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O procurador-geral da República, Augusto Aras, ajuizou uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma lei do Governo de Pernambuco, apontada como ilegal, que teria aumentado excessivamente a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na energia elétrica e nas comunicações. O processo foi enviado na sexta-feira (25) com o pedido de medida cautelar. 

No entendimento de Aras, o preço acima do patamar geral vai de encontro ao princípio da seletividade, que prioriza a menor tributação sobre produtos e serviços essenciais.

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"A Lei 15.730/2016 do Estado de Pernambuco, com a redação dada pela Lei 16.489/2018, ao instituir alíquotas incidentes sobre energia elétrica e serviços de comunicação em patamar elevado, acima da alíquota geral fixada pela unidade federada, ofende o princípio da seletividade, inscrito no art. 155, § 2º, III, da CF", pontuou no documento.

Uma ação semelhante já havia sido protocolada contra o Rio de Janeiro no último dia 15. A relatoria do processo de Pernambuco ficou para o ministro Gilmar Mendes, mas Aras recomendou que fosse enviada para o ministro Roberto Barroso, que recebeu a denúncia do Rio.

“A energia elétrica, que no início do século passado era considerada artigo de luxo reservado somente às famílias abastadas, é hoje indispensável em qualquer residência como item mínimo de subsistência e conforto. Pode-se dizer o mesmo sobre a internet e os demais serviços de comunicação”, destacou o PGR.



Críticas do Governo de Pernambuco

Em nota, o Governo de Pernambuco definiu a atuação de Aras como desnecessária, já que a alteração das alíquotas só vai ocorrer em 2024, como acordado.

"O Supremo Tribunal Federal já se manifestou a respeito da tributação das telecomunicações e energia elétrica, no último mês de dezembro. Qualquer alteração nas atuais alíquotas estaduais só ocorrerão a partir de 2024, com os novos planos plurianuais dos entes federativos. As 25 ações ajuizadas pela Procuradoria-Geral da República contra os Estados e o Distrito Federal são, portanto, com o devido respeito, inócuas e desnecessárias, gerando apenas falsas expectativas sobre assunto já superado na maior instância do Judiciário Nacional", rebateu no comunicado.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, divulgou um vídeo, nesta quarta-feira (9), em que diz ter sido "mal compreendido" após reforçar estereótipos ligados ao gênero feminino e dedicar uma homenagem para mulheres que "têm o prazer de escolher a cor da unha que vai pintar".

"Hoje é dia de homenagem à mulher, no seu sentido mais profundo, da sua individualidade, da sua intimidade. A mulher que tem o prazer de escolher a cor da unha que vai pintar, a mulher que tem o prazer de escolher o sapato que vai calçar", afirmou o PGR em discurso sobre a importância do Dia Internacional da Mulher, em evento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), no dia 8 de março.

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"Apenas destaquei que é possível buscar qualquer posição até o mais alto posto da República sem abrir mão da sua feminilidade", afirmou, sem, de fato, pedir desculpas por sua declaração no dia anterior.

O PGR se disse ainda "implacável contra o preconceito" e defende que a mulher brasileira tem liberdade de fazer escolhas "que vão desde a sua intimidade até a participação no mercado de trabalho e na política."

Apontando projetos para mulheres encampados no Ministério Público, concluiu que quer continuar aprendendo. "Os fatos demonstram isso contra qualquer tipo de especulação", completou.

'Mulheres praticamente integradas'

A fala de Aras se destacou em meio a uma série de gafes cometidas por figuras públicas no Dia da Mulher, que acabaram chamando ainda mais atenção após o episódio envolvendo áudios sexistas gravados pelo deputado estadual Arthur do Val (sem partido-SP). Antes do PGR, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, atualmente, as mulheres estão "praticamente integradas à sociedade" e que elas foram "feitas do homem".

Ainda na terça-feira, foram divulgadas mensagens atribuídas ao deputado federal Neucimar Fraga (PSD-ES) e consideradas machistas. Uma captura de tela reproduzida nas redes sociais mostra que, em um grupo de WhatsApp com lideranças políticas do Espírito Santo, o parlamentar enviou imagens de supostas soldadas ucranianas e ironizou: "Como a Ucrânia quer ganhar a guerra sem nenhum canhão?".

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou o Twitter, nesta segunda-feira (21), para anunciar que acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Segundo Randolfe, a suspeita é de que Aras tenha prevaricado ao pedir o arquivamento de um inquérito que acusava o presidente Jair Bolsonaro (PL) de vazar dados sigilosos de uma investigação da Polícia Federal.

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"ATENÇÃO! Acabamos de acionar o STF para investigar o Sr. PGR, Augusto Aras, por prevaricação. Mesmo com a PF apontando o crime, Aras se manifestou pelo arquivamento de inquérito em que se atribuiu ao Bolsonaro a prática de crime de violação de sigilo", escreveu Randolfe ao compartilhar o link de uma notícia com a decisão de Aras. 

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O inquérito mencionado foi alvo da recomendação de arquivamento por Aras na semana passada. A investigação apurava o suposto vazamento de dados sigilosos pelo presidente durante uma transmissão nas redes sociais, em agosto do ano passado, quando o mandatário levantou suspeita de fraudes no sistema eleitoral brasileiro.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que as provas sobre as supostas irregularidades cometidas por autoridades na condução da pandemia da Covid-19 ainda não foram entregues pelos senadores que integraram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

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A afirmação foi feita durante entrevista à CNN, na noite desta última terça-feira (15). Aras revelou que a PGR recebeu um HD com 10 terabytes de "informações desconexas e desorganizadas". Ele destaca que isso fez com que a procuradoria-geral da República procurasse o Supremo Tribunal Federal. "Em 10 petições que foram distribuídas a seis ministros do Supremo, buscamos manter a validade da prova para evitar que nulidades processuais venham importar em impunidades, como aconteceu recentemente em vários processos", destacou Augusto Aras.

