os Estados Unidos vão responder "com força e precisão", continuou Biden, depois que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelo ataque mortal perto do aeroporto de Cabul.

Em um discurso solene à nação da Casa Branca, Biden chamou os militares americanos abatidos de "heróis" e disse que a missão de evacuação de Cabul continuará até a próxima terça-feira, prazo final para a retirada das tropas militares americanas.

“Não seremos dissuadidos por terroristas. Não permitiremos que interrompam nossa missão. Continuaremos a evacuação”, garantiu o presidente democrata.

Biden também reconfirmou que não mudará o prazo de 31 de agosto para concluir a saída do Afeganistão após duas décadas de guerra.

Ainda há uma "chance nos próximos dias, entre agora e 31, de conseguir retirá-los", declarou sobre os cidadãos americanos e afegãos considerados vulneráveis depois que o Talibã tomou o poder no Afeganistão em 15 de agosto.

“Conhecendo a ameaça, sabendo que é muito possível que tenhamos outro ataque, os militares chegaram à conclusão de que é isso que devemos fazer. Acho que eles estão certos”, completou.

Biden também disse não ter nenhuma indicação de que o Talibã tenha conspirado com militantes do EI para realizar o ataque mortal em Cabul.

"Até o momento, não há evidência dada por nenhum dos comandantes no terreno de que houve conluio entre o Talibã e o EI para o ocorrido hoje", disse.

Duas explosões atingiram a área próxima ao aeroporto de Cabul, de acordo com o Pentágono. Uma explosão ocorreu próximo ao Abbey Gate, um dos portões de acesso ao aeroporto, o outro próximo ao Hotel Baron, a 200 metros de distância.

Entre os militares mortos, de acordo com relatos da mídia americana, estavam 12 fuzileiros navais e um médico da Marinha.

Os militares americanos mortos são os primeiros a perder a vida no Afeganistão desde que Washington assinou um acordo com o Talibã em fevereiro de 2020 para se retirar do país.

Em troca do compromisso de saída, o Talibã concordou em não realizar ataques contra soldados americanos ou da Otan.

Ao menos 85 pessoas morreram, incluindo 13 soldados americanos, no atentado reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) no aeroporto de Cabul, um ataque que aumentou a angústia a poucos dias do fim das operações de retirada de milhares de estrangeiros e afegãos que desejam fugir do novo regime talibã.

O atentado, que também deixou mais de 160 feridos, provocou o sentimento de caos e desolação entre milhares de afegãos reunidos nas imediações do aeroporto, única porta de saída do país, com a esperança de embarcar em um dos voos com destino aos países ocidentais.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o pânico: dezenas de vítimas, mortas ou feridas, deitadas nas águas sujas de um canal de drenagem e cercadas por socorridas à beira do colapso. Homens, mulheres e crianças correram em todas as direções, apavorados, para tentar fugir do local das explosões.

"Há muitas mulheres e crianças entre as vítimas. A maioria das pessoas se encontra em estado de choque, traumatizada", afirmou à AFP nesta sexta-feira uma fonte do governo deposto em meados de agosto pelos talibãs.

Pelo menos 72 civis morreram e mais de 150 ficaram feridos nos ataques, de acordo com informações compiladas nos hospitais locais.

Além disso, 13 militares americanos faleceram e 18 ficaram feridos, o balanço mais grave para o exército dos Estados Unidos no Afeganistão desde 2011.

No pior momento desde o início de seu mandato, o presidente Joe Biden prometeu "perseguir" os autores do ataque e fazer com que "paguem" as consequências.

"Estados Unidos não se deixarão intimidar", disse o presidente.

Com lágrimas nos olhos, Biden prestou homenagem emocionada aos soldados mortos, que chamou de "heróis comprometidos em uma missão perigosa e altruísta para salvar as vidas de outros".

- Condenação e medo de novos ataques -

O governo dos Estados Unidos, que espera que os atentados do EI "continuem", explicou que os ataques de quinta-feira foram executados por dois homens-bomba do grupo extremista e que também aconteceu um tiroteio.

O atentado, que provocou uma condenação mundial unânime, também confirmou os temores expressados por vários países ocidentais, que haviam recomendado a seus cidadãos que se afastassem do aeroporto.

O Talibã, por meio do porta-voz Zabihullah Mujahid, condenou de maneira veemente o ataque, mas afirmou que "aconteceu em uma área onde as forças americanas são responsáveis pela segurança".

O aeroporto é o último lugar do país com a presença de tropas estrangeiras, coordenadas pelos Estados Unidos, desde que os talibãs entraram em Cabul em 15 de agosto e retomaram o poder.

Sob o nome de EI-K (Estado Islâmico Khorasan), o grupo extremista reivindicou alguns dos ataques mais violentos executados no Afeganistão nos últimos anos, que deixaram dezenas de mortos, especialmente entre os muçulmanos xiitas.

