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Por conta das chuvas que atingem a capital pernambucana e a Região Metropolitana do Recife (RMR), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) anunciou que manterá as atividades remotas até esta terça-feira (31).

Dessa forma, apenas atividades essenciais serão mantidas na instituição. As que não forem puderem ser passadas para a modalidade remota serão adiadas para a quarta-feira (1º).

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Ainda segundo a UFRPE, o calendário acadêmico dos cursos de graduação presencial foi alterado, modificando a realização das provas finais para o período entre 1º e 8 de junho. As defesas de TCC/monografia ou ESO poderão ocorrer até o dia 6 de junho.

As avaliações presenciais de 3ª Verificação de Aprendizagem não poderão ser aplicadas nos dias 30 e 31 de maio. Elas deverão ser feitas remotamente nestes dias, ou presencialmente durante a semana de provas finais.

"Recomenda-se ainda, que para os dias de atividades de forma remota não sejam realizadas atividades avaliativas para os componentes curriculares dos cursos do CODAI", finalizou a UFRPE.

Os dois anos de aulas preferencialmente remotas no ensino médio, por causa da pandemia da covid-19, levaram a lacunas em conhecimentos básicos, que precisam agora ser preenchidas por universidades com programas e tutorias - para desenvolver sobretudo habilidades como leitura e síntese -, além de disciplinas extras de reforço. As iniciativas incluem também alunos que entraram na universidade durante a crise sanitária. "Não podemos fingir que nada aconteceu", diz o pró-reitor adjunto de Graduação da USP, Marcos Neira. "Há habilidades e conhecimentos que não podem ser desenvolvidos em uma sala virtual."

A USP investiu R$ 3 milhões em um programa de tutoria para recuperação de conhecimentos. Neira destaca que o reforço é voltado tanto para os alunos que chegam agora - vindos do ensino médio remoto - quanto para quem já está no curso. "Pela primeira vez, temos, em tese, três turmas de 1.º ano." Por isso, as tutorias tratam de temas básicos, como leitura acadêmica, até os mais complexos, de disciplinas já cursadas.

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A ação é emergencial, mas há possibilidade de renovação. São 376 projetos, com 498 tutores: estudantes do último ano, da pós e do pós-doutorado. Eles, reforça Neira, não substituem o professor. Dão atendimento mais individualizado e, pela idade próxima, têm vantagem em se conectar com o tutorado, na linguagem e no tipo de relação. Permite ainda a vivência do câmpus que os alunos não tiveram antes.

Antes de submeter os projetos, os docentes tiveram, em março, com a volta do presencial, de diagnosticar lacunas deixadas pelo remoto. "Na semana de recepção dos calouros, em rodas de conversa bem informais, ouvimos deles próprios como foi uma 'colatina' generalizada na pandemia em provas e tarefas online", conta Ricardo de Camargo, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG). "Se o aluno reprova no início do curso, a chance de desistir aumenta muito." Ingressantes em 2020, 2021 e 2022 foram incentivados a participar.

Na tutoria que o Estadão acompanhou, o doutorando Gabriel Elias Mandanda apresentava slides a quatro alunos do IAG. A cada conceito exposto, questionava: "Certo?" Se a resposta era negativa ou o olhar da turma sinalizasse dúvida, retomava a explicação quantas vezes fosse preciso. "Além de explicar, temos de observar o grau de entendimento", diz. "Fico mais confortável em um ambiente assim", diz Raquel Bueno, de 18 anos, que veio da rede pública. "Quando tem muita gente em sala, não consigo perguntar, tenho vergonha." Para aulas de Cálculo 1, recorreu até a uma professora particular. "Não tive base (de Matemática)."

MAIS INICIATIVAS

A Federal do Paraná (UFPR) criou o "semestre zero", com disciplinas introdutórias para ingressantes de 2022 em produção de textos acadêmicos; leitura de textos acadêmicos em Inglês; direitos humanos; e fundamentos da Matemática e Estatística. As aulas, virtuais, eram dadas por docentes da UFPR e houve tutorias com alunos da pós. Algumas disciplinas tiveram 150 turmas.

Guilherme Martins, diretor de Graduação do Insper, avalia que a pandemia "não trouxe problemas novos, amplificou os problemas". Segundo ele, na primeira semana de aula, os calouros têm "conhecimentos centrais do ensino médio" testados. Se ficam abaixo do mínimo esperado são direcionados a classes de reforço e monitorias. "Nos últimos dois anos, mesmo com os candidatos continuando a vir de excelentes escolas, a taxa de alunos que precisam do reforço dobrou."

Joelma Morbach, diretora de apoio a alunos e docentes da Pró-reitoria de Ensino de Graduação da Federal do Pará (UFPA), conta que também ficou evidente a dificuldade com a rotina acadêmica: muitos alunos passaram a trabalhar na pandemia e, agora, não têm mais tanto tempo para os estudos. "A maioria tem dificuldades socioeconômicas, renda per capita abaixo de 1,5 salário mínimo." Os professores, conta, têm sido "sensíveis" à realidade, com flexibilização no tamanho de turmas e no estudo dirigido.

ANSIEDADE E DIFICULDADE DE CUMPRIR PRAZOS

Além de dificuldades nos conteúdos, as universidades veem jovens com mais dificuldades socioemocionais. Janaina Santos, que coordena o programa de apoio pedagógico aos alunos da Federal de Santa Catarina (UFSC), conta que os relatos de fobia social após a volta de aulas presenciais em abril chamam a atenção.

"Eles nos procuram para colocar que não se sentem confortáveis com atividades em grupo, apresentação de seminário", diz. "Não querem ou não conseguem compartilhar o espaço físico. As razões são as mais diversas, desde o medo de se contaminar pela covid ou simplesmente porque não conseguiram se encontrar na sua identidade naquela turma. Ainda não se sentem parte."

Segundo ela, houve esforços para minimizar impactos da transição para o virtual, como ampliar a orientação pedagógica e bolsas de monitoria. Mesmo assim, avalia, há perdas. Em fevereiro e março de 2021, formulário aplicado pela UFSC apontou que 73% relataram piora na saúde física e mental. Foi criada neste ano política de saúde mental para alunos, professores e funcionários. Além disso, diz Janaína, também tem sido alta a demanda por apoio pedagógico - que foi expandido pela via remota.

A adaptação ao ensino presencial, principalmente dos calouros de 2020 e 2021, também preocupa a Federal do Rio (UFRJ). O projeto focado na autorregulação da aprendizagem remota, criado na pandemia, agora discute o retorno. Ao se inscrever, o estudante tem acesso a atividades como rodas pedagógicas, lives e interação por meio do WhatsApp. Os eventos abordam temas como escrita acadêmica e autonomia na aprendizagem.