O PGR salientou na entrevista que o senador Randolfe Rodrigues (Rede) e demais senadores que integraram a CPI da Covid-19 se comprometeram há oito dias, junto ao vice-procurador-geral da República a entregar todas as provas. "Hoje (15 de fevereiro) é o oitavo dia. Eu espero que até sexta-feira (18), o senador Randolfe e seus eminentes pares entreguem essa prova para que o supremo possa preservar a cadeia de custódia, a validade das provas e que não tenhamos nulidades e impunidades no futuro próximo", pontuou.

Nesta quarta-feira (16), o senador Randolfe Rodrigues disse por meio do seu Twitter que Augusto Aras escolheu mentir na entrevista ao invés de trabalhar.

"Não está previsto na CF (Constituição Federal) o princípio da Inércia Ministerial. Se o Sr. PGR não atuar em defesa do interesse público, procuraremos outros meios para que ele pegue no trabalho! Escolher mentir em uma entrevista ao invés de trabalhar? Não é o que se espera de um PGR", assevera.

Ao protocolar a abertura de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nessa terça-feira (12), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) assegurou que o primeiro convocado para dar explicações ao Senado seria o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras. O vice-presidente da antiga CPI entende que Aras não tomou providências diante da gravidade do que foi exposto no relatório final da investigação.

"Aras será o primeiro convocado para explicar quais providências tomou", publicou o senador. "Se a PGR não cumpre seu papel, o Senado vai cumprir", reforçou em outro post.

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Responsável por abrir investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), até o momento, o PGR não se posicionou sobre os depoimentos e documentos colhidos durante os seis meses de CPI que apontam supostos crimes cometidos pelo Governo.

"Não é aceitável, diante de tamanha irresponsabilidade, nós congressistas ficarmos inertes. Não é aceitável nós assistirmos impávidos o PGR não tomar nenhum tipo de providência", destacou o parlamentar.

Sem respeitar a autonomia da lista tríplice, Bolsonaro interrompeu a tradição da Associação Nacional dos Procuradores da República e nomeou Aras ao cargo.

Com o objetivo de identificar outros possíveis crimes, Randolfe quer apurar o compromentimento do Governo Bolsonaro com o enfrentamento da pandemia a partir de novembro de 2021. Ele sugere que o comportamento da Presidência piorou conforme a crise sanitária foi se estabelecendo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) negou, nesta quinta-feira (30), alinhamento ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o posicionamento do procurador-geral da República, Augusto Aras, no comando do órgão é "técnico".

A manifestação institucional foi divulgada em meio a reportagens sobre o trabalho de Aras ao longo do último ano. Escolhido fora da lista tríplice, o procurador-geral vem sendo pressionado publicamente a tomar providências mais efetivas a partir do relatório final apresentado pela CPI da Covid, que sugeriu o indiciamento de Bolsonaro por nove crimes na gestão da pandemia. Até o momento, Aras propôs dez medidas a serem adotadas com base nos achados da comissão parlamentar.

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"Embora importantíssimo, o papel da Comissão Parlamentar de Inquérito é político. Já o Ministério Público está limitado em sua atuação aos princípios do processo judicial e procedimento jurídico, o que inclui o respeito ao devido processo legal, à garantia de ampla defesa e à cadeia de custódia de eventuais provas, fundamentais para evitar futuras anulações", diz um trecho da nota.

O PGR também disse que "respeita o processo legal de escolha" dos ministros ao Supremo Tribunal Federal. A declaração faz referência a articulações para que ele fosse indicado, no lugar de André Mendonça, que foi empossado no último dia 16, para a vaga aberta na Corte com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.

A nota também aborda o parecer de Aras contra a abertura de investigação sobre os R$ 89 mil em cheques depositados pelo ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, pivô da investigação das "rachadinhas" envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), e pela mulher dele, Márcia Aguiar, na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

"Primeira-dama não está entre as autoridades que detêm prerrogativa de foro por função perante tribunais superiores. Logo, não caberia ao PGR atuar em qualquer investigação de qualquer conduta atribuída a tal 'autoridade'", diz a PGR.

Aras também saiu em defesa da subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, que se opôs aos pedidos para investigar se o presidente cometeu crime ao sair sem máscara e causar aglomeração na pandemia, sob argumento de que o comportamento teve "baixa lesividade" e que não é possível atestar a "exata eficácia da máscara de proteção como meio de prevenir a propagação do novo coronavírus".

"Augusto Aras esclarece que respeita a independência funcional de todos os membros do MPF, mesmo nos casos em que a atuação se dá por delegação. Sobre parecer que tratou do uso de máscaras, conforme já devidamente esclarecido em mais de uma oportunidade, o que foi defendido perante o Supremo é que o não uso do equipamento de proteção facial configura uma infração administrativa, punível com multa, e não um crime - o que era defendido na oportunidade pelo autor da petição. Ninguém da PGR jamais se manifestou favoravelmente à não utilização de máscaras", segue o texto.

