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O concurso do Banco Central reúne 100 vagas e oferta um salário inicial de R$ 20,9 mil. Os interessados podem se inscrever a partir desta segunda-feira (22), através do site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), que é a banca organizadora da seletiva. A taxa custa R$ 160. Para se candidatar, é preciso ter diploma de conclusão de curso de nível superior em qualquer área de formação em uma instituição reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).

As oportunidades são para duas áreas de atuação: Tecnologia da Informação (50) e Economia e Finanças (50). De acordo com o cronograma do processo seletivo, o processo de candidaturas vao até 22 de fevereiro. Já a realização das provas, ainda segundo o calendário, está prevista para 19 de maio em todas as capitais do Brasil. Confira o edital

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Foi divulgado o edital para o concurso do Banco Central, oferecendo 100 vagas imediatas de nível superior para o cargo de Analista, sendo 50 para Tecnologia da Informação e 50 para áreas relacionadas a Economia e Finanças, além de 200 vagas de cadastro reserva.

A remuneração inicial é de R$ 20.924,80. O Cebraspe organizará o concurso, com inscrições de 22 de janeiro a 20 de fevereiro de 2024, exclusivamente no site da banca, e taxa de inscrição fixada em R$ 150,00. A prova está prevista para 19 de maio.

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Diferentemente do último concurso em 2013, a lotação será em Brasília, mas as provas ocorrerão em todas as capitais e no Distrito Federal. O método de correção apresenta uma mudança, utilizando o estilo cespe, com duas respostas erradas anulando uma certa, exigindo cautela dos candidatos.

O Coordenador da Carreira de Controle, Anderson Ferreira, destaca a importância da Língua Portuguesa, representando mais de 20% da nota final da prova, e alerta sobre a natureza do cargo, explicando a relevância da disciplina. Anderson sugere aos candidatos entenderem o custo-benefício das matérias em relação à nota para definir a ordem de prioridade nos estudos.

“O Bacen prioriza um tipo de conhecimento que exige que o profissional seja bom em língua portuguesa, uma vez que o profissional precisa ter boas habilidades de leitura, escrita e interpretação para a criação de relatórios, pareceres e notas técnicas, entre outras tarefas”.

Ele enfatiza o foco na Língua Portuguesa e aconselha reavaliar a importância de disciplinas como Direito Administrativo na parte básica. Apesar da exigência de formação superior em qualquer área, os candidatos devem estudar intensamente nas áreas de Tecnologia da Informação ou Economia e Finanças, devido à demanda específica. Engenharia de Softwares é destacada para TI, enquanto Macroeconomia e Finanças são cruciais para Economia e Finanças.

Para o cargo na área de economia, Anderson recomenda noções de contabilidade geral, mesmo não estando no conteúdo programático, devido à importância prévia antes da parte específica sobre Contabilidade de Instituições Financeiras Padrão COSIF. O edital apresenta diferenças em relação ao último concurso, excluindo disciplinas como direito constitucional, sistema financeiro nacional, sistema de pagamentos e língua inglesa, segundo o especialista.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou na manhã desta segunda-feira, 20, suas primeiras medidas entre nomes do seu gabinete, viagens internacionais e empresas a serem privatizadas. O libertário foi eleito na noite de domingo, 19, o novo presidente da Argentina em um histórico resultado de 55,6% dos votos contra 44,3% do seu rival, o peronista Sergio Massa.

Já na noite de domingo, em seu discurso de vitória, o libertário disse que pretende manter suas promessas de campanha, mas não citou a controvertida dolarização. Hoje, porém, ele reiterou os planos de fechar o Banco Central, mas alertou que a inflação deve demorar até dois anos para retroceder. "Vamos começar primeiro pela reforma do Estado e pela resolução do problema dos Leliqs [liquidez do Banco Central]", disse.

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Em entrevista a rádios argentinas, Milei confirmou uma promessa de campanha ao anunciar a privatização dos meios de comunicação públicos do país, entre eles: TV Pública, Télam e Rádio Nacional. "Consideramos que a TV Pública se tornou um mecanismo de propaganda", disse em entrevista à rádio Mitre. Segundo ele, esses veículos teriam se transformado em propaganda peronista e parte da campanha de medo promovida contra ele na campanha.

Ele também confirmou a privatização da estatal de petróleo e gás YPF, que recentemente esteve no meio de uma crise de combustíveis no país. "Tudo o que pode estar nas mãos do setor privado, vai estar nas mãos do setor privado", disse. O presidente eleito, porém, não definiu uma data para as privatizações.