Arlene Maria Zimba dos Santos Pires, coordenadora do projeto, destaca que a principal dificuldade tem sido na organização do tempo dos jovens. "Do ponto de vista da aprendizagem, noto demais a questão da procrastinação, do adiamento das atividades, de não conseguirem cumprir com os compromissos", diz.

Para o aluno de Jornalismo, João Tuasco, de 19 anos, as quatro horas diárias entre ida e volta do câmpus criaram um desafio: fazer todas as leituras do curso. Ele largou um frila como revisor de texto e tenta fazer as leituras mais dinâmicas - com dicas que recebeu do projeto da UFRJ. Mesmo assim, não tem dado conta e teme prejuízos ao aprendizado. "O texto esclarece e aprofunda algumas coisas que os professores não têm como explicar na aula."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pais de alunos do Colégio Pedro II protestaram hoje (7) em frente a cinco campi da escola pedindo aulas 100% presenciais. O colégio, que faz parte da rede federal de ensino no Rio de Janeiro, retomou nesta segunda-feira as aulas em regime híbrido.

Em nota, a reitoria explicou que a decisão ocorreu devido ao recrudescimento da pandemia da covid-19 com o surgimento da variante Ômicron do novo coronavírus.

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As manifestações ocorreram em frente aos campi Centro, Tijuca, Realengo, Humaitá e São Cristóvão, no Rio de Janeiro e no campus Niterói. Participaram pais, mães, responsáveis e os próprios estudantes, que pediam a volta às salas de aula.

Em cartazes, diziam que as redes estadual e municipal do Rio retomaram as aulas presenciais e questionavam por que o Colégio Pedro II não fazia o mesmo.

No último dia 2, o Colégio informou que até a reavaliação do atual cenário, o ensino será híbrido, ou seja, será mantido o ensino remoto, composto por atividades pedagógicas síncronas e assíncronas. As aulas presenciais terão como objetivo a complementação pedagógica organizada a fim de fazer acompanhamento e orientação de alunos.

O Pedro II tem 14 campi no Rio de Janeiro, incluindo as cidades de Niterói e Duque de Caxias, além de um Centro de Referência em Educação Infantil, em Realengo, na zona oeste da capital. São, ao todo, cerca de 13 mil estudantes da educação infantil ao ensino médio e de pós-graduação.

A volta presencial não é consenso entre os pais de alunos. Muitos defendem a decisão da escola de manter as aulas remotas. "Sou a favor do retorno [presencial], mas para isso ocorrer acho que o mínimo é os alunos estarem vacinados", ressalta o servidor público federal Victor Hugo de Oliveira, que é um dos pais contrários ao ensino 100% presencial no momento.

Em nota, a reitoria do Colégio Pedro II diz que encaminhou mensagem ao Conselho Superior, para que seja tratada na Reunião Extraordinária do dia 11 de fevereiro, uma minuta de portaria que determina a implementação de regime semipresencial com alternância semanal de 50% dos estudantes de cada turma em atividades presenciais, que é o Plano B que consta da Portaria nº 2.389/2021.

O Plano Contingencial B da portaria prevê que “em um cenário em que o retorno pleno não seja possível, será instituído regime de semipresencialidade, com: I - divisão em 50% dos estudantes da turma, em grupos A e B, com presença semanal, de cada um dos grupos no turno do estudante; e II - espelhamento da carga horária síncrona para o presencial” e que, “na alternância, os estudantes que não estiverem na semana presencial terão atividades assíncronas das disciplinas”.

O documento estabelece ainda que esta semana, de 7 a 11 de fevereiro, seja de planejamento do retorno às atividades presenciais pelas direções-gerais e coordenações pedagógicas. Neste período, se propõem a manutenção do sistema de ensino remoto.

A minuta de portaria observa que o planejamento deve levar em consideração a vigência da Instrução Normativa nº 90, do Ministério da Economia, e conter soluções para lidar com os 319 afastamentos de servidores que legalmente permanecerem em trabalho remoto, dadas as suas comorbidades autodeclaradas, e que configuram 14,5% do total de servidores da instituição. O Conselho Superior do Colégio Pedro II fará, no dia 25 deste mês o reexame das condições sanitárias.

Os municípios de Olinda e Jaboatão dos Guararapes iniciaram o ano letivo de 2022 de forma remota. A decisão de adiamento das atividades presenciais vale para as instituições da rede municipal de ensino e se deu devido ao aumento de casos de Covid-19 em Pernambuco.

A cidade de Jaboatão anunciou a medida na última sexta-feira (28). De acordo com a Secretaria de Educação do município, o início das aulas, mesmo em formato online, não mexeu com o calendário. Logo, as atividades estão mantidas para o dia 7 de fevereiro "com suporte aos alunos por meio da TV Escola Jaboatão, em rede aberta de televisão, e dos cadernos de atividades que serão enviados aos estudantes".

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Em Olinda, as instituições da rede municipal iniciarão o ano letivo também no dia 7 de fevereiro no modelo apenas remoto. A decisão será mantida, pelo menos, até 15 de fevereiro "quando haverá nova análise do quadro pandêmico. Nessa data, será decidido se será possível adotar o modelo presencial", afirma o comunicado da gestão municipal.

Na última semana, Ipojuca, Carpina e Paulista anunciaram o cancelamento das aulas presenciais. Adotando, assim, as atividades em caráter remoto na tentativa de conter os índices de contaminação da Covid-19, com a predominância da variante Ômicron no Estado.

Alguns municípios de Pernambuco cancelaram as aulas presenciais neste início do ano letivo de 2022. A decisão é reflexo do aumento de casos de Covid-19, com a variante Ômicron, e de Influenza no Estado. Até o fechamento da matéria, as cidades de Carpina, Paulista e Ipojuca anunciaram que as aulas nas escolas municipais serão no fomato remoto, ou seja, online.

“Não adianta forçarmos uma situação agora e daqui a algumas semanas ver o agravamento dos casos e as unidades de saúde entrando em colapso e termos que parar tudo. A Educação já perdeu muito nos últimos anos, temos que agir com responsabilidade neste momento”, explicou o secretário de Educação de Ipojuca, por meio da assessoria, Francisco Amorim.

