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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) promove seleção para mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Análise curricular e exame de títulos estão entre as etapas do processo seletivo, cujas inscrições poderão ser feitas do dia 21 deste mês até 2 de junho.

. De acordo com a UFPE, o mestrado conta com 13 oportunidades, assim como o doutorado. “As vagas são distribuídas entre as linhas de pesquisa ‘Produção e Controle de Medicamentos’; ‘Obtenção e Avaliação de Produtos Naturais e Compostos Bioativos’ e ‘Planejamento e Síntese de Fármacos’. O programa também disponibiliza duas vagas adicionais para servidores ativos e permanentes da UFPE, sendo uma vaga para o mestrado e a outra para o doutorado”, detalhou a instituição de ensino. A previsão de divulgação do resultado final é para o dia 11 de junho.

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As aulas serão realizadas no Campus Recife da UFPE, localizado na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária. Mais informações devem ser obtidas no edital da seleção.

O Programa de Educação Tutorial do Curso de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PET-Química/UFRN) está com vagas abertas para os estudantes que queiram ter aulas de reforço de algumas disciplinas de junho a outubro deste ano. Com 200 vagas, as aulas terão carga total de 100 horas, e serão ministradas por bolsistas do Programa.

Os interessados podem se inscrever pelo portal da universidade. A formação é voltada para os estudantes que apresentam dificuldade em compreender os assuntos exigidos no curso.

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O PET-Química procura evitar o alto índice de evasão da graduação devido a esse fator. Dentro do programa aulas, serão abordados assuntos de Atomística, Matemática, Estequiometria, Phyton, Inglês e Excel. 

O planejamento é baseado em aulas expositivas e exercícios de fixação. Mais informações sobre o reforço podem ser obtidas no site da instituição de ensino.

A Universidade de Pernambuco (UPE) realizará o minicurso remoto sobre 'Desigualdade de Gênero e Direitos Sexuais', nos dias 19, 20 e 21 de maio, das 19h as 22h. As inscrições podem ser realizadas de maneira gratuita.

Com a proposta de discutir questões de cidadania, violência sexual, direitos humanos e políticas públicas, o minicurso é gratuito e dará direito a certifico de carga de 10 horas, sendo emitido se o participante estiver presente em 70% das atividades. O acesso será enviado no ato da inscrição.

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Confira as palestras e palestrantes confirmados:

19.05 - Desigualdade de gênero e cidadania - Drª Fabiana Leite (OAB/ESA)

19.05 - Direitos humanos e gênero - Drª Rebeca Lins (UPE/ LIGEDDH/ Grupo Mulheres do Brasil)

20.05 - Violência sexual de gênero - Drª Gisele Araújo (OAB/ Centro Clarice Lispector/ Grupo Mulheres do Brasil)

20.05 - Políticas públicas para mulheres - Drª Adriana Rocha (OAB/Unicap/ Prefeitura do Recife)

21.05 - Abordagens práticas para gerenciamento de situações traumáticas (Foco em direito) - Drª Gisele Araújo (OAB/ Centro Clarice Lispector/ Grupo Mulheres do Brasil)

21.05 - Abordagens práticas para gerenciamento de situações traumáticas (Foco saúde mental) - Elza Alexandre (Psicóloga/ docente/Grupo Mulheres do Brasil)

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) publicou o edital, nesta sexta-feira (14), do processo seletivo para entrada em graduações do período 2021.1. Serão utilizadas notas anteriores dos candidatos no Concurso Vestibular e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos anos de 2017 a 2020, de acordo com a decisão do Conselho Universitário (Consun) de 23 de abril. 

As inscrições iniciam na próxima segunda-feira (17). A seleção oferta 2.562 vagas, que antes foram direcionadas ao Concurso Vestibular 2021, suspenso devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Por causa da suspensão, as vagas do primeiro semestre foram direcionadas para esta seleção, no entanto, está mantida a previsão do Vestibular 2021.2 para as oportunidades do segundo semestre, conforme as condições sanitárias.