Embora os dois grupos sejam sunitas radicais, EI e o Talibã são inimigos e expressam um ódio visceral mútuo.

Quando Estados Unidos e os talibãs assinaram em 2020 um acordo para estabelecer as diretrizes da retirada das tropas estrangeiras, o EI os acusou de abandonar a causa jihadista.

- "Pânico total" -

"Quando as pessoas ouviram a explosão, o pânico foi total. Os talibãs começaram a atirar para o alto, para dispersar as pessoas", declarou à AFP uma testemunha dos ataques, que se identificou apenas como Milad.

"Havia muitos mortos e feridos", completou o homem, que no meio da confusão perdeu os documentos que pretendia usar para embarcar em um avião com a mulher e os três filhos.

"Não quero nunca mais ir (ao aeroporto). Morte à América, a sua retirada e seus vistos", disse.

Nesta sexta-feira, uma calma estranha era observada em Cabul, sobretudo nas imediações do aeroporto, onde os talibãs reforçaram os controles e a multidão parecia ter desaparecido em alguns pontos.

O governo dos Estados Unidos prevê o fim de sua presença no Afeganistão e, portanto, das operações de retirada para 31 de agosto.

Mais de 100.000 pessoas foram retiradas do país desde meados de agosto.

Com a aproximação da data-limite, vários países já determinaram o fim de seus voos de repatriação. A Espanha anunciou nesta sexta-feira o fim das operações, assim como já haviam feito Alemanha, Holanda, Canadá e Austrália.

O governo do Reino Unido afirmou que as operações devem continuar por "algumas horas".

A França sugeriu que pode continuar retirando pessoas do Afeganistão depois de sexta-feira, mas destacou que deve adotar a prudência sobre o tema.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou durante a semana que os talibãs se comprometeram a permitir que americanos e afegãos sob sua proteção deixassem o país depois 31 de agosto.

Mas os anúncios sobre o fim dos voos para vários países provocam o temor de que muitos afegãos que trabalharam para governos e empresas estrangeiras, ou para o governo deposto, não consigam sair do país.

Os talibãs prometeram que não adotarão represálias contra seus críticos e garantem que seu governo não será igual ao do período 1996-2001, quando o grupo impôs uma interpretação extremamente rigorosa e radical da lei islâmica que penalizava especialmente as mulheres e as minorias.

Na última semana de julho, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) relatou publicamente ter sofrido um “apagão” de memória e acordado com fraturas e hematomas pelo corpo, sem saber se as lesões teriam origem acidental ou seriam fruto de agressão física. Após as declarações, diversos relatos de pessoas que utilizam o medicamento Stilnox, substância hipnótica usada para induzir o sono e à base de zolpidem, ganharam espaço na mídia por darem luz a experiências similares à da parlamentar, que também faz uso do fármaco há cerca de 20 anos. As histórias foram publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo.

Cerca de 5% dos pacientes que fazem uso do hipnótico estão sujeitos a diminuição ou perda total da memória (amnésia), especialmente nas quatro primeiras horas após a ingestão, quando a medicação ainda está na corrente sanguínea. Desenvolvida há 30 anos, de início para regular o jet lag de pessoas que fazem viagens internacionais, a substância é considerada segura pelos médicos desde que usada de acordo com as indicações da bula, na dose certa e por tempo adequado.

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"A pessoa pode fazer e vivenciar coisas, que não ficam retidas na memória", afirma o psiquiatra Mauro Aranha. Nessa situação, mesmo parecendo estar acordado, o indivíduo não tem os mesmos reflexos nem o mesmo raciocínio.

Segundo o psiquiatra, se a pessoa acordar durante as quatro horas em que o fármaco circula na corrente sanguínea, ela pode não se lembrar do que fez. "Mas, se despertar quando a substância não está mais circulando no corpo, provavelmente já estará consciente dos próprios atos", explica.

A bula do medicamento alerta sobre "as propriedades farmacológicas do zolpidem, que podem causar sonolência, diminuição dos níveis de consciência —levando a quedas e, consequentemente, a lesões severas—, sonambulismo ou outros comportamentos incomuns (como dormir na direção e durante a refeição), acompanhado de amnésia".

Um advogado que também toma Stilnox, remédio usado pela deputada, e que pediu à reportagem para não ter o nome revelado disse que relacionou o cenário narrado por Joice a possíveis reações colaterais da substância antes mesmo de ela citar que faz uso do medicamento para dormir.

Nas palavras do advogado, "esse é um remédio que precisa ser tomado na cama e com a luz apagada", já que há riscos de a pessoa "se levantar no meio da noite e fazer coisas das quais não vai se lembrar no dia seguinte".