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Já a prefeitura do Paulista anunciou a medida através das redes sociais. "A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação e juntamente com o Conselho Municipal de Educação e com o Sindicato dos Professores, levou em consideração o aumento no número de casos de Covid-19 provocados pela variante Ômicron, além da epidemia de Influenza. Diante da situação sanitária, o governo municipal decidiu adiar o retorno presencial", diz parte do texto da publicação.

A gestão municipal de Carpina também se manifestou pelas redes sociais e ressaltou a assinatura de um decreto, na última terça-feira (25), para falar sobre a decisão de cancelar as aulas presenciais. "Conforme o Decreto 05/2022, assinado nesta terça-feira (25), devido ao aumento de casos de COVID-19 em todo Estado de Pernambuco, as aulas presenciais das escolas no âmbito do Município do Carpina devem ser suspensas até o dia 14 de março de 2022, mantendo-se a modalidade de aulas on-line até o fim do período". 

No entanto, de acordo com a nota enviada ao LeiaJá pela Secretaria de Educação do Recife, as atividades presenciais na capital pernambucana estão mantidas e terão início no dia 4 de fevereiro. "A Secretaria de Educação informa que as aulas para os estudantes da rede municipal de ensino do Recife começam no dia 4 de fevereiro e, neste momento, será no formato presencial, respeitando o protocolo sanitário. A gestão municipal informa também que está observando o cenário pandêmico e, caso seja necessário, novas diretrizes para este início de ano letivo podem ser anunciadas".

A reportagem também entrou em contato com as prefeituras de Jaboatão do Guararapes e Olinda. Entretanto, recebemos apenas o retorno da primeira. De acordo com a assessoria a gestão de Jaboatão, uma reunião com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) será realizada nesta quinta-feira (27) e, após o encontro, será divulgado um direcionamento para o ano letivo no município.

Levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, divulgado nessa terça-feira (30), trouxe respostas da população recifense a respeito da pandemia da Covid-19. Um dos recortes revelou que para 67% dos moradores da capital pernambucana, aulas presenciais em escolas, universidades e faculdades devem ser proibidas, enquanto 29% dos entrevistados preferem o retorno das atividades e 4% não responderam

A pesquisa foi realizada no período de 23 a 27 de março deste ano, por telefone, com 600 colaboradores. Quarenta e dois por cento dos participantes têm ensino médio completo ou superior incompleto, 23% concluíram a graduação, mesmo percentual dos que finalizaram o fundamental I. Onze por centro dos participantes chegaram ao nível fundamental II ou apresentaram o ensino médio incompleto.

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O Governo de Pernambuco detalhou nesta quarta-feira (31) o cronograma de volta às aulas presenciais para escolas, cursos livres e universidades. As instituições de ensino superior, por exemplo, podem retomar as atividades a partir de 5 de abril, devendo oferecer também o ensino híbrido como opção. As mesmas data e recomendações servem para os cursos livres.

Também de forma gradual, as escolas privadas poderão voltar às programações presenciais a partir de 5 de abril, enquanto a rede estadual de ensino apenas retornará no dia 19 do mesmo mês.

As escolas municipais de ensino voltarão a partir de 25 de abril. O Governo de Pernambuco informou que a definição do cronograma a partir dessa data ficará a cargo de cada cidade. Em todos os níveis educacionais, além pedir a disponibilização ensino híbrido, o Estado exige que sejam seguidos os protocolos de segurança contra o novo coronavírus, tais como distanciamento social, uso de máscaras e utilização de álcool em gel.

Outros dados

O estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU também revelou que 92% dos entrevistados conhecem alguém que já foi infectado pelo vírus, bem como 76% dos recifenses afirmam ter medo de ser contaminados pela Covid-19. O levantamento mostra, ainda, que quase 70% dos entrevistados nunca foram testados, ficando impedidos, dessa forma, de saberem se tiveram ou não a doença.

A pesquisa confirma mudanças de hábitos na população, que diante da necessidade do isolamento social para conter a pandemia, precisou passar mais tempo em casa. Por isso, de acordo com o estudo, cresceu a audiência de filmes e programas jornalísticos, que se tornaram a preferência de 53% e 66% dos entrevistados, respectivamente.

A vacinação para prevenção à Covid-19 também foi pauta da análise. Segundo o levantamento, 79% dos recifenses pretendem tomar o imunizante. De acordo com a Prefeitura do Recife, até o fechamento desta matéria, 210.522 pessoas foram vacinadas na cidade.

Na levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, foram entrevistados recifenses acima dos 18 anos. O Instituto reforça que o resultado final apresenta 95% de confiabilidade, com margem de erro calculada em quatro pontos percentuais.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou que irá disponibilizar materiais para que professores de educação física possam dar continuidade aos exercícios com os alunos a distância. Com atividades que podem ser feitas de forma segura em casa ou na escola, o material tem o download gratuito.

Levando em consideração os diferente perfis de alunos, o programa conta com 70 sugestões de exércitos que vão desde yoga até boliche com materiais alternativos. A prática de exercícios físicos, segundo o MEC, reforça a imunidade.

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Além das aulas, vão ser realizados bate-papos com professores de educação física para trocar ideias do que tem funcionado nas metodologias e o que pode ser melhorado. Todo conteúdo pode ser acessado gratuitamente através do site Impulsiona, parceiro do MEC na produção do conteúdo.

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) informou que durante o período de quarentena no estado, que vai do dia 18 ao dia 28 março, as aulas da rede pública estadual de ensino seguirão sendo realizadas remotamente conforme o planejamento das escolas.

Segundo a gestão pública, os alunos e as instituições continuarão recebendo o suporte do Educa-PE, plataforma que transmite ao vivo na TV e na internet conteúdos para o ensino fundamental e médio. Assim como do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), sistena que reúne materiais de apoio pedagógico e videoaulas. A Secretaria ressalta que as escolas possuem autonomia para criar suas próprias estratégias para ajudar os alunos conforme a realidade de cada local.

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Com o novo decreto estadual, a autorização de retorno presencial dos alunos do ensino fundamental e infantil da rede pública seguirá suspensa. A gestão afirma que um novo calendário será anunciado após o fim do novo decreto.

A maior parte das escolas públicas municipais já iniciou ou deverá iniciar o ano letivo de 2021 de forma remota ou híbrida, mesclando o ensino presencial e o remoto. O acesso à internet e a infraestrutura escolar são, no entanto, desafios para as redes de ensino e estão entre os maiores problemas enfrentados no ano passado. As informações são de pesquisa da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) divulgada nesta quarta-feira (10). 