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Segundo o cronograma do certame, as inscrições seguem até 30 de maio e o resultado preliminar, com a lista de aprovados, será anunciado até 19 de junho. Mais informações podem ser obtidas no edital do vestibular.

Após assembleia geral nessa terça-feira (11), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) decidiu manter a greve deflagrada no último dia 19. A paralisação cobra agilidade na imunização contra a Covid-19 aos profissionais da Educação para o retorno seguro das aulas.

Com apoio de 66% dos mais de 800 profissionais, a "Greve pela Vida" segue contra a retomada das aulas presenciais e orienta que o trabalho remoto seja mantido para dar seguimento ao calendário escolar.

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O Sintepe promete se reunir com o Ministério Público (MPPE) na próxima segunda (17), quando vai negociar um possível retorno. Ainda nesta quarta (12), a categoria vai divulgar seu "calendário de lutas", no qual apresentará os próximos atos para denunciar "o Governo Paulo Câmara e outras atividades".

O “Curso de Formação Inicial e Continuada de Introdução ao Cinema” está com inscrições abertas para aulas gratuitas. A qualificação é organizada pelo Campus Serra Talhada do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) e busca apresentar um panorama do cinema como linguagem artística.

Com previsão de início no dia 17 deste mês, a capacitação abordará pontos importantes da história cinematográfica, além de estéticas trabalhadas nas produções. No total, são oferecidas 20 vagas; caso o número de inscritos supere esse quantitativo, haverá um sorteio para selecionar os alunos.

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As aulas serão realizadas às segundas e quartas-feiras, das 19h às 22h, por meio da plataforma Google Classroom. As inscrições podem ser feitas, até o próximo dia 13, por meio de um formulário. Para mais informações, consulte o edital do curso.

“O autoconhecimento e a autoeducação para uma vida (acadêmica) feliz” é o tema central de um curso de extensão oferecido pela Universidade de Pernambuco (UPE), cujas inscrições podem ser feitas gratuitamente. No total, 60 vagas são oferecidas para aulas às quartas-feiras, das 16h às 18h, a partir do dia 16 de junho.

Estudantes da própria UPE podem participar da iniciativa. De acordo com a instituição de ensino, o curso é coordenado pela professora da Escola Superior de Educação Física (ESEF/UPE) Suzana Lopes Cavalcanti e tem como objetivo ajudar os alunos em questões que vão além dos conhecimentos acadêmicos, produzindo, dessa forma, reflexões e ações sobre o ser, pensar, sentir e agir da sociedade.

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Conhecer a si mesmo como um benefício à vida, raiva, angústia, impaciência, medo, rancor, e convivência acadêmica são alguns dos assuntos a serem trabalhados durante o evento, tudo de maneira remota. Ao final do curso, estão previstas apresentações de trabalho e exposição de produções de artes plásticas e audiovisuais.

Mais um episódio da série “Matemática básica do zero” está disponível. O assunto ensinado nesta terça-feira (11) é radiciação. O projeto, que visa ajudar os estudantes a entender melhor os assuntos essenciais de matemática para resolver questões, é uma parceria do LeiaJá com o Vai Cair No Enem e o professor Edu Coelho. Confira, a seguir, a aula:

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As aulas são disponibilizadas todas as terças-feiras, a partir das 10h, no canal do Vai Cair No Enem no YouTube e no Instagram. Os feras ainda podem contar com um material didático que os ajudarão a praticar os conteúdos ensinados.

A Universidade de Pernambuco (UPE) aprovou, por meio do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), a criação da especialização em engenharia urbana. Segundo informações publicadas pela instituição de ensino nesta quarta-feira (5), a formação será oferecida por meio da Escola Politécnica de Pernambuco (Poli), no Campus Benfica, no Recife.