"Primeiro é preciso recompor a YPF. Desde que Kicillof decidiu nacionalizá-la, a deterioração que foi feita à empresa em termos de resultados para que ela valha menos do que quando foi expropriada... Obviamente a primeira coisa a fazer é reconstruí-la", afirmou, citando Axel Kicillof, o governador kirchnerista reeleito de Buenos Aires.

As privatizações são um projeto central de seu futuro governo, que visa reduzir o tamanho do Estado argentino, que atualmente consome 42% de seu Produto Interno Bruto e com baixa taxa de eficiência, segundo avaliações do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Áreas mais polêmicas, porém, ficaram de fora em um primeiro momento, como Saúde e Educação. Estudos mostram que os argentinos, embora estejam mais liberais, são contra a privatização dessas duas áreas.

"Nem a Educação nem a Saúde podem ser privatizadas, são responsabilidades das províncias. O melhor é sempre subsidiar a procura e não a oferta, mas isso ainda não vai acontecer no curto prazo", disse.

A dúvida, porém, é se poderá de fato realizar essas privatizações, já que necessita do apoio do Congresso, onde não tem maioria. Neste sentido, as alianças que deve construir, especialmente com o partido Proposta Republicana (PRO) de Mauricio Macri será essencial.

Outras medidas anunciadas pelo novo presidente são as primeiras viagens internacionais. Nesse sentido, o Brasil ficou de fora dos primeiros destinos, quebrando uma tradição de o presidente eleito da Argentina visitar primeiro Brasília e vice-versa.

Em entrevista à mesma rádio, Milei anunciou que sua primeira viagem será aos Estados Unidos e depois Israel, destinos que deve visitar antes mesmo da posse em 10 de dezembro. "A viagem tem uma conotação mais espiritual do que outras características", afirmou.

Entre os primeiros nomes de seu governo estão o advogado Mariano Cúneo Libarona para o Ministério da Justiça e Carolina Píparo será a nova chefe da Anses, entidade que cuida da assistência social do país e esteve sob o guarda-chuva do La Cámpora, grupo de jovens de esquerda do kirchnerismo.

Outros nomes ainda são aguardados, principalmente o do próximo ministro da Economia. Na noite de domingo, Milei se reuniu com Macri e Patricia Bullrich, candidata derrotada do PRO no primeiro turno, possivelmente para costurar nomes em seu governo. O libertário prometeu reduzir o número de ministérios de 18 para 8.

O libertário também deve se reunir nesta segunda com o presidente Alberto Fernández para tratar da transição presidencial, reunião que deve também definir o futuro de Sergio Massa em meio a rumores de demissão.

Foi definida a banca organizadora do próximo concurso público do Banco Central do Brasil. O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) foi o escolhido.

O extrato de dispensa de licitação referente à contratação foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na edição desta terça-feira (14), para o concurso que disponibilizará 100 vagas. A autorização para este certame foi concedida em julho pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck.

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Na ocasião, ela anunciou um total de 3.026 vagas para novos concursos e provimento de cargos, abrangendo 2.480 vagas para novos concursos e 546 para nomeações de aprovados, contemplando 22 órgãos.

Servidores do Banco Central aprovaram nesta quinta-feira (26) o início da terceira fase da operação-padrão do órgão, marcada para começar na próxima quarta-feira, 1º de novembro, dia em que é divulgada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A informação é do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal). A entidade também não descartou a possibilidade de os funcionários entrarem em greve ainda em novembro.

"Se o descaso por parte do Governo continuar, o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir da segunda quinzena de novembro pode vir a ser apresentado à categoria", afirmou o Sinal. O sindicato tem reunião com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, nesta sexta-feira, 27.

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De acordo com o sindicato, mais de 70% dos servidores do BC aderiram à nova fase da operação-padrão, em vigor desde julho. A desaceleração das atividades por parte dos servidores ocorre em meio à pressão para que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva reestruture as carreiras no BC.

A mobilização terá "profundas implicações" no funcionamento da autarquia, segundo o Sinal, levando a "retardamento e não-entrega de serviços", impactando projetos em curso do Banco Central, especialmente a implementação da moeda digital Drex e o projeto do PIX parcelado.

O sindicato informa ainda que também deve ser afetadas a apresentação de dados de atividade econômica e atividades de supervisão, além da possibilidade de novos adiamentos e suspensão de atividades com a participação dos agentes do mercado financeiro.

A operação-padrão já vinha afetando a divulgação de indicadores econômicos do BC. A divulgação dos dados do setor externo e das estatísticas monetárias e de crédito, marcadas para esta semana, foi adiada na última segunda-feira, 23, para o começo de novembro.

