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A noite nem tinha caído, a chuva intermitente incomodava, mas uma multidão de fãs já aguardava, na Praça do Campo Grande, a chegada do Bloco Skol Folia, que tinha como atração a banda Chiclete com Banana, sem cordas. O trio deu a largada do carnaval de Salvador no início da noite e o desfile ainda reservaria um inusitado encontro de trios, na Praça Castro Alves (aproximadamente metade do circuito). Ali, aguardava a chegada do Chiclete e da multidão que o seguia a dupla Oito7Nove4, formada pelos dois filhos do vocalista Bell Marques, Rafa e Pipo Marques. "É um dos momentos mais emocionantes da minha carreira", contou o experiente músico, há 32 anos no carnaval de Salvador.

Em seguida, a programação do Campo Grande reservava a passagem de diversos blocos de samba - o tema da primeira noite no Circuito Osmar. Cantores como Arlindo Cruz, Dudu Nobre e Nelson Rufino fariam a alegria dos apreciadores do ritmo ao longo da noite. Enquanto isso, no Circuito Dodô (Barra-Ondina), era a axé music que animava a noite dos fãs. O dia de hoje marcou as estreias, na folia, de grandes atrações baianas, como Ivete Sangalo, Timbalada, Banda Eva e Asa de Águia.

O Asa, no comando do Bloco Coco Bambu, trouxe como convidado o cantor Michel Teló, que cantou duas vezes, apenas no começo do circuito, o hit Ai, Se Eu Te Pego. "Não é só a música do carnaval de Salvador, é a música do mundo, hoje", justificou o vocalista do Asa, Durval Lelys. Até a próxima quarta-feira, 223 blocos desfilarão pelos circuitos da festa, por onde estão espalhados, 48 camarotes. Estima-se que, até o final do carnaval, 2 milhões de pessoas, entre elas 500 mil turistas, acompanhem os desfiles. Apenas em transatlânticos, está previsto o desembarque de 40 mil visitantes até a quarta-feira.

Cinco dias após a saída de cerca de 300 policiais militares que passaram dez dias amotinados na Assembleia Legislativa da Bahia, a Casa teve, nesta quarta-feira, a abertura oficial dos trabalhos no ano. A greve da PM foi o tema central do evento: foi citada pelo governador Jaques Wagner na mensagem aos deputados e foi tema do primeiro projeto de lei apresentado pelo governo no ano.

O projeto prevê o pagamento de 6,5% de reajuste, retroativo a 1º de janeiro - comum a todo o funcionalismo baiano -, o depósito da Gratificação por Atividade Policial do nível 4 (GAP 4) em duas parcelas, a primeira (70%) em novembro e a segunda em abril, e o pagamento da GAP 5 também em duas parcelas, a primeira em 2014 e a segunda em 2015.

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Com o reajuste e o depósito das gratificações, os salários dos policiais serão elevados em 37%, de acordo com cálculos do governo. Apenas este ano, segundo a Secretaria de Administração, o impacto da incorporação da GAP 4 no orçamento será de R$ 186 milhões. Ao fim dos pagamentos das gratificações, o custo terá sido de R$ 551 milhões."Essa é a decisão do governo, agora só falta a chancela da Assembleia Legislativa", disse Wagner. "Tenho certeza que a Assembleia sabe que este é um esforço do Executivo e também tem interesse de que haja essa melhoria, portanto será uma tramitação bastante rápida."

Apesar dos incrementos salariais, o governo informou que vai recorrer a contingenciamentos no orçamento, pelo menos no início do ano. "É melhor prevenir agora, no começo, e até poder ter um pouco mais de folga ao final do ano, do que sermos surpreendidos", avalia. "O ano ainda é uma interrogação, estão todos na expectativa. Os Estados Unidos estão reagindo melhor, mas a Europa ainda passa por momentos muito difíceis. A Bahia é um Estado exportador e qualquer queda nos mercados internacionais impacta diretamente na economia baiana."

Na tarde do domingo, 12, o Estádio Roberto Santos, conhecido como o Pituaçu, recebeu cerca de 30 mil torcedores que foram assistir ao primeiro Ba-Vi do ano. O resultado de 0x0 acabou frustrando os presentes no local da partida.