O estudo, realizado com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Itaú Social, ouviu 3.672 dos 5.570 municípios brasileiros. Neles, as aulas estão sendo retomadas, na maior parte dos casos, até este mês. As redes municipais concentram a maior parte das matrículas das creches, pré-escolas e ensino fundamental públicos. 

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A maior parte das redes de ensino municipais (63,3%) já iniciou ou planeja começar o ano letivo de 2021 de forma remota. Cerca de um quarto das redes (26,3%) pretende adotar o ensino híbrido. Apenas 3,8% querem retomar as aulas de forma presencial e 6,6% ainda não definiram. 

A pesquisa foi feita entre 29 de janeiro e 21 de fevereiro. Desde então, segundo o presidente da Undime, Luiz Miguel Martins Garcia, o cenário, com o agravamento da pandemia em todo o país, pode ter mudado o planejamento do ano letivo em diversas localidades. A pesquisa mostra, no entanto, a intenção dos municípios e como eles estão se preparando para o ano letivo de 2021.

“Nós entendemos que, nesse momento, não temos segurança nem informação para garantir com segurança as aulas presencias”, diz Garcia.

O vice-presidente da Undime, Marcelo Ferreira da Costa, acrescenta que cada município tem uma situação diferente e que isso deve ser levado em consideração na hora do planejamento do ano letivo. Apesar das realidades locais distintas, é preciso um esforço conjunto (federal, estadual e municipal) para que as crianças e os adolescentes tenham acesso à educação. Ele reforça ainda a importância da imunização dos docentes.

“Se achamos que é tão importante que a escola volte e se damos a importância que dizemos, tínhamos que investir no processo de vacinação. É preciso trazer os professores mais para frente, senão não conseguiremos garantir a segurança para conseguirmos voltar”, defende.

Protocolos

Mesmo que ainda não retomem o ensino presencial imediatamente, o estudo mostra que 33,9% das redes de ensino definiram os protocolos de segurança sanitária que irão seguir. A maioria (59,6%), no entanto, ainda está discutindo as medidas e 6,5% não iniciaram esse processo. Já os protocolos pedagógicos para a volta às aulas presenciais estão sendo discutidos por 70,4% das redes, já foram concluídos em 22,7% delas e não foram iniciados em 6,9%.

“Independentemente de as escolas estarem com atividades presenciais ou não, é preciso ir atrás de estudantes que não tiveram atividades escolares em 2020. É preciso ir atrás desses meninos e meninas que não tiveram atividades nem mesmo impressas ou por WhatsApp, porque a gente corre um risco enorme de voltar a mais de 15 anos atrás no número de crianças e adolescentes fora da escola”, diz o chefe de Educação do Unicef no Brasil, Ítalo Dutra. 

Dificuldades

Segundo os dados levantados, o acesso à internet e a infraestrutura escolar foram os maiores desafios das redes municipais de educação em 2020. Esses problemas terão que ser enfrentados também este ano.

Em relação ao acesso à internet, 78,6% das redes respondentes identificaram um grau de dificuldade de médio a alto nesse quesito. Quase a totalidade dos municípios (95,3%) declarou que as atividades não presenciais de 2020 foram concentradas em materiais impressos e orientações por WhatsApp. Os números mostraram, no entanto, que as redes têm recorrido mais a esses recursos, na falta de conexão. Em pesquisa realizada em maio de 2020, com uma pergunta semelhante, foi apurado que 43% das redes municipais apontavam os materiais impressos como parte da estratégia.

"São condições muito limitantes. Imagine uma criança, nos anos iniciais da alfabetização, com um a professora se desdobrando e mandando orientações por WhatsApp", ressalta a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, Patricia Mota Guedes.

As organizações defendem a sanção do Projeto de Lei 3447/2020, que permite que recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) sejam direcionados para estados e municípios para garantir a conectividade de crianças e adolescentes de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), bem como daqueles matriculados nas escolas das comunidades indígenas e quilombolas, e professores da rede pública.

“Ampliar o acesso à tecnologia é ampliar a possibilidade de fazer com que a educação vá para ambientes além da sala de aula”, diz o presidente da Undime.

Além da internet, outras dificuldades foram apontadas pelas redes de ensino como adequação da infraestrutura das escolas públicas municipais. As redes afirmaram ter dificuldades de nível médio a alto em planejamento pedagógico (58,4%); acesso dos professores à internet (52,6%); formação dos profissionais e trabalhadores em educação (54,5%); e, por fim, a reorganização do calendário letivo 2020 e 2021 (30,1%), que aparece como a menor das dificuldades.

O ano de 2020 e a pandemia de coronavírus (Covid-19) pegou muitos alunos de surpresa e, de imediato, muitos precisaram se adaptar a uma nova realidade de estudos, com auxílio tecnológico, para continuarem a acompanhar as aulas.

Com a chegada de 2021 e a esperança da vacina, muitos aguardam pelo retorno das aulas presenciais. Mas, o modelo de ensino remoto pode prevalecer durante boa parte do primeiro semestre. "Não me sinto confortável. Percebo um certo vazio no aprendizado. Com as aulas presenciais, tanto as teóricas quanto as práticas, nosso rendimento sem dúvidas seria muito melhor", declara a supervisora de cozinha e estudante de Gastronomia, Rosilene Pereira, 42 anos, de Guarulhos (SP).

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Diante do atual cenário, Rosilene mantém o otimismo para 2021. Ela acredita que, com a vacina, será possível conter a pandemia e, em breve, todos poderão voltar à rotina em sala de aula física.

Dicas de estudos

Para os alunos conseguirem alcançar um desempenho satisfatório nos estudos remoto em 2021, a psicóloga Bianca Liberati, da Sentir Terapias Integrativas, separou algumas estratégias que podem auxiliar o aprendizado.

A primeira é montar pequenos planejamentos diários, com a ajuda de agendas, cadernos ou blocos de anotações. "Considerem os compromissos, tarefas e horários da mesma maneira que no presencial", destaca a psicóloga. Ela lembra que é importante estipular um prazo de realização para cada atividade. "Ao final de cada tarefa, se dê pequenos prêmios, como por exemplo, descansar cinco minutos".

Outra orientação é manter hábitos saudáveis e uma rotina de autocuidado, que inclui boa alimentação e descanso. "Isso é importante para o bom desempenho físico e mental do estudante", aconselha Bianca. Para os que sofrem de ansiedade, a psicóloga recomenda a prática de exercícios de respiração e meditação. "Em casos mais graves procure ajuda profissional", alerta.

