Os debates acerca da carga que a maternidade exerce sobre as mulheres já não são mais novidade. Estão nos livros, artigos, fóruns em redes sociais. Desmistificar o trabalho materno como algo inato e que se aplica a todas as mulheres já é uma discussão em progresso, apesar de não ser amplamente aceita socialmente. Mulheres que não são e não querem ser mães são vistas e reconhecidas — mas não livre de críticas. Há, porém, um outro lado muito visto e pouco reconhecido, o lado que pertence às mulheres mães.
Acontece, a partir da maternidade, um processo de troca de forma, de mudança de identidade, pelo qual muitas matriarcas se viram passar. Enquanto outras partes da sociedade lutam ou já exercem o direito pleno de ser quem são, mulheres mães se veem diariamente perdendo um pouco da pessoa que eram para integrar a si um pouco mais do que os seus filhos são. O trabalho árduo, exaustivo, diário e permanente vai se tornando um fardo mediado pelas pequenas recompensas, também diárias, de nutrir, criar e cuidar de um ser.
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O trabalho materno, muitas vezes, nem é visto como trabalho. No entanto, estudos revelam que o trabalho doméstico associado a outras atividades, como o trabalho profissionalizante, os estudos e deveres sociais podem ser jornadas de peso duplo, até mesmo triplo, com impacto maior na vida social de mães jovens e solo. Uma pesquisa realizada pela InfoJobs, em 2021, com 1627 mulheres de idades entre 17 e 60 anos, aponta a sobrecarga em cerca de 86% das entrevistadas.
Isso se reflete em cansaço, baixo rendimento e tempo curto para assimilar as obrigações, diante de espaços familiares e de trabalho que não perdoam ou solidarizam com mães “imperfeitas”.
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A história da jaboatonense Isabel Vanessa é mais uma representada pelos números acima. Aos 23 anos, a professora de biologia é mãe de duas meninas, Flora, quatro anos, e Helena, três anos. A primeira gestação veio quando a então estudante tinha 18 anos, idade de transição entre a adolescência e a vida adulta, mas que na prática, carrega os medos de qualquer jovem em formação e que inicia a construir uma vida independente dos pais, ainda que não inteiramente.
“Eu estava no segundo período da faculdade, cheia de vontade de várias coisas e o peso de um filho parecia ser demais — e é. Sempre falo que Flora veio de uma maneira muito eufórica, muito apaixonante. É que nem o início de um primeiro amor, sabe? Quando você se apaixona com 13 anos, aquela euforia desmedida e aí eu comecei a querer ser a melhor mãe possível. Na verdade, eu queria ser a melhor mãe impossível também, porque é o que nos ensinam. Que a gente tem que ser perfeita, que tem que dar conta de tudo e que eu ia conseguir me formar, eu ia conseguir ser a melhor aluna, que eu ia conseguir ser a melhor professora, ia ser a melhor mãe, tinha que ser a melhor esposa, a melhor filha. O que era melhor para mim? Ninguém perguntou”, relata a jovem.
Diferente de muitas meninas que precisam seguir nessa missão sozinhas, Isabel teve um núcleo de suporte. Seu ex-companheiro e pai das duas crianças acompanhou todo o processo e segue mantendo um relacionamento com a família após o término. A professora também possui pai e mãe próximos, participativos no crescimento de Flora e Helena. Mas no dia a dia, a rotina é mais solitária e menos assistida. Vanessa relembra as amizades perdidas e a exclusão de círculos sociais.
“Amigos somem. Eu percebi que os meus amigos sumiram, os do pai das meninas, não. Eles continuavam a chamar para ‘rolê’, continuavam a chamar para evento social, tudo. A mim, nunca chegava um convite. Provavelmente eu rejeitaria, mas seria interessante se pelo menos convidassem. Com o tempo, os meus amigos que já não eram muitos, passaram a ser pouquíssimos. E se tornaram importantes para mim, pois são uma rede de apoio. Eram os amigos que ligavam e falavam ‘vamos mesmo assim, eu te ajudo com as meninas’, ‘vamos! Eu quero você lá’, ou quando eu não queria ir, vinham aqui. Botavam uma criança para dormir, deixavam uma criança brincar e eu podia, sei lá, sentar”, continua.
