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A polícia do Maine, nos Estados Unidos, confirmou a morte de 18 pessoas em um ataque a tiros na noite desta quarta-feira, 25, em Lewiston. O atirador responsável pelo ataque está foragido e é procurado por policiais locais e federais. As autoridades afirmam que ele está fortemente armado e impuseram um lockdown na cidade.

Os policiais fecharam cidades inteiras e o campus do Bates College durante a busca e orientaram moradores a se abrigar no local por segurança e não se aproximar do suspeito em nenhuma hipótese. Ele foi identificado como Robert Card, de 40 anos.

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"Por favor, fiquem dentro de suas casas com as portas trancadas", pediu a polícia do Maine aos moradores da região. Até o momento, a polícia encontrou um carro branco, que acredita ter sido utilizado pelo assassino, no distrito de Lisbon, a 11 km de distância de Lewiston.

De acordo com várias fontes policiais, cerca de 60 pessoas ficaram feridas no ataque, embora não esteja claro quantas ficaram feridas devido aos tiros.

O Gabinete do Xerife do Condado de Androscoggin, em Lewiston, disse em um comunicado publicado nas suas redes sociais que um suspeito continua foragido. "Estamos encorajando todas as empresas a encerrar seus locais ou fecharem enquanto investigamos", disse o comunicado. Segundo o Xerife Eric Samson, os policiais localizaram o veículo do suspeito em Lisbon - uma cidade a cerca de 11 km a sudeste de Lewiston - e o cercaram, mas o suspeito não estava dentro do carro.

O atirador foi primeiro na Sparetime Recreation, uma pista de boliche, onde atirou contra dezenas de clientes que estavam no local. Em seguida, ele foi para o bar e restaurante Schemengees Bar & Grille.

Justin Juray, proprietário da pista de boliche, descreveu a cena como um "caos total". A pista de boliche fica a cerca de 6 km do bar.

Atirador 'ouvia vozes'

A polícia identificou o suspeito como Robert Card, 40 anos, um instrutor de tiro que estava na Reserva do Exército e havia passado por uma instalação de treinamento em Saco, no Maine.

O atirador havia sido internado num centro psiquiátrico durante duas semanas, em junho deste ano, de acordo um relatório obtido pela agência Associated Press. O documento revela que o suspeito do ataque dizia "ouvir vozes" e já havia ameaçado abrir fogo contra uma base militar. O documento não fornecia detalhes sobre seu tratamento ou condição.

O presidente dos EUA, Joe Biden, conversou por telefone com a governadora do Maine, Janet Mills, com os legisladores Sens, Angus King e Susan Collins, e o deputado Jared Golden oferecendo "total apoio federal após esse terrível ataque", informou a assessoria de imprensa da Casa Branca. O gabinete de King disse em um comunicado que ele está indo para o Maine em um dos primeiros voos disponíveis para oferecer apoio.

O prefeito de Lewiston, Carl Sheline, afirmou estar "com o coração partido por nossa cidade e nosso povo" em uma declaração após o ataque, informou a mídia local. "Lewiston é conhecida por sua força e coragem, e precisaremos de ambas nos dias que virão", disse ele.

O Maine Medical Center em Portland, que possui o centro de trauma mais avançado do estado, confirmou que recebeu um paciente transferido de um hospital de Lewiston após os ataques. Em um comunicado, o centro disse que notificou a equipe de plantão e criou uma capacidade de atendimento crítico e sala de cirurgia "em antecipação a possíveis transportes de pacientes provenientes do ataque a tiros de Lewiston esta noite".

Devido ao que eles descrevem como uma situação dinâmica, o centro e outros hospitais da MaineHealth fecharam seus campi para funcionários não hospitalares e não pacientes até novo aviso, disse o comunicado.

O atirador parecia estar empunhando um fuzil do tipo AR-15, de acordo com fotos fornecidas pelas autoridades policiais. Aparentemente, o fuzil está equipado com uma mira ótica e um dispositivo que mantém dois carregadores de fuzil juntos, um dentro da arma e o outro ao lado, para recarga mais rápida. Armas de fogo semiautomáticas, como os fuzis do tipo AR-15, podem disparar tão rápido quanto o atirador consegue puxar o gatilho.

Ponto de encontro entre famílias

Um centro de reunificação para amigos e familiares procurarem seus entes queridos foi aberto na Auburn Middle School, disseram as autoridades, observando que conselheiros estariam no local para dar apoio.

Segundo o prefeito de Auburn, Jason Levesque, a escola é um "lugar mais feliz agora", onde testemunhas estão se reunindo com familiares preocupados. "Mas, do outro lado da felicidade", acrescentou, "você está vendo a agitação e o trauma pelos quais eles estão passando, especialmente as testemunhas". (Com agências internacionais)

Subiu para 13 o número de mortos durante a Operação Escudo realizada em Guarujá, no litoral de São Paulo, segundo informações divulgadas nesta terça-feira, 1º, pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP).

"Treze suspeitos morreram ao entrarem em confronto com as forças de segurança desde o início da operação", disse a SSP. Mais cedo, o órgão havia confirmado 12 mortes, mas atualizou o número no começo desta tarde. Até segunda-feira, 31, eram dez óbitos.

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O assassinato do soldado militar Patrick Bastos Reis, de 30 anos, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), na quinta-feira, 27, desencadeou uma grande operação policial nos últimos dias para encontrar os suspeitos envolvidos no crime. Participam da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar do litoral de São Paulo.

Reis e o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, da Rota, um dos batalhões de elite do Estado, foram baleados durante patrulhamento. Reis foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Alfaya foi atendido e permaneceu em observação na sexta-feira, 28.

Conforme a SSP, a Operação Escudo para repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado segue em curso na Baixada Santista. Ainda de acordo com a pasta, 32 suspeitos já foram presos e 20,3 quilos de drogas e 11 armas apreendidas. Entre eles está o suspeito de atirar e matar o policial militar Reis.

O suspeito foi preso no domingo, 30. Ele se entregou ao lado do Terminal Santo Amaro, na zona sul da capital paulista. Ele foi levado para Corregedoria da PM e, de lá, para a delegacia responsável pelo caso, no litoral.

Por determinação da SSP, todos os casos são investigação pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM).

"As imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM", disse em nota.

Moradores relatam medo de andar na rua: ‘Pode ter confronto entre policial e bandido’

O clima é de tensão e medo no Guarujá em meio à operação que a Polícia Militar realiza na cidade do litoral paulista. Moradores relataram ao Estadão tiroteios, temor de sair de casa à noite e comércios vazios.

"Todo mundo está com medo de andar na rua à noite, porque tem muitas viaturas por aí e pode ter confronto entre policial e bandido", disse Almir Carvalho, morador do bairro Parque Estuário, onde um homem foi assassinado na sexta-feira. "Quem sofre são as pessoas que não têm nada a ver com isso."

"‘Tá' feia a situação. Fiquei sabendo que mataram uns aí. A gente que mora no morro ouve que nem é para ficar de bobeira na rua de noite. Sou catador e vejo muitas viaturas por todo lado. Tenho medo de acontecer alguma coisa comigo, mas tenho de trabalhar para ganhar um dinheirinho pelo menos para comer", contou Fabiano Oliveira, morador do morro da Vila Edna.

Ouvidoria investiga ação da polícia no Guarujá; governo nega abusos

No domingo, 30, a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo afirmou que dez pessoas tinham sido mortas durante a operação policial no Guarujá para encontrar o suspeito de atirar e matar o policial militar Reis.

Na ocasião, a SSP negou abusos e confirmou três mortes "após resistência às abordagens policiais" em três pontos diferentes do Guarujá. Posteriormente, na manhã de segunda-feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a ação havia deixado oito pessoas mortas. Até o fim do dia, eram dez mortos. Ele negou que tenha havido excessos e disse que a polícia atuou de modo "profissional".

A operação da Polícia Militar no Guarujá contra o crime organizado e o tráfico de drogas ao longo continuará por pelo menos 30 dias.

Ministério Público também vai investigar operação da PM

O Ministério Público do Estado de São Paulo vai investigar a atuação da Polícia Militar durante a Operação Escudo, deflagrada após o assassinato do soldado Reis.