O advogado relata episódios malucos e até perigosos que vivenciou sob efeito do medicamento, como fazer macarrão em uma frigideira, deixar o gás aberto por sete horas e cair no banheiro. Ele diz que só descobriu os fatos no dia seguinte, ao ver indícios como a cozinha revirada e escoriações pelo corpo.

Apesar das experiências serem prescritas em bula, Joice Hasselmann não descarta a possibilidade de atentado. Segundo sua assessoria de imprensa, "os médicos descartaram a possibilidade de uma queda acidental" ter provocado as escoriações.

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou, em entrevista à colunista Bela Megale nesta quinta-feira (22), do 'O Globo', que foi vítima de um atentado. O caso, segundo a parlamentar, aconteceu na noite do último sábado (17), em seu apartamento funcional, localizado em Brasília.

Na entrevista, a deputada diz que estava assistindo a um episódio de uma série. Depois, contou que só lembra de ter acordado em meio a uma poça de sangue no piso, com o rosto machuado com cinco fraturas, além de uma na costela. Joice relata, também, que teve um dente quebrado e o queixo cortado.

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Antes de suspeitar de um atentado, a deputada acreditou que sofreu um desmaio, no enquanto, ao identificar as fratuitas, mudou de ideia. A colunista informa que viu os exames apresentados por Joice, comprovando as lesões. "É improvável que eu tenha conseguido cair de jeitos diferentes para lesionar tantas partes do meu corpo. Um dos médicos que me atendeu perguntou se eu levei chutes. Mas não posso acusar sem provas. Não me lembro de nada", disse à colunista.

A deputada relata que foi socorrida pelo seu marido, o neurocirurgião Daniel França. Segundo a reportagem, ele dormia em outro quarto do apartamento, por apresentar problemas com ronco. Daniel, de acordo com Joice, fez curativos e a deu remédios.

A parlamentar afirma também que na terça-feira (20) passou por exames no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. No mesmo dia, ela conta que relatou o caso ao presidente da Câmara, Arthur Lira.

A deputada disse que mantém contato com a Polícia Legislativa para que as investigações sejam realizadas. Até o momento, ela não citou suspeitos. Nesta noite, em postagem no Instagram, ela escreveu, ao exibir uma imagem do rosto machucado: "Não se assustem pois o pior já passou.Estou bem e medicada".

A mulher trans Roberta Silva, 40 anos, que teve 40% do corpo queimado por um adolescente durante a madrugada de quinta-feira (26), no Cais de Santa Rita, área central do Recife, apresentou piora no quadro de saúde neste sábado (26). Internada na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital da Restauração (HR), a vítima precisou ser intubada. 

De acordo com o boletim médico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Roberta “apresentou instabilidade hemodinâmica (pressão arterial instável)”. A SES informou ainda que a paciente “está realizando exames e sendo acompanhada pelas equipes médicas para novos procedimentos”.

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Na sexta-feira (25), a co-deputada estadual Robeyoncé Lima (PSOL-PE), que está acompanhando o caso, usou sua conta no Twitter para denunciar o desrespeito ao nome social de Roberta, que, segundo a parlamentar, “estava na ala masculina” do Hospital da Restauração (HR). A co-deputada afirmou que a situação foi corrigida após sua intervenção.

O papa Francisco recordou, nesta quarta-feira (12), ao término da audiência geral no Vaticano, o atentado contra João Paulo II cometido 40 anos atrás.

"Nos torna conscientes de que nossa vida e a história do mundo estão nas mãos de Deus", disse o pontífice, ao se referir à tentativa de assassinato do primeiro papa polonês da história, em 13 de maio de 1981, em plena praça de São Pedro.

"Amanhã é o memorial litúrgico da Santíssima Virgem Maria de Fátima e do 40º aniversário do atentado a São João Paulo II aqui na praça", comentou Francisco.

"Ele mesmo ressaltava, com convicção, que devia sua vida à Senhora de Fátima", acrescentou o pontífice argentino, recordando que João Paulo II tinha uma devoção especial à Virgem de Fátima.

O então papa tinha certeza de que a Virgem salvou sua vida naquele dia, data do 64º aniversário de sua suposta aparição para os pastorinhos no centro de Portugal.

Um ano depois do ataque, ofereceu ao santuário de Fátima a bala que o atingiu, agora embutida na coroa da estátua da Virgem.

"Ao Imaculado Coração de Maria confiamos a Igreja, nós mesmos e o mundo inteiro. Rezemos pela paz, pelo fim da pandemia, pelo espírito de penitência e por nossa conversão", clamou Francisco.

Em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal italiano La Repubblica, o secretário particular de João Paulo II e seu colaborador mais próximo, o atual cardeal polonês Stanislao Dziwisz, recordou este momento dramático, quando o extremista turco Ali Agca atirou no pontífice, ferindo-o no abdômen, na mão esquerda e no braço direito.

