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O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira, 12, em votação simbólica, o projeto de lei que cria um incentivo financeiro a 2,5 milhões de estudantes de baixa renda do ensino médio. Em alteração feita de última hora, após acordo costurado com as lideranças da Casa, o relator, deputado Pedro Uczai (PT-SC), incluiu no texto a autorização para que o governo use até R$ 13 bilhões dos superávits do Fundo Social, ligado ao pré-sal, para bancar a iniciativa.

O valor é mais que o dobro do previsto inicialmente, de R$ 6 bilhões, e seria suficiente para financiar dois anos da medida, segundo o relator. O texto agora segue para o Senado Federal.

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Uczai afirmou ao Estadão/Broadcast que há o entendimento, por parte da consultoria legislativa, de que a inclusão desse trecho na proposta dispensaria a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) que destina até R$ 6 bilhões desse mesmo fundo ao novo programa, fora do teto de gastos. Esse PLP teve o aval do Senado no início desse mês, mas ainda aguarda a análise da Câmara.

Ou seja, seria uma estratégia para acelerar a tramitação do tema, uma vez que o Congresso entra em recesso no próximo dia 22. Técnicos da equipe econômica, no entanto, afirmaram que, por essa redação, as transferências do Fundo Social ficariam sujeitas ao teto e às regras do novo arcabouço fiscal. E que seria, sim, necessária a aprovação de um PLP para realizar a excepcionalização do teto.

Pelo projeto, os valores serão transferidos a um fundo privado, que será gerido pela Caixa Econômica Federal, responsável pelo repasse aos estudantes. Devido a pressões do Congresso, o relator retirou a possibilidade de o governo realizar aportes via ações de estatais e receitas obtidas com leilões do pré-sal - que constavam da Medida Provisória editada pelo Planalto e que foram classificadas como contabilidade criativa por economistas.

Por outro lado, Uczai viabilizou outra fonte de recursos, que viria das "sobras" de fundos garantidores. Dentre eles, fundos ligados ao antigo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) e ao Desenrola, o programa de renegociação de dívidas do governo federal, que ainda não teve a adesão esperada.

O Desenrola, porém, já usa as sobras de outro programa: o Pronampe, que financia micro e pequenas empresas com garantias da União. Há dúvidas, portanto, de quais seriam os valores disponíveis.

Saques x poupança

O projeto aprovado pela Câmara autoriza o governo a direcionar a maior parte da verba do programa a saques imediatos, reservando apenas um terço a aportes na poupança de longo prazo - que só poderá ser sacada após a conclusão da etapa escolar.

Trata-se de uma mudança de diretriz em relação ao texto original, da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que não tinha o formato de bolsa mensal. A proposta de 2021 permitia somente saques anuais, limitados a 40% dos valores aportados, e retinha o restante até o fim do terceiro ano, como forma de reduzir as elevadas taxas de evasão no País.

A nova redação suscitou críticas entre técnicos do governo envolvidos com o programa, que veem um formato assistencialista e de curto prazo, de olho na eleição municipal de 2024.

O relator, porém, negou qualquer tipo de viés eleitoral e defendeu os ajustes no texto: "Se você vê programas (de combate à evasão no ensino médio) no Brasil e no mundo, quem só fez poupança não teve o impacto esperado. O mundo real, da dificuldade dos pobres de irem para a escola, muitas vezes passando fome, se deslocando de um local ao outro... Se não tem um auxílio mensal, a evasão, antes de concluir o ano, é muito alta".

O diretor-executivo do Todos Pela Educação, Olavo Nogueira Filho, avalia a combinação entre transferências mensais e poupança como positiva, mas sugere uma recalibragem na divisão. "Considerando que um dos principais objetivos diz respeito ao incentivo para a conclusão do ensino médio, seria coerente que o montante destinado a esse aspecto fosse, no mínimo, equivalente ao dos repasses recorrentes ou muito próximo disso", afirma.

Nogueira também propõe que estudantes da faixa de extrema pobreza recebam repasses maiores do que o valor universal previsto para todos os alunos do CadÚnico.

O projeto de lei não define os montantes que serão distribuídos aos estudantes, mas traz cifras de referência: segundo o relator, seria possível pagar R$ 200 mensais, nos dez meses do ano letivo, mediante confirmação da matrícula, mais um aporte anual de R$ 1 mil, direcionado à poupança, que só seria resgatado após a conclusão do ensino médio. A definição desses montantes será feita por meio de portaria.

Os pagamentos serão condicionados a quatro pré-requisitos principais: matrícula nos respectivos anos; frequência escolar mínima (era de 75%, mas passou para 80% nas negociações dentro da Câmara); aprovação nos anos letivos; e realização de avaliações periódicas como o Enem e o Saeb.

Além dos alunos do ensino médio, também serão contemplados os estudantes do EJA (Educação de Jovens e Adultos), que tenham de 19 a 24 anos.

O Governo de Pernambuco publicou um decreto que oferece descontos às famílias de baixa renda que perderam eletrodomésticos nas chuvas. A determinação estimula as lojas de varejo a vender geladeira, fogão, máquina de lavar, tanquinho, televisão e micro-ondas por um preço mais em conta. 