Por meio de doação que será realizada pelo Universia Brasil – edtech do grupo Santander desenvolvida para auxiliar pessoas em suas trajetórias acadêmica, profissional e empreendedora -, a Universidade de Pernambuco (UPE) receberá 100 chips com pacotes de dados de seis meses, de cinco gigabytes (GB) de internet e chamadas ilimitadas. Eles serão entregues aos estudantes que utilizam o celular para acessar as aulas remotas e o conteúdo didático de suas formações.

Quem tiver interesse em solicitar o chip pode se inscrever, até 11 de janeiro de 2021, na página do programa. No formulário, o estudante deve preencher informações de identificação e o vínculo com a entidade de ensino superior. É preciso aguardar “que a Universidade de Pernambuco seja incluída oficialmente na lista de participantes”. Em fevereiro, os chips serão entregues.

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Respeitando os critérios de vulnerabilidade social, a responsabilidade para definir os selecionados ficará a cargo da UPE. No total, serão doados 10 mil chips em todo o País a universitários. A instituição de ensino comunica, ainda, que ações foram realizadas durante a pandemia para garantir o acesso remoto aos alunos, como oferta de dados móveis para quase 5 mil estudantes e fornecimento de R$ 1 mil por aluno para uma média de 500 discentes, para compra de computadores.

“Por conta da pandemia, a UPE disponibilizou a oferta de dados móveis para 4.803 estudantes. Cerca de 500 alunos receberam R$ 1 mil cada para compra de computadores, melhorando o acesso às aulas não presenciais. Todos os matriculados na universidade também passaram a ter e-mail institucional (upe.br), facilitando o acesso às plataformas de conteúdo digital”, detalhou a instituição de ensino. 

Em 8 de fevereiro de 2021, será iniciado o primeiro semestre letivo de 2020 da UPE, que será realizado até o dia 22 de maio. O período de 2020.2 começará em 14 de junho e terminará no dia 16 de setembro. Já o primeiro semestre de 2021 terá início em 13 de outubro; os aprovados na UPE em 2021 por meio do Enem/Sisu começarão o ano letivo nesta data.

De acordo com a nota publicada pela instituição em seu site, os alunos de graduação presencial que não possuírem os equipamentos adequados, com limitações técnicas, poderão utilizar os laboratórios de informática das unidades da UPE para realizarem suas atividades de ensino remoto, obedecendo às normas sanitárias e os rodízios estabelecidos por cada campus.

Os professores da rede estadual de ensino em Pernambuco, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), decidiram que não irão retomar as aulas presenciais para estudantes do terceiro ano do ensino médio na próxima quarta-feira (21). A decisão contraria o que determinou o Governo do Estado.

A decisão foi tomada após a realização de uma assembleia virtual da categoria, iniciada às 14h30 desta segunda-feira (19). Os educadores temem os efeitos da Covid-19 contra eles e os estudantes.

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Dessa forma, os docentes continuam em greve para atividades presenciais. O Sintepe informa que a categoria pode desempenhar atividades remotas. Confira, na íntegra, a nota enviada ao LeiaJá pelo grupo sindical:

Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação decidiram iniciar nova Greve em Defesa da Vida a partir da 0h do dia 21 de outubro próximo. A decisão foi proposta pela direção do Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) e seguida por 92% dos participantes da Assembleia. Outros 5% não aprovaram a Greve e 3% se abstiveram.

Além da greve, o Sindicato continuará fazendo a verificação das condições sanitárias das escolas e o debate com o Governo Estadual sobre o Piso Salarial, a Instrução Normativa nº 7 e o trabalho remoto, dentre outros assuntos. Na última assembleia, concordou-se em criar uma comissão paritária entre representantes do Sindicato e da Secretaria de Educação.

A comissão verificou cerca de 440 escolas, mas o Sintepe avalia que é preciso verificar 100% das unidades que ofertam o ensino médio. A diretoria, os núcleos regionais, delegados municipais e os representantes setoriais do Sintepe retornarão às escolas para fazer novas verificações das condições de trabalho. No dia 23 de outubro haverá nova Assembleia às 9h.

Por sua vez, o Governo de Pernambuco se mostrou contrário à greve. A gestão ainda garantiu que as aulas deverão ser retomadas na próxima quarta-feira. Confira a posição.

Pesquisa com professores que lecionam em 26 estados e no Distrito Federal, em 118 cidades brasileiras, mostra que 82,4% deles se sentem extremamente ou muito confiantes com relação ao seu preparo técnico para o ensino online, enquanto, no início da pandemia do novo coronavírus, 52,9% se sentiam totalmente despreparados, ou muito pouco preparados tecnicamente, quando as aulas virtuais se iniciaram em março, como forma de evitar a disseminação do vírus.

Com relação ao tempo de preparo das aulas, 96,6% dos professores relataram impacto, o que certamente contribuiu para o desgaste físico e emocional, enquanto 3,4% disseram que não tiveram prejuízos. Já com relação à duração de tempo de aula, 76.6% afirmaram que o tempo de preparação sofreu impacto e 23,1% responderam não ter tido influência na duração de tempo de aula.

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A pesquisa foi realizada pela International School e contou com o apoio do edc Collab - Educational Development Centre, plataforma colaborativa co-criada em 2019 por professores de todo o país.

Aos mais de 300 professores indagados na pesquisa, 49,5% têm atuação direta na educação infantil, 63,40% no fundamental e 11,70% no ensino médio. Dados colhidos na pesquisa mostraram o tipo de dispositivos utilizados pelo professor nas aulas online, sendo 19,7% desktop com internet, 83,7% laptop com internet, 45,5% celular com internet e 7% tablet com internet. Cerca de 66.8% disseram não compartilhar esses mesmos dispositivos com algum membro da família e 33.2% afirmaram o contrário. A pesquisa foi realizada em agosto deste ano, e contou com 325 participantes.

Saúde mental dos professores

De acordo com a pesquisa, 91,7% confessaram ter procurado ajuda psicológica durante esse período e 8,3% não buscaram plataformas de aconselhamento de saúde mental. Quando perguntados o quão se sentem preparados emocionalmente desde o início da pandemia até os dias atuais, o cenário é positivo. Entre  os entrevistados, 64,6% relataram que no início das aulas remotas se sentiam totalmente ou muito inseguros emocionalmente, ao passo que, hoje, a percepção é outra: 58,5% se sentem muito ou totalmente confiantes, um dado que surpreendeu positivamente.

“A área da educação foi uma das mais afetadas nesse contexto, e para os professores, o peso é ainda maior: as expectativas depositadas foram enormes, pois esperava-se que eles resolvessem todas as questões educacionais, ajudando alunos a continuar aprendendo como antes - em um contexto totalmente diferente – e sem terem tido, na maioria dos casos, a oportunidade de receber formação adequada prévia para iniciar as aulas remotamente”, comentou a gerente do Educational Development Centre da International School, Catarina Pontes.