"O primeiro tiro provocou a revoada de um bando de pombos. Voavam feito loucos. Imediatamente depois, o segundo tiro. O papa caiu de lado, em cima de mim. Tentei segurá-lo, enquanto via, na multidão, alguém tentando fugir", relata.

"Nestes momentos agitados, diante da gravidade do que se passava, pensei apenas em não deixá-lo cair no chão. O papa estava morrendo. Sofria muito, mas estava lúcido. Não desanimei. Rezava e pensava apenas em salvá-lo. O restante os médicos o fizeram com a ajuda da Virgem", acrescentou o religioso, que acompanhava o então sumo pontífice no papamóvel.

A prisão de Mehmet Ali Agca foi rápida, enquanto seu suposto cúmplice, Oral Celik, fugiu e só foi preso alguns anos depois na França por tráfico de drogas antes de ser extraditado para a Itália.

Aos investigadores, Ali Agca disse apenas: "Não me importo de morrer".

Assim que o ataque foi anunciado, os fiéis de todo o mundo começaram a rezar pelo "fenômeno Wojtyla", o primeiro papa eslavo da história, que deixou sua marca no mundo católico desde sua eleição em 16 de outubro de 1978.

Dezenas de meninas foram enterradas neste domingo (9) em um cemitério localizado no topo de uma colina em Cabul, um dia após o ataque mais mortal em um ano, que teve como alvo uma escola.

Uma série de explosões ocorreu em frente a esta escola para meninas no momento em que os moradores faziam compras, matando mais de 50 pessoas, a maioria estudantes do ensino médio, e ferindo cerca de 100.

Este ataque ocorreu no distrito Hazara de Dasht-e-Barchi, no oeste da capital afegã, habitada principalmente por xiitas hazaras.

O governo acusou o Talibã de estar por trás do massacre.

Os insurgentes, porém, negaram qualquer responsabilidade e emitiram um comunicado dizendo que a nação deveria "proteger e zelar pelas escolas".

As explosões ocorreram quando o exército americano continua retirando seus últimos 2.500 soldados ainda presentes em um país dilacerado por 20 anos de conflito e ainda atormentado pela violência.

No sábado, um carro-bomba explodiu em frente à escola Sayed Al-Shuhada e depois mais duas bombas explodiram enquanto as estudantes em pânico corriam para fora, explicou o porta-voz do ministério do Interior, Tareq Arian.

Este atentado ocorreu antes do feriado muçulmano de Eid al-Fitr, que marcará o fim do mês de jejum do Ramadã na próxima semana.

Neste domingo, parentes das vítimas começaram a enterrar os mortos no "cemitério dos mártires", onde repousam as vítimas dos ataques contra a comunidade hazara.

Os hazaras são xiitas e costumam ser alvos de grupos extremistas islâmicos sunitas.

Os sunitas constituem a maioria da população afegã.

- "Corpos dilacerados" -

Os caixões de madeira foram colocados nas sepulturas por pessoas ainda em estado de choque, observou um fotógrafo da AFP.

"Corri para o local (após as explosões) e me vi entre corpos, ossos quebrados e mãos e cabeças decepadas", contou Mohammad Taqi, um morador de Dasht-e-Barchi, cujas duas filhas, que estudam na escola-alvo, sobreviveram ao ataque.

"Todas essas pessoas eram meninas", lamentou.

Na semana passada, as alunas desta escola protestaram contra a falta de professores e material escolar, testemunhou Mirza Hussain, uma estudante do bairro. "Mas o que elas conseguiram foi um massacre", lamentou.

Esta manhã, no local do atentado, livros e mochilas das vítimas ainda estavam espalhados pelo chão.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, acusou o Talibã de estar por trás do ataque.

"Este grupo de selvagens não tem capacidade para enfrentar as forças de segurança no campo de batalha, então atacam barbaramente prédios públicos e escolas de meninas", denunciou em um comunicado à imprensa.

O Talibã negou qualquer envolvimento, dizendo que não realiza ataques em Cabul desde fevereiro de 2020, quando assinou um acordo com os Estados Unidos abrindo caminho para negociações de paz e a retirada das últimas tropas americanas.

No entanto, os insurgentes seguem envolvidos em combates diários com as forças afegãs no interior do país.

O principal diplomata dos Estados Unidos em Cabul, Ross Wilson, chamou as explosões de sábado de "hediondas".

"Este ataque imperdoável contra crianças é um ataque ao futuro do Afeganistão, que não pode ser tolerado", disse Wilson no Twitter.

No mesmo bairro, em maio de 2020, um grupo de homens armados atacou uma maternidade apoiada pela organização Médicos Sem Fronteiras em plena luz do dia, matando 25 pessoas, incluindo 16 mães e recém-nascidos. Posteriormente, MSF decidiu encerrar o projeto.