"O jogo acabou frustrando todas as minhas expectativas, pois apesar de Paulo Roberto ter colocado uma formação mais ostensiva em campo, com apenas dois volantes, infelizmente não teve nenhum gol”, disse entristecido o tricolor Lucas Marques, 26, editor e comentarista do site Amor de Aço (criado há três anos), voltado para os amantes do time.

O tricolor baiano entrou em campo com Omar; Coelho, Rafael Donato, Titi e Hélder (William Mateus); Fabinho (Diones), Fahel, Morais e Zé Roberto (Vander); Gabriel  e Souza. Apesar do resultado sem gols, a estreia do técnico Falcão correspondeu as expectativas do presidente do Bahia, Marcelo Guimarães.

“Gostei da estreia de Falcão. Ele mostrou o que quer do Bahia. Um time ofensivo, mas com responsabilidade defensiva. Acho que essa parceria vai dar certo e vamos ser campeões baianos." disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

Marcelo ainda ressaltou que em sua opinião o time jogou, sim  com um esquema de jogo ofensivo e organizado taticamente. "Tivemos mais posse de bola, mas não criamos muitas chances de gols. Na verdade, o BA-VI não teve muitas oportunidades de gol, méritos das duas defesas, que jogaram muito bem", declarou.

Com o resultado deste domingo, o Bahia atingiu os 17 pontos e segue na vice liderança do campeonato, atrás apenas do Bahia de Feira, que tem 21  pontos. O próximo adversário do Bahia será o Juazeiro, na próxima quarta-feira, no Estádio Adauto Morais, em Juazeiro. Nesta segunda, o elenco tricolor se reapresenta e treinará às 16h30, no Fazendão.


Bahia - Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP) o número de homicídios na capital Bahiana chegou a 180, durante a paralisação da Policia Militar durante os 12 dias de paralização da PM. Este número começou a ser calculado no dia 31 de janeiro - data de início do movimento paredista - e deixou de ser contabilizado às 21h do sábado, 11, quando os policiais decidiram pelo fim da greve. Mesmo com a volta da atuação da PM só no final de semana a SSP registrou mais dois homicídios até o momento na capital.

Fazendo um balanço sobre a greve da PM, o governador Jaques Wagner afirmou hoje pela manhã, em uma coletiva de imprensa, que “a convocação do reforço federal foi uma medida acertada. Segundo ele, até então, nenhum outro estado havia enfrentado o problema da forma como a Bahia enfrentou, e Rio de Janeiro e São Paulo, entre outros estados, vão começar a tratar esse assunto de outra maneira.

O governador ainda fez questão de ressaltar que “no início, parecia que o objetivo era somente salarial. O que eles queriam era provocar um movimento paredista nacional, fazendo uma ameaça ao Estado, para que, por meio do movimento, houvesse a aprovação de emendas e assuntos de seu interesse em todo o país. Mas eles utilizaram expedientes atentadores ao estado democrático de direito”.


Depois de 12 dias de paralisação da Polícia Militar da Bahia, respresentantes do setor de hotelaria garantem que a venda dos pacotes turísticos se manteve em nível relatiavamente bom. De acordo com  Luiz Blanc, gerente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia – ABIH para a equipe do Portal Leia já, “os 70%%, média, ou mais pacotes vendidos antes da greve estão assegurados, e agora se faz um esforço de fechamento dos 20% à 30% restantes. Mas em alguns casos vários hotéis já fecharam  em 100%”.

Luiz acredita que a equipe da ABIH irá a alcançar a média histórica de 85% a 90% de ocupação no carnaval. Os números redondos serão divulgados no final deste mês. Para ele, a semana do Carnaval ficou “blindada" quando houve poucas desistências, que ainda poderão ser recuperadas.

Às 20h30 de hoje, em uma assembleia no Sindicato dos Bancários de Salvador, a liderança do movimento grevista da Polícia Militar da Bahia decidiu terminar a paralisação iniciada em 31 de janeiro. Cerca de 200 pessoas participavam da reunião.

Durante o período de greve, as ruas de Salvador e do interior da Bahia viveram momentos de pânico: saques, ruas fechadas e um aumento no número de assassinatos. O movimento grevista perdeu força com a revelação, pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, de que líderes incentivavam atos de vandalismo para pressionar o governo.

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A Federação Baiana de Futebol recebeu garantias da Polícia Militar e irá realizar normalmente a oitava rodada do Campeonato Baiano, neste fim de semana, inclusive o clássico Ba-Vi, marcado para domingo, em Pituaçu. Os jogos estavam em risco diante da greve dos policiais militares da Bahia, que vem desde a semana passada.

