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O talude de uma obra de infraestrutura da mineradora Itaminas, em Sarzedo (Minas Gerais) se rompeu nesta segunda-feira, 9, às 11h30. De acordo com a Defesa Civil, o local não é próximo à barragem e não houve vítimas. Em visita ao local, os técnicos da Defesa Civil disseram que houve apenas soterramento parcial de um veículo pequeno, uma máquina e um caminhão.

Em seu site, a companhia confirma que "trata-se de um escorregamento de aterro de obra civil, não havendo vítima ou dano ambiental nem tampouco qualquer relação com as barragens, que mantém os níveis de segurança dentro dos padrões exigidos". A empresa diz que todas as medidas estão sendo tomadas.

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Pelo Twitter, o deputado Rogério Correia (PT-MG) diz que, apesar de o problema não ter atingido a cidade, é com certeza preocupante e mais um alerta sobre a situação das barragens em Minas Gerais.

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"Tem muitos anúncios ou comerciais na TV tentando conscientizar as pessoas a não jogarem lixo nas ruas, mas infelizmente isso é uma educação de berço. Se o pai não passa para o filho a ideia de cuidar do meio ambiente, o filho não vai passar para o seu filho e assim sucessivamente. Isso é muito triste. Acho que deveria haver uma multa pesada para que as pessoas se esforçassem, pelo menos, a não jogarem lixo nas ruas", disse a estudante Camilla Maia, opinando sobre a falta de educação ambiental das pessoas. Para ela, isso se reflete numa produção em massa de lixo na Região Metropolitana de Belém.

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Os candidatos que disputam as eleições municipais deste ano terão essa pauta como desafio: a destinação final dos resíduos produzidos em Belém, Ananindeua, Marituba e outros municípios da Região Metropolitana. O prazo do acordo entre a prefeitura de Belém e o aterro sanitário da empresa Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos em Marituba acaba em setembro de 2021.

O contrato faz parte dos compromissos que as prefeituras assumiram pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010. É uma lei federal que prevê metas e normas para garantir a preservação do meio ambiente e reduzir os impactos dos resíduos sólidos na natureza.

Entre essas metas está a gestão integrada de resíduos sólidos entre a empresa contratada da prefeitura e cooperativas de reciclagem, políticas de educação ambiental para evitar a geração de mais resíduos e, também, a erradicação dos grandes lixões e aterros sanitários por parte dos governos municipais até o ano de 2014, mas, esses projetos foram adiados inúmeras vezes por falta de estudos. Planeja-se adiar mais uma vez para 2021 para que as prefeituras estudem as melhores soluções para acabar com os lixões a céu aberto.

Lixão do Aurá

No Pará, a lei determinou o fechamento do lixão do Aurá em 2015, o segundo maior lixão do país, por número de catadores. O lixão, que abrange os três municípios mais populosos da Região Metropolitana, Belém, Ananindeua e Marituba, foi fechado por não seguir as normas da Política Nacional de Resíduos Sólidos, colocando em risco a saúde da população do entorno, contaminando o solo e a bacia hidrográfica de Belém.

Logo após o fechamento, a prefeitura de Belém, em conjunto com outras prefeituras, fechou um acordo com a empresa Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos, que tinha uma área no município de Marituba para tratamento dos dejetos, mas, no início de 2019, houve um desentendimento entre a empresa e a prefeitura de Belém sobre o pagamento pelo frete do lixo, o que acabou na quebra do contrato e fechamento do aterro. Sem um local adequado para o descarte do lixo, no mesmo mês, o lixão do Aurá foi reativado, mas em julho de 2019, por meio de acordo, o aterro sanitário de Marituba voltou a funcionar e segue até setembro de 2021.

A prefeitura de Belém se pronunciou, por meio de nota (veja texto abaixo), dizendo que uma ampliação da coleta seletiva depende de análise orçamentária e financeira, pois é toda subsidiada pelo poder público, tornando inviável qualquer mudança repentina. Quanto às soluções alternativas, dependem de estudo técnico objeto de consultoria, que já está sendo contratada por meio de licitação.