Na segunda-feira, o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, designou três promotores da Baixada Santista para, ao lado do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp), instaurar procedimentos para analisar as ações da Polícia Militar no episódio.

Subiu para 65 o número total de mortes confirmadas após o desastre causado por fortes temporais no litoral norte de São Paulo no feriado de carnaval. Foram 64 óbitos em São Sebastião e um em Ubatuba, segundo o último balanço divulgado às 17 horas deste domingo, 26, pela Defesa Civil de São Paulo.

As equipes do município de São Sebastião, com psicólogas e assistentes sociais, fazem um trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas.

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Até o momento, 55 corpos já foram identificados e liberados para o sepultamento. São 20 adultos, 17 adultas e 18 crianças.

Segundo o comunicado, a prioridade segue no socorro às vítimas e no atendimento aos mais de 1.150 desalojados e 1.290 desabrigados.

Acolhimento

As primeiras 43 famílias desabrigadas foram abrigadas em um hotel disponibilizado por uma instituição financeira.

Alguns animais resgatados também estão no local.

O governo estadual afirma que segue buscando terrenos seguros, além dos três já escolhidos, para iniciar a construção de casas para as vítimas que ficaram sem moradia.

Estradas

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que o tráfego está liberado para veículos leves e pesados nas rodovias da região de São Sebastião.

Apenas o trecho do km 82 da rodovia Mogi Bertioga (SP-098), em Biritiba-Mirim, junto à ponte do Rio Sertãozinho, permanece com interdição total.

O número de mortos após o forte temporal no litoral norte paulista durante o carnaval subiu para 48, informou a major Luciana Soares, porta-voz do Corpo de Bombeiros, à Rádio Eldorado. Segundo ela, após as buscas serem interrompidas por causa de novas chuvas nesta terça-feira (21), os trabalhos de procura por desaparecidos foram retomados por volta das 5h desta quarta-feira (22).

De acordo com a major, ainda há riscos, mas as análises técnicas mostram que neste momento eles estão sob controle. Luciana afirma que há locais de ainda difícil acesso e há ajuda dos militares para chegar a esses pontos. São quase 200 bombeiros, além de cerca de 100 agentes do Exército, envolvidos nas operações. "A maior dificuldade é depender da condição climática", diz a major. Muitas vezes, acrescenta, os bombeiros são obrigados a parar por causa da volta das chuvas.

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Desaparecidos

A quantidade de desaparecidos, segundo ela, é de 36, mas ainda não foi feita atualização da lista após serem achados corpos. "Não temos como precisar (quando será) o término dessa operação", afirma. "É bem possível que esse atendimento se estenda por meses." Sobre a possibilidade de encontrar desaparecidos ainda com vida, a major afirmou que isso depende da obstrução das vias aéreas das vítimas.

Os temporais na região se tornaram os maiores registrados na história do Brasil. De acordo com o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), as chuvas que caíram no último sábado (18) e domingo (19), resultaram no acumulado de 682 mm em Bertioga e 626 mm em São Sebastião, maiores valores acumulados já registrados no País.

Ao menos 24 pessoas morreram vítimas das fortes chuvas que atingiram o litoral entre a noite de sábado, 18, e a madrugada deste domingo, 19. Somente em São Sebastião são 23 mortes confirmadas pelo prefeito Felipe Augusto (PSDB). Outra vítima é uma menina que morreu ao ser atingida pelo deslizamento de pedras em Ubatuba. Até a noite deste domingo, 228 pessoas estão desalojadas e 338, desabrigadas.

O temporal inundou casas, interditou rodovias e provocou deslizamentos em Ubatuba, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Bertioga. A Defesa Civil decretou estado de calamidade pública após mais de 600 milímetros de chuva em 24 horas.

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Em Ilhabela, o temporal arrastou carros e alagou até o interior de pousadas. Rodovias que dão acesso à região têm trechos bloqueados por queda de barreiras. Na Baixada Santista, houve alagamentos em Santos, São Vicente e Praia Grande.

O governador Tarcísio de Freitas, que viajou a São Sebastião na manhã deste domingo, pediu apoio às Forças Armadas para ajudar no socorro às vítimas. O Batalhão Aéreo de Taubaté vai disponibilizar dois helicópteros de alto desempenho para socorrer as vítimas. Segundo o governador, há pelo menos 30 pessoas feridas à espera de socorro.

Segundo o Corpo de Bombeiros, uma pedra deslizou sobre uma residência na Rua Benedito Alves da Silva, no bairro de Perequê-Açu, em Ubatuba, na madrugada de domingo, matando a menina na hora.

Em São Sebastião, as chuvas causaram alagamentos na área urbana e em praias afastadas do centro. No Itatinga, casas foram inundadas e carros foram arrastados pela correnteza. Houve deslizamentos na travessa Antônio Tenório e os moradores foram removidos para um abrigo montado na Escola Municipal Patrícia Viviane. Em Juquehy, as casas foram tomadas pela água com lama. Muitos moradores deixaram os imóveis e se abrigaram em casas de vizinhos. A prefeitura cancelou todos os eventos de carnaval previstos para este domingo.

Conforme a Defesa Civil, choveu 190 milímetros em algumas regiões do litoral norte nas últimas 12 horas e 250 mm no acumulado de um dia. Em Ilhabela, choveu 226 mm em poucas horas e o temporal arrastou carros e alagou até o interior de pousadas.

O transporte público entre Barra Velha e Borrifos foi suspenso, devido a erosões nas vias de acesso. O abastecimento de água na cidade está interrompido.

Em Santos, na Baixada Santista, a chuva alagou ruas inteiras e invadiu as casas. A ponte Edgar Perdigão, onde os passageiros tomam as balsas para o Guarujá, foi invadida pela ressaca do mar. A travessia de barcas chegou a ser suspensa. A maré alta invadiu a praia. O carnaval, no Centro Histórico de Santos, foi interrompido. Houve alagamentos também em São Vicente e Praia Grande.

Rodovias têm trechos bloqueados por queda de barreiras

Ao menos três rodovias que levam ao litoral paulista têm pontos de bloqueio causados por danos provocados pelas fortes chuvas que atingiram o Estado no fim de semana.

De acordo com informe divulgado pelo governo estadual às 18 horas, entre Toque Toque e Bertioga, não há opção de tráfego. Também não há opção de tráfego entre Juquehy e São Sebastião, sendo a rota alternativa o sistema Anchieta/Imigrantes.

A rodovia Mogi-Bertioga (SP-098) foi interditada na altura do quilômetro 82, em Biritiba Mirim, devido ao rompimento de uma tubulação e consequente erosão causados pelas fortes chuvas. Ainda de acordo com o governo, também há interdição total nos km 90 e 91, devido à queda de barreira; e no km 87, devido a uma erosão.

Internautas postaram nas redes sociais fotos de como a estrada ficou após o rompimento da tubulação. Grandes erosões danificaram o trecho.

"Uma equipe do DER está no local avaliando a situação para definir os procedimentos necessários ao restabelecimento do tráfego. Os motoristas estão sendo orientados a usar como rotas alternativas as rodovias Sistema Anchieta/Imigrantes (SP-160 e SP-150), Rodovia dos Tamoios (SP-099) e Oswaldo Cruz (SP-125)", diz a nota da administração estadual.

Já a rodovia dos Tamoios (SP-099) tem interdição no km 65 sentido litoral e no km 82 sentido capital. Na rodovia Dr. Manoel Hyppólito Rego (SP-055), há interdição total nos seguintes trechos:

- Km 174 - queda de barreira

- Km 164+100 - queda de barreira

- Km 178 - alagamento

- Km 140 ao 142 - queda de barreira e árvores

- Km 061 - queda de barreira

- Km 065 - queda de barreira

- Km 097 - alagamento

- Km 095 - queda de barreira

- Km 099 - alagamento

- Km 116 - queda de barreira.

Estão ainda com interdição parcial os km 164, 180, 205, 237, 66, 70, 84 e 93.

Na madrugada, um trecho de 25 quilômetros da rodovia Rio-Santos na altura de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, foi interditado por risco para os motoristas, mas acabou liberado na manhã deste domingo, 19.