Um total de 238 chaves Pix de clientes da Phi Serviços de Pagamentos S.A. (Phi Pagamentos) tiveram dados vazados, informou nesta terça-feira (22) o Banco Central (BC). Esse foi o quinto vazamento de dados desde o lançamento do sistema instantâneo de pagamentos, em novembro de 2020.

Segundo o BC, a divulgação ocorreu por causa de falhas pontuais em sistemas da instituição de pagamento. A autarquia ressalta que os mecanismos de segurança e de monitoramento do Pix minimizaram a extensão dos dados cadastrais vazados, limitando a exposição a 238 chaves Pix ou menos de 0,00004% das mais de 630 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT).

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A exposição, informou o BC, aconteceu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro. Dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos, não foram expostos. Embora o caso não precisasse ser comunicado por causa do baixo impacto potencial para os clientes, a autarquia esclareceu que decidiu divulgar o incidente em nome do “compromisso com a transparência”.

Todas as pessoas que tiveram informações expostas serão avisadas por meio do aplicativo da Phi Pagamentos ou do internet banking da instituição. O Banco Central ressaltou que esses serão os únicos meios de aviso para a exposição das chaves Pix e pediu para os clientes desconsiderarem comunicações como chamadas telefônicas, SMS e avisos por aplicativos de mensagens e por e-mail.

A exposição de dados não significa necessariamente que todas as informações tenham vazado, mas que ficaram visíveis para terceiros durante algum tempo e podem ter sido capturadas. O BC informou que o caso será investigado e que sanções poderão ser aplicadas. A legislação prevê multa, suspensão ou até exclusão do sistema do Pix, dependendo da gravidade do caso.

Histórico

Esse foi o quinto incidente de divulgação de dados do Pix desde a criação do sistema, em novembro de 2020. Em agosto de 2021, ocorreu o vazamento de dados 414,5 mil chaves Pix por número telefônico do Banco do Estado de Sergipe (Banese). Inicialmente, o BC tinha divulgado que o vazamento no Banese tinha atingido 395 mil chaves, mas o número foi revisado mais tarde.

Em janeiro de 2022, foi a vez de 160,1 mil clientes da Acesso Soluções de Pagamento terem informações vazadas. No mês seguinte, 2,1 mil clientes da Logbank pagamentos também tiveram dados expostos.

O vazamento mais recente ocorreu em setembro do ano passado, quando dados de 137,3 mil chaves Pix da Abastece Ai Clube Automobilista Payment Ltda. (Abastece Aí) foram vazados. Em todos os casos, foram vazadas informações cadastrais, sem a exposição de senhas e de saldos bancários. Por determinação da Lei Geral de Proteção de Dados, a autoridade monetária mantém uma página em que os cidadãos podem acompanhar incidentes relacionados com a chave Pix ou demais dados pessoais em poder do BC.

O Banco Central (BC) postergou o calendário de divulgação do Boletim Focus nesta semana e as proeminências financeiras serão divulgadas nesta terça-feira (25) às 8h30. Normalmente, o boletim é publicado pelo BC semanalmente às segundas-feiras. A justificativa foi a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina 2023. 

Na última semana, a mediana das expectativas dos economistas do BC apontou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) será de 4,95% neste ano e sem alteração em relação à semana passada. Para 2024, a projeção para a inflação foi mantida em 3,92%. Para 2026, também mantém a projeção para 3,5%. Apenas a estimativa para 2025 teve uma queda de 3,60% para 3,55%. Já para a projeção dos juros também ficou sem mudanças e em 12%. Nos três anos seguintes, as estimativas são de 9,5%, 9% e 8,75% ao ano, respectivamente. 

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Para o avanço econômico, há um otimismo nas projeções revisadas nesta semana. A mediana das projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passa de 2,19% para 2,24% em 2023; de 1,28% para 1,30% em 2024; de 1,805 para 1,88% em 2025; e de 1,88% para 1,90% em 2026.

Na véspera da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de junho, o mercado reduziu novamente suas expectativas para a inflação de 2023, desta vez de 4,98% para 4,95%. Os dados fazem parte do Boletim Focus, divulgado nesta segunda (10) pelo Banco Central (BC). A mediana das expectativas para a inflação nos próximos anos, porém, foi mantida em 3,92% em 2024; 3,60% em 2025 e 3,50% em 2026. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgará na terça-feira (11) o IPCA de junho.

Para os juros, depois da redução de estimativas vista na semana passada, o mercado optou pela manutenção. Para 2023, a projeção ficou em 12%. Para os anos seguintes, 2024 e 2025, se mantiveram em 9,5% e 9%. Tem alteração apenas em 2026, com aumento de 8,63% para 8,75% na medida das estimativas dos economistas. No dia 21 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Foi a sétima vez seguida que o Comitê decide pela manutenção da taxa. Assim o patamar de juros no país continua no maior nível desde dezembro de 2016. Era unânime a expectativa entre economistas de que o colegiado iria manter novamente a Selic em 13,75% ao ano. Para uma grande parte dos especialistas, porém, foi a última vez.