A nota ainda esclarece que a data de encerramento do aterro é objeto de análise do Tribunal de Justiça, pois aguarda decisão. Segundo a prefeitura, já existe uma área não explorada no local, que seria capaz de receber resíduos por mais 1 ano e 8 meses.

Aterro sanitário

Para a sanitarista e engenheira ambiental Miroslawa Luczynski, o único modelo ideal de tratamento de lixo para Belém e Região Metropolitana ainda é o aterro sanitário. "Belém é uma cidade de grande porte e as cidades que formam a região metropolitana também já são cidades de médio a grande porte. Então, não tem outro tipo de tratamento ou projeto mais adequado para esse tipo de cidade. A partir de médio a grande porte já se tem que trabalhar com aterro sanitário. E o que vai para o aterro sanitário é justamente o rejeito. Não foram feitas redução, reutilização e reciclagem, isso é rejeito. Então, é esse rejeito, esse resto que não se aproveita, isso vai para o aterro sanitário", diz.

A engenheira ressalta que o bom funcionamento de um aterro sanitário, sem impacto ambiental, exige políticas públicas, gestão pública, e a população tem que estar envolvida para que possa entender que o aterro sanitário é a destinação final mais adequada. Também é necessário cultivar a ideia de coleta seletiva, um dos tipos de tratamento para essa diminuição de resíduos.

Um aterro sanitário fora das normas ou descarte inadequado de lixo em uma determinada área, que logo depois se torna lixão, explica a sanitarista, pode impactar de forma drástica o meio ambiente, seja nos aspectos hídrico e aéreo, como no solo. Também pode pôr em risco a saúde da população com doenças.

"O descarte inadequado ou incorreto de resíduos sólidos, principalmente dentro de uma cidade ou no meio urbano, é o que causa mais poluição ao meio ambiente, porque você não tem só poluição visual, tem a poluição do solo, tem a poluição hídrica, tem a poluição do ar, devido à queima, e também a proliferação de vetores.  Dependendo da quantidade de resíduos onde é descartado, corre o risco até de ter o início de um impacto ambiental. Qualquer ponto de descarte inadequado de resíduos sólidos dentro de Belém ou região metropolitana é um lixão, e dependendo de como vai crescendo isso, corre o risco de causar um impacto ambiental ali naquela localidade, naquela comunidade", destaca Miroslawa. 

Segundo a engenheira, vetores sofrem mutação por conta dessa falta de higienização e de saneamento básico. "Isso é muito sério. A dengue, no início, a proliferação era só por água limpa parada, mas hoje a doença sofreu mutação e se prolifera em água suja. É algo muito grave, causando impacto à fauna e à flora também", explica.

A engenheira informa que já existem tratamentos alternativos para o lixo doméstico. O produto final gerado pelo tratamento caseiro, por meio da compostagem, pode servir como adubo para plantas e gerar renda. "O resultado final vai ter o adubo, e utilizar na sua residência, se você tiver uma área ou um jardim, e até vender. O biodigestor vai gerar como produto final um fertilizante líquido. Então, são duas alternativas que você pode fazer dentro da sua casa. E também a coleta seletiva. Nós temos em Belém 16 cooperativas cadastradas. É só entrar no site da prefeitura que você consegue ter acesso e ter o endereço. Você liga para uma dessas cooperativas quando tiver uma certa quantidade e eles vão buscar. Você consegue fazer com que as pessoas possam visualizar e ter esse pensamento sustentável, que contribui para a preservação do meio ambiente. É o que a gente precisa para que chegue no aterro sanitário somente o rejeito", conclui.