Especialização lato sensu, o curso terá duração de um ano, com aulas no formato híbrido. Serão contempladas disciplinas de áreas técnicas e de formas de gestão. De acordo com a UPE, a criação do curso conta com o apoio do Governo do Estado.

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A especialização tem o objetivo de qualificar engenheiros dos municípios pernambucanos, “promovendo um movimento interno de resgate do protagonismo do setor na geração de riquezas, na criação de empregos formais e no desenvolvimento socioeconômico das cidades”. Informações sobre quantidade de vagas, grade curricular e inscrições serão divulgadas posteriormente.

A pandemia da covid-19 afetou diretamente estudantes de todo o Brasil. Impôs ensino remoto e desorganizou o planejamento curricular. A situação potencializou expectativas e disparou quadros de ansiedade em calouros de faculdades e universidades, aprovados no início deste ano.

Desde o resultado, com a divulgação dos listões, até as comemorações, tudo o que se relaciona com o vestibular precisou ser alterado em 2021. As faculdades privadas e públicas quebraram tradições para se adequar à realidade da pandemia que já matou milhares de pessoas no Estado.

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O psicólogo Raimundo Neto explica que o vestibular faz parte de um ritual brasileiro e as modificações na celebração e no formato das aulas afetaram indivíduos que sempre sonharam com aulas presenciais no ambiente acadêmico. Segundo Neto, muitos estudantes enfrentam o desânimo. “Há uma possibilidade, esse desânimo. É possível que nós tenhamos outras pessoas que consigam ingressar na faculdade e se sintam tão realizadas como se tivessem feito todo o processo de passagem de modo presencial. Então, realmente dependerá da subjetividade de cada um”, afirmou.

Esses fatores podem acionar sintomas de ansiedade nos estudantes, seja pela autoexigência ou preocupação com o curso escolhido. O psicólogo analisa a ansiedade pelos sintomas que cada pessoa apresenta e diz que respiração, meditação e tarefas de lazer ajudam a enfrentar o quadro. “Também é necessário acompanhamento junto a um profissional de saúde mental para que possa ser feita uma avaliação, além de terapias”, acrescentou Neto.

Hiago Rocha, calouro de Direito na Universidade Federal do Pará (UFPA), diz que as expectativas quanto às aulas o deixam ansioso por causa das dificuldades do ensino remoto, principalmente pela indefinição de aulas híbridas (remotas e presenciais) e as datas para o início do curso. O estudante relata que a pandemia também mudou sua percepção de comemoração do vestibular.

“Embora eu estivesse bastante feliz com o resultado, por estar realizando parte do meu sonho, que é entrar em uma universidade, o contexto que a gente está vivendo atualmente, toda essa situação de desamparo humanitário, nos puxa pra uma realidade que não conseguimos nos sentir confortável em festejar", relatou.

Pedro Albuquerque, que passou em Economia na UFPA, teme um mau rendimento em comparação com alunos anteriores que tiveram aulas presenciais. "O processo de vestibular de 2020 foi extremamente turbulento", completou.

O psicólogo Raimundo Neto ressalta a importância de administrar as emoções. Segundo ele, as angústias podem ser decorrentes do início das aulas e também do medo de contaminação – com a possível volta de aulas presenciais. "Há muitas influências nessas expectativas. Elas podem, de alguma forma, ser mais prejudiciais ou mais benéficas. É necessário fazer uma administração", finalizou.

Por Quezia Dias.

 

Nesta segunda-feira (3), tem início a última fase no plano de retorno das aulas presenciais na rede estadual de ensino de Pernambuco. As atividades pedagógicas foram retomadas para os estudantes do primeiro ano do ensino médio e do médio integrado à educação profissional, além do fundamental - sexto e sétimo anos -.

Também foi realizado o retorno do atendimento socioeducativo para as suas respectivas unidades de ensino, funcionando no formato de revezamento entre as turmas para evitar aglomerações nas escolas, em virtude da Covid-19. Todas as instituições de ensino têm autorização de retomada das atividades seguindo o Protocolo Setorial de Educação, formulado pela Secretaria Estadual de Educação (SEE), em vigor para toda a rede.