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Um sinal mais forte de que o ciclo de aperto monetário pode estar no fim veio uma semana depois, com a ata de reunião. Nela, os membros sinalizaram que há espaço para o início do corte da taxa básica de juros já a partir do próximo encontro, marcado para agosto. No câmbio, apesar da queda acumulada nos últimos meses, os economistas mantiveram em R$5 a estimativa para o dólar ao fim de 2023. Para 2024, houve redução de R$5,08 para R$5,06 e de R$5,17 para R$5,15 em 2025. Para 2026, outra manutenção em R$5,20. Mesmo com a sinalização de que o ciclo de aperto monetário pode estar chegando ao fim, o mercado manteve suas projeções para o crescimento da economia em 2023 e 2024, em 2,19% e 1,28%, respectivamente. Para os anos seguintes, a queda nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) é de 1,81% para 1,80% e de 1,90% para 1,88%. 

O Banco Central (BC) anunciou hoje (21) que o Pix automático entrará em operação a partir de abril de 2024. A nova modalidade permitirá, depois da autorização do usuário, pagamentos programados recorrentes, como os que ocorrem hoje, como o débito em conta corrente. As regras da nova modalidade serão publicadas em setembro deste ano e o desenvolvimento do sistema será feito em outubro de 2023 e fevereiro de 2024.  

Os testes estão previstos para março de 2024, de acordo com o calendário de implantação divulgado pelo BC. A expectativa é que o Pix automático seja utilizado para pagamentos recorrentes como de contas de energia ou telefone, em estabelecimentos que possuem mensalidade, como academias ou cursos de línguas, ou ainda streamings de filmes, ou músicas, entre outros serviços.

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O débito automático, modalidade mais comum para pagamentos recorrentes, depende de convênios bilaterais com múltiplas instituições, o que deixará de ser necessário com o Pix automático. Desde o lançamento, o Pix foi rapidamente adotado pela população.

O mecanismo de pagamentos possui mais de 149 milhões de usuários e 613,7 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) do Banco Central. Nos dias 6 e 7 deste mês, foram registradas mais de 124,7 milhões de operações, novos recordes registrados pelo BC. Nos dois dias, foram quase 250 milhões de transações do tipo registradas pelo sistema financeiro e contabilizadas pela autoridade monetária. Nesta terça-feira (20), a Caixa Econômica Federal, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve de recuar e suspendeu a cobrança pelas operações Pix para pessoas jurídicas. 

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) realiza, na próxima terça-feira (20), uma passeata em todo país pela redução das taxas de juros. A data foi escolhida por ser o início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central do Brasil (BCB), que define a taxa básica de juros da economia, a famosa taxa Selic

No Recife, o ato será realizado na Rua do Sol, em frente à sede dos Correios, a partir das 15h. A manifestação tem o apoio de centrais sindicais. Nesta sexta (16) foi realizado um ato virtual, chamado de “tuitaço”, em que usuários utilizaram a hashtag #JurosBaixosJa, para mobilizar e conscientizar a população. 

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Desconfortável com os preços dos veículos no Brasil, nessa quinta-feira (4), o presidente Lula (PT) prometeu avaliar alternativas para baratear esses valores e oferecer melhores condições de pagamento para aquecer o mercado. Ele também voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela atual taxa de juros. 

A fala foi feita na primeira reunião do recém-formado Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS), o "Conselhão". O órgão foi recriado pelo presidente para auxiliar na elaboração de políticas públicas. 

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"Qual pobre que pode comprar carro popular por R$ 90 mil? Um carro de R$ 90 mil não é popular. É para classe média", afirmou Lula em seu discurso.

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Mais uma vez, o presidente fez críticas diretas ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, pela taxa de juros de 13,75%. "É engraçado, é muito engraçado o que se pensa neste país. Todo mundo aqui pode falar de tudo, só não pode falar de juros. Todo mundo tem que ter cuidado. Ninguém fala de juros, como se um homem sozinho pudesse saber mais do que a cabeça de 215 milhões de pessoas", apontou. 

O BC defende que a taxa é necessária para controlar a inflação. Por outro lado, os juros altos acabam dificultando a tirada de empréstimo e, consequentemente, amarram a economia e o oferecimento de empregos.