Em 24 de outubro, um homem se explodiu em um centro de ensino particular no mesmo bairro, matando 18 pessoas, incluindo estudantes.

A Polícia Civil de Santa Catarina autuou em flagrante o homem de 18 anos preso pela morte de cinco pessoas, sendo três crianças e duas mulheres, em uma creche na cidade de Saudades, no Oeste catarinense, na última terça-feira (4).

Após tentar cometer suicídio ao ser flagrado pelas autoridades, no momento do atentado, o suspeito estava hospitalizado em uma unidade hospitalar de Chapecó, onde permaneceu internado até a manhã desta quarta-feira (5).

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Agora, ele já se encontra sob a tutela do Departamento de Administração Prisional (DEAP/SC).

De acordo com o Delegado de Polícia Jerônimo Marçal, responsável pelo caso, o preso foi autuado em flagrante por cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio de uma criança, que logo após o crime foi transferida para hospital em Chapecó pela equipe do helicóptero da Polícia Civil.

As qualificadoras dos crimes foram motivo torpe, utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e a utilização de meio cruel.

As vítimas

No atentado, morreram Adriane Aniecevski, de 30 anos, professora; Mirla Amanda Renner Costa, de 20 anos, agente educacional na escola; Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses; Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses;  e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses.

Depoimentos

A Polícia Civil de Santa Catarina começou a colher os depoimentos na terça-feira (4) e seguirá realizando os trabalhos no inquérito policial instaurado para apurar a motivação dos crimes. Estão sendo tomados depoimentos de testemunhas.

O delegado Marçal pretende realizar o interrogatório do autor nos próximos dias e aguarda também autorização judicial para acessar equipamentos eletrônicos apreendidos com o preso. A PC também aguarda os laudos periciais em trabalho que está sendo feito pelo Instituto Geral de Perícias (IGP/SC).

Começam a ser identificadas as vítimas do atentado ocorrido na manhã desta terça (4), na creche Aquarela Berçário, no município de Saudades, no oeste catarinense. A professora Keli Adriane Aniecevski, que dedicou 10 anos de seus 30 anos de vida ao trabalho na unidade de educação, foi uma das vítimas fatais do jovem de 18 anos que invadiu a instituição e matou pelo menos dois adultos e três crianças. Ele também matou a agente educativa Mirla Renner, de 20 anos.

Segundo a Polícia Militar, o rapaz entrou na creche armado com um facão, com o qual atacou professores e alunos. O corpo de Keli Adriane foi identificado pela família. Ainda não há informações sobre as demais vítimas.

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"Ela era uma pessoa alegre, sempre disposta, simpática, carismática sempre, ajudando o próximo quando ela podia. Então, assim, é uma tristeza que eu não sei explicar, eu não tenho explicação para isso", declarou a prima de Keli Adriane, Silvane Elfel, em entrevista no portal G1.

Por meio de nota, o Corpo de Bombeiros informou que suas equipes, ao lado das polícias Militar e Civil e do Instituto Geral de Perícias estão no local e a ocorrência ainda está em andamento. A governadora em exercício de Santa Catarina, Daniela Reinehr (sem partido), anunciou que, em razão do atentado, decretará luto de três dias no estado.

No fim da manhã desta terça-feira (4), um atentado a uma pré-escola da cidade de Saudades, em Santa Catarina, deixou quatro pessoas mortas, sendo três crianças e uma professora. De acordo com declaração do delegado Jerônimo Marçal Ferreira, o autor do crime, que tem 18 anos, teria invadido a creche por volta das 10h, portando um facão.

"A única coisa que a gente não tem é exatamente o motivo que o levou a fazer isso. A gente vai tentar descobrir. Nossa maior preocupação é confirmar que foi um fato isolado. Porque é provável que seja, mas a gente precisa descartar a possibilidade que tenha mais alguém pensando em fazer uma coisa dessa", disse o delegado Jerônimo Marçal Ferreira, em entrevista à Globo.

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O acusado foi preso ainda no local do crime, quando tentava desferir golpes em si mesmo, e encaminhado para atendimento médico no Hospital Beneficente de Pinhalzinho, cidade vizinha. Em entrevista ao G1, a secretária de Educação de Saudades, Gisela Hermann, que esteve no local do crime após o ataque, descreveu o ambiente como uma “cena de terror”, e disse estar “em choque”. A creche Aquarela atende crianças de seis meses a dois anos de idade, conforme informou a secretária.

No Twitter, a hashtag #forçasaudades está sendo usada para repercutir o caso. A Chapecoense, por exemplo, compartilhou uma mensagem à cidade. "Estamos extremamente consternados com a notícia da tragédia que acaba de acontecer no município de Saudades. Faltam palavras para mensurar a dor que estamos sentindo diante de tamanha atrocidade", postou o clube.