O Decreto 53.298, publicado na terça-feira (2), institui o Programa Reestruturação de Lares em Pernambuco (Prelape), que estabelece crédito presumido relativo ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos produtos com saída interna até 30 de setembro deste ano.   

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O estabelecimento deve se cadastrar voluntariamente no programa para conferir o desconto mínimo no imposto é de 25% sobre o valor de mercado do produto. 

As famílias de baixa renda terão o limite de R$ 2.500 nas compras, mas precisam comprovar que foram prejudicadas pelas chuvas e se cadastrar em uma plataforma virtual indicada pelo Governo para que as lojas possam identificar os CPFs com direito ao desconto e visualizar, a cada compra, o valor utilizado, bem como o valor ainda disponível, por família.   

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, registrou taxa de 1,04% em abril deste ano, a maior variação para um mês de abril desde 2003 (1,38%). Em março deste ano, a taxa havia ficado em 1,71%.

Segundo os dados divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mês de abril, o INPC ficou abaixo da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou taxa de 1,06%.

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No acumulado de 12 meses, no entanto, o INPC chegou a 12,47%, acima dos 12,13% apurados pelo IPCA.

Em abril, os produtos alimentícios tiveram inflação de 2,26%, enquanto os não alimentícios registraram taxa de 0,66%.

O Diário Oficial da União publicou nesta sexta-feira (18) a promulgação da Lei 14.214/2021, que cria o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual. A norma determina que estudantes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias recebam, de forma gratuita, absorventes para sua higiene pessoal. O presidente Jair Bolsonaro havia vetado a lei no ano passado, mas o Congresso Nacional derrubou esse veto e restaurou o programa.

A derrubada do veto aconteceu após meses de mobilização das parlamentares e organizações da sociedade civil, que classificavam o veto como um ato contra as mulheres. O projeto que deu origem à lei, o PL 4.968/2019, da deputada federal Marília Arraes (PT-PE), havia sido aprovado pelos senadores em setembro do ano passado com o objetivo de combater a precariedade menstrual (que é a falta de acesso ou a falta de recursos para a compra de produtos de higiene e outros itens necessários ao período da menstruação).

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No veto que apresentou a seis trechos do projeto, Jair Bolsonaro argumentou que havia falta de previsão de fontes de custeio e incompatibilidade com a autonomia dos estabelecimentos de ensino. Na semana passada, às vésperas da votação do veto, que ocorreu no dia 10 de março, Bolsonaro assinou um decreto que prevê a proteção da saúde menstrual e a distribuição gratuita de absorventes e outros itens de higiene. No entanto, os parlamentares preferiram derrubar o veto e garantir essa atenção às mulheres por meio de lei.

Durante a análise do veto, a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), que foi relatora do projeto no Senado, afirmou que os congressistas não podiam se iludir com o decreto presidencial, ressaltando que esse dispositivo não torna o combate à pobreza menstrual uma política de Estado. Além disso, ela apontou que o decreto  de Bolsonaro diminui a quantidade de mulheres atendidas pela iniciativa.

"A gente tem de derrubar por inteiro esse veto da pobreza. Não se iludam com essa história de decreto, essa política tem de ser de Estado. Claro que uma lei tem muito mais poder que um decreto, que a qualquer hora o presidente pode derrubar. Eu acho isso uma falta de respeito ao Congresso", disse a senadora na ocasião.

Dispositivos restaurados

Com a decisão do Congresso, foi restaurado o artigo 1º do projeto, que previa "a oferta gratuita de absorventes higiênicos femininos e outros cuidados básicos de saúde menstrual".

Também foi retomado o artigo 3º, que apresentava a lista de beneficiadas: estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino; mulheres em situação de rua ou vulnerabilidade social extrema; mulheres apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal; e mulheres internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa. A faixa etária varia de 12 a 51 anos.

Outro dispositivo recuperado prevê que as despesas com a execução das ações previstas na lei devem ocorrer por conta das dotações orçamentárias oferecidas pela União ao Sistema Único de Saúde (SUS) ou pelo Fundo Penitenciário Nacional.

*Da Agência Senado

A Universidade  Guarulhos (UNG) é agora uma das instituições credenciadas pela prefeitura do município no Programa Faculdade Guarulhos, que prevê a oferta 100 bolsas de estudos integrais à população guarulhense de baixa renda.

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A Neoenergia Pernambuco prorrogou até o dia 13 de janeiro de 2022 o Saldão Baixa Renda, uma ação que oferece condições especiais de negociação de dívidas para clientes cadastrados na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE). Durante este período, os consumidores poderão pagar os débitos sem a cobrança de juros, correção e multa das contas em atraso. O desconto pode chegar a até 36% no valor total da dívida. A concessionária ainda permitirá a quitação do débito à vista ou dividido em até 18 parcelas iguais. A intenção da companhia é contribuir com a recuperação financeira dos consumidores que tiveram dificuldade de liquidez durante a pandemia.

Para participar do Saldão, o cliente deve entrar no portal da empresa (www.neoenergiapernambuco.com.br) e clicar no link Negociação de Dívidas para realizar todo o processo de forma virtual. Além do site, as negociações podem ser realizadas via Whatsapp (3217-6990) e pelo teleatendimento, no número 116.