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anuncia nesta quarta-feira (3) a sua decisão a respeito da taxa de juros de referência da economia brasileira, a Selic. De forma considerável, o consenso dos economistas é de que o BC irá cortar na taxa mais cedo. Os juros básicos estão desde agosto do ano passado em 13,75%, no maior patamar desde 2016.

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 O consenso entre economistas é de que os diretores do BC devem manter a taxa onde está e que não devem também mudar consideravelmente seu tom mais duro em relação aos próximos passos, mesmo com a avaliação crescente, que ganhou forma nos últimos meses, de que há espaço para que o Banco Central comece os cortes na taxa mais cedo.

Alguns indicadores, de fato, passaram a ajudar o Banco Central na tarefa de avaliar os juros altos e, com eles, a pressão que causam sobre a economia. Foi o caso de vários sinais de uma desaceleração já em curso no Brasil e no mundo, como o Produto Interno Bruto (PIB) negativo no último trimestre do ano passado, as quedas na indústria e no varejo e uma inflação que passou a perder força rapidamente.  

Também trouxe alívio para o cenário a apresentação pelo governo, no fim de março, de sua proposta para a regra fiscal que deverá substituir o atual teto de gastos. Por outro lado, há diversos fatores que ainda carregam o caminho para juros mais baixos, e mesmo que uma ala dos bancos e consultorias esteja revisando para baixo suas projeções para os juros, as reduções são suaves.

O QUE AINDA IMPEDE A QUEDA DA SELIC

Preços de itens como serviços ainda em alta, expectativas para a inflação deste e do próximo ano ainda afastadas da meta, e também, um mercado de trabalho resiliente e aquecido estão entre os elementos mencionados pelos analistas do outro lado da balança que ainda impedem o BC de ser mais agressivo em sua descida de juros.  

Atualmente, de acordo com o relatório semanal Focus, do BC, a projeção média do mercado é que a Selic chegue ao fim de 2023 aos 12,5%, em uma ligeira redução em relação ao projetado há duas semanas (13,75%), mas ainda acima do que no começo do ano, quando a estimativa geral era estava em 12,25%.

É também um nível abaixo dos 13,75% atuais. As projeções para a inflação, por outro lado, seguem sendo revistas para cima e falam, atualmente, em um IPCA a 6% ao fim do ano – mais alto, inclusive, do que está agora (4,65% em março) e ainda longe da meta que deveria ser cumprida pelo BC neste ano, que é de 3,25%, com margem de tolerância entre 1,75% e 4,75%.

O senador pelo estado do Ceará, Cid Gomes (PDT) criticou nesta terça-feira (25), a atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

O parlamentar pediu para que o atual dirigente da instituição renunciasse ao cargo, e também entregou um boné do Santander ao gestor, que atuou como membro do conselho executivo do banco no país até 2018.  Cid disse que Campos Neto tem ligação com o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL). "A política, por mais que o senhor não deseje, está presente nessas questões. O senhor fez manifestações públicas em defesa do presidente Bolsonaro, vestindo camisinha amarela, declaração pública e notória", afirmou.

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Nas eleições do ano passado, o gestor do BC votou em um colégio do estado de São Paulo usando uma camisa da seleção brasileira, um dos símbolos adotados por apoiadores do bolsonarismo ao longo dos últimos anos.

Em seguida, o parlamentar criticou a taxa de juros e entregou a Campos Neto um boné com a logomarca do banco Santander. “Com todo respeito, presidente, me perdoe, mas, nessa hora, eu queria lhe fazer uma sugestão. Pegue seu bonezinho e peça para sair”, disse o senador.

Cid Gomes ainda chegou a utilizar um quadro e giz para criticar a taxa básica, a Selic. “A inflação do Brasil em 2022 foi de 5,8%. A nossa taxa de juro terminou o ano com 13,75%”, disse. “Sabe onde é que vai incidir esses 13,75%? Na nossa dívida. Na dívida do governo federal que, em março, [tinha] R$ 7,3 trilhões”, completou.

A declaração de Cid Gomes foi feita durante audiência para discutir a meta de inflação e a taxa de juros praticada pelo BC. O índice é alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de governistas. O Economista não respondeu as acusações do senador.

O que é necessário para reduzir a taxa básica de juros (Selic), e consequentemente diminuir o seu impacto sobre os mais pobres e aumentar a oferta de emprego, tem sido o questionamento dos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que nesta terça-feira (25) ouvem explicações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Isso porque desde setembro de 2022, a taxa tem se mantido em 13,75%.

O gestor, nomeado no governo Bolsonaro, afirmou que "nunca se subiu tanto os juros em ano eleitoral". Segundo ele, "nunca na história desse país, nem na história do mundo, foi feito um movimento de aumento de juros tão grande no período eleitoral", como em 2022, devido à previsão de crescimento da inflação. 