De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a interdição ocorreu por volta da 1 hora da manhã no trecho entre os quilômetros 35 e 10 da rodovia, na altura da praia de Itamambuca.

Caminhões da Defesa Civil com colchões, cobertores, kits de limpeza e cestas básicas estão sendo abastecidos para o atendimento aos municípios.

Preta Gil usou suas redes sociais para tranquilizar seus fãs a cerca de seu estado de saúde. A cantora foi internada na última quinta-feira (5), na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. Até o momento, sua equipe vinha afirmando que se tratava apenas de exames de rotina.

Em contrapartida, em um comunicado compartilhado nos Stories, Preta descreveu seus sintomas e disse que ainda não teve um diagnóstico médico.

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"Essa mensagem vai diretamente para os meus fãs, admiradores e aqueles que emanam amor e boas energias para mim. Sim, eu estou desde quinta-feira internada na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. Vim parar aqui por conta de um quadro de dor abdominal, e desde então, estamos fazendo uma série de exames para saber exatamente o meu diagnóstico. Não quero que fiquem preocupados, estou sendo muito bem assistida por uma junta médica. Estou cercada da minha família e amigos mais íntimos, estou confiante, que seja o que for, vamos tratar e ficarei bem", disse.

E continua: "Tenho muita fé em Deus, nos meus Orixás, nas minhas Santas e na vida. Assim que tiver informações mais precisas, dividirei com vocês, como sempre fiz ao longo desses anos. Amo vocês, se cuidem, cuidem de quem amam e fiquem em paz".

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a decisão que rejeitou a notícia-crime do presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposto abuso de autoridade do ministro Alexandre de Moraes.

Os ministros Dias Toffoli, Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Rosa Weber e André Mendonça votaram para rejeitar um recurso do presidente.

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O julgamento ocorre no plenário virtual. Nessa modalidade, os ministros registram os posicionamentos na plataforma online, sem necessidade de reunião ou debate do colegiado.

Só os ministros Dias Toffoli, relator do processo, e André Mendonça apresentaram voto escrito. Toffoli disse que Bolsonaro não trouxe fundamentos novos e se limitou a reiterar "argumentos anteriormente expostos".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Rodoviária Federal informou nesta segunda, 31, que há 211 pontos de interdições, bloqueios ou manifestações em rodovias do País, em resposta ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Há ocorrências em pelo menos 16 Estados. São eles: Alagoas, Amazonas, Acre, Rio Grande do Norte, Roraima, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Paraná.

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O maior número de bloqueios é registrado em Santa Catarina, com 37, e o de interdições em Mato Grosso do Sul, com 22. Hoje mais cedo, a PRF informou que adota providências para o retorno da normalidade do fluxo desde o início das interdições.

Desde a noite deste domingo, 30, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidência, manifestantes interditam rodovias pelo País. Eles pedem a intervenção do Exército. Há registro de envolvimento de caminhoneiros e produtores rurais nos atos.

A Valve anunciou na noite da terça-feira (25) uma nova atualização na política de preços da Steam. Esta mudança pode causar diversos aumentos nos preços de jogos disponíveis na plataforma.

De acordo com a política atual de preços, são os próprios desenvolvedores que definem os valores de cada jogo na plataforma. Contudo, muitos destes não têm conhecimento o suficiente para definir valores específicos em todas as 39 moedas oferecidas no Steam e acabam seguindo recomendações da plataforma.

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Antes da atualização, títulos que custavam 20 dólares, por exemplo, equivalem a R$37,99 na Steam. Com a alteração, o novo valor sugerido passou a ser R$59,99, o equivalente a um aumento de 58%. Em alguns países como Turquia e Argentina, os percentuais de aumento chegaram a 494% e 522%, respectivamente.

Confira abaixo as mudanças:

US$ 20: R$ 37,99 / R$ 59,99 (+58%);

US$ 30: R$ 57,99 / 88,99 (+53%);

US$ 40: R$ 75,49 / R$ 107,99 (43%);

US$ 60: R$ 109,99 / R$ 162,00 (47%);

Em comunicado oficial, a Valve compartilhou: “Em vez de associar os preços às taxas de câmbio, o nosso processo de sugestão de preços aprofunda-se no quanto os usuários pagam pelos bens e serviços do dia a dia. Isso inclui métricas, como índices de paridade de poder de compra e de preços aos consumidores, que ajudam a comparar preços e custos de forma mais abrangente, incluindo setores diferentes da economia. Mas, no caso de jogos vendidos no Steam, focamos nas compras de entretenimento para melhor influenciar tais decisões. Todos esses fatores nos levaram ao comprometimento de atualizar essas sugestões de preços com uma frequência mais regular, para que elas acompanhem as mudanças econômicas.” 

As polícias de todo o Brasil já efetuaram 250 prisões, neste domingo (2), que marca o primeiro turno das eleições. As informações são do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que coordena a Operação Eleições 2022. Até às 12h37 deste domingo, a ofensiva ainda havia apreendeu onze armas, flagrado 25 casos de compra de votos e corrupção eleitoral, além de registrar 148 ocorrências de boca de urna, 17 de violação de sigilo do voto e 18 de transporte ilegal de eleitores.

Os números incluem as conduções realizadas pela Polícia Federal - que já conduziu 170 pessoas à delegacias em todo País. Ainda segundo a corporação, há 45 flagrantes estão em andamento. A PF afirma ainda que já registrou 125 procedimentos de polícia judiciária - 26 de propaganda de boca de urna e 35 de divulgação de propaganda de partidos políticos e candidatos. Além disso, já foram apreendidos R$ 311.076,40.

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Somente neste domingo (2), foram abertos nove inquéritos policiais, instauradas oito investigações a partir de flagrantes, e lavrados 48 termos circunstanciados de ocorrência.

O balanço total da Operação Eleições 2022 só será divulgada pelo Ministério da Justiça nesta segunda-feira (3). Em balanço divulgado às 14h30 horas deste domingo, a pasta informou que, desde o início da campanha, no dia 15 de agosto, foram flagrados 663 crimes eleitorais no País - entre eles 149 casos de boca de urna, 127 de corrupção eleitoral, 18 violações de sigilo de voto e 27 ocorrências de transporte ilegal de eleitores. O balanço ainda registra um total de R$ 1.947.784,00 em apreensões.

Pelo menos 1 pessoa morreu, 121 ficaram feridas e 17 estão desaparecidas após a explosão de dois tanques de combustível na cidade de Matanzas, no oeste de Cuba, onde a ansiedade continua por conta do fogo que ainda não foi contido. Entre os feridos está o ministro de Minas e Energia, Liván Arronte.

O diretor de Saúde de Matanzas, Luis Wong, afirmou em uma entrevista coletiva que um corpo foi recuperado do local do acidente e os especialistas o estão identificando. Ele acrescentou que dos 121 feridos, quase todos por queimaduras, 85 tiveram alta, 36 estão internados, dos quais 5 estão em estado crítico. Da mesma forma, 17 pessoas são consideradas desaparecidas.

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Os feridos são, em maioria, integrantes das equipes de resgate e de extinção das chamas, além de dois jornalistas que atuavam na cobertura do incidente. Os 17 desaparecidos são "bombeiros que estiveram na área mais próxima" do incêndio, segundo a presidência, acrescentando que "Cuba solicitou ajuda e conselhos de países amigos com experiência na questão do petróleo".

A resposta veio rapidamente. "Expressamos profunda gratidão aos governos do México, Venezuela, Rússia, Nicarágua, Argentina e Chile, que prontamente ofereceram ajuda material solidária diante desta situação complexa", disse o presidente Miguel Díaz-Canel no Twitter. "Também agradecemos a oferta de consultoria técnica dos EUA", acrescentou. O vice-chanceler Carlos Fernández de Cossío disse que a proposta americana "já está nas mãos de especialistas para a devida coordenação".

Díaz-Canel comentou que a extinção do incêndio "pode levar tempo", enquanto o diretor de Comércio e Abastecimento do Estado Cuba-União Petrolífera (Cupet), Asbel Leal, especificou que o país nunca enfrentou um incêndio dessa magnitude.

O fogo começou na tarde de sexta-feira quando um raio atingiu um dos tanques do depósito localizado nos arredores de Matanzas, cerca de 100 quilômetros a leste de Havana, às 19h, horário local. Às 5h deste sábado, o fogo atingiu um segundo tonel.