Diante dos obstáculos da profissão, esse sentimento tem mudado e sido positivo, opina Catarina. “Esses números nos mostram que, apesar de a situação estar longe de ser ideal, nossos camaleões estão superando as dificuldades outra vez e, também, ilustram a importância da formação dos docentes”.

Com relação às escolas oferecerem alguma formação extra neste período, 46.2% dos respondentes disseram que não receberam e 53.8% – confirmaram que foi oferecida. Já com relação a se haviam feito algum outro curso fora do colégio de atuação, 31.1% afirmaram que não buscaram e 68.9% responderam que aderiram a outros estudos de aperfeiçoamento neste período. Já no quesito desenvolvimento profissional 17,2% não se aprimoraram durante esse tempo, enquanto 82.8% sentiram necessidade de recorrer a essas ferramentas.

Apesar de relatar dificuldades com a rotina e sentir piora do ensino remoto quando comparado às aulas presenciais, a maior parte dos estudantes do ensino básico alega que só deseja retornar à sala de aula quando existir uma vacina para prevenir a Covid-19. A constatação é de dados levantados por um estudo feito pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) com 5.580 estudantes, professores e pais ou responsáveis sobre atividades remotas na educação básica em 2020, entre escolas públicas e privadas.

A pesquisa, que foi feita de 24 de agosto a 15 de setembro, mostra que 67,07% atribuem à dificuldade em estabelecer e organizar a rotina diária e 72,61% consideram que o ensino piorou se comparado às aulas presenciais, com mais atividades do que é possível dar conta (58,32% relataram esse aspecto). Apesar disso, o estudo mostra que 68,11% dos alunos só querem retomar às aulas presenciais quando existir vacina para a Covid-19.

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Questionados sobre o que afeta a aprendizagem durante a pandemia, 67,07% atribuem à dificuldade em estabelecer e organizar a rotina diária. A maioria (91,95%) alega possuir smartphone, mas o percentual de estudantes com banda larga é menor: 63,53%, enquanto 25,80% utilizam a conexão de outras pessoas para estudar. 

Professores

Quase todos (94,83%) os professores consideram que seu papel é interagir virtualmente com os estudantes a fim de manter o processo de ensino e aprendizagem. As dificuldades impostas pela pandemia, no entanto, têm feito com que muitos se sintam abatidos, tristes e desanimados (52,52%) contra 34,80% que se sentem bem, sem alterações de saúde mental durante a pandemia.  

Em razão da suspensão das aulas presenciais, 94,89% adotaram atividades remotas emergenciais. No que diz respeito aos meios digitais utilizados, 61,98% das escolas que adotaram um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) utilizam Google Classroom e somente 4,34 não utilizam AVA. Outras ferramentas frequentemente utilizadas pelos professores são o Whatsapp (87,77%), Google Meet (75,10%), e-mail (45,02%), Zoom (27,81%) e Instagram (21,35%).

Pais e responsáveis

A maior parte dos pais ou responsáveis legais cuida de alunos que estão no ensino médio (62,21%). Dentre eles, 77,47% são oriundos de escola pública estadual. A maioria (87,84%) diz que sempre participava da vida escolar do estudante, mas comparadas as aulas remotas e presenciais, 51,53% consideram que piorou essa vida escolar e 41,08% acham que manteve a mesma qualidade.

Gestores

O levantamento compreendeu 90,03% dirigentes de escola pública estadual e 3,32% de escola privada. Quando perguntados sobre a sua própria saúde mental nesse período, 43,53% afirmam se sentirem normal e 45,92% relatam piora, com desânimo e tristeza.

 A maioria dos gestores de escolas afirmou que as escolas nas quais atuam realizaram atividades remotas regulares. A maior parte (62,12) das instituições adotou alguma estratégia para atender os estudantes sem acesso à internet, disponibilizando materiais impressos a serem retirados pelos alunos ou responsáveis. 

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--> PE vai recorrer da decisão que suspende volta às aulas

O Colégio de Aplicação (CAp) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai retomar, na quarta-feira (16), de forma remota, as aulas de todas as turmas, com exceção dos alunos na terceira série do ensino médio, que já voltaram às atividades desde o dia 17 de agosto. O retorno foi decidido nesta segunda-feira (14) em duas reuniões de pais de alunos dos ensinos fundamental e médio.

O Cap disponibilizará, neste terça-feira (15), encontros para acolhimento em três horários: das 9h às 10h para alunos dos 6º e 7º anos; das 10h30 às 11h30 para alunos dos 8º e 9º anos; e das 10h30 às 11h30 para alunos dos 1º e 2º anos. À tarde, das 14h às 15h30, haverá um plantão para tirar dúvidas sobre as plataformas que serão usadas para as aulas remotas: Google Meet e Classroom.

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Para tirar as dúvidas dos estudantes e dos familiares, o Colégio lançou uma cartilha com orientações gerais para o estudo remoto. O Cap fica localizada na Avenida da Arquitetura, sem número, na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife.

No Twitter, vários estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) alegaram, nesta sexta-feira (4), que não estavam conseguindo se matricular nas disciplinas, agora ministradas de forma remota, por falta de vagas. Segundo os alunos, a instituição de ensino está ofertando poucas vagas para turmas com grande número estudantes.

“Estou abismado que eu só consegui pegar uma matéria”, relatou um internauta. “Hoje conseguindo pegar 6 matérias, 5 delas obrigatórias, eu realmente tô me sentindo A PRIVILEGIADA, infelizmente só vi mais uma pessoa que conseguiu essa proeza. Vamos lá Ufba, ajuda todo mundo a se formar”, escreveu outro.

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As reclamações, rapidamente, subiram a hashtag 'UFBA' que estava nos assuntos mais comentados no Twitter. Assim como em outras instituições de ensino, a UFBA teve suas atividades presenciais paralisadas em virtude do novo coronavírus. Agora, de forma remota, a Universidade passou a oferecer as aulas.