Pressionado pelo Senado para dar esclarecimentos sobre as investigações da CPI da Covid, o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, sinalizou que pretende encaminhar o relatório e as provas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Há quase um mês com o texto e a lista de indiciados, a inércia do PGR estimulou um convite para se explicar à Comissão de Direitos Humanos.

Nessa terça-feira (23), os senadores aprovaram o convite para que Aras informe sobre as ações tomadas até o momento em relação ao parecer do inquérito parlamentar. 

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Com o documento desde o dia 27 de outubro, o PGR chegou a determinar investigação preliminar, mas não voltou a se posicionar sobre o assunto.

Desconfortável com a mobilização, Aras indicou que o relatório não faz mais parte da competência dos senadores e vai encaminhá-lo ao Supremo.

"Eu pretendo compartilhar todo esse material com o Supremo Tribunal Federal. Nada do que o Senado, nada do que a CPI do Senado, que já foi extinta, é bom que se diga, ela não existe mais. Nada do que foi encaminhado à PGR ficará na PGR, tudo será remetido para a Suprema Corte", apontou ao GloboNews.

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Perto de completar 30 dias do encerramento da CPI da Pandemia, o procurador-geral da República, Augusto Aras, ainda não deu início a indiciamentos recomendados pelo colegiado. A demora em uma resposta efetiva sobre as investigações da CPI levou a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) a aprovar, nesta terça-feira (23), um requerimento de convite ao PGR para explicar quais ações foram tomadas com relação ao relatório final da CPI, aprovado no dia 26 de outubro. 

Autor do requerimento, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que vai cobrar explicaçõs de Aras sobre o andamento da investigação preliminar que analisa o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito.

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"Encontra-se sob a mesa de sua excelência a sugestão de indiciamento de pelo menos oito pessoas com foro privilegiado, entre eles o presidente da República. O que nós gostaríamos de saber do senhor procurador-geral da República é o seguinte: se dará encaminhamento às investigações, instaurará um inquérito que seja, pelo menos um inquérito que seja, no Supremo Tribunal Federal, já moverá a ação penal em relação ao presidente da República. Investigação preliminar me parece claramente uma ação protelatória", disse Randolfe. 

Fabiano Contarato (Rede-ES) também lamentou a demora do PGR.

"A Comissão Parlamentar de Inquérito substitui inquérito; não precisaria nem de um inquérito para ele ser instaurado, bastaria ele deflagrar a ação penal", apontou.

A instauração da apuração preliminar para analisar as conclusões da CPI foi anunciada no último dia 28 por Aras, um dia após senadores entregarem à PGR o relatório final das investigações. Aras têm 30 dias para tomar providências em relação ao relatório.

*Da Agência Senado

Desde o dia 27 de outubro nas mãos do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ainda não surtiu efeitos e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou nesta terça-feira (23) que pretende convocar o PGR para dar explicações no Senado. 

Em suas redes sociais, o também vice-presidente da CPI confirmou que vai abrir votação para a ida de Augusto Aras ao Senado com intuito de cobrar por mais celeridade no inquérito. O documento encaminhado pela CPI denunciou o Governo Federal de negligenciar a pandemia que já matou mais de 612 mil brasileiros

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Cabe ao PGR acatar ou não as denúncias para começar a investigar os indiciados, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que desrespeitou a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) para nomeá-lo. 

Junto com a base que se dispôs contra os parlamentares governistas, Randolfe quer saber quais providências foram tomadas diante dos graves depoimentos expostos na Comissão em virtude da aparente inércia de Aras.

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou a investigação contra Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no caso da compra de dois imóveis na Zona Sul do Rio de Janeiro, entre os anos de 2011 e 2016. O parlamentar é alvo de apuração preliminar desde dezembro de 2020, onde foram colhidas informações sobre a compra de um apartamento com R$ 150 mil em dinheiro vivo. No entanto, sem que a investigação sequer fosse conduzida, o cargo foi arquivado, sob justificativa de que “notícia de jornal não é sequer indício de crime praticado, mas apenas uma narrativa de profissional de jornalismo”. A informação é da coluna no UOL de Juliana Dal Piva, que revelou a aquisição. 

O filho do presidente comprou dois apartamentos nos últimos dez anos em aquisições que envolveram quantias altas de dinheiro em espécie. Em 2011, período anterior ao primeiro mandato do deputado, ele comprou um apartamento em Copacabana, área nobre do Rio, por R$ 160 mil. Na escritura, ficou registrado que o pagamento ocorreu com “R$ 50 mil através de moeda corrente do país, tudo conferido, contado e achado certo, perante mim do que dou fé”. O restante foi quitado com um cheque de R$ 110 mil. 

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Cinco anos depois, em 2016, em seu segundo ano do primeiro mandato como deputado, ele fez outra compra. Desta vez, um apartamento de R$ 1 milhão em Botafogo. Na escritura, consta sinal de R$ 81 mil e mais R$ 100 mil em dinheiro vivo. 

As informações sobre as compras constam das escrituras públicas desses imóveis que foram registradas em cartórios do Rio de Janeiro pelo próprio deputado e apenas reportadas pela mídia. O caso foi revelado pela colunista e pelo jornalista Chico Otavio em reportagem do jornal O Globo em setembro do ano passado. A PGR, em sua justificativa, não mencionou que os dados eram oriundos de documentos públicos registrados em cartório. 

O procurador-geral Augusto Aras, desde que assumiu o cargo, tem sido criticado por arquivar casos associados ao clã Bolsonaro. Na última semana, a PGR abriu apuração preliminar para verificar os dados reunidos pela CPI da Covid contra 13 pessoas com foro privilegiado, entre elas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os senadores do chamado G7 se organizam para impedir que os casos sejam esquecidos ou arquivados. 