Mario Sabines Lorenzo, governador de Matanzas, afirmou que cerca de 800 pessoas foram retiradas da região.

Falha no para-raios

"Aparentemente houve uma falha no sistema de para-raios, que não suportou a energia da descarga elétrica", indicou o Granma. Danger Ricardo, um soldador de 37 anos que trabalha no local, não sabe explicar como o sistema falhou.

Os dois tanques abastecem a termelétrica Antonio Guiteras, a maior de Cuba, mas o bombeamento para essa usina não parou, acrescentou Granma.

Dois helicópteros começaram a trabalhar para apagar o fogo na manhã de sábado em frente à baía de Matanzas, uma cidade de 140 mil habitantes. Bombeiros exaustos se reuniam do lado de fora da usina esperando para procurar seus colegas que não puderam sair após a segunda explosão.

O incêndio ocorre em meio a dificuldades enfrentadas desde maio na ilha para atender ao aumento da demanda por energia devido ao calor do verão (Hemisfério Norte).

A obsolescência de suas oito usinas termelétricas, danos, manutenções programadas e falta de combustível dificultam a geração de energia.

Desde maio, as autoridades programam apagões de até 12 horas por dia em algumas regiões do país. Desde então, houve 20 protestos em cidades do interior da ilha. (Com agências internacionais)

As chuvas e os deslizamentos registrados em Petrópolis em 15 de fevereiro resultaram em ao menos 231 mortes, de acordo com a Defesa Civil Nacional. As buscas por cinco desaparecidos seguem em andamento, embora os trabalhos tenham sido encerrados no Morro da Oficina. A situação supera a então mais trágica da história do município da serra fluminense, de 1988, quando foram registrados 171 mortos, segundo dados da Defesa Civil da cidade.

Entre os mortos da tragédia mais recente, mais de 40 eram menores de idade. Segundo o balanço mais recente, das 20 horas de segunda-feira (28) 876 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas.

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Pelo menos 24 pessoas foram resgatadas com vida, além de cerca de 300 animais domésticos.

Neste século, a maior tragédia havia ocorrido em 2011, com 71 mortos em Petrópolis e mais de 900 na serra fluminense (a maioria em Nova Friburgo, 428 mortos, e Teresópolis, 387), segundo o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais.

De acordo com dados compilados pela Defesa Civil de Petrópolis, de 1966 a 2017, foram registradas vítimas em 1966 (80 mortos), 1977 (11), 1979 (87), 1988 (171), 1997 (6), 2001 (51), 2003 (17), 2007 (3), 2008 (9), 2009 (6), 2010 (1), 2011 (73), 2013 (34), 2016 (2) e 2017 (1).

Segundo o "Plano de contingência do município de Petrópolis para chuvas intensas - Verão 2021/2022", elaborado pela Defesa Civil municipal, há relatos de inundações na cidade desde 1850, porém os casos se tornaram mais graves no século seguinte, especialmente com o avanço da urbanização para áreas de encostas.

"As características geológicas, o processo de urbanização e a ocupação do solo, além das alterações físicas e naturais nas regiões dos cinco distritos, reforçam a condição suscetível a movimentos de massa, principalmente quando há o incremento dos índices pluviométricos", aponta o plano. "Petrópolis, nas últimas décadas, vem sofrendo uma intensa expansão urbana, sem um planejamento adequado do uso do solo. A ocupação desordenada nas áreas de encosta da cidade, com construções de edificações sem acompanhamento técnico especializado, associada à falta de percepção de risco da população e à condição social existente, é uma realidade que potencializa o grau de risco em relação aos eventos de movimentos gravitacionais de massa, enchentes e inundações."

O relevo também é um fator relacionado às fortes chuvas na cidade. "O relevo de Petrópolis atua como fator importante no aumento da turbulência do ar, principalmente na passagem de frentes frias e linhas de instabilidade onde o ar se eleva e perde temperatura, ocasionando fortes e prolongadas chuvas. A posição geográfica de proximidade com o trópico permite uma forte radiação solar, e a proximidade com a superfície oceânica, aumentando o processo de evaporação, que favorece a formação de nuvens que irão se precipitar sobre a região", destaca o plano,

A cidade fica em uma serra, a cerca de 840 metros de altitude média. A população total estimada é de 307,1 mil habitantes, segundo o IBGE.

Quase 20% do território de Petrópolis abrange áreas avaliadas como de risco alto e muito alto para deslizamentos, enchentes e inundações, segundo o Plano Municipal de Redução de Riscos, divulgado em 2017 pela prefeitura. De acordo com o estudo, a cidade tem 27.704 moradias em locais de alto e muito alto risco.

O número de pessoas desaparecidas em Petrópolis é de 213 e o de mortos chegou a 152 - das quais 97 haviam sido identificados até a noite deste sábado (19). Outras 24 pessoas foram resgatadas desde o início da operação. Bombeiros enfrentam dificuldades para chegar a alguns locais, por causa dos escombros e do risco de novos desabamentos.

Funcionários da prefeitura e moradores trabalham com tratores, escavadeiras, pás e até com as próprias mãos para remover entulhos, desobstruir ruas e tentar dar algum ar de normalidade à cidade serrana. Pelo menos 930 pessoas estão desabrigadas.

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"Ainda tem muita gente desaparecida", constata o capitão licenciado do Corpo de Bombeiros Leonardo Farah, que trabalhou nas tragédias de Mariana e Brumadinho e, agora, está voluntariamente em Petrópolis. No primeiro dia após o temporal, Farah conseguiu resgatar duas pessoas com vida dos escombros, uma mulher de 46 e uma criança de 11 anos. Conforme os dias vão passando, no entanto, as chances de ainda encontrar alguém com vida são reduzidas.

Farah contou que há muita dificuldade de locomoção para as equipes de resgate e alguns locais onde houve deslizamento estão praticamente isolados. Além disso, afirmou, em muitos lugares não há sinal de celular. "As pessoas estão muito desesperadas, querendo ajuda, querendo que os bombeiros cheguem mais rápido, mas há muita dificuldade de acesso a várias regiões", explicou. "A cidade está toda destruída, inteiramente colapsada. Para chegarmos na frente de trabalho é difícil, muitas vezes os carros não chegam e é preciso ter maneiras de tirar as equipes rapidamente de lá, se houver um novo deslizamento."

Na Paróquia Santo Antônio do Alto da Serra, que fica próxima de uma das áreas mais atingidas pelos deslizamentos, dezenas de pessoas estão abrigadas sem saber o que será do futuro. Duas dúvidas são comuns à maioria: se poderão em algum momento voltar às casas, e qual o paradeiro de amigos e vizinhos que constam como desaparecidos.

"Minha vizinha Rosa e o neto dela, o Davi, estão desaparecidos", contou Viviane de Souza, de 42 anos. "Tem também a dona Selma e o Gustavo", acrescentou. Ela não soube informar os sobrenomes dessas pessoas - no Alto da Serra, a convivência harmoniosa entre muitos vizinhos dispensava formalidades.

A própria Viviane por muito pouco não acabou entrando na trágica estatística de vítimas dos deslizamentos de terça-feira. Pouco depois do início das chuvas, ela recebeu uma ligação de uma filha, que mora em uma casa ao lado, informando sobre uma infiltração de água no terceiro andar. Depois, uma outra filha, que mora com ela, relatou que a água começava a entrar por todos os lados da casa onde estavam.

"Toquei na parede do quarto e fez um buraco. Depois, o buraco ficou maior. Pensei: 'A minha casa vai cair'. Saí gritando para todo mundo sair de casa", narrou. "Corremos até o portão, e quando começamos a descer a rua a gente viu uma pedra rolar morro abaixo. Comecei a bater na porta do vizinho, pedindo socorro. Ele me deixou entrar. Fui até a varanda do lado da casa dele e vi todo o estrago."

Perto dali, Yasmin Kenner Narciso Pereira, de 26 anos, viveu um drama semelhante. "Começou a chuva e logo depois começamos a ouvir o barulho de pedras rolando morro abaixo. Vimos casas sendo derrubadas. Ouvimos pedidos de socorro, ajuda. Foi desesperador", contou.