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De acordo com a SEE, as escolas da rede estadual se encontram aptas para receber os estudantes, professores e demais profissionais, seguindo os protocolos de segurança estabelecidos para evitar a contaminação do novo coronavírus. A assessoria ainda informa que as instituições de ensino terão de aferir a temperatura corporal dos estudantes, disponibilizar totens de álcool em gel pelos corredores, pias para higienização das mãos, dispenser de álcool em gel em cada entrada de sala de aula, máscara e faceshield para professores e demais profissionais, tapetes sanitizantes, cartazes de orientação, entre outras medidas de segurança sanitária.

A rede estadual de ensino conta, atualmente, com cerca de 560 mil estudantes, espalhados por 1.055 unidades. Nessa última etapa do plano de retorno das aulas, aproximadamente 270 mil alunos estão envolvidos. A retomada das aulas presenciais não é obrigatória.

A SEE reforça que a decisão fica a critério dos pais, responsáveis e do próprio aluno. As aulas virtuais continuarão disponíveis, obedecendo o modelo híbrido de ensino.

Divulgado no dia 31 de março, o planejamento de retomada das atividades educativas no Estado abarcou todas as séries e redes de ensino. As primeiras instituições que voltaram às aulas presenciais foram as da rede privada e de ensino superior, no dia 5 de abril. A rede estadual deu início à retomada no dia 19 do mesmo mês, envolvendo o terceiro ano do ensino médio e do médio integrado à educação profissional, Educação de Jovens e Adultos (EJA) médio, Travessia Médio, educação em prisões, cursos técnicos de nível médio (concomitante ou subsequente), educação infantil e fundamental anos iniciais.

Já a rede municipal pôde dar início às atividades a partir do dia 26 de abril, assim como o segundo ano do ensino médio e do médio integrado à educação profissional e fundamental anos finais (oitavo e nono anos), EJA Fundamental e Travessia Fundamental.

Movimento grevista

Contrários à retomada, professores da rede estadual estão em greve. Eles temem os riscos de contágio da Covid-19 nas aulas presenciais.

 Nesta segunda (3), são retomadas as aulas presenciais da rede estadual de ensino para jovens e crianças privados de liberdade nas unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em todo o estado de Pernambuco. De acordo com o governo do Estado, a medida considera os protocolos de convivência com a Covid-19 em vigor e possui um documento específico, elaborado pela Secretaria de Educação e Esportes (SEE), com orientações para o acolhimento de professores e alunos. Assim, cerca de 750 estudantes em internação ou internação provisória poderão voltar às aulas de forma escalonada, obedecendo a rodízios de turmas.

Por meio de sua assessoria, a Funase informou que a SEE realizou formações com professores e coordenadores educacionais das escolas que funcionam nas unidades socioeducativas, na tentativa de garantir uma melhor aplicabilidade das orientações. As instalações receberam totens de álcool em gel e demarcações relativas ao distanciamento social. O processo de retomada é acompanhado pela Superintendência da Política de Atendimento e pelo Eixo Educação da instituição.

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“Em algumas unidades de internação, como Petrolina, Garanhuns e Santa Luzia, no Recife, os professores da Secretaria de Educação e nossos profissionais técnicos já vinham trabalhando esse acolhimento desde a semana passada, em sala de aula. Mas na maior parte das unidades da Funase, as aulas presenciais serão retomadas, de forma propriamente dita, neste início de maio. É um momento muito esperado pelos estudantes e por todos nós. A escola é um espaço de trocas e diálogo por excelência, algo tão necessário no caminho desses adolescentes no sistema socioeducativo”, destaca a presidente da Funase, Nadja Alencar.