A deputada federal Carla Zambelli também se manifestou. "Absolutamente chocada com a barbárie hedionda que acaba de ocorrer no município de Saudades no Oeste de Santa Catarina. Minha solidariedade às vítimas e seus familiares. O Brasil está de luto", escreveu no Twitter.

Também por meio das redes sociais, o Cortinhians prestou solidariedade às famílias e amigos das vítimas. "O Corinthians se solidariza com o município de Saudades, em Santa Catarina, ante o horror da manhã desta terça-feira. O clube se une às famílias das vítimas na dor desse episódio incompreensível", escreveu.

Um homem matou com facadas uma funcionária da delegacia de Rambouillet, uma cidade a cerca de 60 km ao sudoeste de Paris, antes de ser morto a tiros por outros policiais, informaram a Procuradoria de Versalhes e fontes policiais.

A Procuradoria Nacional Antiterrorista francesa (Pnat) disse à AFP que a Subdireção da Luta contra o Terrorismo está "realizando uma avaliação e que não assumiu a investigação até o momento".

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, e seu ministro do Interior, Gérald Darmanin, anunciaram que estão se encaminhando imediatamente para a delegacia desta cidade de 26.000 habitantes.

"Prestarão seu apoio aos colegas da vítima e, por meio deles, a todo o corpo da polícia nacional" e das forças de segurança "atacadas mais uma vez", diz um comunicado do governo.

Segundo as primeiras informações da investigação, a funcionária administrativa foi esfaqueada duas vezes na garganta quando retornava de seu horário de almoço.

"O horror mais uma vez aponta e atinge as forças de ordem", reagiu o sindicato policial Alianza no Twitter.

A vítima sofreu inicialmente uma parada cardíaca e morreu logo depois, apesar da intervenção dos socorristas.

Seu suposto agressor, de nacionalidade tunisina e de 36 anos, morreu pouco depois por outro agente, segundo uma fonte policial. A fonte acrescentou que ele não possuía antecedentes criminais e tinha seus documentos em dia.

Um cordão de segurança impedia que uma dezena de curiosos se aproximasse da delegacia, localizada em um bairro residencial nobre, observou um jornalista da AFP.

Os últimos anos foram marcados por vários ataques com faca na França. Em 16 de outubro de 2020, neste mesmo departamento de Paris (Yvelines), um professor de ensino médio foi decapitado por um jovem de 18 anos de origem chechena.

Em 3 de outubro de 2019, nas instalações da sede da polícia de Paris, um funcionário matou a facadas três policiais e outor funcionário administrativo, antes de ser morto.

Perguntado por um apoiador sobre a cirurgia feita após a facada na campanha de 2018, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que pode realizar outro procedimento ainda neste ano. Essa seria a quinta cirurgia motivada pelo atentado.

"Tá muito curioso, cara. Eu tô ficando muito barrigudo aqui. Será que não vai ser lipoaspiração? Pega mal, né? Botox... É ou não é? Talvez, neste ano, mais umazinha. Mas é tranquilo, de hérnia. Eu tenho uma tela aqui na frente, tá saindo o bucho pelo lado. Então tenho que colocar uma tela do lado também", respondeu o presidente na noite dessa sexta (16), na entrada do Alvorada.

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A primeira cirurgia foi no mesmo dia do atentado, em Juiz de Fora, Minas Gerais, para implantar uma bolsa de colostomia, aponta o G1. Dois dias depois realizou o segundo procedimento no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, quando os médicos encontraram uma obstrução em uma alça do intestino delgado.

A terceira foi novamente no Albert Einstein, em 2019, para retirar a bolsa de colostomia e ligamento do intestino. Em setembro passou pela última intervenção no hospital Vila Nova, em São Paulo, para implantar uma tela de polipropileno para corrigir uma hérnia.

A co-vereadora do PSOL em São Paulo Carolina Iara de Oliveira afirmou nesta quarta-feira (27) que sofreu um atentado na madrugada de segunda (25) para terça-feira (26). Ao menos dois tiros foram disparados contra a sua casa, segundo a bancada feminista do PSOL na Câmara de São Paulo.

Carolina Iara, que divide o mandato de vereadora com outras quatro mulheres - Silvia Ferraro, Paula Nunes, Dafne Sena e Natália Chaves -, vai registrar um boletim de ocorrência nesta quarta.

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Ela alegará que alguém portando uma arma de fogo fez disparos contra a sua casa.

Também diz que apresentará imagens de uma câmera de segurança em que é possível ver que um carro estacionou em frente de seu portão e permaneceu lá por cerca de três minutos na hora em que houve o atentado.

Carolina Iara é uma mulher negra, travesti e soropositiva que representa as bandeiras desses grupos na Câmara de São Paulo.

O mandato coletivo foi eleito em 2020 com 46.242 votos, sendo a sétima candidatura mais votada da capital paulista.