Ao todo, 12 pessoas da família que moravam em três casas no mesmo terreno tiveram de abandonar tudo. Desde aquela noite, elas estão abrigadas na Paróquia Santo Antônio. "A gente recebe almoço, café da manhã e lanche da tarde. Estamos muito bem cuidados. Mas a gente sente muita falta de casa. Falta a nossa casa", lamentou.

Como quase todos que perderam suas moradias com os deslizamentos, Yasmin também vive a angústia de não saber o que aconteceu com muitos de seus vizinhos. "O vizinho de cima, infelizmente, acharam o corpo dele. Uma outra ficou presa nos escombros, e acabou que ninguém conseguiu ajudar ela naquele dia. É bem complicado isso tudo, mas a esperança a gente sempre tem", assinalou.

O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo (PSB), disse logo após encontro com o presidente Jair Bolsonaro que a cidade tem como principal prioridade o resgate das vítimas, mas assinalou a importância de desobstruir as vias para facilitar o trabalho de todos, até de reconstrução.

"Num primeiro momento, nossa maior prioridade são as frentes de trabalho de resgate às vítimas. Num segundo momento, já concomitante, liberar as principais artérias do município para poder manter e garantir os serviços essenciais, como retorno da luz, coleta de lixo, transporte público e, também, poder acolher todas as vítimas e seus familiares", comentou Bomtempo. Na sexta-feira, o trabalho de limpeza das vias se intensificou, em especial na região do centro histórico da cidade de Petrópolis.

O número de pessoas desaparecidas em Petrópolis é de 213 e o de mortos chegou a 140 - das quais 97 haviam sido identificadas até a tarde deste sábado, 19. Outras 24 pessoas foram resgatadas deste o início da operação. Bombeiros enfrentam dificuldades para chegar a alguns locais, por causa dos escombros e do risco de novos desabamentos.

Funcionários da prefeitura e moradores trabalham com tratores, escavadeiras, pás e até com as próprias mãos para remover entulhos, desobstruir ruas e tentar dar algum ar de normalidade à cidade serrana. Pelo menos 930 pessoas estão desabrigadas.

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"Ainda tem muita gente desaparecida", constata o capitão licenciado do Corpo de Bombeiros Leonardo Farah, que trabalhou nas tragédias de Mariana e Brumadinho e, agora, está voluntariamente em Petrópolis.

No primeiro dia após o temporal, Farah conseguiu resgatar duas pessoas com vida dos escombros, uma mulher de 46 e uma criança de 11 anos. Conforme os dias vão passando, no entanto, as chances de ainda encontrar alguém com vida são reduzidas.

Farah contou que há muita dificuldade de locomoção para as equipes de resgate e alguns locais onde houve deslizamento estão praticamente isolados. Além disso, afirmou, em muitos lugares não há sinal de celular. "As pessoas estão muito desesperadas, querendo ajuda, querendo que os bombeiros cheguem mais rápido, mas há muita dificuldade de acesso a várias regiões", explicou. "A cidade está toda destruída, inteiramente colapsada. Para chegarmos na frente de trabalho é difícil, muitas vezes os carros não chegam e é preciso ter maneiras de tirar as equipes rapidamente de lá, se houver um novo deslizamento."

Na Paróquia Santo Antônio do Alto da Serra, que fica próxima de uma das áreas mais atingidas pelos deslizamentos, dezenas de pessoas estão abrigadas sem saber o que será do futuro. Duas dúvidas são comuns à maioria: se poderão em algum momento voltar às casas, e qual o paradeiro de amigos e vizinhos que constam como desaparecidos.

"Minha vizinha Rosa e o neto dela, o Davi, estão desaparecidos", contou Viviane de Souza, de 42 anos. "Tem também a dona Selma e o Gustavo", acrescentou. Ela não soube informar os sobrenomes dessas pessoas - no Alto da Serra, a convivência harmoniosa entre muitos vizinhos dispensava formalidades.

A própria Viviane por muito pouco não acabou entrando na trágica estatística de vítimas dos deslizamentos de terça-feira. Pouco depois do início das chuvas, ela recebeu uma ligação de uma filha, que mora em uma casa ao lado, informando sobre uma infiltração de água no terceiro andar.

Depois, uma outra filha, que mora com ela, relatou que a água começava a entrar por todos os lados da casa onde estavam. "Toquei na parede do quarto e fez um buraco. Depois, o buraco ficou maior. Pensei: 'A minha casa vai cair'. Saí gritando para todo mundo sair de casa", narrou. "Corremos até o portão, e quando começamos a descer a rua a gente viu uma pedra rolar morro abaixo. Comecei a bater na porta do vizinho, pedindo socorro. Ele me deixou entrar. Fui até a varanda do lado da casa dele e vi todo o estrago."

Perto dali, Yasmin Kenner Narciso Pereira, de 26 anos, viveu um drama semelhante. "Começou a chuva e logo depois começamos a ouvir o barulho de pedras rolando morro abaixo. Vimos casas sendo derrubadas. Ouvimos pedidos de socorro, ajuda. Foi desesperador", contou.

Ao todo, 12 pessoas da família que moravam em três casas no mesmo terreno tiveram de abandonar tudo. Desde aquela noite, elas estão abrigadas na Paróquia Santo Antônio. "A gente recebe almoço, café da manhã e lanche da tarde. Estamos muito bem cuidados. Mas a gente sente muita falta de casa. Falta a nossa casa", lamentou.

Como quase todos que perderam suas moradias com os deslizamentos, Yasmin também vive a angústia de não saber o que aconteceu com muitos de seus vizinhos. "O vizinho de cima, infelizmente, acharam o corpo dele. Uma outra ficou presa nos escombros, e acabou que ninguém conseguiu ajudar ela naquele dia. É bem complicado isso tudo, mas a esperança a gente sempre tem", assinalou.

O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo (PSB), disse logo após encontro com o presidente da República, Jair Bolsonaro, que a cidade tem como principal prioridade o resgate das vítimas, mas assinalou a importância de desobstruir as vias para facilitar o trabalho de todos, até de reconstrução.

"Num primeiro momento, nossa maior prioridade são as frentes de trabalho de resgate às vítimas. Num segundo momento, já concomitante, liberar as principais artérias do município para poder manter e garantir os serviços essenciais, como retorno da luz, coleta de lixo, transporte público e, também, poder acolher todas as vítimas e seus familiares", comentou Bomtempo.

Na sexta-feira, o trabalho de limpeza das vias se intensificou, em especial na região do centro histórico da cidade de Petrópolis.

Ao menos 78 pessoas morreram, entre elas oito crianças, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, após deslizamentos e alagamentos causados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade na tarde de terça-feira, 15; 377 pessoas estão desabrigadas. Vários pontos do centro estão bloqueados e as aulas da rede pública foram suspensas. A prefeitura orienta que os moradores evitem sair de casa e é prevista chuva de fraca ou moderada intensidade nesta quarta-feira, 16.

Segundo o órgão, foram contabilizados 229 ocorrências, dos quais 189 são por deslizamentos. Mais de 180 militares trabalham no atendimento à população. Equipes especializadas em busca e salvamento foram enviadas para reforçar o socorro, com apoio de viaturas do tipo 4x4 e botes. Oito ambulâncias extras foram empenhadas para atender a região e outras 10 viaturas do Corpo de Bombeiros do Estado foram enviadas para a cidade na madrugada desta quinta-feira.

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No local conhecido como Morro da Oficina, no Alto da Serra, a Defesa Civil estima que 80 casas tenham sido afetadas. Em outras regiões, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e nas ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga também há registros de ocorrências. Foram mobilizados agentes de diversas secretarias, como de Obras, Serviço, Segurança e Ordem Pública, Saúde, Educação, além da Companhia Municipal do Desenvolvimento de Petrópolis e CPTrans para atender a população.

Até a última atualização da Defesa Civil, 184 pessoas estão recebendo suporte da prefeitura nos pontos de apoio, que foram abertos no Centro, São Sebastião, Vila Felipe, Alto Independência, Bingen, Dr. Thouzete e Chácara Flora."Orientamos a população que ao sinal de qualquer instabilidade nas áreas em que residem, que procure o ponto de apoio e nos acionem", destacou o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers. Em caso de emergência, a Defesa Civil orientar ligar 199.