Já a gestora da Gerência de Direitos Humanos e Educação Inclusiva (GEIDH) da SEE, Vera Braga,  frisa a importância da escuta ativa dos estudantes. “A nossa proposta é que se faça uma roda de diálogo com as turmas, com orientações, com escuta qualificada. Estamos em outro cenário, lidando com jovens privados de liberdade que não tinham acesso à educação remota por cumprimento ao protocolo de medidas socioeducativas. São indivíduos isolados da sociedade e da escola, um espaço fundamental na construção de laços afetivos”, comenta.

O número de crianças e adolescentes sem acesso a educação no Brasil saltou de 1,1 milhão em 2019 para 5,1 milhões em 2020, de acordo com o estudo Cenário da Exclusão Escolar no Brasil - um Alerta sobre os Impactos da Pandemia da Covid-19 na Educação, lançado hoje (29) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) Educação.

De acordo com a pesquisa, em 2019, aproximadamente 1,1 milhão de crianças e adolescentes, com idade entre 4 e 17 anos, estavam fora da escola, o que representava 2,7% dessa população. Esse percentual vinha caindo pelo menos desde 2016, quando 3,9% das crianças e adolescentes não tinham acesso à educação.

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Em 2020, o número de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos fora da escola passou para 1,5 milhão. A suspensão das aulas presenciais, somada à dificuldade de acesso à internet e à tecnologia, entre outros fatores, fez com que esse número aumentasse ainda mais. Somados a eles, 3,7 milhões de crianças e adolescentes da mesma faixa etária estavam matriculados, mas não tiveram acesso a nenhuma atividade escolar, seja impressa ou digital e não conseguiram se manter aprendendo em casa. No total, 5,1 milhões ficaram sem acesso à educação no ano passado.

"O Brasil vinha avançando no acesso à educação e com redução progressiva da exclusão escolar. Com a pandemia, nesse progresso, que foi alcançado nos últimos anos, de repente, vemos uma volta atrás", diz a representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer.

"A gente está, cada vez mais, deixando as nossas crianças sem vínculo com a escola", complementa o chefe de Educação do Unicef, Italo Dutra. Ele ressalta que o número de excluídos hoje é semelhante à marca do início dos anos 2000, o que mostra que durante a pandemia, o Brasil corre o risco de regredir duas décadas no acesso de meninas e meninos à educação. "Estamos fazendo um alerta, como diz o título do estudo. Se a situação continuar como está, a gente volta 20 anos nos nossos avanços de acesso à escola. É muito preocupante".

Dutra explica que o estudo utiliza dados de diferentes pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por isso a faixa etária de 2020 é diferente. Foram usadas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), até 2019, e a Pnad Covid-19, referente a 2020. Não há dados do ano passado das crianças de 4 e 5 anos, que podem aumentar ainda mais o número de excluídos.

Os dados mostram outra situação preocupante, segundo Dutra, a maior incidência de crianças e adolescentes fora da escola ao final de 2020 está na faixa etária de 6 a 10 anos, 41%. A faixa etária é seguida por 15 a 17 anos, com 31,2% excluídos e por 11 a 14 anos, com 27,8% sem aulas. "O principal grupo a ser atingido é exatamente o grupo que a gente já tinha praticamente zerado a exclusão escolar", ressalta. O Brasil já havia praticamente cumprido a meta de universalizar o acesso à educação nessa faixa de 6 a 10 anos, que é quando os estudantes aprendem, por exemplo, a ler e a escrever. Dos 1,1 milhão que não estavam matriculados em 2019, cerca de 630 mil tinham entre 15 e 17 anos e 385 mil 4 ou 5 anos, que eram, então, as faixas etárias mais excluídas.

Desigualdades

De acordo com o estudo, as maiores porcentagens de crianças e adolescentes sem acesso à educação estão nas regiões Norte e Nordeste, em áreas rurais. Além disso, cerca de 70% daqueles sem acesso à educação são pretos, pardos e indígenas (seguindo a classificação do IBGE). Os dados mostram que 28,4% das crianças e adolescentes de 6 a 17 anos da região Norte estavam sem aulas em 2020. Na região Nordeste, esse percentual chegou a 18,3%. Na outra ponta, 5,1% das crianças e adolescentes dessa faixa etária na região Sul estavam sem acesso à educação. Na região Norte, em áreas rurais, a porcentagem de exclusão chegou a quase 40%.