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“A ampliação do prazo se deve ao fato de a procura ainda estar muito grande em todo o Estado. Além disso, muitos desses clientes poderão utilizar o 13º salário para quitar totalmente ou mesmo dar uma entrada e dividir no cartão de crédito o que ainda permanecer em aberto. Nossa intenção é contribuir ao máximo para que todos tenham condições de negociar de uma forma que os pagamentos se encaixem no orçamento doméstico, com responsabilidade e sem sufocar as famílias”, afirmou o gerente comercial da Neoenergia Pernambuco, Rafael Motta.

A negociação para cliente baixa renda é mais uma iniciativa da Neoenergia Pernambuco, com a finalidade de contribuir com a saúde financeira dos pernambucanos, realizada durante a pandemia. Nos últimos meses, a concessionária ampliou suas formas de pagamento digital, com possibilidades de quitação via PicPay, Pix, RecargaPay e débito em conta, além dos agentes bancários tradicionais. Além disso, a fatura já pode ser entregue via e-mail, para evitar contato com o papel e contribuir com o isolamento social e meio ambiente. O atendimento ao público foi ampliado e passou a ser feito também pelo Whatsapp (32176990), Facebook, teleatendimento (116), site oficial (www.neoenergiapernambuco.com.br) e nas tradicionais lojas de atendimento, que estão seguindo todos os protocolos sanitários visando a segurança dos clientes e dos atendentes.

O que é Tarifa Social

A Tarifa Social de Energia Elétrica é um benefício que concede descontos de até 65% na conta de luz aos clientes classificados com baixa renda. Para ter direito, a unidade consumidora residencial precisa ter a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. É necessário possuir o Número de Identificação Social - NIS, e ter renda familiar mensal por pessoa menor ou igual a meio salário-mínimo nacional, independentemente de possuir ou não o benefício do Bolsa Família.

Para aqueles que ainda não possuem o benefício, é possível fazer o cadastro tanto através do site (www.neoenergiapernambuco.com.br) quanto pelo Whatsapp (3217-6990). Os dados serão confirmados no banco de dados do Governo Federal e, depois, o prazo para o credenciamento no programa é de cinco dias úteis, com o início do benefício na fatura seguinte.

*Com informações da assessoria

O segmento revendedor do gás de cozinha avalia como temporário e sem efeitos estruturais o programa da Petrobras que prevê R$ 300 milhões, em 15 meses, para custear o acesso ao produto por uma faixa da população de baixa renda.

"O governo precisa implementar políticas públicas definitivas", diz José Luiz Rocha, presidente da Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás LP (Abragás).

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com apoio de todos os partidos da Casa, com exceção do Novo e da base do governo, a Câmara aprovou a criação do "Desconto Gás", um subsídio mensal pago pelo governo e destinado às famílias de baixa renda para a compra de gás de cozinha. A aprovação foi simbólica na noite dessa quarta-feira (29), sem a contagem de votos, e o texto segue agora para o Senado.

Pelo texto, terão direito ao Desconto Gás as famílias inscritas no Cadastro Único, com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo, ou que tenham entre seus integrantes pessoa que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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O Executivo deve regulamentar, em até 60 dias após a publicação da lei, os critérios sobre quais famílias terão acesso ao benefício, bem como sua periodicidade. As parcelas, porém, não podem ser pagas com intervalo maior de 60 dias.

O relator, deputado Christino Aureo (PP-RJ), acatou uma emenda para priorizar mulheres vítimas de violência doméstica, que estejam sob monitoramento de medidas protetivas de urgência, inscritas no Cadastro Único.

O subsídio será concedido na forma de um crédito pecuniário, por meio de cartão eletrônico ou meio equivalente, destinado exclusivamente à aquisição de gás de cozinha de revendedores autorizados. O valor do crédito será atualizado anualmente pela inflação (IGP-M).

O valor do benefício será fixado semestralmente, sendo de, no mínimo, 50% da média do preço nacional de referência do botijão de 13 quilos, estabelecido pelo Sistema de Levantamento de Preços (SLP) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural Biocombustíveis (ANP), nos últimos seis meses.

Pelo projeto, as fontes de recursos para custear o auxílio serão da arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e derivados (Cide-combustíveis). Também será fonte de recursos parcela dos royalties e de participação especial decorrentes da exploração de petróleo e gás natural que cabe à União.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (21) um projeto que proíbe a cobrança da tarifa mínima pela prestação de fornecimento de água e esgoto, energia elétrica e telecomunicações em unidades consumidoras residenciais de baixa renda. Para ter direito ao benefício, os moradores devem fazer parte do Cadastro Único, destinado a programas sociais do governo federal.

A autora da proposta, senadora Rose de Freitas (MDB-ES), havia sugerido inicialmente que a tarifa mínima fosse extinta para todos os cidadãos. Para a parlamentar, tal cobrança pode ser considerada sobretarifação, uma vez que os usuários têm um consumo inferior ao estipulado para a quantidade mínima.

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“Além disso, a tarifa mínima teria efeitos dolosos do ponto de vista ambiental, havendo um estímulo negativo decorrente do fato de não se premiar uma economia no consumo”, justificou Rose de Freitas.