Em uma hora choveu 113 milímetros em Petrópolis - em seis horas, a chuva atingiu 175 milímetros, o equivalente a um mês inteiro. Além de dezenas de pontos de alagamento, o temporal arrastou carros e causou a queda de barreiras.

A Rodovia Rio-Petrópolis foi parcialmente interditada na altura do km 82, nas imediações do terminal rodoviário do Bingen, devido à queda de uma barreira. A prefeitura informou ainda ter decretado estado de calamidade pública em virtude das fortes chuvas que afetaram a cidade. "Equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento de vítimas. Além da Defesa Civil, agentes da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis, de Serviços, Segurança e Ordem Pública, de Obras e de demais áreas do governo seguem no suporte às 95 ocorrências registradas até o momento".

Segundo a prefeitura, trechos inundados ou alagados por causa do volume elevado de chuva começaram a ser liberados, facilitando o acesso do socorro por parte dos órgãos competentes, como Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. O núcleo de chuva que atuou no município se afastou da cidade no fim desta terça-feira, segundo a prefeitura, mas permanece a previsão de chuva nas próximas horas, com intensidade fraca a moderada.

A maior parte dos deslizamentos foi registrada nas localidades do Quitandinha, Alto da Serra, Castelânea, Centro, Coronel Veiga, Duarte da Silveira, Floresta, Caxambu e Chácara Flora. Houve alagamentos por diversos pontos da cidade - os 11 registrados pela Defesa Civil foram das regiões do Alto da Serra, Corrêas, Centro e Mosela.

Em 2011, as fortes chuvas na Região Serrana do Rio deixaram mais de 900 mortos. É considerada a maior tragédia climática da história do Brasil. Em 2001, foram 57 mortos em Petrópolis. Em 2013, outra tragédia por causa da chuva, com 33 mortos.

"Situação quase de guerra', diz governador do Rio

 

O governador do Rio, Claudio Castro, esteve no Morro da Oficina, em Petrópolis, o local onde houve mais deslizamentos e vítimas, onde estão concentrados os esforços de resgate. Ele descreveu o cenário como uma "situação quase que de guerra".

Pelo menos 21 pessoas foram resgatadas com vida. "Toda a nossa equipe está mobilizada: Corpo de Bombeiros, secretarias e demais órgãos do estado", afirmou o governador."Atuamos no resgate e salvamento de vítimas, desobstruindo estradas, atendendo pessoas que perderam seus bens, com medicamentos e remoções, entre outras ações."

O secretário de Estado de Defesa Civil, coronel Leandro Monteiro, falou sobre o trabalho de resgate. "Há uma grande equipe concentrada no Morro da Oficina, onde acreditamos ter o maior número de vítimas ainda soterradas", disse Monteiro. "Estamos com 400 militares mobilizados e atuando em 44 pontos atingidos pelo temporal. Montamos um hospital de campanha com 10 leitos onde as vítimas recebem o primeiro atendimento."

Bolsonaro pede auxílio imediato

O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) "auxílio imediato" às vítimas das chuvas em Petrópolis (RJ).

"De Moscou tomei conhecimento sobre a tragédia que se abateu em Petrópolis/RJ. Fiz várias ligações para os Ministros @rogeriosmarinho e Paulo Guedes para auxílio imediato às vítimas, bem como conversei com o @DefesaGovBr General Braga Netto, que me acompanha na Rússia", publicou no Twitter o presidente, que está em visita oficial à Rússia.

De acordo com Bolsonaro, ele também conversou com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). "Retorno na próxima sexta-feira e, mesmo distante, continuamos empenhados em ajudar ao próximo. Deus conforte aos familiares das vítimas", finalizou o chefe do Executivo, na mesma rede social.

Região Serrana teve tragédia com mais de 900 mortos em 2011

Em 2011, a região serrana do Rio viveu outra catástrofe natural por causa de chuvas e deslizamentos de terra, considerada a maior catástrofe climática do Brasil. Na época, em poucas horas, um temporal na madrugada do dia 12 de janeiro matou mais de 900 pessoas em três municípios - 130 em Teresópolis; 97 em Nova Friburgo; e 18 em Petrópolis, cidade atinginda pelas chuvas desta vez. (Colaborou Eduardo Gayer)

Ao menos 19 pessoas morreram em decorrência das intensas chuvas que atingiram a Região Metropolitana e o interior de São Paulo, de acordo com informação divulgada pelo governador João Doria (PSDB), que sobrevoou a região na tarde deste domingo, 30, e informações atualizadas pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Sete crianças estão entre as vítimas.

Municípios também registraram o transbordamento de rios, alagamentos, deslizamentos e interdições de rodovias, ruas e avenidas após chuvas intensas atingirem a região. Cerca de 500 família estão desabrigadas ou desalojadas, segundo o governo estadual. Ao menos cinco pessoas estão desaparecidas e nove ficaram feridas.

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Em Embu das Artes, uma mãe e dois filhos morreram após a residência em que estavam ser atingida por um deslizamento. São eles: uma mulher de 44 anos, um jovem de 21 anos e uma menina de 4 anos, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado.

Franco da Rocha registrou ao menos três vítimas de outro deslizamento, no bairro Parque Paulista. Uma pessoa chegou a ser resgatada com vida, mas morreu no hospital. Outras seis pessoas foram resgatadas, de acordo com a prefeitura.

As demais vítimas eram de Arujá (1), Francisco Morato (4), Várzea Paulista (5), Jaú (1) e Ribeirão Preto (1).

Em coletiva de imprensa, Doria disse que o "pior momento" ocorreu na madrugada e pela manhã e que "não há condições ainda do levantamento pleno". O governador anunciou a liberação de R$ 15 milhões para 10 cidades (Arujá, Francisco Morato, Embu das Artes, Franco da Rocha, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Jaú, Capivari, Montemor e Rafard), para a recuperação urbana e social. "Estou acompanhando com muita tristeza os danos causados pelas fortes chuvas em SP. Minha solidariedade às famílias e amigos das vítimas fatais. Estamos trabalhando nos resgates e autorizei recursos para acolher os atingidos", afirmou.

A circulação de trens foi interrompida em parte das estações da Linha 7-Rubi, de Caeiras a Francisco Morato, devido a alagamentos nos trilhos. Em Franco da Rocha, o Rio Juquery e o Ribeirão Eusébio transbordaram, afetando diferentes regiões da cidade. No início da tarde, a Represa Paiva Castro atingiu 71,2% da capacidade. Segundo a Prefeitura, a água está "sendo bombeada e todas as manobras para evitar a abertura das comportas estão sendo feitas". O Município apontou que áreas de risco nas proximidades da represa começaram a ser evacuadas e as equipes que monitoram a situação seguem em "alerta máximo".

O trânsito está interrompido em vias do centro, como a Avenida Giovani Rinaldi, e de acesso ao município. Na Rodovia Luiz Salomão Chamma, que dá acesso à cidade, foram registrados deslizamentos. Em um trecho, a queda de uma árvore interditou parte da pista.

Pela manhã, foram registrados ao menos dois deslizamentos. No bairro Parque Paulista, a terra atingiu três casas. Quatro pessoas foram resgatadas e encaminhadas para atendimento na UPA local e no Hospital Estadual Lacaz.

Na Vila Palmares, uma criança de 8 anos foi atingida e levada para atendimento em uma UPA. As equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros seguem em atuação em ambos os locais.

Em comunicado a Prefeitura pediu que a população evite circular a pé ou de carro, com exceção de moradores de áreas de risco. "O solo está muito encharcado devido ao acumulado dos últimos dias e o risco de deslizamento é muito maior", apontou.

Uma sequência de chuvas tem atingido a Região Metropolitana de São Paulo nos últimos dias.

Em Francisco Morato, foram registrados "diversos pontos de deslizamentos" e vias chegaram a ser obstruídas por queda e queda de árvores, de acordo com a Prefeitura. "A atenção segue voltada para as áreas de risco devido ao encharcamento do solo", destacou em comunicado.