Quase 30 pessoas foram mortas nesta quinta-feira (21) por dois homens-bomba que se explodiram em um mercado no centro de Bagdá, o ataque mais mortal em três anos na capital iraquiana.

Um primeiro homem acionou seu cinto de explosivos no meio de vendedores e compradores num mercado de roupas de segunda mão na Praça Tayaran, informou o Ministério do Interior.

Enquanto uma multidão se formava para tentar ajudar as vítimas, um segundo homem-bomba detonou seus explosivos, acrescentou o Ministério.

Segundo o último balanço comunicado à AFP por uma agência oficial iraquiana, 28 pessoas morreram e 73 ficaram feridas.

Os médicos dizem que estão sobrecarregados na metrópole de dez milhões de habitantes, onde o Ministério da Saúde anunciou que colocou todo o pessoal médico em alerta máximo.

Na praça, um cruzamento movimentado de Bagdá, poças de sangue eram visíveis, assim como pedaços de roupas rasgadas pelas explosões, observou um fotógrafo da AFP.

Soldados e paramédicos foram enviados à praça, com os primeiros bloqueando o acesso e os segundos ocupando-se em mover corpos ou ajudar feridos, em um balé de ambulâncias com sirenes inebriantes.

Três anos atrás, no mesmo lugar, um ataque semelhante matou 31 pessoas.

- Retirada americana -

Como em 2018, este ataque ocorre enquanto as autoridades iraquianas discutem a organização de eleições legislativas, um evento regularmente acompanhado de violência no Iraque.

Eleições antecipadas para a formação de um novo Parlamento foram prometidas pelo governo para junho.

Mas as autoridades estão atualmente propondo um adiamento até outubro, a fim de dar mais tempo à Comissão Eleitoral para organizar a votação.

No entanto, muitos políticos dizem duvidar da realização de eleições antecipadas - em junho como em outubro - porque a condição sine qua non é a dissolução do Parlamento.

No entanto, apenas os deputados podem votar a sua própria dissolução e nenhum deu qualquer garantia a este respeito.

O duplo atentado suicida desta quinta ainda não foi reivindicado, mas esse modus operandi é o mesmo utilizado pelo grupo Estado Islâmico (EI), que chegou a ocupar quase um terço do Iraque a partir de 2014 antes de Bagdá declarar vitória sobre os jihadistas no final de 2017.

Desde então, as células jihadistas se refugiaram nas muitas áreas montanhosas e desérticas do país. Até agora, porém, o EI assumiu a responsabilidade apenas por ataques em pequena escala, geralmente realizados à noite contra posições militares em zonas isoladas longe das cidades.

Os últimos ataques com muitas vítimas fatais em Bagdá datam de junho de 2019.

O atentado de hoje ocorre no momento em que os Estados Unidos reduzem o número de suas tropas no Iraque para 2.500, uma queda que "reflete o aumento da capacidade do Exército iraquiano", nas palavras do chefe do Pentágono, Christopher Miller.

Essa redução "não significa uma mudança na política dos Estados Unidos", frisou.

"Os Estados Unidos e as forças da coalizão permanecem no Iraque para garantir uma derrota duradoura" do EI.

Os Estados Unidos estão à frente de uma coalizão internacional implantada no Iraque desde 2014 para combater o EI.

Quase todas as tropas dos outros estados membros da coalizão deixaram o país em 2020, no início da nova pandemia de coronavírus.

O opositor russo Alexei Navalny prevê voltar para Moscou neste domingo (17), após vários meses de tratamento na Alemanha depois de sofrer um suposto envenenamento, apesar das ameaças de prisão da Justiça russa.

Desde que o principal inimigo de Vladimir Putin anunciou na quarta-feira sua intenção de retornar, os serviços penitenciários russos (FSIN) alertaram que serão "obrigados" a prendê-lo por violar as condições de uma condenação com suspensão de pena que a Justiça lhe impôs em 2014.

Navalny, de 44 anos, não fez caso dessas manobras que, segundo ele, estão destinadas a "amedrontá-lo" e pediu aos seus apoiadores que o recebam no aeroporto de Vnukovo, onde seu avião deve pousar às 19h20 (15h20 no horário de Brasília).

Na véspera de sua partida, o opositor agradeceu os médicos, policiais e políticos alemães que conheceu durante os cinco meses que passou no país. "Obrigado, amigos", escreveu no Instagram.

A principal figura da oposição russa entrou subitamente em coma em agosto, quando retornava de uma viagem para a Sibéria. Inicialmente, foi hospitalizado em Omsk, uma grande cidade da região, mas alguns dias depois foi transferido para um hospital de Berlim após a pressão de seus familiares.

Três laboratórios europeus concluíram que o opositor foi envenenado com um agente nervoso do tipo Novichok, desenvolvido na época soviética, uma conclusão que foi confirmada pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OIAC), apesar de Moscou negar as afirmações.