 

O procurador-geral da República Augusto Aras deve pedir mais informações ao ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a offshore aberta em seu nome no exterior. Durante entrevista, Aras afirmou que Guedes será oficiado para enviar todos os esclarecimentos necessários.

Augusto Aras falou sobre o procedimento durante entrevista ao site Poder 360. Segundo o procurador, o ministro "será oficiado e poderá com tranquilidade enviar todos os esclarecimentos" sobre a existência de uma empresa em um paraíso fiscal aberta em seu nome. 

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Ainda de acordo com Aras, após essa primeira apuração, será feita uma análise para decidir se será aberto algum inquérito. “Vamos ouvir algumas pessoas e requisitar documentos. Depois é que vamos fazer um juízo de valor se é necessário pedir a abertura de um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal), que é o foro para quando há ministros de Estado citados".

A existência de uma offshore aberta no nome de Paulo Guedes foi revelada após a veiculação da série de reportagens 'Pandora Papers', realizada por quatro veículos de comunicação brasileiros, integrantes do consórcio internacional de imprensa: a Agência Pública, a revista Piauí e os sites Metrópoles e Poder360. 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, foi contra a ordem para que a Polícia Federal vasculhasse a sede do Ministério da Saúde, durante ação que investiga supostas irregularidades na negociação da vacina Covaxin. O pedido foi solicitado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, mas o PGR considerou que “alternativas menos onerosas” podem ser tomadas para obtenção das informações pleiteadas pela cúpula. Segundo o chefe do Ministério Público Federal, “não foram apresentados indícios de destruição ou ocultamento que afaste a presunção de guarda da documentação dos órgãos públicos”. As informações são do Estadão. 

Em ação autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), policiais federais cumpriram na manhã desta sexta-feira (17) mandados de busca e apreensão em Barueri e Itapevi, na Grande São Paulo, para encontrar informações relativas ao contrato de R$ 1,6 bilhão firmado entre a Precisa e a Bharat Biotech para o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin ao Ministério da Saúde. 

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Já com relação às ordens expedidas contra a Precisa Medicamentos, o PGR considerou que não seria 'razoável negar À CPI o fornecimento de documentos indispensáveis à elucidação de possíveis crimes, com vistas a preservar a intimidade da empresa privada'. "Ponderando os interesses em conflito e sopesando a eficácia ou a utilidade da medida judicial há de ser deferida a busca e apreensão em desfavor da Precisa Medicamentos, ressalvando que a apreensão deve ser apenas constante aos elementos de informação Vinculados a Bharat Biotech e a empresa, a incluir os seus representantes, ou quem por eles manifestem", registrou o PGR. 

Aras argumentou ao ministro Dias Toffoli - relator do pedido da CPI no Supremo Tribunal Federal - que se a medida cautelar ligada ao Ministério da Saúde fosse deferida, 'de forma precipitada, informações sensíveis e sigilosas, que não dizem respeito ao objeto da CPI, podem ser indevidamente capturadas, e prejudicar o interesse público da função exercida' na pasta. 

Na avaliação da PGR, o requerimento da CPI de apreender documentos vinculados à investigação conduzida pelos senadores possui 'abstração e generalidade de solicitação capaz de tornar incapaz a proteção dos dados e informações não vinculados ao objeto do pedido'. 

Entre os 'meios menos onerosos' para que a CPI obtenha os dados pleiteados, o chefe do MPF citou a possibilidade de afastamento do sigilo imposto administrativamente, requisição judicial, obrigação de fazer a entrega de documento, sob pena de crime de desobediência, e ainda, responsabilização do servidor na esfera administrativa. 

"A CPI não apresentou elementos comprobatórios de risco a destruição da prova, mas apenas alegação de generalidade do cumprimento das requisições administrativas […]. Assim, no tocante à possível busca e apreensão na sede do Ministério da Saúde, não há como ser deferida, por ora, a medida requerida, uma vez que alternativas menos onerosas podem ser previamente tomadas com vistas à obtenção das informações pleiteadas pela CPI, bem como não foram apresentados indícios de destruição ou ocultamento que afaste a presunção de guarda da documentação dos órgãos públicos", registra o parecer de Aras. 

No requerimento apresentado ao STF, a CPI da Covid sustentou a necessidade de buscas no Ministério da Saúde, especialmente no Departamento de Logística em Saúde e no gabinete do Secretário Executivo da pasta, alegando 'repetidos atrasos' no encaminhamento dos documentos e informações requisitados pelo colegiado. Além disso, os senadores afirmaram que os gestores da pasta 'têm enviado informações genéricas e documentação incompleta'. 

"Os gestores do Ministério da Saúde decretaram, mediante motivação genérica e vazia, o sigilo do processo administrativo relacionado à aquisição da Covaxin; revogaram as credenciais de acesso dos investigadores aos sistemas eletrônicos do Ministério da Saúde, as quais haviam sido concedidas por determinação da Comissão Parlamentar de Inquérito; e têm oferecido resistência no que toca ao atendimento de requisições enviadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito", registra trecho do pedido da CPI da Covid. 

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de manifestação oficial assinada pelo vice-procurador geral, Humberto Jacques de Medeiros, que instaurou um “número recorde de investigações preliminares” sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a gestão do procurador-geral Augusto Aras. Medeiros se refere às 92 notícias protocoladas ao órgão para avaliação dos procuradores. Quando aceitas, as preliminares tornam-se inquéritos contra o investigado. Apesar do número “recorde”, apenas dois inquéritos foram instaurados para investigar a gestão de Bolsonaro.