De acordo com Isabel, o que ela chama de rede de apoio é um grupo com cerca de cinco amigas que se adaptaram à rotina materna e já chegam em sua casa prontas para auxiliar com o trabalho doméstico. As visitas passaram a ser mais apreciadas quando quem chega não se importa com uma casa bagunçada ou não faz cerimônia ao lavar uma louça, varrer um cômodo, ou cuidar das meninas.
“Essas são pessoas que chegam aqui na minha casa e que não se importam se as minhas filhas estão todas sujas ou se a casa inteira está uma zona. Elas sabem que não vêm aqui na minha casa por conforto, elas chegam aqui e já vão lavando um prato, já vão se sentando, sendo babá das minhas filhas. Quando as crianças dormem, alguns amigos meus vem dormir aqui, para ficar comigo, é quando a gente pode conversar. E a gente nem sabe conversar, eu e minhas amigas. Não temos um assunto mais. Mas é importante porque são relacionamentos muito mais sólidos, de quem eu sei que daqui a 10 anos eu vou poder sentar perto e falar “menina olha a flora desse tamanho”, e vamos ficar que nem duas ‘tiazonas’”, afirma a educadora.
Por fim, Isabel lembra que o exercício de autocuidado precisa ser constante e que é de grande ajuda estar na sua melhor forma para lidar com a maternidade também na sua melhor forma. Esse trabalho, infelizmente, é extremamente íntimo, ainda que exista suporte. “Ter crianças muda você e naquele momento eu percebi que eu tinha que me amar muito, pra eu conseguir dividir esse amor com as minhas filhas. E não tem maior força de amor do que elas saberem que a mãe delas é feliz”, conclui.
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Ser mãe atípica é incerteza diária
Se considera maternidade atípica toda a maternidade que consiste em cuidar de uma criança ou pessoa neuroatípica, neologismo que opõe a ideia de ser neurotípico, ou seja, de não possuir possuem problemas de desenvolvimento neurológico. São neuroatípicos aqueles que possuem um transtorno ou síndrome, como o Transtorno do Espectro Autista e a bipolaridade (Transtorno Afetivo Bipolar), ou como a Síndrome de Down. E essas condições não são doenças! Mas diferentes sintomas ou alterações mentais e psicológicas que comprometem o desenvolvimento e a vida.
No Brasil, estima-se que cerca de dois milhões de pessoas convivam com o autismo, com base em dados do Center of Diseases Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos. Ou seja, cerca de dois milhões de lares brasileiros convivem com o autismo. É o caso de Polly Fittipaldi, 43 anos, recifense bacharel em Relações Públicas, mas que há um tempo se dedica integralmente a cuidar dos filhos Ângelo Rafael e Pedro Augusto, gêmeos univitelinos de 14 anos. A dupla foi diagnosticada com autismo aos 10 anos de idade, após uma década de muitas dúvidas e negação, segundo confessou a mãe.
Pedro convive com o autismo leve e Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), e Ângelo com o autismo moderado. Eles estudam em escolas regulares, mas também fazem acompanhamento com métodos de psicomotricidade e análise do comportamento aplicada (ABA) no Instituto do Autismo do Recife. Polly se diz particularmente orgulhosa do desempenho dos filhos e se considera uma mãe “à moda antiga”. Parte da sua força vem do amor pelos filhos e da vontade de construir uma sociedade que entenda pessoas com autismo com uma acolhida mais digna e menos estigmatizante.