Na manhã desta sexta-feira, o presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues, e o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, se reuniram com o comandante do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (BEPE), Major Henrique Melo, e decidiram manter o Ba-Vi no domingo.

De acordo com a corporação, apesar da greve da categoria, a Polícia Militar usará força ostensiva no clássico, com 800 policiais dentro de campo e adjacências. Com a anuência do Bahia, mandante do clássico, o jogo foi confirmado. A partida terá o confronto dos técnicos Falcão, do Bahia, e Toninho Cerezo, do Vitória. Juntos, eles marcaram época no meio-campo da seleção brasileira.

Em entrevista coletiva realizada no final da manhã desta sexta-feira (10), no auditório do Quartel do Comando Geral, Largo dos Aflitos, o comandante geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, afirmou que a greve das policiais e bombeiros militares terminou. De acordo com ele, o policiamento na ruas até às 9h era de cerca de 85% do efetivo. Para o Comando Geral, o retorno das atividades deverá ser normalizado gradativamente nos próximos dias.

Representantes das Associação dos Cabos e Soldados (APPM),  Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (APRA) e Sargentos e Sub-tenentes de Polícia Militar não confirmam o fim da paralisação e divulgam nova assembléia para hoje (10), à tarde. Segundo eles, permanece o impasse por conta do pagamento da GAP IV (Gratificação de Atividade de Policial). Eles querem que seja realizado no próximo mês de março de 2013, mas o governo que deixar para o segundo semestre -  de acordo com o governador Jaques Wagner o seria a partir de novembro e de forma escalonada. A proposta do governo é o aumento de 6,5% da remuneração retroativo ao mês de janeiro deste ano.

Foragidos - A Polícia Federal continua à procura dos oito líderes envolvidos no motim da PM e com mandato de prisão emitido pela justiça. Os foragidos são o sargento PM Marcos Vinícius, Fábio Brito (diretor jurídico da Aspra), Alessandro Reis (ex-diretor financeiro da Aspra), Edianario Santos (Aspra Feira de Santana). Além dos identificadas como ex-soldado Edianari, soldados Josafá, Augusto Junior e Gilvan.

 

 

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A greve dos policiais militares da Bahia, que já dura 10 dias, tem alimentado debates sobre a legalidade do movimento e revela, para alguns, as falhas na estrutura da política de segurança nacional, e para outros, a necessidade de uma equiparação salarial mais justa. 

O polêmico assunto ganhou espaço entre estudiosos e políticos que voltaram a discutir a regulamentação do direito a greve no serviço público e o pedido de anistia para os 12 PMs.

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De acordo com o consultor das forças de paz da ONU, André Vianna, o movimento deflagrado às vésperas de um dos maiores carnavais do mundo, tem um impacto forte para a economia do Estado e toca em assuntos que vão desde a PEC 300 (Emenda Constitucional que sugere a criação de um piso mínimo para todas as polícias) quanto ao da própria política de segurança pública nacional e os prejuízos institucionais que uma greve desta categoria pode causar.

Para Vianna, a paralisação dos PMs é um assunto delicado, que precisa ser analisado profundamente pois envolve uma série de interesses por trás dela, inclusive pessoais. “Quando a situação chega a esta proporção afronta o próprio sistema”, declarou o consultor.

A greve na Bahia começou no último dia 31 de janeiro, quando cerca de 300 policiais invadiram a Assembleia Legislativa, em Salvador. Eles reivindicam aumento salarial e a incorporação de gratificações aos salários, além da anulação de mandados de prisão contra 12 grevistas.

Para o cientista político do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, Adriano Oliveira, a crise instalada na Bahia não é devido a falência da estrutura nacional de segurança pública, mas sim ao reajuste da gratificação salarial e uma “repartição de salário de modo justo”.

Adriano considera que outros fatores como, por exemplo, cortes de investimentos em segurança pública, tenham de certa forma contribuído para a explosão da greve, mas não considera esse o fator principal. Ele também não vê no movimento grevista uma forte capacidade de articulação.

Já o jurista Wálter Maierovitch, em entrevista a BBC Brasil, avaliou a paralisação, como um problema de política de segurança pública do País e citou como exemplo a demora para se aprovar a PEC 300. "Ninguém toma providências (quanto à atuação dessas associações) porque evidentemente todos sabem que o salário dos policiais é ridículo e, no mundo inteiro, a segurança pública é uma das maiores preocupações dos eleitores", diz.