Antes da pandemia, em 2019, a região Norte, tinha 4,3% das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos fora da escola, e a região Centro-Oeste, 3,5%. Essas regiões tinham os maiores percentuais de exclusão. O Nordeste tinha 2,7%. A região Sudeste apresentava a menor porcentagem, com 2,1% fora das salas de aula.

"As causas da exclusão escolar não estão apenas ligadas àquilo ao que o setor educacional pode dar resposta, é preciso fortalecer o sistema de garantia de direitos, [que inclui] assistência social, cultura, esporte, saúde, que contribuem para que a gente tenha as causas que levam à exclusão escolar mitigadas e para que os estudantes possam de fato estar na escola aprendendo", defende, Dutra.

O estudo faz recomendações para reverter essa exclusão, como realizar a busca ativa de crianças e adolescentes que estão fora da escola; garantir acesso à internet a todos, em especial os mais vulneráveis; realizar campanhas de comunicação comunitária, com foco em retomar as matrículas nas escolas; mobilizar as escolas para enfrentarem a exclusão escolar; e fortalecer o sistema de garantia de direitos para garantir condições às crianças e adolescentes para que permaneçam na escola, ou retornem a ela.

Reabertura de escolas

De acordo com Florence, a medida mais urgente é a reabertura das escolas. Isso deve ser feito, segundo ela, seguindo protocolos de segurança e de acordo com a situação de cada localidade, suspendendo as aulas presenciais quando necessário, usando metodologias como a híbrida, misturando aulas presenciais e remotas. Isso deve ser combinado a busca ativa daqueles que estão fora da escola, para evitar que eles deixem os estudos. "Estamos vendo o resultado com o aumento da exclusão escolar, além de de outros impactos que o fechamento das escolas têm no desenvolvimento das crianças, na aprendizagem, mas também na nutrição, na saúde mental, na socialização e na proteção contra a violência. Por isso é fundamental reabrir. [As escolas] têm que fechar por momentos pontuais", diz. Professores e outros trabalhadores em educação, ressaltam no entanto, que é preciso garantir condições seguras para retomar as aulas presenciais. Em nota, Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE) ressalta que o Brasil está entre as nações com maior letalidade na pandemia.

"É preciso garantir condições sanitárias, exames de diagnóstico sistemáticos em massa, celeridade na vacinação da população, investimento na infraestrutura física e acesso universal aos recursos tecnológicos e de conexão digital de qualidade em todas as unidades educacionais", diz a nota. Os professores e trabalhadores em educação estão entre os grupos prioritários de vacinação de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra Covid-19, elaborado pelo Ministério da Saúde.

Terminam, neste domingo (25), as inscrições para as 6.069 vagas do programa 'Qualifica Mais', destinadas aos cursos de programadores web, de dispositivos móveis e de sistemas. Gratuitas, as aulas estão previstas para iniciar no dia 24 de maio com intuito de formar profissionais aptos a ocuparem as vagas do setor de tecnologia da informação e comunicação.

Os candidatos interessados deverão preencher o formulário selecionando até duas opções de curso. Para ser elegíveis, os interessados devem ter ensino médio completo e residir nas capitais que ofertam as vagas: Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Belo Horizonte, Florianópolis, Joinville, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Campinas.

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A região Nordeste oferta 1.733 vagas, a Sudeste tem 2.349 vagas, o Sul conta com 1.654 e existem 333 em Brasília. Com cargas horárias em média de 200 horas, podendo variar de acordo com as sete instituições participantes, os estudantes terão aulas com conteúdos voltados para o desenvolvimento de competências para o mercado de trabalho, com foco no ingresso e permanência em empregos.