“Ser mãe de autista, principalmente duas vezes, como é o meu caso, não é simples. Não tem parte boa. Não existe autismo leve, então não existe mãe de autista fraca. Porque se ela for fraca, ela morre. Eu passei pelo período de negação de 10 anos, eu neguei o autismo dos meninos, sofri muito tempo. A sensação do luto de perder o filho idealizado é muito dolorosa. A gente não vem com manual, realmente, nenhuma maternidade vem com manual. E a maternidade atípica traz a incerteza do amanhã. A gente não consegue dormir com a tranquilidade de que o outro dia vai ser bom”, compartilha a matriarca.
Polly Fittipaldi e os filhos, Pedro e Ângelo. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens
Após o diagnóstico dos filhos, Fittipaldi se viu sem tempo para ignorar a realidade. Uma batalha pessoal tomou conta do cotidiano da mãe, que além das demandas com os filhos, o trabalho e a casa, precisou se permitir um processo de cura para se livrar da culpa pelo diagnóstico tardio. Sobre isso, por mais dolorosas que sejam as lembranças, ela diz que ficou no passado. “Já me perdoei e não aceito críticas. Pelo contrário, me solidarizo com as mães que também estão em negação”, diz ela.
Polly passou a se envolver mais fortemente com a luta pela dignidade das pessoas com TEA há cerca de dois anos. Ela se considera “mãe ativista da causa autista” e é administradora do Mobilize TEA Pernambuco. Em casa, recebe apoio do companheiro e de outros familiares mais próximos, mas também revela que o acolhimento não é comum à família. No fim, foi a mãe quem precisou dar uma pausa no que conhecia como vida antes do diagnóstico, para poder lutar pelo que seus filhos precisam agora, enquanto ainda são mais dependentes. Polly chegou a sofrer um AVC, de tão esmagadora que é a rotina.
“Quando eu realmente entendi o que era o autismo, vivi correndo atrás do tempo. Eu vivo procurando ser a melhor mãe. Não quero ser boazinha, mas a melhor mãe naquilo que eles precisam. Sem pena, porque eles não são pobrezinhos, nem coitadinhos, são pessoas como eu e você. Mas para mim, dói. É cansativo, é desgastante; eu tive um AVC no meio do caminho, pois o estresse foi tão grande. E não foi por fator clínico, foi emocional. Hoje eu já estou na outra parte do processo, eu cuido deles, mas primeiro eu tenho que cuidar de mim. Porque senão eu não vou estar aqui”, relata a mãe.
Para Polly, ser mãe de autista é gratificante, também é também “ter a certeza de que nenhum dia será igual ao outro. Ser mãe atípica é gratificante demais a cada vez que a gente consegue atingir aquele pequenino passo, que para qualquer outra mãe seria uma coisa normal. Às vezes é beber água, às vezes é dizer 'mamãe'. Às vezes é ir ao banheiro, conseguir limpar o próprio bumbum. Pense que a gente faz a festa como se fosse um gol do Brasil na final da Copa. Talvez as pessoas não entendam, mas nós que vivemos o autismo todos os dias precisamos dar valor a todo passo. Precisamos pedir que as pessoas respeitem os nossos filhos. Somos verdadeiras mães e leoas. Não é fácil, não é moda, não é vantajoso; é uma necessidade”.
Maternidade atípica nos primeiros anos de vida
No convívio com o autismo, Polly fez muitas amigas. Uma delas é a jornalista Rebeka Cavalcanti, residente em Pau Amarelo, no município de Paulista, Grande Recife. A comunicóloga é mãe de duas meninas: Laila, de quatro anos, e Vivian, uma menina autista de três anos. Como ambas são crianças completamente dependentes para as atividades diárias, Rebeka precisou intensificar a quarentena e trabalha de casa, em regime home office. De vez em quando, o estresse toma conta e a mãe precisa de uns minutos sozinha até conseguir recuperar a paciência. Não é fácil, ela relata, e há dias bem melhores que os outros.