Investimento e conscientização

Para a estudante Samara Sena, ainda falta um grande investimento do poder público para a conscientização da população com o meio ambiente e o descarte correto do lixo. "Acho que os prefeitos e vereadores eleitos deveriam conscientizar a sociedade, no quesito de separação de lixos, ajudar a instalar centros de reciclagem, programas para ensinar reciclar, até mesmo o lixo orgânico, porque tem várias maneiras de reciclar. Tudo isso deve partir de nossos políticos. Vereadores e prefeitos deveriam dar uma investida nisso", diz.

Ela completa que deveria haver uma maior comunicação entre a população e poder público. "A sociedade às vezes é muito privada disso por não ter um conhecimento adequado. Nos falta essa comunicação em massa para que todas as pessoas assumam a sua responsabilidade", completa.

Nota da prefeitura

"A Prefeitura de Belém informa que recebeu, no dia 8 de setembro, a recomendação do Ministério Público Estadual a respeito da ampla divulgação da data do encerramento do Aterro Sanitário de Marituba, bem como do compromisso de criar solução viável de alternativa instalada ao referido local, de disponibilização dos contatos e materiais das cooperativas dos catadores e catadoras em atividade nos sites institucionais e mídias sociais e de informação clara à sociedade a respeito do urgente engajamento da coleta seletiva.

Destacamos que a inclusão nas mídias sociais não havia sido solicitada até a edição da recomendação, mas será objeto de análise pelo Poder Público. Noticiamos, contudo, que a ampliação da coleta seletiva depende de análise orçamentária e financeira, porque a atividade das cooperativas é toda subsidiada pelo Poder Público, o que torna inviável qualquer modificação de forma repentina, até por envolver uma ampla mudança de cultura e a definição de uma fonte que custeie adequadamente o referido serviço.

Esclarecemos, ainda, que o Município está empenhado em criar soluções alternativas ao funcionamento do Aterro Sanitário de Marituba, o que, contudo, depende de estudo técnico objeto de consultoria que está sendo contratada por meio de licitação e deve ser, posteriormente, definida pela Comissão Intersetorial, criada pelo acordo judicial, a partir de tais informações. 

Acrescentamos, enfim, que a questão quanto a data final do encerramento do aterro é objeto de análise do Tribunal de Justiça por existir uma célula não explorada no referido local, que seria capaz de receber resíduos por mais 01 ano e 08 meses. Assim, a Prefeitura aguardará a decisão do Judiciário sobre a referida questão."

Por Cristian Corrêa.

 

A Prefeitura de Belém decretou situação de emergência sanitária e ambiental na capital paraense em razão do problema da destinação do lixo na Região Metropolitana. O decreto emergencial foi motivado pelo curto prazo de menos de quatro meses que resta para que os municípios de Belém, Ananindeua e Marituba encontrem uma solução definitiva para a situação dos resíduos e pela ausência de outro local licenciado que possa receber o lixo. A publicação deve ser divulgada no Diário Oficial do Município nesta segunda-feira (24).

Com a situação de emergência, o município de Belém espera ganhar mais tempo para encontrar alternativas para o problema que aflige toda a população do município. Entre os itens considerados do decreto, consta a possibilidade de graves e irreversíveis riscos à saúde pública em decorrência de possível paralisação do serviço de destinação final após o prazo estabelecido pela Justiça, bem como a essencialidade do serviço que recomenda sua continuidade.

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O decreto de emergência enfatiza os transtornos que podem ser causados com o encerramento das atividades do único aterro sanitário licenciado, em razão da ausência de licenças ambientais e falta de tempo hábil para o licenciamento de outra área.

A medida terá vigência por 180 dias. Em seus argumentos, a Prefeitura ressalta a necessidade de manutenção dos serviços essenciais em função do interesse público nos casos de situação de emergência, além da inexistência de outro local ambientalmente adequado e licenciado para tratamento e deposição final de resíduos sólidos no âmbito da Região Metropolitana de Belém. 