A manifestação foi enviada ao STF como resposta a uma ação apresentada pelos senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) que pedia que Aras fosse investigado por prevaricação, crime contra a administração pública e que indica prática indevida de determinada função para satisfazer interesses terceiros ao ofício. Aras é acusado de “fechar os olhos” para supostos crimes de responsabilidade do mandatário. Para tentar frear a acusação, Medeiros contra-argumentou com os números de investigações preliminares abertas pela Procuradoria, indicando que não há interesse, pela parte de Aras, de beneficiar o chefe do Executivo.

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"A Procuradoria-Geral da República, durante os últimos 23 meses, instaurou número recorde de investigações preliminares contra o Presidente da República. Os dados dos sistemas da PGR revelam que, a se considerar apenas as notícias de fato instauradas a partir de representações formalizadas na PGR contra Presidentes da República, somam no período de 17.9.2013 a 14.9.2015 (primeiro biênio do PGR Rodrigo Janot) 25 Notícias de Fato; de 18.9.2015 a 17.9.2017 (segundo biênio do PGR Rodrigo Janot) 52 Notícias de Fato; de 18.9.2017 a 17.9.2019 (PGR Raquel Dodge) foram 28 Notícias de Fato; e entre 26.9.2019 a 22.8,2021 (PGR Augusto Aras) foram nada menos que 92 Notícias de Fato instauradas contra o atual Presidente da República, Jair Bolsonaro", diz trecho do documento obtido pelo UOL.

O vice-procurador-geral nega as acusações de prevaricação contra Aras. "Os números são superlativos, sim. Mas além deles é necessário observar que não há prática indevida de ato de ofício, não há retardamento, não há prática contra legem [contra lei]. Há apenas uma atuação independente, atempada e sempre fundamentada, que desagrada os representantes nas suas expectativas", acrescentou.

Humberto Jacques de Medeiros fala ainda em uma suposta tentativa de "criminalização" da independência funcional do Ministério Público. As investigações preliminares abertas no âmbito do Ministério Público são procedimentos anteriores a um pedido formal de abertura de inquérito ao Supremo, feito quando a PGR reúne elementos mínimos de crimes atribuídos a autoridades com foro na Corte.

Indicado ao cargo por Jair Bolsonaro, Aras está no cargo desde setembro de 2019 e seguirá na função até 2023. No final de agosto, por 55 votos a favor e 10 contra, o plenário do Senado aprovou a indicação de Aras para um novo mandato de dois anos à frente da PGR.

Reconduzido recentemente ao cargo de procurador-geral da República, Augusto Aras apresentou nesta quinta-feira, 2, uma contundente manifestação contra a tese do "marco temporal" para a demarcação de terras indígenas e apontou para possíveis violações de direitos humanos na possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) validá-la.

O posicionamento do PGR foi também contrário ao apresentado ontem pelo Advogado-Geral da União, Bruno Bianco Leal, que ao defender os interesses do governo federal alegou insegurança jurídica e ameaça à paz social caso a tese seja derrubada. O presidente Jair Bolsonaro é a favor do marco temporal sob o argumento de que indígenas são usados como massa de manobra e que o processo prejudicará o agronegócio.

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Em um discurso de aproximadamente 25 minutos, com referências tão distintas quanto o cacique Raoni e o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill, Aras disse que a Constituição registrou a importância do reconhecimento dos indígenas como os primeiros ocupantes das terras.

"O Brasil não foi descoberto, o Brasil não tem 521 anos, não se pode invisibilizar os nossos ancestrais que nos legaram esse País", afirmou.

"O dever-jurídico estatal da proteção das terras indígenas não se inicia após a demarcação da área indígena. Antes mesmo de concluída a demarcação, o Estado haverá de assegurar aos indígenas a proteção integral em relação às terras que ocupam, com observância dos direitos constitucionalmente assegurados. Aliás, o processo demarcatório deve transcorrer dentro de um prazo razoável", seguiu o PGR.

Pelo entendimento do marco temporal, uma terra indígena só pode ser demarcada se ficar comprovado que os indígenas estavam naquele território na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988. Os defensores da tese, muitos deles ligados ao agronegócio, argumentam que o uso do verbo "ocupar" no tempo presente no texto da Constituição Federal é a prova de que as comunidades indígenas só poderiam reivindicar a posse sobre as terras que ocupavam no momento da aprovação da Carta. Já as lideranças indígenas afirmam que a Assembleia Constituinte trabalhou com critérios de tradicionalidade. Caso os povos originários interessados na demarcação não consigam provar a posse das terras, eles poderão ser submetidos a remoções e impedidos de solicitar novos territórios.

Em seu discurso, o procurador-geral também apontou que a demora na regularização das terras indígenas e a falta de proteção das comunidades durante o processo de demarcação podem configurar violação de direitos humanos.

"O estado de incerteza quanto a esse aspecto já foi responsável pelo derramamento de sangue, suor e lágrima", disse. "Todas as terras indígenas já deveriam estar demarcadas no Brasil. Há, portanto, uma mora do Estado nesse sentido", acrescentou.

Aras defendeu que o reconhecimento da posse permanente e usufruto das riquezas, garantido constitucionalmente aos indígenas, dispensa a necessidade da demarcação.