“Às vezes me irrito e fico muito emotiva por conta do cansaço, aí tento me controlar para não descontar em ninguém, mas aí ligo para o meu pai e fico mais calma conversando com ele. A maternidade em geral é cansativa, mas quando vejo minhas filhas lindas, inteligentes e amorosas, minhas forças se renovam para continuar seguindo sempre em frente, por elas e por mim!”, diz Rebeka.
A rotina de Cavalcanti é intensa, comum às mães que têm filhos na fase primária, mas ainda mais cansativa para mães atípicas. Ela relatou levantar-se às 4h para cuidar das refeições de todos da casa e então limpa a casa. Isso precisa ser antes das meninas acordarem, às 5h45, pois a partir deste horário precisa prepará-las para ir à escola. Enquanto as crianças estudam, Rebeka faz o mesmo. São três pós-graduações on-line, além dos trabalhos com marketing digital. Além de tudo isso, a jornalista cuida de um e-commerce.
“À noite, coloco elas para dormir às 19h, no mais tardar às 20h, mas não é sempre que elas dormem nesse horário. Quando chega essa hora já estou bem cansada e na maioria das vezes durmo junto com elas. Depois acordo, vou trabalhar um pouco e vou dormir já à meia noite. Quando Vivian dorme a noite toda é uma benção, mas quando ela acorda à 1h querendo brincar, só dorme às 3h ou 4h e me deixa totalmente exausta. Quando isso acontece, levanto ela um pouco mais tarde para ir à escola e eu passo direto para seguir minha rotina e só durmo à noite novamente”, complementa Rebeka.
A empreendedora revela também que não tem com quem compartilhar a rotina, além do esposo, que está ao seu lado todos os dias, mesmo que não integralmente. Ela diz que alguns amigos se afastaram, outros familiares não se importam com as dificuldades de sua família, e que muitas decepções foram vividas durante a descoberta da maternidade.
"Às vezes me sinto sozinha, querendo conversar, tenho picos de estresse devido à rotina intensa e penso se não seria melhor se eu não tivesse filhos, principalmente para não ter uma filha atípica. Sou humana, falha e vários pensamentos vêm à minha mente. Embora eu tenha o apoio do meu esposo, me sinto praticamente sem ninguém. Gostaria de uma palavra de conforto, do abraço de minha mãe [que já faleceu] me falando que tudo dará certo. Dá uma aflição às vezes e uma vontade de sumir, só Deus para me confortar”, completa a mãe.
Apesar de parecerem inalcançáveis, pausas são necessárias
Durante a gravidez, as alterações hormonais podem levar algumas mulheres a experimentar leves mudanças de humor. Para as novas mães, ter sentimentos negativos após o parto não é incomum e muitas vezes chamado de "baby blues". É preciso estar atento aos sinais de estresse e outras alterações psicológicas, pois a rotina de uma mãe só tende a ficar mais intensa com o tempo. Cuidar das mães é um trabalho social e exige o engajamento de toda a rede de apoio, para que a mulher possa se cuidar e assim, ter condições de criar uma criança feliz e saudável.
Quem ajuda na compreensão desses processos é a especialista Ruth Gisele Menezes. A profissional é psicóloga clínica e neuropsicóloga, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), com foco na infância e na adolescência, entrevista pelo LeiaJá.
LeiaJá: Como pode ser descrita a carga emocional e física de uma pessoa que vive a maternidade (seja uma mãe biológica, adotiva, uma tia ou avó)?
Ruth: Em primeiro lugar, o cansaço físico e mental. Isso porque há muitas demandas: em casa, dos filhos, do trabalho, do marido. São muitas atribuições para uma mãe administrar. No fim do dia, o que bate mesmo é o cansaço mental e físico. Eu confesso que é importante dar limites, reconhecer o próprio limite, escolher prioridades, não buscar a perfeição em tudo e diminuir bastante as culpas. Muitas vezes essa busca intensa pela perfeição, que é algo que a gente não consegue, acaba aumentando muito o sentimento de culpa. É importante reconhecer que, enquanto mães, não somos super-heroínas. Somos humanas, erramos e falhamos. Na maioria das vezes nos preocupamos demais e é necessário diminuir um pouco essas preocupações. Errar é natural, muito provável de acontecer.