A Prefeitura ressaltou também que o prazo de quatro meses estabelecido pela justiça para o funcionamento do aterro é um período curto para que os municípios encontrem soluções imediatas para o problema. “Diante do prazo de menos de quatro meses que temos, estamos decretando emergência para encontrar uma solução de forma mais rápida dentro desse período curto que temos”, declarou o procurador do município de Belém, Bruno Freitas.

Além da ampliação de áreas dentro do aterro sanitário, que poderiam ser licenciadas sem seguir os procedimentos burocráticos padrões, a decretação permitirá também a execução de ações emergenciais, como a contratação de serviços e empresas. “Geralmente, o decreto de emergência é utilizado para dizer que existe uma situação de calamidade ou desastre e que necessite de contratação para resolver o problema ou pra diminuir impactos. Neste caso da situação do lixo, o Governo do Estado o solicitou para facilitar o licenciamento, mas em tese, vamos poder usar o decreto para fazer contratações emergenciais ou outras ações que possam solucionar o problema do lixo ou diminuir os impactos em nossa cidade”, detalhou Freitas.

Ainda de acordo com o procurador, a situação de emergência permite o licenciamento de forma imediata sem a necessidade dos trâmites burocráticos. “Caso seja necessário autorizar a ampliação de mais áreas para garantir o funcionamento do aterro por mais tempo, será preciso um processo de licenciamento, que demora certo tempo para ser concluído. O decreto vai servir para agilizar o licenciamento de outras áreas no aterro com menor burocracia”, completou.

No final do mês passado, a justiça determinou o funcionamento do aterro sanitário por mais quatro meses. Desde a decisão, a capital paraense e os municípios de Ananindeua e Marituba buscam alternativas para a situação dos resíduos. Um grupo de trabalho, formado por órgãos e instituições de ensino e pesquisa, foi criado pela Prefeitura de Belém com o objetivo de somar forças na busca por alternativas para a situação. O grupo vem reunindo e debatendo semanalmente estratégias que contribuam com soluções para o destino final do lixo.

A Prefeitura de Belém informou ao desembargador Luiz Neto, que concedeu liminar determinando o funcionamento do aterro de Marituba por mais quatro meses, sobre as tentativas da empresa Guamá Tratamento de obstruir o cumprimento da ordem judicial. O documento tem o objetivo de solicitar ao Tribunal de Justiça do Estado que obrigue a empresa a realizar o tratamento adequado e não comprometa a coleta do lixo domiciliar na capital e Região Metropolitana de Belém (RMB).

A Prefeitura de Belém entende que os relatórios que tem recebido das empresas coletoras, bem como áudios e vídeos que mostram a morosidade na operação de descarga no aterro, deixam claro o descumprimento da liminar. A empresa tem, inclusive, suspendido o trabalho durante a madrugada.

O documento também será remetido ao Ministério Público do Estado do Pará (MPE-PA) para que o órgão tenha conhecimento das dificuldades criadas para a operação no aterro.

 

Após pressão dos manifestantes contra o aterro sanitário do Cabuçu, em Guarulhos, a audiência pública de amanhã (25), decisiva para a aprovação do projeto, foi cancelada. Cerca de 350 manifestantes participaram do ato com o grito “Cabuçu é o pulmão, não queremos o lixão!”, que começou às 14h, na praça Getúlio Vargas e foi até às 17h, no Paço Municipal. O prefeito Guti (PSB) não participou da manifestação e os representantes da comunidade foram atendidos pelo vereador Paulo Carvalho (PR). De acordo com deputado estadual Alencar Santana (PT), “ele (Guti) sequer está na cidade”, afirmou. Os organizadores do ato afirmaram que a Secretaria de Meio Ambiente já havia dado parecer favorável ao aterro e que é necessário conversar com os moradores antes que uma decisão definitiva seja tomada.

O protesto contou com apoio dos moradores do Cabuçu, Recreio São Jorge, Novo Recreio e demais bairros da região. Além disso, lideranças religiosas – padres e pastores – se uniram pela causa. Segundo o biólogo e representante do Movimento Cabuçu, Rodrigo Maia, a criação do aterro prejudica a qualidade de vida dos moradores por conta do excesso de emissão de gás metano, que é nocivo à saúde.