Relator da matéria, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) afirmou que a proposição “é inegável e atual”. “Se utilizarmos como exemplo o fornecimento de água, na maioria dos municípios, uma parcela significativa dos usuários, principalmente de baixa renda, tem um consumo efetivo inferior ao estipulado na franquia mínima”, avaliou o senador.

O relator ressaltou, porém, que, apesar de injusta, a cobrança da tarifa mínima é essencial sob o ponto de vista econômico, uma vez que as concessionárias têm custos fixos de distribuição, expansão e manutenção. Por isso, a taxa deve continuar a ser cobrada para assegurar a prestação desses serviços, argumentou.

Para Angelo, o substitutivo apresentado pelo parlamentar proíbe a cobrança da taxa mínima apenas das famílias de baixa renda. Tal medida deve ser compreendida como política pública.

“Sugerimos três emendas que alteram o escopo da vedação proposta, mantendo a modicidade tarifária e concentrando seus benefícios nos consumidores atualmente mais prejudicados pelas cobranças mínimas: as famílias de baixa renda presentes no Cadastro Único, que devem ser o foco de políticas públicas", analisou o relator.

A matéria segue agora para a Comissão de Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), onde terá decisão terminativa.

O prefeito Anderson Ferreira sancionou a lei que isenta famílias de baixa renda do município do Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), da taxa de iluminação pública. O decreto foi publicado na edição deste sábado (10) no Diário Oficial do Município.

De acordo com a Prefeitura de Jaboatão, aproximadamente 44 mil famílias não pagarão a taxa de iluminação pública. Essa medida será válida para os meses de maio e junho e beneficiará consumidores cadastrados no CadÚnico com consumo mensal de até 220 kw/mês.

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“É dever do poder público procurar alternativas para minimizar os impactos causados na sociedade pela pandemia do novo coronavírus. Nossa gestão tem implementado uma série de medidas fiscais, econômicas e sociais com o objetivo de aliviar o peso que as ações para conter o vírus têm imposto. Essa busca por alternativas tem sido um exercício diário e um compromisso meu como prefeito do Jaboatão”, disse, por meio de nota, Anderson Ferreira.

Às vésperas de entrar em operação, o Pix (sistema de pagamentos e transferências eletrônicas do Banco Central) tem um desafio pela frente: convencer as classes C, D e E a usarem o serviço. Uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada com exclusividade para o Estadão, aponta que esses consumidores são os que menos confiam na ferramenta - e os que mais se queixam da falta de informação sobre como usá-la.

Esses brasileiros devem usar menos o Pix que as classes A e B. Embora nove em cada dez deles já tenham ouvido falar do sistema, 47,5% talvez não o usem por falta de informações.

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A partir de segunda-feira, o Pix sairá da fase de testes e estará disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, para transações instantâneas. Mais de 700 instituições, entre bancos, financeiras e fintechs, estão autorizadas a oferecer o serviço.

"O público das classes A e B tem mais acesso a sistemas de pagamentos eletrônicos. O BC tem divulgado o Pix pelos cotovelos, mas, muitas vezes, essa informação não chega de forma eficiente a quem não está acostumado a fazer essas operações", avalia Adrian Cernev, professor do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira, da FGV, um dos autores do estudo.

O pesquisador ressalta que a maioria dos serviços financeiros começa a ser ofertada para as classes A e B e só depois vai descendo a pirâmide. Com o Pix, não. É um serviço que nasce com a proposta de ser para todos. "Agora, o BC precisa fazer uma comunicação direcionada ao consumidor C, D e E."

Vendedor ambulante, André Pacheco, de 42 anos, é um deles. Ele diz que pretende usar a ferramenta de pagamentos, mas que ainda tem muitas dúvidas de como o serviço irá funcionar. "Quero aprender a usar, pois muitos clientes irão perguntar se podem pagar por ele."

Para Maurício Prado, diretor executivo da consultoria Plano CDE, a tendência é que a ferramenta seja "descoberta" no dia a dia. "É difícil explicar algo tão novo e diferente apenas pela comunicação. Melhor colocar no ar e deixar espalhar, e só então incentivar o uso quando ele estiver implementado", diz.

Segundo o Banco Central, todos os seus canais de comunicação têm sido usados para levar informações sobre a ferramenta. "Nas próximas semanas, essas ações tendem a ser intensificadas por meio de campanhas informativas em diversos meios de comunicação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A disparada no preço dos alimentos fez a inflação percebida pelos brasileiros mais pobres mais do que triplicar em relação à dos mais ricos em 2020. De janeiro a outubro, a inflação das famílias de renda muito baixa foi de 3,68%, enquanto a da alta renda ficou em apenas 1,07%.

Os dados são de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) feito com exclusividade para o Estadão/Broadcast, considerando informações do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), apurado pelo IBGE. O levantamento simula que o desempenho do IPCA de outubro seja idêntico ao da prévia, o IPCA-15, divulgado na sexta-feira passada.

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Comer e beber já ficou 9,75% mais caro entre janeiro e outubro de 2020, nos dados da inflação pelo IPCA-15, que subiu 2,31% no período. Considerados apenas os alimentos consumidos no domicílio, aqueles comprados em supermercados, o avanço de preços no ano foi de 12,69%.