Já Caieiras divulgou ter recebido ao menos 15 chamados relativos a deslizamentos. Segundo a gestão municipal, não foram identificadas vítimas até o momento. Também há alagamentos em rodovia, ruas e avenidas.

Na cidade de São Paulo, as chuvas motivaram a suspensão da campanha de vacinação contra a covid-19 em parques e farmácias. A aplicação será retomada normalmente na segunda-feira, 31.

A situação também municípios do interior, como Piracicaba. Segundo a Defesa Civil do município, o Rio Piracicaba está "no limite" e uma de suas barragens, de Americana, chegou a 95% da capacidade. "Toda a nossa equipe está em alerta."

Alertas do Inmet

Desde sábado, 29, praticamente todo o Estado de São Paulo está em alerta de "perigo" para chuvas intensas no sistema de notificações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O informe aponta chuva de até 100 mm por dia e ventos de até 100 quilômetros por hora, "com risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas".

O instituto emitiu outro alerta na madrugada deste domingo, no qual aponta "grande perigo" por causa do "acumulado de chuva" na Grande São Paulo e em trechos das regiões oeste e norte do Estado. "Grande risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios, grandes deslizamentos de encostas em cidades com tais áreas de risco", destaca.

Há previsão de novas chuvas para este domingo.

O governo da Bahia confirmou na tarde desta quarta-feira, 29, mais três mortes em decorrência das fortes chuvas que atingem o Estado. Com isso, o número total de vítimas chegou a 24. A quantidade de feridos, por sua vez, saltou de 358 para 434.

Conforme a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), este é o dezembro mais chuvoso do Estado desde 1989, o que tem causado riscos à população. Cerca de 91 mil moradores do Estado já tiveram de deixar suas casas, enquanto o total de atingidos já chega a 629,4 mil pessoas.

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Segundo o governo da Bahia, as três mortes confirmadas nesta quarta são de um casal que teve o carro arrastado por uma enxurrada em São Félix do Coribe e de um homem, morador de Ubaitaba, que foi atropelado por um motorista que perdeu a visibilidade por causa das chuvas. Ambas as cidades ainda não tinham registrado óbitos em consequência das precipitações.

Com as novas ocorrências, os municípios com vítimas fatais agora são: Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (2), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2) e Ubaitaba (1).

Dados da Sudec apontam que, ao todo, cerca de 91 mil moradores do Estado já tiveram de deixar suas casas desde a intensificação das chuvas, no início deste mês. Desse total, 37,3 mil pessoas estão desabrigadas e outras 53,9 mil, desalojadas.

As cidades em situação de emergência caíram de 136 para 132, mas o número segue alto. Ainda corresponde a praticamente um terço dos 417 municípios do Estado.

Coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o climatologista José Marengo explica que, pela atual situação, até mesmo precipitações mais fracas podem gerar riscos de deslizamentos e entupimento de bueiros.

"O solo está muito umido, muito saturado", explica o climatologista, que ressalta que a situação foi se agravando ao longo de dezembro. "É uma situação catastrófica, pouco frequente na Bahia. Qualquer chuva pode acarretar em riscos a partir de agora", alerta Marengo.

Duas explosões seguidas de tiros deixaram ao menos 25 mortos e cerca de 50 feridos no hospital militar Sardar Mohammad Dawood Khan, em Cabul, na manhã desta terça-feira, 2, de acordo com números atualizados das autoridades locais. O Taleban, grupo que tomou o poder no Afeganistão em agosto, atribuiu o ataque ao braço afegão do grupo terrorista Estado Islâmico.

O ataque teve como alvo o hospital militar, com 400 leitos, localizado em um dos bairros mais ricos de Cabul, onde tanto soldados feridos que lutaram pelo antigo governo quanto combatentes do Taleban estavam sendo tratados.

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Em 2017, a mesma instituição foi atacada pelo grupo terrorista. O ataque, na época, deixou mais de 30 mortos.

O grupo italiano de ajuda Emergency, que dirige um hospital para traumas a cerca de 3 quilômetros do local, informou que estava tratando alguns dos feridos.

Zabihullah Mujahid, porta-voz do Taleban, disse que o ataque foi realizado por vários membros do Estado Islâmico, incluindo um homem-bomba que detonou seus explosivos no portão do hospital. Um carro cheio de explosivos fora do hospital também explodiu, ferindo dezenas, e vários combatentes do Taleban foram mortos e feridos no tiroteio que se seguiu, disse Mujahid.

Um médico do hospital, que não quis ser identificado por temer por sua segurança, disse que os homens armados entraram em uma enfermaria cheia de combatentes do Taleban feridos e atiraram neles em suas camas.

Outro médico que estava escondido dentro do hospital disse que ainda podia ouvir tiros dentro do prédio no início da tarde de terça-feira. Outra pessoa disse que os agressores entraram em vários andares e abriram fogo contra qualquer pessoa que viram, acrescentando que alguns médicos e enfermeiras se trancaram no terceiro andar.

Um lojista do lado de fora do hospital, que não quis ser identificado, disse que as explosões iniciais ocorreram com 10 minutos de intervalo e que havia muitas pessoas no local. Ele foi ferido nas costas, acrescentou.

Este complexo ataque ao hospital Sardar Mohammad Daud Khan é provavelmente o primeiro do tipo com o qual o Taleban enfrenta: atores armados e um homem-bomba entrando em um prédio grande e lotado de civis. O governo apoiado pelo Ocidente lidou com esses incidentes desdobrando comandos, quase sempre apoiados pelas forças de operações especiais da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Embora o Estado Islâmico ainda não tenha assumido a responsabilidade, tem havido um aumento nos ataques do grupo em todo o Afeganistão desde a queda do governo apoiado pelo Ocidente e a conquista do país pelo Taleban. O grupo terrorista aproveitou a dificuldade do Taleban em proteger centros urbanos.

O Taleban, conhecido por realizar esse tipo de ataque durante os últimos 20 anos como insurgentes, tem pouco apoio ou experiência para lidar com esse tipo de evento por conta própria.

Quando tomou o poder do Afeganistão, o Taleban disse ter restaurado a segurança após décadas de guerra. As explosões, que se somam a uma lista crescente de ataques e assassinatos desde então, apontam o contrário.

Em agosto, um homem-bomba suicida do Estado Islâmico matou cerca de 170 civis e 13 militares dos EUA nos portões do aeroporto internacional de Cabul. No dia 15 de outubro, ao menos 47 pessoas morreram e 70 ficaram feridas em um atentado suicida reivindicado pelo Estado Islâmico, em uma mesquita xiita na cidade de Kandahar.

No último sábado, 30, combatentes do Taleban mataram dois convidados de um casamento por tocarem música laica, num ato condenado pelo governo comandado pela própria milícia, em Cabul. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Nove bombeiros civis morreram após um desabamento na Gruta Duas Bocas, em Altinópolis, município do interior de São Paulo, na madrugada deste domingo (31). O último desaparecido foi localizado e encaminhado para uma unidade de saúde da região. Debaixo de chuva e em uma área de difícil acesso, os trabalhos de resgate seguem no local.

O desmoronamento atingiu parte de um grupo de 28 bombeiros civis que participava de um curso de treinamento. De acordo com o Corpo de Bombeiros, um dos integrantes precisou ser resgatado pela corporação, enquanto uma parte dos demais não foi atingida e ao menos quatro tiveram ferimentos.

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"Local bem colapsado e de muito risco, local necessário utilização de várias escoras para execução de trabalho seguro", descreveu o 9º Grupamento de Bombeiros de Ribeirão Preto, que atua no resgate. Ao menos cinco pessoas foram encaminhadas ao Hospital de Misericórdia, em Altinópolis, das quais pelo menos três tiveram alta ainda pela manhã.

Imagens divulgadas pelo Corpo de Bombeiros mostram que as equipes trabalham em um local com pouca iluminação e teto baixo, sem o uso de maquinário.

A SSP divulgou ter enviado um grupo de especialistas em resgate ao local, acompanhado por técnicos da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e um geólogo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A equipe decolou às 11h30 do aeroporto do Campo de Marte, em São Paulo.