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De acordo com o integrante do setor ambiental e ativista da causa em Guarulhos, Jefferson Pereira da Silva, o local onde será o possível aterro pertence a uma área de manancial e distribuição de água para a cidade. "Cerca de 13% da água do município de Guarulhos provém dessa região. Com o aterro, o solo será contaminado e é possível que a água também", afirma. Caso seja aprovado, o aterro receberá resíduos de vários municípios de São Paulo. Para o ambientalista e professor de biologia, Toninho, "os impactos ambientais na construção de outro aterro sanitário serão enormes, como por exemplo, as doenças que podem ser apresentadas e a contaminação dos lençóis freáticos. Novas áreas serão abertas e milhares de toneladas de lixo do entorno da Grande São Paulo serão produzidas na região do Cabuçu”, afirmou.

Para a moradora do Cabuçu, Maria Vilma, 49, o novo aterro sanitário vai causar um impacto “imenso na região. Hoje os moradores já sofrem com o mau cheiro, além da via ser muito estreita e não ter sinalização". Ainda segundo Maria Vilma, os munícipes não sabem os motivos de não haver mudança de local do aterro por falta de comunicação com a prefeitura.

Reportagens locais afirmaram que o protesto era associado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Entretanto, o portal de notícias Leia Já apurou que a manifestação era comunitária e não estava veiculada a nenhum partido político.

Por Caroline Nunes e Beatriz Gouvêa

A Secretaria do Meio Ambiente de Guarulhos fechou um aterro clandestino na manhã desta terça-feira (10) no bairro do Taboão. Segundo a secretaria, o proprietário do terreno já foi autuado no mês de março por descarte irregular e aterro sem autorização.

Os técnicos do Meio Ambiente farão um levantamento da quantidade de material depositado no local para aplicar a multa. O proprietário foi encaminhado para a Delegacia do Meio Ambiente com o objetivo de prestar esclarecimentos.

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Participaram dessa ação além da Secretaria do Meio Ambiente, a Guarda Civil Municipal e a Secretaria de Serviços Públicos.

Distante cerca de cinco quilômetros do centro de Marituba, na Região Metropolitana de Belém, o bairro São João já foi uma região tranquila. Hoje, moradores pressionam as autoridades municipais e estaduais para um possível fechamento do aterro sanitário instalado no local. As causas dessa cobrança são o mau cheiro e doenças decorrentes do lixo.

Com a publicação da Lei Federal 12.305, sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 2 de agosto de 2010, foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que proíbe lixões a céu aberto no país. Na década de 90, o lixão a céu aberto do Aurá, localizado em Ananindeua, começou a receber os rejeitos sólidos de forma precipitada, pois não estava completamente preparado para processar o lixo. O encerramento das atividades se deu em agosto de 2014, e as prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba se comprometeram a adequar o destino do lixo, com a substituição por aterros sanitários.

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Desde o governo Hélio Gueiros (1993-1997) criam-se opções para mudanças nos lixões a céu aberto, mas as soluções definitivas ainda não chegaram. O aterro sanitário de Marituba está funcionando desde 2015, e recebe cerca de 1.200 toneladas de lixo por dia. A companhia de saneamento do aterro, Guamá Resíduos Sólidos, está tomando uma série de medidas para amenizar o odor, com um projeto de relacionamento direto com a comunidade local e uma ampliação do uso de Falcão Robô (para afugentar aves, como os urubus), e também triplicar o número de máquinas. 

Uma das causas de todo esse transtorno é porque a prefeitura de Belém não esperou a finalização do projeto do aterro sanitário, e acabou transferindo antecipadamente o lixo que ficava concentrado no antigo lixão do Aurá. “A máquina que coleta o chorume está danificada, e com isso há um vazamento que está contaminando os lençóis freáticos e principalmente causando um forte odor”, diz Sergio Campos, vigilante da empresa RG Segurança, (prestadora de serviços da Guamá Resíduos Sólidos Ltda).