"O preço dos alimentos mudou de patamar e vai continuar subindo, só vai subir menos", alertou o professor Luiz Roberto Cunha, decano do Centro de Ciências Sociais da PUC-Rio.

Como consequência, a inflação percebida pelas famílias de renda mais baixa subiu a 5,48% nos 12 meses encerrados em outubro, acima da meta de 4,0% perseguida pelo Banco Central. Entre os mais ricos, a inflação foi de 2,50% no período.

"Os alimentos no domicílio representam 30% do cálculo da inflação da baixa renda. Enquanto que entre a dos mais ricos não chega a 10%. Então o impacto do aumento de preços acaba sendo muito menor entre os mais ricos", explicou Maria Andréia Parente Lameiras, técnica da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, responsável pelo cálculo do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda.

O Ipea usa os dados do IPCA para calcular a inflação em seis faixas de renda familiar mensal, conforme a cesta de consumo adequada à realidade financeira de cada um desses grupos. O grupo de renda mais baixa considera as famílias que recebem menos de R$ 1.650,50 mensais, enquanto que a faixa mais rica tem renda domiciliar mensal acima de R$ 16.509,66 mil.

O encarecimento da comida penaliza mais as famílias de baixa renda, que já destinam uma fatia maior de seu orçamento mensal para a alimentação. Ou seja, agora eles precisam dirigir ainda mais de seus escassos recursos às compras nos supermercados.

Peso de alimentos

"O que tem subido é aquilo que mais pesa no consumo das famílias mais pobres: arroz, feijão, carne, óleo de soja, ovos, leite. Os alimentos já pesam muito, e dentro da alimentação esses são os que mais pesam. São alimentos básicos, de difícil substituição. Vai trocar o arroz e feijão pelo macarrão? Mas o macarrão também está subindo, porque a farinha de trigo está mais cara", ressaltou Maria Andréia.

O arroz subiu 51,72% de janeiro a outubro. O feijão carioca, espécie mais consumida no País, avançou 21,15%. A farinha de trigo está 13,76% mais cara. A alta acumulada pelo óleo de soja alcançou 65,08%. As frutas aumentaram 18,49%; o tomate, 52,93%; as carnes, 11,04%; o leite longa vida, 32,75%.

A técnica do Ipea lembra que os preços dos alimentos subiram tanto por um choque de oferta, uma vez que o dólar valorizado e a demanda externa impulsionaram o aumento das exportações brasileiras, quanto por um aumento na demanda doméstica por alimentos básicos, sustentada pelo pagamento do auxílio emergencial em meio à pandemia do novo coronavírus.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um projeto de lei prevê a disponibilização mensal de R$ 10 em créditos de telefonia celular para famílias de baixa renda. A proposta, em análise na Câmara dos Deputados, institui o chamado Programa de Direito à Internet para as Famílias de Baixa Renda.

Pelo texto, os beneficiários deverão estar registrados no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal e identificados como integrantes de família de baixa renda - ou seja, aquela com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou com renda familiar mensal de até três salários mínimos.

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Conforme a proposta, não estarão incluídos no cálculo rendimentos recebidos de programas sociais. O crédito de celular deverá ser concedido ao membro de referência da família, preferencialmente a mulher.

“A disponibilização de R$ 10 mensais está muito aquém das necessidades de uma família em atender as demandas escolares de suas crianças, mas ao menos permitirá o compartilhamento de arquivos de menor volume de dados e garantirá que comunicados oficiais cheguem aos estudantes de modo mais célere”, afirma o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), autor da proposta.

Gastos

De acordo com o projeto, os recursos orçamentários para custeio e execução do programa serão alocados ao orçamento anual dos programas federais de transferência de renda.

“Dados de maio de 2020 indicam haver cerca de 29 milhões de famílias inscritas no CadÚnico. Estima-se, portanto, um investimento de aproximadamente R$ 3,48 bilhões por ano”, informa Pompeo de Mattos. O texto prevê que a medida só tenha efeitos vigentes a partir do ano fiscal seguinte ao da publicação da lei, caso aprovada.

Validade dos créditos

Pela proposta, os créditos não consumidos no prazo de um mês serão acumulados para consumo no mês seguinte, tendo como limite de validade o prazo de 180 dias. O cumprimento dessa regra deverá ser fiscalizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Já ao Ministério da Cidadania competirá avaliar, anualmente, a necessidade de revisão do valor concedido pelo programa.

*Da Agência Câmara de Notícias

Ainda sem data certa para ir a plenário, a Lei do Gás recebeu na terça-feira, 25, pedido para abrigar mais um projeto, de autoria do deputado Rogério Correia (PT-MG), que estabelece critérios de distribuição e comercialização de gás de cozinha para a população de baixa renda enquanto durar o estado de calamidade pública devido à pandemia de covid-19.

Segundo o PL 1482/2020, o poder executivo fica autorizado a distribuir mensalmente um botijão de 13 Kg de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, para todas as famílias de baixa renda beneficiárias pelo Bolsa Família e para as demais incluídas no cadastro único. Para famílias cuja renda atinja até quatro salários mínimos, o gás de cozinha seria tabelado em R$ 40 o botijão de 13 Kg.