O presidente da Câmera, Marco Maia (PT-RS), falou sobre a PEC no decorrer da semana e assegurou que a Câmara “não tem como regular os salários pagos a servidores estaduais”. Ele acrescentou ainda que “o tema deve ser tratado pelos estados e não pelo Congresso Nacional”.

Maia, porém, defendeu o aprofundamento do debate sobre a regulamentação do direito de greve dos servidores públicos, mas se disse contra a concessão de anistia a policiais punidos por participar do movimento e praticar conduta inadequada. “Não pode virar moda fazer greve, não ter atitude adequada e, ao mesmo tempo, correr à Brasília em busca de anistia. Estamos numa democracia. Não cabe comportamento inadequado”, declarou.

De acordo com a Constituição, no artigo 142, inciso IV, o militar está proibido de se sindicalizar e fazer greves. Ainda de acordo com a legislação, o servidor público tem assegurado o direito de fazer greve, mas não especifica determinadas regras que devem ser cumpridas pelos grevistas - essa regulamentação precisa ser votada pelo Congresso Nacional.

O próximo Ba-Vi, clássico do futebol em que se enfrentam os dois principais clubes da cidade de Salvador, o Esporte Clube Bahia e o Esporte Clube Vitória, previsto para acontecer neste domingo (12), às 17h, no Estádio Roberto Santos, em Pituaçu, pode não acontecer.

Segundo uma publicação feita na noite desta quinta-feira, pelo presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, através do microblog twitter, a decisão ainda não foi confirmada, mas seria devido à greve da Polícia Militar que permanece na capital baiana.

Um prédio residencial que estava em construção desabou, por volta das 11h desta quinta-feira (9), em Vitória da Conquista, na Bahia. Um homem morreu e dois ficaram feridos. A informação é de que as vítimas foram encaminhadas para o Hospital Geral do município, que fica a 509 km de Salvador. A Defesa Civil esteve no terreno para avaliar a situação e o terreno, a causa do desabamento ainda não foi identificada.

Três operários trabalhavam no local no momento do acidente. Um deles conseguiu fugir e outro ficou soterrado até a cintura. O Serviço de Assistência Médica e Urgência (Samu) socorreu o ferido e o encaminhou para um hospital da cidade. O terceiro operário foi totalmente soterrado e seu corpo foi retirado por equipes dos bombeiros.

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Com informações da Agência Estado.

Na madrugada de hoje (9), policiais grevistas desocuparam a Assembléia Legislativa do Estado da Bahia, após divulgação de escutas telefônicas autorizadas pela justiça mostrando Marcos Prisco, líder da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), conversando com comandantes da PM do Rio de Janeiro pedindo reforços para o movimento na Bahia.

Prisco se entregou e foi preso hoje por volta das 8 da manhã, no décimo dia de greve. Outros 8 mandados de prisão, dos 12  expedidos pela Justiça, serão cumpridos. Os presos vão responder por roubo qualificado com uso de arma de fogo, disparo de arma de fogo em via pública, ameaça e formação de quadrilha.

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A movimentação de rendição começou nesta madrugada, quando cinco manifestantes deixaram o acampamento. As negociações de rendição foram conduzidas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), Polícia Federal (PF) e Exército. Os manifestantes que saíam da AL passavam por revista feita por policiais federais, para confirmar ou não mandado de prisão em seus nomes. Entre 250 e 300 policiais e familiares estavam acampados no Parlamento.

Após a desocupação da Assembléia, homens do Exército e da Polícia Federal fazem uma varredura no prédio do Parlamento.

Denúncia: Escutas telefônicas realizadas pela Secretaria de Segura Pública da Bahia (SSP-BA) registram Marco Prisco em conversas com o objetivo de expansão do movimento para o Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados.

As gravações mostram que o grupo também planejava uma greve conjunta para inviabilizar o Carnaval na Bahia e no Rio, com a possibilidade de chegar a São Paulo. O titular da SSP-BA, Maurício Teles Barbosa, afirmou que há outras gravações em que Prisco com conteúdo semelhante.