"A medida demarcatória apenas atribui segurança jurídica, ou seja, esclarece e facilita a reivindicação dessas terras na eventualidade de conflito possessório. De toda sorte, a demarcação é de índole declaratória, não constitutiva portanto", resumiu o procurador.

O segundo dia de julgamento no Supremo terminou mais uma vez, porém, sem sequer um voto proferido. A sessão teve início quando ainda restavam 17 sustentações orais de amicus curiae - nome em latim dado aos advogados e instituições que ajudam a fundamentar os votos dos ministros - e do próprio PGR.

Entre atrasos no início do julgamento e no retorno do intervalo, nem mesmo o ministro Edson Fachin, relator do caso, conseguiu proferir seu voto. O magistrado já havia apresentado sua posição contrária ao marco temporal durante a sessão realizada no plenário virtual da Corte, mas precisará reler a fundamentação da decisão porque houve um pedido de destaque (encaminhamento do processo para análise presencial), apresentado em junho deste ano pelo ministro Alexandre de Moraes.

Pela ordem definida para as manifestações, o segundo dia de sessão foi marcado pela defesa do marco temporal. A maioria das sustentações foi de representantes de sindicatos e organizações vinculadas a agricultores, cujos argumentos alegam que a eventual derrubada da tese ataca os direitos de proprietários rurais, setores do agronegócio, assim como a segurança jurídica do País.

"É preciso ser observado neste julgamento a estabilidade da paz social", disse Luana Ruiz Silva de Figueiredo, representante da Organização Nacional de Garantia ao direito de Propriedade. O argumento foi utilizado várias vezes durante a sessão de hoje. Os representantes de produtores rurais indicam a possibilidade de conflitos no campo, caso a tese seja considerada inconstitucional.

"Enquanto o indigenato segrega a sociedade brasileira, nega o direito de propriedade, colocando em risco as liberdades dos brasileiros e estabilidade do estado democrático de direito, o marco temporal ao contrário: recepciona e acomoda todos nós e não reflete retrocesso. Não havendo subtração de direitos. O marco temporal garante o direito dos índios, sim", completou.

Para os advogados dos indígenas, o reconhecimento da constitucionalidade do marco temporal pelos ministros do STF deve agravar os processos de violação de direitos indígenas em disputas por terras no interior do País. "Adotar o marco temporal é ignorar todas as violações a que os indígenas foram e estão submetidos", disse Eloy Terena, convidado para se manifestar pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

Dados coletados pelo monitoramento do Instituto Socioambiental (ISA) de decisões publicadas no Diário Oficial da União (DOU), apontam para a existência de 303 terras indígenas sem homologação presidencial, o que significa que o processo de demarcação está em tramitação. As terras em contestação somam 11 mil hectares, ocupados por aproximadamente 197 mil indígenas.

Lideranças indígenas e antropólogos afirmam que o reconhecimento do marco temporal pode inviabilizar a conclusão desses processos de demarcação, assim como estimular iniciativas de reintegração de posse por fazendeiros.

Na contramão de indigenistas, o advogado Paulo Dorón, representante da Sociedade Rural Brasileira, argumentou no julgamento que "o caso resume-se à ideia de confiança com relação à ordem constitucional vigente a partir de 1988".

"É preciso ponderar e flexibilizar para que interesses aparentemente antagônicos entre proprietários de terras e indígenas que ocupam terras tradicionais sejam passíveis de conviver. Só há uma forma de conviver, que é mediante à confiança na ordem constitucional estabelecida, sem rompimentos",disse Dorón.

Com prazo para encerrar entre os dias 20 e 25 de setembro, o relatório final da CPI da Covid pode apontar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como indiciado. De acordo com o vice-presidente da Comissão Parlamentar, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), cerca de 25 nomes devem compor a lista.

"Diria que teremos de 25 a 30 nomes de indiciados. Não vejo como o presidente da República pode escapar de indiciamento. Ele já responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por prevaricação, tem um conjunto de outros crimes, não tem como não constar o nome do presidente da República", considerou Randolfe em entrevista ao Uol.

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Na sua visão, Bolsonaro já cometeu crimes suficientes para ser preso. "Bastava mostrar os vídeos dele oferecendo cloroquina, desdenhando da vacina, convocando os brasileiros a se jogarem ao vírus. Olhando o tipo penal de epidemia e charlatanismo, nem precisava de CPI", afirmou.

Evitar o PGR

O senador ainda explicou que pretende encontrar meios jurídicos para contornar a Câmara e a exigência da denúncia do procurador-geral da República, Augusto Aras. A alternativa poderia ser uma ação penal subsidiária da pública. "Não aceitaremos ficar nas mãos somente do PGR", assegurou.

Aras foi reconduzido ao cargo neste mês. Ele foi indicado pelo próprio presidente em setembro de 2019. A movimentação foi considerada atípica por desconsiderar a lista tríplice do órgão.

“[O relatório] será vastíssimo, apontando não somente crimes de responsabilidade, mas uma infinidade de crimes comuns, e também contra a humanidade, o que pode levar a responsabilização em tribunal internacional. Os crimes cometidos aqui não prescreverão em dois anos. Há aqueles que acham que podem estar protegidos pelo presidente da Câmara (Arthur Lira, PP-AL) e da PGR (Procuradoria Geral da República), mas alguns tipos penais não irão prescrever", alertou o senador, que completou: “Vamos trabalhar para que o que foi apurado não ficar somente como um longo texto".

O Plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira (24) a indicação do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, para recondução ao cargo de procurador-geral da República (MSF 35/2021), com 55 votos favoráveis e 10 contrários.