No curso de programador de sistemas, os alunos aprenderão temas como racionalização e automação de processos e rotinas de trabalho, além de desenvolvimento, implantação e manutenção de sistemas. O curso de programador web traz habilidades para o desenvolvimento de programação e codificação e testes de sistemas, sites e portais, além da sua manutenção, correção e montagem e testes de programas já desenvolvidos.

Já no curso de programador de dispositivos móveis, os alunos aprenderão a desenvolver e codificar softwares para plataformas Android/iOS. O programa é uma iniciativa da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação e Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade com o objetivo de suprir à demanda do setor produtivo por mão de obra qualificada na área de TIC. Para mais informações, acesse o site do programa Qualifica Mais.

As escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro retomam nesta quarta-feira (7) as aulas presenciais depois de quase duas semanas de paralisação. As escolas haviam fechado as portas no dia 26 de março por dez dias, devido ao feriado estadual decretado na cidade para reduzir a disseminação da Covid-19, e deveriam reabrir no início desta semana.

Colégios particulares reabririam na segunda-feira (5) e as unidades municipais, na terça-feira (6). No domingo (4), no entanto, uma liminar da Justiça do Rio suspendeu o retorno das aulas.

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Apenas ontem, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, autorizou o retorno das aulas presenciais.

Desde o início da pandemia, a cidade do Rio teve 21 mil mortes e 232 mil casos confirmados de Covid-19. Todos os bairros da cidade estão classificados com um risco muito alto para a doença.

Apenas 13,8% da população foram vacinados com a primeira dose até agora, de acordo com a prefeitura.

A Justiça do Rio de Janeiro determinou a suspensão do retorno das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas que funcionam no município do Rio. Creches e outros estabelecimentos de ensino estavam autorizados a abrir a partir de hoje (5), por um decreto municipal, depois do feriado de dez dias no Estado.

A decisão, em caráter liminar, foi tomada pelo Plantão Judiciário nesse domingo (4), a pedido de um grupo de vereadores e deputados estaduais. O Ministério Público do Rio (MPRJ) se opôs à suspensão.

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A Justiça considerou que o município do Rio está classificado como bandeira roxa (risco muito alto para a Covid-19) e que a taxa de ocupação de leitos de UTI para a doença é considerado “crítico” em todo o Estado.

Já está disponível a segunda aula da série “Matemática básica do zero”. O projeto é uma parceria do LeiaJá, Vai Cair No Enem e o professor Edu Coelho, que visa ajudar os estudantes a entender melhor os assuntos essenciais de matemática para resolver questões.

Neste novo episódio, o professor Edu Coelho mostra como aprender de vez a fazer divisão e multiplicação, com um conteúdo interativo e material didático para ajudar os vestibulandos a dominar o assunto. Confira:

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As aulas são disponibilizadas todas as terças-feiras, a partir das 10h, no canal do Youtube do Vai Cair No Enem e no Instagram. Os feras ainda podem contar com um material didático com questões que os ajudarão a praticar os conteúdos ensinados.

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Matemática básica do zero: confira a primeira aula

O coletivo feminino ‘Abayomi Juristas Negras’ está com matrículas disponíveis para a primeira turma da ‘MADA - Metodologia Abayomi de Aprendizagem’. A iniciativa tem como proposta oferecer, de maneira on-line, técnicas de aprovação para concursos públicos em tribunais de Justiça, com possibilidade de bolsa de até 100% para pessoas negras que comprovem baixa renda.

O projeto é fundamentado em quatro pilares, conforme informações de sua assessoria de comunicação: “o intelectual, com foco no ensino jurídico e sócio-político; o mental, que lida com os efeitos psicossociais do racismo; além do físico e do espiritual, os quais buscam resgatar a identidade e autoestima da população negra e colaborar para o rompimento de diversas crenças limitantes”. A previsão de início das aulas é para o dia 10 de abril.