"Equipes do Grupo de Atendimento em Emergência e Desastre (GEAD) do Corpo de Bombeiros também estão a caminho do local para auxiliar nas buscas. Dois helicópteros Águia estão disponíveis para apoiar as ações das equipes, que contam com o reforço do policiamento territorial", destacou. Além disso, por volta das 14 horas, 75 bombeiros e 20 viaturas da corporação trabalhavam no local.

Segundo a prefeitura de Altinópolis, a gruta fica em uma propriedade privada (chamada Fazenda Rancho 65) localizada na zona rural do município, que é um polo de ecoturismo na região, com grutas e cachoeira. Inicialmente, o local do acidente foi divulgado pelo Corpo de Bombeiros como Gruta Itambé (a mais conhecida da localidade), mas o dado foi corrigido pela corporação à tarde.

De Glasglow, o governador João Doria (PSDB) se manifestou em rede social sobre o acidente. "Acompanho com muita atenção o resgate de bombeiros civis que ficaram presos no desabamento de gruta em Altinópolis, interior de SP. Determinei todo apoio e recursos necessários p/ o salvamento", postou.

'Ninguém esperava que iria acontecer' diz sócia de escola de bombeiros civis

O grupo participava de um curso de formação da escola Real Life, de Ribeirão Preto, que atua há nove anos no setor. Sócia da empresa, Tainá Pereira conta que todos os alunos já atuavam como bombeiros civis e estavam em um treinamento de resgate em cavernas.

Segundo ela, o grupo que conseguiu escapar do desabamento ficou no local, enquanto um dos instrutores saiu em busca de apoio no resgate. "Ele foi pela trilha buscar ajuda sozinho, no escuro e chovendo", conta.

Tainá relata que os alunos são de Ribeirão Preto, Franca e Batatais e estavam no entorno da gruta desde sábado à tarde. De acordo com ela, um dos instrutores conhecia a região. "Ninguém esperava que iria acontecer", lamenta.

A chuva que começou no sábado ainda persiste na região, o que tem dificultado os trabalhos de resgate. "É de difícil acesso, está perigoso. Qualquer movimento pode ser um risco para os bombeiros, porque ainda está chovendo muito", conta Tainá, que também é bombeira civil. "A gente tem a esperança que sim (sejam resgatados bem), mas, infelizmente, pelo estado em que ocorre, é complicado, por conta do oxigênio e da hipotermia."

Prefeito diz que município desconhecia realização de treinamento no local

O prefeito de Altinópolis, José Roberto Ferracin Marques (PSD), disse que o Município não foi informado previamente sobre o treinamento. "Nossa Defesa Civil foi acionada por volta das 3 horas para atender uma ocorrência de desmoronamento nessa gruta, que fica em área particular. O grupo de bombeiros e o proprietário da fazenda não fizeram contato prévio com a administração", contou o prefeito.

Ele informou que a prefeitura passou a oferecer auxílio para os bombeiros e equipes que atuam nas ações de socorro, incluindo refeições, água e veículos. O município também cedeu madeira para o escoramento da parte íntegra da caverna, a fim de evitar novos desabamentos.

'Ele se dedicava totalmente'

Jonatas Ítalo Lopes é um dos bombeiros que desapareceram na manhã deste domingo, após o desabamento da gruta em Altinópolis. Ele entrou para a corporação em mados de 2018, e segundo relata de uma amiga sua ao Estadão, "se dedicava totalmente" à atividade desde que iniciou o treinamento.

"Ele é um dos caras mais legais que eu conheço. Desde que iniciou o treinamento de bombeiro, ele se dedica totalmente a isso", disse Letícia Ribeiro. Ela mora nos Estados Unidos e soube que Jonatas estava entre os desaparecidos porque horas antes ele postou uma foto ao lado de outros bombeiros anunciando que estava a caminho de Altinópolis. O Corpo de Bombeiros confirmou seu desaparecimento. "É um cara muito amigo mesmo. Gosta de fazer palhaçada, sempre está disposto a ajudar todo mundo e a fazer todo mundo rir."

Três bombeiros civis morreram e seis estão desaparecidos após um desabamento na Gruta Duas Bocas, em Altinópolis, município do interior de São Paulo, na madrugada deste domingo (31). Debaixo de chuva e em uma área de difícil acesso, os trabalhos de resgate seguem no local.

O desmoronamento atingiu parte de um grupo de 28 bombeiros civis que participava de um curso de treinamento. De acordo com o Corpo de Bombeiros, um dos integrantes precisou ser resgatado pela corporação, enquanto uma parte dos demais não foi atingida e ao menos quatro tiveram ferimentos.

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"Local bem colapsado e de muito risco, local necessário utilização de várias escoras para execução de trabalho seguro", descreveu o 9º Grupamento de Bombeiros de Ribeirão Preto, que atua no resgate. Ao menos cinco pessoas foram encaminhadas ao Hospital de Misericórdia, em Altinópolis, das quais pelo menos três tiveram alta ainda pela manhã.

Imagens divulgadas pelo Corpo de Bombeiros, mostram que as equipes trabalham em um local com pouca iluminação e baixo, sem o uso de maquinário.

A SSP divulgou ter enviado um grupo de especialistas em resgate ao local, acompanhado por técnicos da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e um geólogo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A equipe decolou às 11h30 do aeroporto do Campo de Marte, em São Paulo.

"Equipes do Grupo de Atendimento em Emergência e Desastre (GEAD) do Corpo de Bombeiros também estão a caminho do local para auxiliar nas buscas. Dois helicópteros Águia estão disponíveis para apoiar as ações das equipes, que contam com o reforço do policiamento territorial", destacou. Além disso, por volta das 14 horas, 75 bombeiros e 20 viaturas da corporação trabalhavam no local.

Segundo a prefeitura de Altinópolis, a gruta fica em uma propriedade privada (chamada Fazenda Rancho 65) localizada na zona rural do município, que é um polo de ecoturismo na região, com grutas e cachoeira. Inicialmente, o local do acidente foi divulgado pelo Corpo de Bombeiros como Gruta Itambé (a mais conhecida da localidade), mas o dado foi corrigido pela corporação à tarde.

De Glasglow, o governador João Doria (PSDB) se manifestou em rede social sobre o acidente. "Acompanho com muita atenção o resgate de bombeiros civis que ficaram presos no desabamento de gruta em Altinópolis, interior de SP. Determinei todo apoio e recursos necessários p/ o salvamento", postou.

'Ninguém esperava que iria acontecer' diz sócia de escola de bombeiros civis

O grupo participava de um curso de formação da escola Real Life, de Ribeirão Preto, que atua há nove anos no setor. Sócia da empresa, Tainá Pereira conta que todos os alunos já atuavam como bombeiros civis e estavam em um treinamento de resgate em cavernas.

Segundo ela, o grupo que conseguiu escapar do desabamento ficou no local, enquanto um dos instrutores saiu em busca de apoio no resgate. "Ele foi pela trilha buscar ajuda sozinho, no escuro e chovendo", conta.

Tainá relata que os alunos são de Ribeirão Preto, Franca e Batatais e estavam no entorno da gruta desde sábado à tarde. De acordo com ela, um dos instrutores conhecia a região. "Ninguém esperava que iria acontecer", lamenta.

A chuva que começou no sábado ainda persiste na região, o que tem dificultado os trabalhos de resgate. "É de difícil acesso, está perigoso. Qualquer movimento pode ser um risco para os bombeiros, porque ainda está chovendo muito", conta Tainá, que também é bombeira civil. "A gente tem a esperança que sim (sejam resgatados bem), mas, infelizmente, pelo estado em que ocorre, é complicado, por conta do oxigênio e da hipotermia."

Prefeito diz que município desconhecia realização de treinamento no local

O prefeito de Altinópolis, José Roberto Ferracin Marques (PSD), disse que o Município não foi informado previamente sobre o treinamento. "Nossa Defesa Civil foi acionada por volta das 3 horas para atender uma ocorrência de desmoronamento nessa gruta, que fica em área particular. O grupo de bombeiros e o proprietário da fazenda não fizeram contato prévio com a administração", contou o prefeito.

Ele informou que a prefeitura passou a oferecer auxílio para os bombeiros e equipes que atuam nas ações de socorro, incluindo refeições, água e veículos. O município também cedeu madeira para o escoramento da parte íntegra da caverna, a fim de evitar novos desabamentos.

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