Marco Prisco alega que a gravação divulgada estaria incompleta. Prisco negou que estivesse participando de um amplo movimento para a aprovação da PEC 300, que cria um piso nacional para policiais e bombeiros militares. “Todo mundo sabe que sou favorável à PEC 102. Não tenho nada a ver com a articulação”, afirmou. A PEC 102 prevê a criação de uma polícia única no Brasil.

Outra reunião de negociações está marcada para hoje às 17 h, por enquanto a greve segue, mesmo fragilizada com a perda do capital político que era a ocupação. O general Gonçalves Dias, comandante das forças de segurança na Bahia diz ter esperanças que a greve acabe ainda hoje.

Uma reunião realizada no início da tarde de hoje(8) entre as 19 principais entidades de carnaval da Bahia - entre associações de blocos e entidades carnavalescas e sindicato de músicos profissionais - garantiu a realização da folia em Salvador e cobrou do governo baiano a segurança na festa. "O governo tem a responsabilidade e o dever de garantir a segurança e a Polícia Militar precisa fazer a sua parte", diz trecho do comunicado oficial divulgado após a reunião. "Um evento desse porte não depende apenas de alguns, depende sim do desejo e da organização do povo. E o povo da Bahia quer o carnaval". "Vamos colocar o bloco na rua", afirmou o presidente da Associação dos Blocos de Trio, a principal entidade do setor no Estado, Fernando Boulhosa.

"Nosso entendimento sobre a realização da festa é unânime, todos os envolvidos estarão na rua promovendo o evento", acrescentou. O sócio da Central do Carnaval, principal empresa de produção de blocos e camarotes da Bahia, Joaquim Nery, concorda - e cobra do governo a garantia de ordem na folia. "A estrutura para os foliões está garantida e cabe ao governo saber como será feita a segurança, caso a greve continue".

 

Por Vicktor Tigre

Pela 7º rodada do Campeonato Baiano, o atual campeão estadual e líder com 15 pontos, Bahia de Feira vai receber, no Estádio Jóia da Princesa, o Serrano-BA que está no 10º lugar com cinco pontos. Já em Pituaçu, o vice-líder, Bahia que tem 13 pontos, estreia o técnico Falcão contra o Vitória da Conquista que ocupa o 5º Lugar com 10 pontos.

De olho na liderança, o Atlético-BA recebe o Feirense no Estádio Serrinha. O alvirrubro baiano que está no 4º lugar com 12 pontos e precisa vencer para ter a chance de chegar na liderança, caso o Bahia de Feira tropece.

Entre os outros jogos, o Camaçari que está em 8º lugar com cinco pontos e saldo negativo de um gol, recebe, no Estádio Armando Oliveira, o time do Itabuna, que precisa de uma vitória para sair da vice lanterna e escapar da zona de rebaixamento. Já o lanterna Juazeiro encara o Fluminense de Feira no Estádio Adauto Morais para escapar da Degola.

Todos os jogos começarão a partir das 20h30, exceto a partida entre o Juazeirense e o Vitória-BA que começa as 22h. O rubro-negro baiano, que está em 3º lugar no Baiano com 12 pontos, tem a missão de bater o Juazeirense, nono colocado, e torcer por tropeços do Bahia e do Bahia de Feira para se tornar líder.

 


Desde o início da greve dos policiais na Bahia (dia 31 de janeiro) um clima de pânico e caos se instaurou em Salvador e principais cidades do interior. O grande medo de comerciantes, empresários, turistas e foliões baianos é que a greve se estenda até o carnaval, que começa dia 17 de fevereiro. Ainda assim, o verão da Bahia segue, e os festejos da tradicional Lavagem de Itapuã estão confirmados para esta quinta-feira (9).

Raimundo Bujão, morador do bairro de Itapuã, e um dos organizadores do evento, conta que a realização de mais uma edição da Lavagem contará com policiamento reforçado e apoio da comunidade. "Será uma forma de mostrar que a cidade precisa seguir seu curso, não pode se sentir fragilizada", conta Bujão.

Este ano, a Lavagem de Itapuã completa 107 anos de existênciaUm cortejo formado por 150 baianas e blocos de chão deve sair por volta das 10 horas de Piatã em direção à Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itapuã, onde será realizada a lavagem oficial das escadarias do templo religioso.