LeiaJá: Como trabalhar em casa e fora implica na saúde mental de uma pessoa?
Ruth: Às mulheres hoje, que são mães e trabalham fora de casa, a carga é muito maior. Cada vez mais essas mulheres se sentem pressionadas em todas as áreas, para que atinjam os níveis máximos de desempenho. Isso é uma coisa muito cultural, a gente ainda carrega essa coisa da pressão, que a mulher tem que dar conta de tudo, que a mãe é a única responsável pela educação dos filhos; apesar disso, hoje, ter diminuído muito. Isso, eu percebo, tem levado a um aumento nos índices de ansiedade e de estresse. É muito importante equilibrar as prioridades entre trabalho e casa, diminuir as expectativas. Na condição de mãe, a gente precisa começar conhecendo nossos próprios sentimentos sobre as escolhas que fazemos na vida, e sermos mais realistas para podermos administrar tudo. Sem romantizar nem idealizar tanto.
LeiaJá: Muitas mães se sentem culpadas ao não conseguir se dedicar integralmente aos filhos. Outras, mesmo se dedicando integralmente, não conseguem se sentir suficientes. Por que esse pensamento é tão comum?
Ruth: Quem cobra muito da gente, quem faz essa cobrança externa, é a sociedade. A cobrança social é muito grande. Parece que a gente ainda carrega muitos padrões do tempo dos nossos avós e pais. É cultural. E a cobrança externa acaba contribuindo com uma crença de que a mãe precisa ser perfeita e dar conta de tudo. A boa notícia é que a perfeição não é necessária, desde que haja prioridades inteligentes e habilidades parentais eficazes. Ser mãe significa se perdoar frequentemente, pois vamos cometer muitos erros na nossa jornada.
LeiaJá: Quais hábitos uma mãe pode/deve criar para aliviar a própria rotina? Qual seria a rotina de cuidados ideal para uma mãe?
Ruth: O que eu indicaria consiste em duas palavras que fazem todo o sentido para mim: o autocuidado e a autocompaixão. Dentro do autocuidado é praticar uma atividade física, cuidar de si, cuidar do seu emocional, fazer uma psicoterapia caso se sinta ansiosa ou sobrecarregada. Cuidar da pele, do cabelo, alimentação, sono. Diminuir atividades desnecessárias da rotina. E a autocompaixão é se perdoar o tempo todo, perceber que é humana e tem limites.
LeiaJá: Qual o impacto tem o grupo de suporte na vida materna e qual o papel do pai/companheiro/família na rotina materna?
Ruth: É muito difícil, hoje, exercer a parentalidade e o trabalho, em tempo integral, sem ajuda. As demandas aumentaram muito, o mundo tem cobrado muito de todas as mães e das pessoas de modo geral. É fundamental a participação dos pais na vida dos filhos. Os pais que se ajudam e se alinham conseguem ter mais energia e tempo, tanto pros filhos, quanto pra eles; enquanto casal, é importante também ter o tempo de casal. Isso diminui a carga de trabalho e descentraliza as responsabilidades, e gera na dinâmica familiar uma sensação de bem-estar, de que todos ali estão comprometidos em busca de um só objetivo.
LeiaJá: Quais as maiores queixas/queixas mais comuns trazidas por pacientes mães?
Ruth: Hoje, o que chega muito ao consultório é a falta de apoio por parte de alguns pais, o excesso de trabalho, a carga horária gigante. Quantidade de demandas muito grande, em casa e no trabalho. Percebo mães em processo de adoecimento, desenvolvendo transtornos de ansiedade, depressão, com um índice muito elevado de estresse. A queixa mais comum é o excesso de tudo.