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Atualmente, o preço do gás de cozinha varia entre R$ 115 a R$ 68, dependendo da localidade, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A expectativa era de que a Lei do Gás entrasse em votação nesta quarta-feira, mas o atraso de outras votações pode jogar o texto para amanhã, ou ainda para a próxima semana.

De acordo com o deputado do PT, os recursos para subsídio do gás de cozinha poderiam vir da Cide (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico) ou do fundo soberano criado em 2008 com recursos do pré-sal, que em 2019 totalizava R$ 55,6 milhões, segundo a ANP.

O PL foi apresentado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens, informa o deputado na apresentação da sua proposta.

Famílias de baixa renda do Recife vão receber cestas básicas pela segunda vez durante a pandemia do novo coronavírus. A entrega começa a partir da próxima terça-feira (30) e deverá contemplar 116 mil famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e que já recebem o Bolsa Família ou que têm o perfil para receber, mas não tiveram o benefício concedido pelo Governo Federal.

A população pode consultar o site da ação para verificar se está apta a receber a cesta básica e saber o dia e ponto de entrega. Uma central telefônica também foi disponibilizada no número 0800 281 2127. O atendimento funciona de segunda à sexta, das 8h às 16h. 

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A entrega de cestas básicas acontecerá entre quatro a nove dias, a depender do local de entrega, e obedecerá a um cronograma dividido pelas iniciais dos nomes. Serão contemplados no mesmo período tanto quem já recebe o Bolsa Família quanto quem apenas tem o perfil para o programa, mas ainda não é beneficiário.

Para recer os alimentos, o usuário deverá apresentar o cartão do Bolsa Família, caso esteja ativo no programa; ou CPF, caso seja apenas inscrito no CadÚnico. A entrega acontecerá de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, em seis pontos de entrega espalhados do Recife.

De acordo com a Prefeitura do Recife, a entrega de cestas básicas é um benefício eventual que faz parte da rotina de trabalho da Secretaria Executiva de Assistência Social. A ação precisou ser ampliada diante do quadro de pandemia de Covid-19 para amparar os trabalhadores, muitas vezes autônomos e informais, que tiveram que parar seus serviços.

Abaixo, confira o endereço dos pontos de entrega, as datas e as respectivas iniciais dos nomes:

 RPA 1 (de 30 de junho a 3 de julho)

Local de entrega: Sesc Santo Amaro - Praça do Campo Santo, s/nº, Santo Amaro.

Data | Inicial do nome:

30/jun: A até D

01/jul: E até J

02/jul: K até M

03/jul: N até Z

RPA 2 (de 30 de junho a 8 de julho)

Local de entrega: Estádio Santa Cruz - Av. Beberibe, 1285, Arruda.

Data | Inicial do nome:

 30/jun: A até C

01/jul: D até F

02/jul: G até J

03/jul: K até M

06/jul: K até M

07/jul: N até R

08/jul: S até Z

RPA 3 (de 30 de junho a 9 de julho)

Local de entrega: Escola Técnica Miguel Batista - Av. Norte, 7487, Macaxeira.

Data | Inicial do nome:

30/jun: A e B

01/jul: C até E

02/jul: F até I

03/jul: J e K

06/jul: L e M

07/jul: L e M

08/jul: N até R

09/jul: S até Z

RPA 4 (de 30 de junho a 9 de julho)

Local de entrega: Compaz Escritor Ariano Suassuna - Av. General San Martin, 1208, Cordeiro.

Data | Inicial do nome:

30/jun: A e B

01/jul: C até E

02/jul: F até I

03/jul: J e K

06/jul: L e M

07/jul: L e M

08/jul: N até R

09/jul: S até Z

RPA 5 (de 30 de junho a 8 de julho)

Local de entrega: CSU Bido Krause - Rua 11 de Agosto, s/n, Totó.

Data | Inicial do nome:

30/jun: A até C

01/jul: D até F

02/jul: G até J

03/jul: K até M

06/jul: K até M

07/jul: N até R

08/jul: S até Z

 RPA 6 (de 30 de junho a 10 de julho)

Local de entrega: Geraldão - Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 7787.

Data | Inicial do nome:

30/jun: A e B

01/jul: C e D

02/jul: E até G

03/jul: H até J

06/jul: K e L 

07/jul: M

08/jul: M

09/jul: N até R

10/jul: S até Z

Neste sábado (6), o portal Pretitudes, através do programa Enem Solidário Pretitudes, realiza chamamento para ajudar estudantes - que não conseguiram isenção da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 - a efetuar pagamento de taxa de inscrição, no valor de R$ 85. Interessados podem realizar inscrições através deste link.

Para participar do grupo beneficiado do programa é necessário que o vestibulando, que não foi aprovado na isenção e não tem condições de arcar com o valor da taxa, preencha um formulário informando alguns dados pessoais, enviando boleto em formato PDF; além de número e e-mail para contato. As informações compartilhadas na plataforma serão utilizadas para prestação de contas realizada pelo projeto, mediante a autorização. 