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— Mostrando que o Banco Central, mesmo no período eleitoral, entendeu que a inflação ia subir, entendeu antes de grande parte dos outros países, mas fez uma subida muito grande no ano eleitoral.

Presidente da CAE, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) abriu a reunião lembrando que o nosso Banco Central dispõe de autonomia, não de independência.

— Se tivesse independência, o Banco Central poderia estabelecer, ele próprio, a meta de inflação a ser alcançada. Não é o caso, nossa meta de inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional, controlado pelo Executivo. Cabe ao Banco Central perseguir tal meta. E sua autonomia se resume a decidir como aplicar os instrumentos a sua disposição.

O presidente do Banco Central tratou de questões referentes ao regime de metas; processo de autonomia; inflação no mundo e no Brasil; atividade econômica; política fiscal; taxas de juros, mercado de capitais; e "agenda inclusiva".

Causa da taxa de juros

Segundo Roberto Campos Neto, entre as causas para os juros altos estão a "baixíssima taxa de recuperação de crédito pelos bancos" (alta inadimplência); "baixa taxa de poupança"; "dívida bruta acima da média"; "percepção de risco"; e "alta proporção de crédito direcionado" (em vez de crédito geral, a partir do mercado de capitais).  

Ele explicou que, para definir a taxa de juros, o BC considera a inflação, a capacidade de crescimento do país e as expectativas inflacionárias.

— A gente olha a inflação corrente, ou seja, como está a inflação hoje em dia, quais são as características da inflação corrente, ou seja, a gente olha a inflação, o que tem acontecido na inflação, qual é o aspecto qualitativo da inflação, qual é o tipo de inflação que a gente está vendo, o que dá para extrair da inflação corrente em termos de expectativa futura. A gente olha o hiato do produto, que é basicamente a capacidade de o país crescer sem gerar inflação. Então, eu tenho espaço para crescer sem gerar inflação? Eu não tenho espaço? Como é que funciona isso? E a gente olha as expectativas de inflação. Então, na parte de expectativas de inflação, o que a gente faz é tentar ver qual é a expectativa de inflação à frente, e a expectativa de inflação é muito importante no sistema de metas, porque as pessoas reajustam o preço baseadas nas expectativas. Então, a gente tem que ter certeza de que as expectativas de inflação estão dentro da meta, estão ancoradas.

Fluxo cambial

Campos também tratou da revisão das estatísticas de câmbio, a partir do requerimento do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) que questionou o erro ocorrido na série de câmbio contratado nas estatísticas do setor externo do Banco Central, no período de outubro de 2021 a dezembro de 2022, referente ao total de US$ 14,5 bilhões. O erro na compilação dos dados do fluxo cambial (ou seja, o volume de dólares que entram e saem do país) foi constatado em janeiro de 2023, já durante o novo governo.

— Foi feita uma mudança no Banco Central e aí a gente criou alguns códigos novos e aí teve um código novo, que é o 34021 que que por um erro não foi colocado na rotina compilação da estatística, então ele ficou de fora por um tempo. Esse erro foi recuperado, foi ajustado. Aqui a gente mostra que apesar do efeito financeiro ter sido grande, o efeito estatístico não foi tão grande e a gente tomou várias medidas para que isso acontecesse novamente. Então a gente tem as revisões das rotinas e a gente criou etapas adicionais — expôs Campos.

*Da Agência Senado

O secretário de Reformas Políticas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, deve anunciar nesta quinta-feira (20) um pacote de medidas de crédito,  o novo marco das parcerias público-privadas (PPPs) e concessões para estados e municípios. O novo marco tem potencial para gerar cerca de R $100 bilhões em investimentos.  

Com a proposta que terá garantias do Tesouro Nacional, a perspectiva é de que as obras sejam impulsionadas. Um dos maiores obstáculos para a iniciativa privada investir em projetos em parceria com prefeituras e estados é a garantia das contrapartidas. Em meio à retração na concessão de crédito e maiores taxas de juros, o secretário também deverá anunciar mais de dez medidas que impulsionam o crédito.

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Entre as medidas possíveis, estão a eliminação do teto de juros para os empréstimos entre particulares, com o objetivo de evitar o superendividamento por meio do cheque especial e rotativo do cartão de crédito.  