A Lavagem de Itapuã é uma festa tradicional que acontece em Salvador e fecha o ciclo de festejos populares do verão baiano. Sempre na quinta-feira da semana anterior ao carnaval, a festa com aspecto religioso e profano, característicos das festas de largo da Bahia. Diversificada, a lavagem reúne foliões que querem dançar e beber nas barracas e os participantes que desejam seguir a procissão que percorre o bairro até à Igreja da Conceição. A festa conta também com desfile de cortejos e pescadores e um espaço onde as bandas locais tocam e levantam o público regado à bebida.

Mobilização. Apesar da confirmação dos organizadores, representantes dos comerciantes do bairro de Itapuã estão contra a iniciativa neste momento de tensão, já que ela tem o estigma de ser a mais violenta festa de largo. Dez representantes do comércio em Itapuã pediram o cancelamento da realização do evento à Prefeitura de Salvador e à Empresa Salvador Turismo (Saltur, mas até o momento não tiveram resposta.

Os grevistas brincam em gritos de guerra “Ô ô ô, o Carnaval acabou”, mas empresários, músicos e representantes de blocos ligados a maior festa popular do mundo dizem o contrário, reunidos na manhã de hoje (8), no Salão Ondina no Hotel Othon, em Ondina, com o objetivo de não só confirmar a realização da festa, como também combater boatos e notícias de que a folia poderia ser cancelada.

A greve da Polícia Militar da Bahia já dura nove dias, mas os representantes do carnaval de Salvador afirmaram que não vão deixar de "colocar o bloco na rua". Eles contam com a ajuda do Governo para garantir a segurança dos foliões nas ruas. A Guarda Nacional já está em atividade em Salvador e em algumas cidades do interior para substituir o trabalho da Polícia Militar.

Os ânimos entre os manifestantes e militares em exercício voltaram a esquentar na manhã desta quarta feira (8) na Assembleia Legislativa da Bahia. O impasse que emperra as negociações gira, agora, apenas em torno do pagamento da GAP 4 e 5, que pretende equiparar os salários de policiais e bombeiros em todos os estados do país. O governo diz que só pode começar o pagamento entre novembro de 2012 e 2015, mas os grevistas querem o repasse imediato.

Confira a matéria, na íntegra, aqui.


Os ânimos entre os manifestantes e militares em exercício voltaram a esquentar na manhã desta quarta feira (8) na Assembleia Legislativa da Bahia. O impasse que emperra as negociações gira, agora, apenas em torno do pagamento da GAP 4 e 5, que pretende equiparar os salários de policiais e bombeiros em todos os estados do país. O governo diz que só pode começar o pagamento entre novembro de 2012 e 2015, mas os grevistas querem o repasse imediato.

A anistia dos PMs que cometeram atos de vandalismo é outro impasse. Em paralelo, discursos do governador Jaques Wagner (foto: Wilson Dias/ABr) anteriores aos seus mandatos são usados por grevistas e pela oposição para atacar o petista. O governador afirmou, nesta terça-feira (7), não ter dúvidas de que as ações de vandalismo ocorridas nos últimos dias em várias cidades da Bahia – como interdições de ônibus por homens encapuzados e disparos de tiros em bancos –, são parte da estratégia do movimento nacional para pressionar a votação da Proposta de Emenda Constitucional 300 (PEC 300), em Brasília, que propõe um piso unificado para policiais militares e bombeiros em todo o território nacional, com salários variando entre R$ 3,5 mil a R$ 7 mil.

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A fala de Wagner refere-se a movimentos similares ocorridos nos estados do Ceará, no início deste ano, Maranhão e Rondônia, cujas greves, paralelas aos atos de vandalimos ocorreram no ano passado e tiveram duração de cerca de dez dias. Representantes de associações de militares taxaram como “irresponsável” a declaração de Wagner.

Nesta terça, um discurso de Wagner proferido enquanto deputado pelo PT, no ano de 1992 (e reproduzido no site da revista Veja), virou a nova arma da oposição para vincular o governador à greves passadas da PM. Rapidamente, a transcrição foi disseminada em blogs e twitters por líderes da frente antipetista, como o do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e o deputado federal ACM Neto (DEM).

No (antigo) discurso, Wagner manifesta apoio ao movimento encampado por mulheres de PMs por melhores salários e condena a punição imposta a 110 militares, sinalizando uma tendência da oposição na briga pela sucessão municipal: a de usar os dias de terror na campanha eleitoral e, ao mesmo tempo, atribuir aos políticos da base aliada a responsabilidade pelo motim da PM.