Posicionamento

Diante da situação, a UFBA divulgou um comunicado afirmando que reabrirá o Sistema Acadêmico da Universidade (Siac) para que os estudantes possam resolver tais problemas. Confira, abaixo, o comunicado na íntegra:

Senhores (as) Chefes de Departamento e Coordenadores Acadêmicos, diante dos problemas relativos ao planejamento das turmas e da matrícula dos alunos, reportados por alguns departamentos e coordenadores de cursos de Graduação, e devido ainda ao caráter atípico do Semestre Letivo Suplementar, a SUPAC/STI decidiram reabrir o SIAC para que os colegiados possam resolver tais problemas no período de 04 a 09/09, de acordo com o cronograma abaixo:

ATENÇÃO: Não será possível alterar horário de turma, pois já existem alunos matriculados.

08 e 09/09 Criação de turma (disciplinas não incluídas e novas turmas de disciplinas já oferecidas), inclusão de novos colegiados (inclusive 008 – alunos de pós cursam disciplina de graduação)

de 08/09 a 06/10 (até 25% do SLS) Ampliação de vagas em turmas, matrícula pelo Colegiado de Curso, Alocação docente pelos Departamentos/Coordenação Acadêmica

Obs: Caso haja necessidade de exclusão de turma, o Departamento/Coordenação Acadêmica deve primeiramente verificar se há alunos matriculados e contactar os seus devidos Colegiados para que estes desmatriculem os discentes. Com os alunos desmatriculados, o Departamento/Coordenação Acadêmica poderá efetuar a exclusão da turma desejada.

1.Aluno de Pós-Graduação (SIGAA) - Disciplina (SIAC): a. o departamento ou equivalente deverá criar o pedido e a oferta sob o colegiado 008 (alunos de pós cursam disciplina de graduação), após a inclusão das vagas, deverá informar ao Programa demandante da vaga que deverá entrar em contato com o NAREP (narep@ufba.br) para providências de matrículas. b. o registro de notas dos alunos de Pós-graduação que cursarem disciplina da Graduação será realizado pelo NAGA (naga@ufba.br). Superintendência de Administração Acadêmica

As aulas em escolas públicas e privadas tiveram que adotar o regime de aulas remotas por conta da pandemia do Covid-19. Diante deste cenário, muitos pais encontram dificuldades em orientar os seus filhos, para que eles consigam absorver o conhecimento do ensino a distância de maneira satisfatória.

No início das aulas remotas, a securitária Karina Celiberti, de São Caetano do Sul (SP), teve que acompanhar os estudos de sua filha Julia Carbonari, de 11 anos. A menina não era habituada ao uso do computador e, além disso, outros problemas surgiram, como as frequentes quedas na conexão de internet. 

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Outro problema da securitária foi manter a concentração da filha em disciplinas que não eram do agrado de Julia. “Ela estuda no quarto dela e às vezes eu entrava e ela estava olhando para borboletas passando”, conta.

Karina Celiberti tem se desdobrado para ajudar a filha Julia a acompanhar as aulas online. Foto: arquivo pessoal.

Karina acredita que o fato de os pais participarem das aulas junto com os filhos pode deixar as crianças pouco à vontade para participar e tirar dúvidas. Para ajudar a filha, a securitária adotou um papel de segunda professora. 

“Nestes primeiros meses, eu comecei a estudar em um nível muito maior, já que antes era apenas algumas dúvidas”, comenta.

Apesar de já terem superado algumas dificuldades, mãe e filha ainda não encontraram o caminho para tirar o máximo proveito das aulas remotas, mas a securitária afirma que tem se esforçado para orientar sua filha da melhor maneira possível.

Dicas

Segundo a pedagoga Suéller Costa, a casa dos alunos é cercada não apenas pela família, mas também por animais de estimação, brinquedos, videogames e barulhos externos, que podem prejudicar a concentração no horário de aula. Diante disso, a colaboração dos pais tornou-se fundamental neste período de distanciamento social.

Uma dica fundamental é reservar um espaço para estudos com todo o material escolar e computador. Os pais podem ajudar a personalizar esse local e deixá-lo atrativo, afinal, o aluno passará cerca de quatro a cinco horas por dia nesse ambiente.

“Coloque bilhetinhos coloridos com alerta sobre os trabalhos a serem feitos; um cartaz com o horário escolar e os dias da semana com as respectivas matérias a serem estudadas; uma listinha com o nome de todos os professores e reserve um mural para escrever os recadinhos necessários”, orienta a pedagoga.

Suéller destaca que os pais podem escrever todos os dias um bilhete para seus filhos, com uma mensagem de incentivo aos estudos.

Outra dica é montar um cronograma de atividades, com períodos para estudos, intervalos, atividades de lazer e momentos em família. É importante seguir o horário de estudo dos filhos em tempos normais.

“Os pais, aos poucos, administram esse cronograma e o acompanham, mas logo os educandos já se adaptam e os filhos se conduzirão sozinhos”, indica a pedagoga.

Regras

Além do cronograma, a especialista recomenda também estabelecer regras dentro de casa. Todos devem seguir o cronograma estabelecido e os irmãos precisam respeitar os horários de estudos uns dos outros.

“Não dá para parar a rotina dentro casa, mas estabeleça acordos, como não falar alto, tentar fazer o mínimo de barulho, respeitar as atividades de todos”, aconselha.

Nesse período, os pais devem manter contato com os professores, para poder compartilhar todas as experiências, dificuldades e desafios. “Há mais de cem dias de ensino remoto, muitos alunos já estão desanimados, e o incentivo de todos os envolvidos neste processo de aprendizado é importante, por isso a parceria entre educadores e familiares é essencial”, destaca.

Acompanhar os filhos no atual momento também é indispensável, não apenas em suas tarefas escolares, mas os pais precisam ficar atentos aos aspectos emocionais, que têm abalado tanto jovens quanto adultos.

“Dialogue sempre, para entender os dilemas de cada membro familiar. Seja aberto para entender as dificuldades, que podem ser em todos os âmbitos, e compartilhe com o seu filho o que também está sentindo”, recomenda Suéller.

É importante buscar maneiras de amenizar o estresse causado pelo isolamento social, com momentos de diversão em família. “Não deixem que a pressão gerada pelo isolamento social impeça as gargalhadas, as brincadeiras, as interações e os momentos únicos em família, essenciais para a formação dos educandos, que terão muitas histórias para contar sobre este momento único”, aconselha.

No Twitter, vários alunos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) alegaram, nesta quarta-feira (19), que não estavam conseguindo se matricular nas disciplinas, agora ministradas de forma remota, por falta de vagas. Segundo os estudantes, a instituição de ensino está ofertando poucas vagas para turmas com grande número de alunos.