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Os estudantes que realizarem o pedido devem informar a motivação da solicitação, assim como acompanhar o retorno do projeto através dos contatos fornecidos no formulário. Vale ressaltar que o e-mail cadastrado deve ser o e-mail do solicitante. Já para aqueles que desejam serem ‘fiadores’ do projeto, devem enviar uma mensagem através do endereço eletrônico: cursoecontato@pretitudes.page. O prazo para efetuar pagamento da taxa, e confirmar participação no Exame, foi prorrogado até o dia 10 de junho.

O governo estuda formas de isentar a conta de luz dos consumidores de baixa renda cadastrados no programa Tarifa Social por 90 dias. A medida tem "grandes chances de prosperar", de acordo com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone. Segundo ele, seria uma medida para conter os impactos econômicos do avanço da pandemia do novo coronavírus.

"Existe uma tratativa no governo tramitando neste momento, capitaneada pela Casa Civil, com participação do Ministério de Minas e Energia, e a discussão é que haja um subsídio por um período não inferior a 90 dias", disse ele, em reunião pública da diretoria da Aneel.

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O custo mensal de isentar a conta de luz desses consumidores, segundo Pepitone, seria de R$ 350 milhões por mês. Segundo ele, porém, essa decisão não cabe à Aneel, mas ao governo federal. "Estamos avaliando de onde virão os recursos. É uma medida estudada e com grande chances de prosperar."

O programa Tarifa Social funciona de forma escalonada, como o recolhimento de Imposto de Renda. Exemplo: uma família de baixa renda com consumo mensal de 250 kWh paga os primeiros 30 kWh com 65% de desconto; a faixa entre 31 kWh e 100 kWh com 40% de desconto; a parcela entre 101 kWh e 220 kWh com 10% de desconto; e a parte acima de 220 kWh sem desconto algum.

A proposta em estudo, mencionada pelo diretor-geral, com custo de R$ 350 milhões mensais, isentaria os beneficiários até o limite de 220 kWh.

Para ter direito ao benefício, as famílias devem estar inscritas no Cadastro Único do Ministério da Cidadania e comprovar que a renda per capita não excede 0,5 salário mínimo. Por ano, cada família recebe, em média, R$ 200 de subsídio.

Desde a semana passada, diversos parlamentares começaram a se movimentar para apresentar propostas que aumentem a cobertura do Tarifa Social. Presidente da Comissão de Infraestrutura, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) propôs que os gastos fossem bancados com recursos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que representam 0,5% da receita operacional líquida das distribuidoras.

Na semana passada, a Aneel suspendeu, por 90 dias, os cortes de fornecimento de energia por falta de pagamento. Como foi aprovada numa reunião extraordinária, a decisão foi ratificada em reunião ordinária da diretoria nesta terça, 31.

Pepitone disse ainda estar em conversas com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para avaliar a possibilidade de reduzir as alíquotas de ICMS sobre as tarifas de energia de forma temporária, durante a pandemia da covid-19.

Idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, grupo com direito à assistência social de um salário mínimo, são os mais prejudicados pelo atraso da fila do INSS. Em janeiro, eles eram 489.863 do total de 1,380 milhão de pessoas com benefícios represados há mais de 45 dias, o que correspondia a 35,5% dos cidadãos à espera. Incluindo também os pedidos feitos há menos de um mês e meio, que não são considerados represamento, a fila sobe para 2,021 milhões de pessoas.

As informações fazem parte de uma radiografia feita pelo próprio INSS a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU). É a primeira vez que o órgão expõe com detalhes o quadro do represamento da fila, que afeta brasileiros em todo o País que pediram algum tipo de benefício previdenciário e de assistência social.

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Considerando apenas as pessoas com deficiência, são 420.271 aguardando uma definição do INSS há pelo menos um mês e meio. O documento, ao qual o Estado teve acesso, também revela que a fila conta com 108.416 mulheres à espera do salário-maternidade, pago quando há afastamento do trabalho para ter filho.

Do total de 1,3 milhão de pedidos represados em janeiro, 400.853 eram de trabalhadores à espera de aposentadoria por tempo de contribuição. Outros 217.256 solicitaram a aposentadoria por idade.

O acúmulo no INSS acendeu um sinal amarelo no governo porque cresceram reclamações sobre a demora para análises de pedidos de benefícios. Em janeiro, o Estado revelou que 1,2 milhão de pessoas aguardavam a análise de documentações para terem acesso aos benefícios.

Pressionado, o governo anunciou uma força-tarefa para dar uma resposta à população que depende do serviço - principalmente a mais pobre, uma vez que 98% dos beneficiários recebem, no máximo, três salários mínimos. Uma saída estudada foi a contratação de militares da reserva para dar conta do estoque de pedidos.

A providência foi questionada pelo TCU, que abriu processo para apurar os critérios e cobrou que servidores civis aposentados também pudessem integrar a ação. Foi como parte desse processo que o INSS submeteu o relatório à Corte de Contas. Até agora, o problema se encontra sem solução, à espera da edição de uma Medida Provisória (MP).

O diagnóstico enviado ao TCU mostrou que o tempo médio para concessão dos benefícios administrados pelo INSS em 2019 foi de 74 dias. É o maior prazo em cinco anos. O panorama reflete o fluxo represado de 2018, segundo o relatório. Em 2015, a média de espera foi de 39 dias. A lei diz que os requerimentos devem ser analisados em até 45.