Atualmente, o juro de empréstimos entre pessoas físicas é a taxa Selic. O tema do crédito rotativo do cartão de crédito ainda está em discussão, segundo interlocutores da Fazenda, e não deverá ser anunciada nenhuma proposta para o tema já nesta quinta-feira. Os juros dessas operações chegam a 417,4% ao ano. Na última segunda-feira (17), após a reunião com representantes de instituições financeiras, o ministro Fernando Haddad disse que os bancos vão entregar um estudo ao governo e ao Banco Central  sobre como reduzir o nível de juros do cartão de crédito rotativo. 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) informou hoje (28) que a materialização de um cenário com uma nova regra fiscal “sólida e crível” poderá trazer um processo de desinflação “benigno”. O recado foi dado em ata divulgada nesta manhã, na qual o Copom detalhou o cenário econômico considerado na decisão, de quarta-feira passada, para a manutenção da taxa Selic em 13.75% a.a. 

A apresentação da nova regra fiscal pode ocorrer nesta semana, de acordo com analistas de política. Inicialmente prevista para abril, a divulgação pode ser antecipada após o cancelamento da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China por causa de um diagnóstico de pneumonia leve.

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Em sinal ao governo, o Copom avaliou também que o compromisso do Ministério da Fazenda em demonstrar responsabilidade fiscal “atenua estímulos sobre a demanda, reduzindo o risco de alta sobre a inflação no curto prazo”. O que deve ser observado de perto agora é o desenho da nova proposta e sua aplicabilidade. Ainda assim, a autoridade reafirmou que “não hesita em retomar o ciclo de ajustes” sobre a taxa de juros, caso o processo de desinflação não transcorra como esperado. 

“O Copom enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a apresentação do arcabouço fiscal, uma vez que a primeira segue condicional à reação das expectativas de inflação, às projeções da dívida pública e aos preços de ativos”, pronunciou o BC. “No entanto, o Comitê destaca que a materialização de um cenário com um arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno através de seu efeito no canal de expectativas, ao reduzir as expectativas da inflação, a incerteza na economia e o prêmio de risco associado aos ativos domésticos”, complementou.  

A ata ainda avaliou que o cenário global permanece desafiador – o que impacta, em maior ou menor grau, nas incertezas sobre o mercado doméstico. Segundo o Copom, as pressões inflacionárias, a queda nos preços das commodities e a desaceleração da atividade econômica global estão entre os motivos externos que levaram à manutenção da taxa de juros em 13,75%. Além disso, a autoridade cita as condições adversas no sistema financeiro, motivadas pelas recentes turbulências no setor bancário. “O impacto direto sobre os sistemas financeiros doméstico e de outros países emergentes é, até o momento, limitado, sem mudanças na estabilidade ou na eficiência desses sistemas financeiros”, afirmou.  

O Banco Central do Brasil informou que, nessa quarta-feira (8), uma única pessoa fez o resgate de quase R$ 750 mil pelo Sistema de Valores a Receber (SVR), que liberou saque aos contribuintes no começo da semana. O montante agora é a maior cifra sacada pelo recurso, superando a anterior, que foi de R$ 328 mil, feita no mês passado. A instituição também informou que mais de 2,7 milhões de beneficiários, entre pessoas físicas e jurídicas, já solicitaram a transferência.

A instituição também informou que o maior valor resgatado por pessoa jurídica foi de R$ 252 mil, também nesta quarta, superando os R$ 198 mil de um único CNPJ no dia anterior. No total, R$ 180 milhões foram resgatados até às 17h dessa quarta-feira (8). O novo balanço será divulgado na noite desta quinta-feira (9).

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O “Valores a Receber” é um serviço em que o cidadão pode consultar se tem dinheiro esquecido ou inesperado em algum banco, consórcio ou outra instituição financeira e, caso tenha, mostra como resgatar o valor. O único site disponível para fazer a consulta e o resgate é o valoresareceber.bcb.gov.br.

O BC reforçou que o SVR permanecerá aberto para todos, sem interrupções programadas, para o resgate de valores no sistema financeiro. "Independente do montante, o recurso pertence ao cidadão e deve a ele ser devolvido", afirmou, em nota. Ao todo, 38 milhões de pessoas físicas e dois milhões de empresas têm cerca de R$ 6 bilhões a resgatar, segundo o BC. A página para consulta inicial de valores esquecidos está ativa desde o dia 28 de fevereiro.

O primeiro dia de saques de valores esquecidos está exigindo paciência dos correntistas. Pela manhã, a fila para entrar no sistema chegou a duas horas, mas agora está em torno de três minutos.

Nas primeiras horas de funcionamento, diversos usuários receberam a mensagem que o site estava sobrecarregado e que o correntista deveria voltar mais tarde. Quem conseguia entrar enfrentava uma fila de cerca de 300 mil pessoas. Por volta das 16h, a fila estava em torno de 60 mil pessoas, com todos conseguindo acessar o sistema. 