Aprovação na CCJ

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Durante a tarde desta terça a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou a recondução de Augusto Aras ao cargo de procurador-geral da República. Foram 21 votos a favor e 6 contrários. Para confirmar um segundo mandato de dois anos no posto, ele passará agora pela avaliação do Plenário, onde precisará do apoio de pelo menos 41 senadores, ou seja, a maioria absoluta.

Durante a reunião, os senadores demonstraram especial interesse em temas como a postura do Ministério Público em relação ao governo Bolsonaro, a estabilidade política e a proteção à democracia, os desdobramentos da CPI da Pandemia e o inquérito sobre as fake news em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina, conduzida pelo presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), se estendeu por seis horas. 

Augusto Aras negou ter se alinhado a Jair Bolsonaro e procurou responder às acusações de quem tem sido omisso ao não adotar providências contra o presidente. Logo no início da reunião, ao responder as primeiras perguntas do relator, senador Eduardo Braga (MD-AM), Aras alegou que tomou uma série de decisões que não foram necessariamente conforme a vontade do governo, mas de acordo com a Constituição. 

O procurador-geral disse que se manifestou a favor da obrigatoriedade das vacinas, pela constitucionalidade do inquérito das fake news, pela instauração de investigação dos atos antidemocráticos e pela permanência de diplomatas venezuelanos no Brasil. 

"Fui contra a privatização total dos serviços postais e a favor da inconstitucionalidade da jornada de 12 horas por 36 mediante acordo. Este PGR discordou em 30% dos pedidos de liminares oriundos do governo federal e em 80% das suas manifestações em matéria de covid e teve 80% de suas manifestações acolhidas pelo Supremo Tribunal Federal", acrescentou.

Força Tarefa

O atual procurador-geral criticou o modelo de força-tarefa, como a Lava Jato, e disse que a prática resultou numa série de irregularidades e na "frustrada gestão de vultosas quantias arrecadas em acordo de colaboração e acordos de leniência, por meio de fundos não previstos em lei". 

"A deficiência de institucionalidade, sobretudo em alguns procedimentos de investigação, culminou em prejuízo aos princípios da impessoalidade e da legalidade. Em resposta a tais disfuncionalidades, remanejamos força de trabalho, aperfeiçoamos procedimentos, implementamos os primeiros Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, os Gaecos federais, que, embora previstos desde 2013, só vieram a ser implementados na nossa gestão", explicou. 

Os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Lasier Martins (Podemos-RS) saíram em defesa da Lava Jato, que, para eles, teve o importante papel de buscar os "grandes saqueadores do dinheiro público" e se tornou símbolo no combate à corrupção no país. 

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) observou que, de acordo com estudo das pesquisadoras Eloísa Machado e Luíza Pavan, da FGV de São Paulo, do curso de direito da FGV de São Paulo,  93,9% das manifestações da PGR no período de Aras coincidem na essência e estão alinhadas com as posições da Advocacia–Geral da União. 

"Por óbvio que o senhor não pode ser o procurador da oposição. Eu adorei a sua frase: 'Não está lá um Procurador–Geral da Oposição'. Mas por óbvio também que o senhor não pode ser um procurador do Presidente da República", disse Oriovisto a Aras, observando que Bolsonaro não teria reconduzido Aras ao cargo se tivesse tido algum confronto de opinião com ele.

Lista tríplice

Augusto Aras foi indicado para ser reconduzido à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo presidente Jair Bolsonaro, que mais uma vez preferiu não escolher um nome da lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), uma tradição seguida desde 2003.

Quando foi sabatinado pela CCJ pela primeira vez, em 2019, ele recebeu 23 votos favoráveis e somente três contrários. Na ocasião, temas relacionados à Lava Jato dominaram boa parte da sabatina.

O procurador-geral da República é o chefe do Ministério Público da União, que abrange o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Militar (MPM) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Ele atua em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal (STF), preside o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), acumula o cargo de procurador-geral eleitoral e também representa o Ministério Público brasileiro perante a comunidade internacional.

*Da Agência Senado

 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nesta terça-feira (24), querendo se livrar de acusações de que tem se alinhado a Jair Bolsonaro e sido omisso ao não adotar providências contra o presidente da República. 

Ao responder as primeiras perguntas do relator, Eduardo Braga (MD-AM), ele alegou que tomou uma série de decisões que não foram necessariamente conforme a vontade do governo, mas de acordo com a Constituição. O procurador-geral disse que se manifestou a favor da obrigatoriedade das vacinas, pela constitucionalidade do inquérito das fake news, pela instauração de investigação dos atos antidemocráticos e pela permanência de diplomatas venezuelanos no Brasil. 

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"Fui contra a privatização total dos serviços postais e a favor da inconstitucionalidade da jornada de 12 horas por 36 mediante acordo. Este PGR discordou em 30% dos pedidos de liminares oriundos do governo federal e em 80% das suas manifestações em matéria de covid e teve 80% de suas manifestações acolhidas pelo Supremo Tribunal Federal", acrescentou. 

Voto em separado

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) chegou a apresentar um voto em separado contra a recondução de Aras. Para Alessandro, o procurador-geral foi omisso e inerte no período em que esteve no cargo.

O senador é autor também, juntamente com Fabiano Contarato (Rede-ES), de um pedido de investigação contra Aras por crime de prevaricação. Eles acusam o procurador de ser omisso diante de crimes praticados pelo presidente Jair Bolsonaro. A ação, no entanto, foi arquivada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre  Moraes. Na reunião da CCJ desta terça-feira, eles prometeram recorrer. 