Estados

O balanço apresentado pelo INSS também identificou o tamanho da fila em cada estado. A situação mais dramática é a do Distrito Federal, com 608.853 pedidos de benefícios represados há mais de 45 dias. O volume representa 44% do total de atrasos. O INSS explicou, no entanto, que o número inclui requerimentos feitos em outros Estados, mas que estão sob análise nas Centrais Especializadas de Análise de Benefícios.

Em quantidade de atrasos, o Distrito Federal é seguido por Pernambuco, com 245.175, e São Paulo, com 183.889 pedidos. O cenário menos preocupante é em Roraima, que tem 40 pessoas na fila.

Na manifestação enviada ao TCU, o órgão minimiza o problema. Diz que notícias sobre filas no INSS existem há pelo menos 15 anos e que a situação atual é resultado de medidas para melhorar o atendimento nas agências, como a de agendamento eletrônico e de atendimento digital. Ao mesmo tempo, o relatório reconhece que em 2018, quando houve significativo crescimento no número de novos requerimentos, a produtividade foi a pior no período entre 2016 e 2019.

O INSS prevê a necessidade de contratação de 9.101 funcionários para atender a demanda. Estudo interno apontou que acionar militares da reserva para o serviço sairá mais barato do que contratar aposentados civis do próprio órgão. Para 2020, o custo anual de um é estimado em R$ 23.892,18. Do outro, em R$ 24.956,29. A diferença é de R$ 1.064,11.

Em nota, o INSS informou que o auxílio para idosos e pessoas com deficiência, o chamado Benefício de Prestação Continuada, tem análise complexa, com várias etapas. No caso dos deficientes físicos, além da perícia médica, é necessária avaliação social e de renda.

"Além disso, o INSS precisa cumprir decisões oriundas de ações civis públicas que deixam a análise ainda mais demorada e complexa, à medida que exigem do INSS outros processos, como descontar da renda de quem pleiteia o amparo assistencial alimentação especial, medicação, fraldas, etc.", disse.

Sobre o acúmulo de pedidos no Distrito Federal, o órgão esclareceu que a fila é somente virtual. Isso porque o dado considera os pedidos em análise nas Centrais Especializadas de Análise de Benefícios (CEAB), que podem ter sido feitos em qualquer região do país.

O INSS também reforçou que pretende regularizar as filas em seis meses após a implementação das ações emergenciais que estão sendo estudadas.

"Vale esclarecer que, há sete meses, o estoque de requerimentos (todas as espécies) ultrapassava o volume de 2,3 milhões de processos e, ao longo do ano passado, o INSS conseguiu reduzir o estoque em cerca de 400 mil processos, apesar do ingresso de cerca de um milhão de novos requerimentos por mês", pontuou a nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Caixa lançou um aplicativo financeiro chamado “CAIXA Tem”, no qual clientes de baixa renda e beneficiários de programas sociais vão poder fazer pagamentos de contas, transferências e consultas sociais relacionadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ao Bolsa Família.

Segundo o banco, a plataforma é mais simples que similares e tem baixo consumo do pacote de dados. “O app foi desenvolvido para possibilitar a inclusão financeira e ampliar o acesso aos serviços da Caixa por pessoas que têm celulares mais simples”, diz a Caixa em nota.

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Para utilizar o aplicativo, o usuário insere o CPF e a mesma senha que utiliza para realizar transações. O produto é visualmente parecido com o WhatsApp e permite a transferência de recursos com a leitura de QR Code, navegação por comando de voz e leitura das conversas em voz alta. O app estará disponível na versão Beta, inicialmente para 10 mil clientes, no sistema Android.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que o novo aplicativo considera o perfil do público. “Boa parte desses clientes utiliza serviços específicos da Caixa, como os de consulta e pagamento de benefícios sociais. O ‘Caixa Tem’ foi pensado para facilitar ainda mais o acesso a esses serviços, com operações mais simples e alinhadas às reais necessidades da população mais humilde”, acrescentou.

Foi com lagrimas que o maior jogador da história do basquete inaugurou nesta quinta-feira (17) uma clínica médica para pessoas de baixa renda. Michael Jordan investiu cerca de 30 milhões de reais na construção de duas clinicas que vão atender moradores da cidade de Charlote, na Carolina do Norte,  Estados Unidos.

Novant Health Jordan Family Medical Clinic, esse é o nome da clínica que vai atender pessoas de baixa renda das regiões carentes de Charlote, cidade de origem de do astro do basquete. Os atendimentos serão gratuitos. No total o investimento feito foi de quase 30 milhões de reais. Michael Jordan foi as lagrimas ao falar sobre o projeto.

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“É um momento muito emocionante para mim. Poder devolver à comunidade tudo o que ela me deu nestes anos todos, desde que jogava basquetebol até hoje. O dinheiro e a fama não importam, mas sim o compromisso que assumi”, disse emocionado.

O espaço está equipado com 12 salas de exames. Além disso conta com uma sala de raio-x, um espaço para a realização de fisioterapia e um assistente social em tempo integral. Esse é apenas o início de uma batalha para podermos alcançar o maior número possível de pessoas", finalizou Michael.

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