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Em nota, o Banco Central (BC), que administra a página Valores a Receber (SVR), informou que o sistema está “funcionando a plena carga”. O órgão, no entanto, ressaltou que o tempo de espera nas primeiras horas foi menor que o esperado, mas que a demanda está diminuindo ao longo do dia.

“Nessas primeiras horas de funcionamento, uma vez dentro do sistema, o tempo para os usuários requererem seus recursos tem sido menor que o esperado. O SVR está adequando o cálculo do tempo esperado em fila para refletir essa experiência real dos usuários, o que deve reduzir a previsão em espera informada ao cidadão”, ressaltou a nota do BC.

Segundo o BC, a demanda diminuirá após as primeiras horas de atendimento. O órgão informou que o sistema de lista de espera é semelhante ao adotado na compra de entradas para grandes eventos. Até o fim do dia, o BC soltará um balanço dos resgates.

“Como é comum em sistemas que recebem uma enorme quantidade de acessos em curto espaço de tempo, o SVR organiza automaticamente uma fila e informa ao usuário sua posição e previsão de atendimento. Esse mesmo procedimento é utilizado, por exemplo, na abertura da venda de ingressos para um show muito procurado”, explicou o BC.

Reabertura

Com a possibilidade de verificação de valores de pessoas falecidas, o Sistema de Valores a Receber (SVR) reabriu nesta terça-feira (7), após 11 meses fechado. Desde as 10h, os usuários podem agendar o recebimento dos recursos no site Valores a Receber. 

As consultas foram reabertas em 28 de fevereiro. Conforme o balanço mais recente do BC, até esta segunda-feira (6), 23,8 milhões de consultas haviam sido feitas. Desse total, 6,9 milhões (29%) apontaram quantias a receber e 16,8 milhões (71%) não encontraram valores esquecidos.

Segundo o BC, cerca de 38 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas têm cerca de R$ 6 bilhões a receber. O sistema tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no Whatsapp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. A sala de espera virtual permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, haverá a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vidas, o sistema informará a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também haverá mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Quase 11 milhões de consultas foram feitas nos dois primeiros dias de reabertura do sistema de valores esquecidos em bancos, informou nesta quinta-feira (2) o Banco Central (BC). Desse total, a maioria (73,4%) não encontrou dinheiro esquecido.

O site Valores a Receber (SVR), administrado pelo BC, registrou 10,7 milhões de consultas, e dessas, 26% foram positivas, com recursos a serem resgatados. Somente na quarta-feira (1º), segundo dia de consulta, ocorreram 5,6 milhões de procuras, das quais 1,5 milhão teve resultado positivo e 4,1 milhões não apontaram recursos a serem sacados.

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O sistema foi reaberto na terça-feira (28). Os saques ocorrerão a partir de 7 de março.

De acordo com o BC, cerca de 38 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas têm cerca de R$ 6 bilhões a receber.

Melhorias

O sistema tem novidades, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Há possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal.

O sistema informa a instituição responsável e a faixa de valor. Também haverá mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Fontes de recursos

A nova fase do SVR incluiu fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado: contas correntes ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

Nesta fase do programa, o Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão esclarece que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode entrar em contato com o cidadão. O órgão pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.

Como encontrar dinheiro que você achava ter perdido no bolso de uma calça, vale a pena conferir o site do Banco Central (BC) para confirmar se você não esqueceu nenhum valor em alguma conta. Após quase um ano suspenso, o serviço que verifica o saldo dos bancos volta a funcionar nesta terça-feira (28), a partir das 10h. 

Cerca de R$ 6 bilhões estão disponíveis para serem devolvidos a 38 milhões de pessoas e 2 milhões de empresas. O cliente com dinheiro a receber vai poder solicitar a devolução a partir do próximo dia 7. A requisição pode ser feita pelo celular, no site valoresareceber.bcb.gov.br.  

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O primeiro passo é criar um login no Gov.br nível prata ou ouro. Em seguida, entre na página e coloque o CPF e data de nascimento ou o CNPJ e data de abertura da empresa para consultar os valores. Se houver quantia a receber, anote a data indicada pelo sistema e volte ao site no dia informado para solicitar a transferência. 

O Sistema de Valores a Receber (SVR) volta após a paralisação dos servidores do BC em 2022. A retomada do serviço conta com novidades como impressão de telas, sala de espera virtual e consulta de valores da pessoa falecida com acesso para herdeiro. 

Atenção aos golpes 

O Banco Central alerta que todos os serviços são gratuitos e que nenhum link é enviado para tratar valores ou confirmar dados pessoais. A instituição reforça que só o banco que aparece no SVR é que pode entrar em contato com o cliente. 

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