O opositor acusa os serviços especiais russos (FSB) de tentar assassiná-lo por ordem direta de Vladimir Putin. No entanto, as autoridades russas acusam os serviços secretos ocidentais e até a higiene da vida de Navalny.

Até agora, Moscou se recusa a abrir uma investigação para descobrir o que aconteceu com Navalny, devido à suposta rejeição da Alemanha de compartilhar suas informações com a Rússia.

Berlim anunciou neste sábado que transmitiu a Moscou todos os elementos de sua investigação judicial, especialmente as "atas" dos interrogatórios de Navalny e "amostras de sangue e tecido, assim como pedaços de roupa", enquanto espera que as autoridades "resolvam o crime".

- Investigação por fraude -

Segundo o FSIN, Navalny violou quando estava na Alemanha as condições da condenação de 2014, que o obriga a se apresentar pelo menos duas vezes por semana à administração penitenciária.

Desde o final de dezembro, o opositor também é alvo de uma nova investigação por fraude, por suspeitas de ter gastado para seu uso pessoal 356 milhões de rublos (3,9 milhões de euros, 4,8 milhões de dólares) de doações.

Mais de 2.000 pessoas anunciaram no Facebook que irão recebê-lo, mas a Justiça alertou sobre os riscos de participar de um "evento público" não autorizado no aeroporto de Vnukovo.

Vários ativistas que iriam viajar de São Petersburgo para Moscou para se reunir com o opositor foram detidos pela polícia antes de sair, segundo a mídia local.

Por sua vez, grupos nacionalistas hostis a Navalny ameaçaram recebê-lo com "zelionka", um antisséptico de cor verde difícil de limpar, com o qual já atingiram o opositor no passado.

O aeroporto declarou que não autorizará a imprensa a trabalhar no terminal devido à pandemia de coronavírus. Vídeos publicados nas redes sociais mostraram a polícia anti-distúrbios em frene ao local.

Um ataque deixou, nesta quarta-feira (30), 25 mortos e 110 feridos no aeroporto de Áden, no Iêmen. O atentado ocorreu pouco depois da aterrissagem de um avião que transportava os ministros do governo recém-formado, que acusa os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, de disparar quatro mísseis - um deles teria atingido o setor de embarque. Nenhum membro do gabinete iemenita foi ferido. Horas depois, autoridades disseram que uma bomba explodiu perto do palácio para onde os ministros haviam sido levados. A Arábia Saudita, que apoia o governo do Iêmen, afirmou que abateu um drone carregado de explosivos pronto para atacar o palácio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Após confirmar que um homem se suicidou ao detonar um trailer no centro de Nashville, no dia 25, o FBI tenta agora desvendar os motivos que levaram o autor, identificado como Anthony Quinn Warner, de 63 anos, a cometer o atentado. Nesta segunda-feira (28) , o caminhoneiro Rick Laude, de 57 anos, vizinho de Warner, revelou uma conversa entre os dois três dias antes da explosão. "Papai Noel vai trazer alguma coisa boa para você no Natal?", perguntou Laude. "Claro, Nashville e o mundo nunca se esquecerão de mim", respondeu Warner.

Laude contou que não deu muita importância ao comentário. "Achei apenas que ele esperava que alguma coisa boa acontecesse com ele", disse o caminhoneiro, que disse ter ficado "chocado" ao saber que Warner era o responsável pela explosão. "Ele era discreto. Nada nele levantava nenhuma suspeita."

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Na manhã do Natal, Warner detonou um trailer no centro de Nashville, perto da AT&T Tower. A explosão foi tão forte que causou danos estruturais em 41 edifícios, destruiu vários veículos e arrancou árvores. Minutos antes, uma gravação vinda do próprio trailer advertia que uma bomba explodiria "nos próximos 15 minutos", o que permitiu que muitas pessoas fossem retiradas do local - apenas três ficaram feridas.

De acordo com informações preliminares, Warner teria desenvolvido uma paranoia sobre a tecnologia 5G. Por isso, a explosão aconteceu perto do prédio da AT&T. Para ele, a banda larga de dados seria usada para espionar americanos.

De fato, por algumas horas, os sistemas de comunicação da cidade, incluindo serviço de telefone fixo e as redes de comunicação móveis, bem como as centrais de atendimento do serviço de emergência 911, ficaram inoperantes no Estado do Tennessee.

"Ainda buscamos respostas", afirmou David Rausch, diretor da polícia do Tennessee. "A melhor forma de descobrir os motivos seria interrogar o suspeito, coisa que a gente não consegue fazer neste caso." Rausch informou que a explosão foi tão forte que Warner só pôde ser identificado no domingo, por meio do DNA de restos humanos retirados do local. Até então, sua única passagem pela polícia havia sido uma prisão por porte de maconha, em 1978. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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