“Após 5 meses de espera a UFPE deixa de fora das aulas on-line, por FALTA DE VAGAS, isso mesmo, falta de vagas em aulas on-line, boa parte do corpo discente. É inacreditável e inaceitável”, reclamou um internauta. “Mais de 25 pessoas da minha sala não conseguiram vagas em NENHUMA disciplina, vocês acham isso normal? Se o ensino remoto da UFPE é para todos, não sei o que é para ninguém”, escreveu outro.

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As informações, rapidamente, circularam na internet e a hashtag 'UFPE' estava nos assuntos mais comentados no Twitter. Assim como em outras instituições de ensino, a UFPE teve suas atividades presenciais paralisadas em virtude do novo coronavírus. Agora, de forma remota, a Universidade passou a oferecer ensino remoto.

Posicionamento

Em comunicado enviado ao LeiaJá, a Universidade Federal de Pernambuco se posicionou sobre as reclamações, mas não esclareceu se há um número de vagas inferior à quantidade de alunos interessados. A entidade também não detalhou os atuais números de matrículas e vagas disponíveis do período complementar. Confira, a seguir, o texto na íntegra:

Os Estudos Continuados Emergenciais formam um conjunto de medidas e estratégias educacionais excepcionais e temporárias para as atividades de ensino de graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), construídos de maneira dialogada com a comunidade acadêmica. Em relação à organização acadêmico-administrativa, a proposta geral para o Calendário Suplementar (2020.3), indica momentos importantes para os/as estudantes e para as coordenações de cursos quanto ao período de matrícula:

• 08 a 14/08/2020 - Solicitação de matrícula, através do Sig@, pelos estudantes;

• 15 a 18/08/2020 - Período de Ajustes Iniciais de oferta 2020.3 pelas Coordenações de Curso e de Área;

• 17 a 20/08/2020 - Período para concessão e solicitação de vagas pelas Coordenações de Curso e de Área para 2020.3;

• 19 a 24/08/2020 - Período para Complementação de matrícula pelos estudantes que já solicitaram matrícula entre 08 a 14/08/2020; 25 a 26/8/2020 - Ajustes finais pela coordenação de curso e de área.

O Semestre Suplementar (2020.3) contou com uma oferta de 2.259 disciplinas (através dos Estudos Continuados Emergenciais) distribuídas em 2.937 turmas e um total de 1.906 docentes.

Neste Período de Complemento de Matrícula, de 19 a 24 de agosto de 2020, a UFPE dispõe de 1.883 turmas que possuem vagas abertas para solicitação dos/as estudantes. Este período é importante para ampliação da divulgação das disciplinas que possuem vagas para o corpo estudantil, bem como para a realização de ajustes que sejam necessários na oferta de vagas.

Até o momento, a UFPE registrou 24.584 (vinte e quatro mil quinhentos e oitenta e quatro) estudantes matriculados nas disciplinas ofertadas no Semestre 2020.3 (cerca de 84% dos estudantes ativos no Sig@).

Reiteramos a importância do diálogo e registramos que a UFPE está empenhada para que o Semestre Suplementar ocorra de forma exitosa, preservando a qualidade do ensino, da aprendizagem, a saúde e a vida de todas e todos nesta travessia.

Nesta quarta-feira (19), o Ministério da Educação (MEC) informou que, atualmente, das 69 universidades, 47 estão com as atividades de forma remota, o que representa 68,1% do total. Isso significa que mais da metade das universidades está contribuindo para que um total de 794 mil alunos, 71 mil professores e 89 mil técnicos estejam estudando, dando aulas ou trabalhando de casa, respeitando as determinações sanitárias locais e contribuindo para a saúde da comunidade acadêmica.

De acordo com o MEC, na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, 22 das 41 instituições estão com as atividades remotas, o que corresponde a 53,6% do total. Neste caso, estuda ou trabalha de casa um total de 514 mil alunos, 24 mil professores e 19 mil técnicos. “Para apoiar a Rede Federal na estruturação das atividades não presenciais, já destinamos R$ 20 milhões, que vão atender a demandas das instituições de ensino por equipamentos para conectividade, projetos de inclusão digital, entre outros”, explicou o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Ariosto Culau, segundo o MEC. 

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“Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC tem adotado medidas para criar condições mais favoráveis ao retorno das atividades acadêmicas nas universidades federais por meio de TIC/remotas, como por exemplo, expedição de normas, liberação de recursos e conectividade de internet para alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Logo teremos todos os estudantesis das nossas univerdades de volta às aulas, em segurança e respeitando as orientações dos órgãos de vigilância sanitária”, comentou o secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas de Souza, também segundo informações divulgadas pelo MEC. 

Desde o início do recolhimento social, o MEC acompanha a evolução das instituições que saem do status de “aulas suspensas” ou “parcialmente suspensas” para aulas “TIC/remotas”. Para isso, foi criado um painel de monitoramento com objetivo de garantir a transparência das informações a quem tenha interesse em checar o funcionamento não só das 69 universidades federais brasileiras, como das 41 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, além das ações desenvolvidas por essas instituições para o enfrentamento ao novo coronavírus. Por meio do painel de monitoramento é possível acessar o Protocolo de Biossegurança para servir de modelo às instituições que organizam o retorno presencial das atividades. 

Também é possível se informar a respeito das colações antecipadas dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia, autorizadas pelo MEC por meio da Portaria nº 374 de 03 abril de 2020. O Ministério reforçou que os números descritos foram extraídos do painel de monitoramento desta terça-feira (18), um dia após anunciar o fornecimento de internet a, inicialmente, 400 mil alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) dará início, a partir desta segunda-feira (17), as atividades de ensino do calendário letivo 2020. O ensino retornará de forma remota para todos os 22.918 estudantes dos cursos ofertados pelo instituto. 

O retorno nesta segunda é para os campi de Abreu e Lima, Afogados da Ingazeira, Barreiros, Cabo de Santo Agostinho, Garanhuns, Ipojuca, Igarassu, Olinda, Pesqueira, Palmares e Vitória de Santo Antão. Já os polos de Educação a Distância (EaD), esse início será na quarta-feira (19); no Campus Paulista, no dia 24 de agosto; e nos Campi Belo Jardim, Caruaru, Jaboatão dos Guararapes e Recife, no dia 31 do mesmo mês.

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As aulas serão realizadas através das plataformas digitais como Moodle, Google Sala de Aula, entre outros. Os materiais didáticos ficarão disponíveis para os alunos nas plataformas. Para atender e incluir a todos, em especial os que não têm acesso à tecnologia digital, os campi do IFPE, quando necessário, poderão enviar materiais didáticos para a casa dos estudantes, como livros, trabalhos escolares, fichas, roteiros de estudo e lista de exercícios

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