Os moradores relatam que sofrem constantemente com doenças e problemas respiratórios. A água apresenta cor forte e mau cheiro, causando diarreia e vômitos, principalmente em crianças. É o que confirma a dona de casa Ana Carolina Farias, 28 anos. “Tenho um filho de um ano de idade e de uns tempos pra cá, ele está com diarreia e falta de ar.”

Pelas redondezas observa-se que as casas estão totalmente fechadas, na tentativa de impedir que o mau cheiro chegue às residências. Essa ação é falha, e pode acarretar outras doenças, como meningite e pneumonia. “Tenho que ficar trancado em casa o dia todo, porque esse fedor é insuportável”, relata o aposentado Raimundo Costa, 67 anos.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belém(Semma) comunicou que o município está participando das discussões para definir as medidas cabíveis para a destinação dos resíduos da capital. O município está na comissão que discute a situação do aterro de Marituba, desde o começo das reuniões, para avaliar e tomar as providências possíveis e necessárias. Os representantes da prefeitura de Belém defendem que a solução deva ser discutida no âmbito da Região Metropolitana e não isoladamente. É preciso um consórcio entre os municípios. A capital tem investido em coleta seletiva como uma medida de destinação dos resíduos sólidos de acordo com a legislação nacional.

Em nota, a Prefeitura Municipal de Marituba informou que os bloqueios e protestos promovidos pela população do entorno do aterro sanitário, juntamente com a comissão "FORA LIXÃO", são atos para sensibilizar o poder público quanto às dificuldades enfrentadas pela população. A prefeitura entende que os problemas causados agridem diretamente a saúde da população e o meio ambiente, e informa que está e sempre estará a favor da população. A Prefeitura aguarda o parecer final dos órgãos competentes e elabora um conjunto de soluções para que a população seja beneficiada e protegida.

Por Adrielly Santos Araujo. Com produção de Dinah Caroline Monteiro dos Santos e fotos de Jennifer Lais Pantoja Rodrigues.

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Após experiências de sucesso em Salvador e São Paulo, a Central de Processamento e Tratamento de Resíduos (CPTR) vai criar no Pará uma usina verde para geração de energia a partir do aproveitamento do lixo urbano coletado na Região Metropolitana de Belém (RMB). A previsão é que o empreendimento comece a funcionar dentro de cinco anos.

A termelétrica verde do Pará será instalada na CPTR, no município de Marituba, o único local apropriado e certificado para receber os resíduos sólidos da capital e arredor. A previsão é de investimentos na casa dos R$ 40 milhões e a capacidade da geração será, em média, de 15 megawatts (MW) de energia. “Vamos garantir que o biogás gerado no aterro tenha um aproveitamento nobre ao transformá-lo em energia elétrica limpa”, adianta Gustavo Nunes, gerente geral da CPTR.

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Toda a nova usina, que funcionará com autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANNEL), deverá ocupar um espaço de 15 mil metros quadrados, e contará com um aparato tecnológico, motores e portabilidade no tratamento do gás metano, a exemplo do que acontece em São Paulo e Salvador. “São vários motores com potência elevada para que o funcionamento seja pleno e efetivo de geração de energia renovável e sustentável”, pontua Nunes.

Esta será a terceira empreitada da CPTR no Pará com beneficiamento direto à população. No espaço já existe uma usina de coleta de lixo, com atuação direta de 35 catadores, além de uma estação de tratamento de chorume através da osmose reversa, transformando a água para reuso. “São ações que valorizam os nossos recursos que podem voltar em forma de benefício para a sociedade paraense”, finalizou.