Força-Tarefa

O atual procurador-geral criticou o modelo de força-tarefa, como a Lava Jato, e disse que a prática resultou numa série de irregularidade e na "frustrada gestão de vultosas quantias arrecadas em acordo de colaboração e acordos de leniência, por meio de fundos não previstos em lei". 

"A deficiência de institucionalidade, sobretudo em alguns procedimentos de investigação, culminou em prejuízo aos princípios da impessoalidade e da legalidade. Em resposta a tais disfuncionalidades, remanejamos força de trabalho, aperfeiçoamos procedimentos, implementamos os primeiros grupos de atuação especial de combate ao crime organizado, os Gaecos federais, que, embora previstos desde 2013, só vieram a ser implementados na nossa gestão", explicou. 

Lista tríplice

Aras foi indicado para ser reconduzido à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo presidente Jair Bolsonaro, que mais uma vez preferiu não escolher um nome da lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), uma tradição seguida desde 2003.

Quando foi sabatinado pela CCJ pela primeira vez, em 2019, ele recebeu 23 votos favoráveis e somente três contrários. Na ocasião, temas relacionados à Lava Jato dominaram boa parte da sabatina.

O procurador-geral da República é o chefe do Ministério Público da União, que abrange o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Militar (MPM) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Ele atua em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal (STF), preside o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), acumula o cargo de procurador-geral eleitoral e também representa o Ministério Público brasileiro perante a comunidade internacional.

*Da Agência Senado

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, negou-se a dar seguimento a um mandado de segurança movido por 5 membros do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) contra o procurador-geral da República, Augusto Aras.  A decisão foi tomada na última segunda-feira (23).

A ação do grupo de subprocuradores sugere que houve irregularidades na tramitação de uma representação que acusa Aras e o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, de omissão diante das investigações sobre supostos atos irregulares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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O documento apresentado ao STF diz ainda que a representação criminal contra Aras e Jacques foi enviada aos gabinetes deles de forma indevida. Além disso, a ação teria passado por uma série de despachos que tiveram o objetivo de impedir o Conselho Superior do Ministério Público de analisá-la, o que resultou no envio do processo ao Senado.

Ao recorrer para o STF, os magistrados queriam que Aras e Humberto Jacques, além de seus assessores, fossem impedidos de interferir na tramitação dessa representação criminal. Toffoli, no entanto, negou o seguimento.

Seguindo a mesma tendência, o também ministro Alexandre de Moraes arquivou um outro pedido feito pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania) e Fabiano Contarato (Rede) para investigar a conduta, classificada pelos parlamentares como inadequada, de Aras em relação às atitudes de Bolsonaro.

De maneira geral, as decisões devem beneficiar Augusto Aras, que é sabatinado nesta terça (24) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado. Para seguir na função que desempenha atualmente, ele ainda precisará de 41 votos favoráveis em votação secreta no plenário, o que equivale a maioria simples. Caso seja aprovado, o indicado de Bolsonaro permanecerá no cargo por mais dois anos.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sabatina nesta terça-feira (23) o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras. No posto desde setembro de 2019, ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para mais dois anos à frente do Ministério Público Federal.

Na última sexta-feira (20), o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), relator da indicação, apresentou parecer favorável à recondução de Aras. No documento de oito páginas, o emedebista destaca que o PGR “tem procurado reforçar o papel do Ministério Público na solução de conflitos, atuando de forma extraprocessual e preventiva, sem renunciar de fiscalização”.

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Durante a sabatina, Augusto Aras deverá ser questionado, por exemplo, sobre como pretende conduzir as conclusões do relatório final da CPI da Pandemia do Senado. A comissão deve encerrar os trabalhos com a votação do relatório final do senador, Renan Calheiros (MDB-AL), em setembro. 

Desde 2013, o Regimento Interno do Senado determina que todas as sabatinas sejam abertas à participação popular. Por isso, o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM- AP), deve fazer  perguntas ao sabatinado que podem ser enviadas por cidadãos à CCJ por meio do site do Senado.

Além da sabatina e da votação na CCJ, o nome de Aras também precisa ser submetido ao plenário do Senado, onde, para ser aprovado, terá que alcançar a aprovação da maioria simples, ou seja, 41 dos 81 senadores. 

A votação é secreta. Se confirmado para um novo mandato, Augusto Aras ficará no cargo até 2023.

No Recife, o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, abre a rodada de encontros com parlamentares do Nordeste na manhã desta sexta-feira (6). A primeira reunião com deputados e senadores pernambucanos ocorre no Mar Hotel, bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital.

Promovido pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG), com apoio do procurador Geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Paulo Augusto de Freitas Oliveira, a intenção do 1º Encontro dos Procuradores-Gerais da Região Nordeste é debater pautas voltadas ao Estado e ampliar o diálogo entre os poderes.

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A expectativa era pela participação de toda a bancada pernambucana, composta por 25 deputados e três senadores. Além do líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB), participaram os deputados Augusto Coutinho (Solidariedade), Wolney Queiroz (PDT), Raul Henry (MDB), Tadeu Alencar (PSB), Marília Arraes (PT), Carlos Veras (PT), Ossesio Silva (Republicanos), Fernando Monteiro (PP) e Eduardo da Fonte (PP).

Após encerrar a agenda no Estado com um almoço, o PGR deve anunciar o próximo destino na região. 

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