Wagner, em pronunciamento, minimizou os efeitos deste discurso, bem como sua atuação na greve de 2001, em parte comandada pelos líderes do movimento atual. “Entrei na greve de 2001 para negociar com o então governador César Borges. Se o PT, na época, apoiou e entendeu como justa a posição, não tenho nenhum constrangimento. Tenho ideias próprias. Mas não sou parte dos que usaram de violência. E não estou preocupado se a greve vai prejudicar o candidato que eu apoiar”, destacou.

Homens do Exército permanecem cercando o entorno da assembleia, que só deve divulgar novidades à imprensa por volta das 17h desta quarta-feira (8).

Após 24h de negociações entre representantes das associações da Polícia Militar e do governor Jaques Wagner, com intermediação do arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, terminou sem acordo as negociações para o fim da paralisação da categoria, que completa, hoje, oito dias. As negociações estavam ocorrendo na residência episcopal do arcebispo, que fica no bairro da Federação, na capital baiana. 

De acordo com a assessoria de comunicação do Estado (SECOM), a implantação da Gratificação de Atividade Policial (GAP), 4 e 5, maior reivindicação dos policiais, acaba de ser atendida pelo governo. Um cronograma de ascensão na escala da GAP, a partir deste ano, será feito de forma que todo o efetivo da PM seja promovido até 2015. A GAP 5 é a proposta do governo para fechar a negociação com as entidades representativas da Polícia Militar. Além disso, está assegurado o reajuste de 6,5%, retroativo à janeiro de 2012.

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“Nós, ao longo de cinco anos, concedemos 30% de aumento real. E eu tenho limite na folha. As negociações são em torno desse valor, da chamada GAP 4, e eventualmente até da GAP 5, mas evidentemente isso terá que ser partilhado até 2015", afirmou o governador. “Meu esforço está sendo esse, muito grande, fazendo propostas consistentes para que a gente possa terminar esse movimento", concluiu Wagner.

Segundo a TV Bahia, filial da TV Globo, a reunião resultou em três tipos de avanço. Ficou decidido que os 12 PMs que tiveram a prisão decretada não irão para presídios federais, aqueles que participaram da greve de forma pacífica não serão punidos, e os policiais que cometeram atos de vandalismo durante a paralisação responderão a processos administrativos.

Salvador - Segundo informou a assessoria do governo da Bahia, um acordo para encerrar a paralização dos policiais militares do estado deve sair da reunião entre associações que representam os amotinados e o governo estadual, que está acontencendo esta tarde com a presença do arcebispo de Salvador, Murilo Krieger.

O principal ponto da negociação refere-se à punição dos policiais grevistas. Em entrevistas às emissoras de rádio e de televisão locais, o governador Jaques Wagner tem garantido que não irá punir quem participou da greve de forma pacífica, mas os policiais envolvidos em atos de vandalismo serão processados. O governador não deixou claro, no entanto, se os líderes do movimento serão anistiados, já que a greve foi considerada ilegal pela Justiça.

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Ontem, após o Exército cercar um grupo de policiais amotinados na Assembleia Legislativa da Bahia, os líderes da greve disseram aos políticos que entraram no prédio que o principal ponto de resistência ao acordo seriam os mandados de prisão expedidos pela Justiça para 12 líderes do movimento. No entanto, a suspensão desses mandados cabe apenas à Justiça, e não ao governador. Mesmo assim, o governo da Bahia adotou hoje a postura de amenizar o clima de tensão que tomou conta da cidade nos últimos dias.

Dos 12 mandados de prisão, foi cumprido apenas o do soldado Alvir dos Santos, do Batalhão de Policiamento Ambiental. O líder do movimento, Marco Prisco, que estaria dentro do prédio da Assembleia, também está com a prisão determinada pela Justiça.

Além da não punição dos amotinados, estão na pauta de negociações o pagamento de gratificações aos policiais militares acordadas em 2001, ainda no governo de Paulo Souto.

A ocupação da Assembleia Legislativa ocorreu na terça-feira (31). Não se sabe exatamente quantos policiais militares amotinados estão dentro do prédio. Mas a estimativa é que, entre policiais e parentes, haja cerca de 800 pessoas. O Exército mobilizou 800 homens para o cerco à Assembleia. Reforçam a segurança no local 200 policiais militares baianos que não aderiram à greve e 20 homens da Força Nacional.

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