Buscando meios que não prejudiquem o meio ambiente, o biogás é uma das alternativas para geração de energia elétrica sustentável. Ele transforma em energia o gás metano extraído da decomposição de resíduos sólidos, trazendo diversas vantagens em sua utilização por ser uma fonte de energia limpa e renovável, ter baixa emissão de gases poluentes e ser uma importante fonte energética.

Informações da assessoria da CPTR.

Segundo a Prefeitura de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), um aterro irregular feito na cabeceira do canal da Avenida F, no bairro de Maraguanpe II, foi um dois principais responsáveis pelos alagamentos na região durante as chuvas da segunda-feira (30). A prefeitura disse que a obra nunca havia sido denunciada à gestão municipal, que tomou conhecimento da situação após os alagamentos.

A obstrução das águas, caracterizada como crime ambiental, teria causado o transbordo do canal, o que gerou prejuízos aos moradores das avenidas A, B e F, além dos que residem nas ruas 20, 23 e 24. 

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Nesta terça-feira (31), agentes da Secretaria de Meio Ambiente do município autuaram o responsável pela obra irregular, identificado como Maurício Reimão Varchavsky. De acordo com a prefeitura, ele, que alega ser proprietário de um terreno nas proximidades da cabeceira do canal, terá um prazo de 24 horas para apresentar documentações como escritura ou título de posse do terreno e licença ambiental de aterro nas margens do canal.

Se os documentos solicitados não foram entregue no tempo estipulado, será aplicada uma multa que pode chegar a R$ 50 mil. À prefeitura, o responsável pelo aterro garantiu que irá se responsabilizar pelos prejuízos das famílias afetadas. A Secretaria de Serviços Públicos irá retirar o aterro irregular e desobstruir a área.

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Cinco dias depois de o ex-diretor da USP Leste José Jorge Boueri Filho ter admitido à Congregação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) que sabia de uma "parceria" para que o depósito de terras no câmpus fosse feito, em fevereiro de 2011, a reitoria da USP montou uma comissão para analisar as questões ambientais da unidade. Fazia parte da comissão, contudo, o próprio Boueri.

Apesar de compor a comissão, que tinha como propósito investigar o descarte de terras desconhecidas e a presença de gás metano no terreno, o ex-diretor não comunicou à reitoria nem aos órgãos técnicos da USP que tinha conhecimento do acordo, diz a assessoria de imprensa da reitoria.

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A assessoria informou que a reitoria não sabia, quando montou a comissão, nem do acordo nem mesmo das declarações de Boueri à Congregação.

A comissão foi montada porque, em janeiro daquele ano, começaram a chegar à reitoria as notícias sobre depósito de terras de origem desconhecida no câmpus, que estariam contaminadas. As denúncias haviam sido feitas ao Ministério Público Estadual (MPE) e, com a intervenção da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), a USP comprovou a veracidade das denúncias e a contaminação.

Uma sindicância foi instaurada. Boueri foi afastado da direção em setembro de 2013 e, em novembro, a USP abriu um processo administrativo disciplinar contra o ex-diretor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça determinou, nesta segunda-feira (14), a interdição do Aterro Sanitário de Goiana, na Mata Norte do Estado. A decisão, tomada pelo Juiz da cidade Severiano de Lemos Antunes Júnior, se baseia em vistorias ambientais realizadas no local. De acordo com o processo, o aterro estava causando danos ao meio ambiente e à saude da população. 

O promotor de Justiça de Defesa da Cidadania e do Meio Ambiente de Goiana, Fabiano Saraiva, relatou que o aterro foi transformado num lixão. Segundo ele, o município não realizava o correto tratamento do chorume (líquido tóxico, gerado pela decomposição dos rejeitos), atingindo elementos orgânicos, solo, subsolo e cursos d'água, o que ocasiona mortes de animais e vegetais no local. 

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A prefeitura foi orientada à recolher o lixo para outro aterro público ou privado, devidamente legalizado e com todas as licenças ambientais em vigência. Se a ordem for descumprida, o município pagará multa diária no valor de R$ 1 mil.

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