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A procuradora federal e integrante do Abayomi, Chiara Ramos, é responsável pela metodologia do preparatório, além de prestar atividades de mentoring, treinamento estratégico e estudo em grupo afrocentrado. Uma das propostas é fortalecer a capacidade de leitura política dos participantes, utilizando estudo de temas que facilitam a compreensão do racismo no Brasil, focando principalmente em questões sobre o feminismo negro e o quilombismo.

Além da possibilidade de bolsas de 100%, pessoas negras que não são de baixa renda pagarão R$ 100 mensais no curso, enquanto alunos das demais etnias que estão em um curso de nível superior arcarão com R$ 250 por mês. Estudantes das demais etnias já formados investirão R$ 500.

As inscrições podem ser feitas por meio do site do coletivo Abayomi Juristas Negras. No mesmo endereço virtual é possível obter mais informações sobre as aulas.

A série “Matemática básica do zero”, fruto de uma parceria entre o LeiaJá, Vai Cair No Enem e o professor Edu Coelho, publica nesta terça-feira (23) a sua primeira aula. O educador aborda dicas sobre numerais e algoritmos. Confira o material de questões e assista à primeira aula:

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Semanalmente, os estudantes contarão com aulas gratuitas e dinâmicas sobre assuntos básicos da disciplina, além de um material didático com questões que os ajudarão a praticar os conteúdos. “A proposta é oferecer uma oportunidade para construir esse alicerce; vamos tentar trazer também informações novas, até para quem não tem dificuldade. Os estudantes vão perceber que as dificuldades vão diminuir não apenas no assunto que estamos estudando, porque a partir do momento que você treina matemática e cria uma linha de raciocínio, isso acaba ajudando em todos os outros assuntos”, comentou o professor Edu Coelho, do projeto @atocaedu.

As aulas serão publicadas todas as terças-feiras, a partir das 10h, no youtube.com/vaicairnoenem e no Instagram.

Alguns estudantes já começaram a traçar planos de estudos para a edição de 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para isso, é necessário saber como começar a estudar as disciplinas que caem na prova. A seguir, confira como dar início aos estudos da disciplina de português, com dicas do professor Felipe Rodrigues.

O docente acredita que os estudos devem ser direcionados. “Nesse começo do ano, o aluno tem tempo para pegar os conteúdos e aliar aos exercícios. Então ele pega um conteúdo específico, vê, estuda, se dedica e depois pratica. Quando chega lá para o fim do ano, a gente fecha esses conteúdos e dá foco na produção de exercícios, na produção de respostas", explica o docente.

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Felipe fala, também, sobre os assuntos a serem estudados. “Ele não deve fugir de linguística. Linguística, tipologia, gêneros, variações. Esse é o básico e são os primeiros passos. E ele não deve fugir da gramática. Gramática, morfologia e sintaxe. Essas duas questões estão sendo elencadas no Enem, principalmente com uso de coesão e coerência. Então, o estudante não deve se distanciar dessa parte morfológica, a gente chama de morfossintaxe, e ele não deve se distanciar também da parte de linguística, tipologias, estudo de gêneros, que são interessantes. Dentro de morfologia, acho que ele deve dar aquele foco rápido em revisar radical, revisar processo e formação de palavras, revisar classes de palavras, aí dentro dessas classes deve dar um ponderamento a algumas especificidades, como o uso do artigo, a importância de uma colocação pronominal, preposições, pronomes oblíquos, enfim, essas questões que são pontuáveis", detalha o professor.

O docente continua: "E aí depois ele corre para sintaxe para estudar as orações, os períodos compostos, a regência e a concordância; tudo isso pode ser trabalhado dentro da produção textual. A redação vai pedir que esses conteúdos sejam aplicados com efervescência, que sejam aplicados com precisão nessa produção textual. E aí no meio desses dois morfossintaxe de linguística, ele não pode fugir da interpretação textual”, finaliza.

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