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As torcidas organizadas de São Paulo receberam uma boa notícia nesta quarta-feira. Após anos de discussões, debates e ações na Justiça, as bandeiras de mastro, clássicas no futebol brasileiro de décadas passadas, estão liberadas nos estádios e arenas no Estado.

O uso dos artefatos era proibido nas dependências esportivas desde 1996. Em julho deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que as diretrizes para o retorno e o "ingresso controlado" do material aos estádios seriam estabelecidas pela Polícia Militar, o que aconteceu nesta quarta-feira em publicação oficial.

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Na edição do Diário Oficial, a PM estabeleceu os critérios para o ingresso de bandeiras com mastros ou suportes nos estádios de futebol, ginásios de esportes e outras instalações destinadas a eventos desportivos. Dentre estes, o uso dos artefatos será restrito para os setores das torcidas organizadas em São Paulo.

Além disso, o órgão impõe limites desse uso: até 10 unidades para cada torcida organizada; o mastro deve ser constituído, exclusivamente, de material feito de bambu, entre seis e oito metros de comprimento; o mastro deve possuir, gravado de forma visível, a identificação da torcida organizada a qual o material pertence. Todos os objetos passarão por vistoria antes do ingresso nas arenas.

No entanto, a portaria também prevê que o limite de bandeiras será definido a cada partida, pela autoridade policial responsável pela segurança do evento. Para isto, alguns aspectos devem ser levados em consideração, como quantidade de público previsto no jogo e "histórico de animosidade entre as torcidas participantes".

"Os objetos de que tratam esta Portaria serão de uso exclusivo das torcidas organizadas, para torcer e expressar manifestação de apoio às agremiações protagonistas do espetáculo, sendo responsabilidade do portador do mastro ou suporte, em conjunto com os dirigentes da torcida organizada, zelar pela sua utilização pautada por aspectos de urbanidade, civilidade e respeito aos demais torcedores e pessoas envolvidas no evento", informa o artigo 4º desta portaria.

O uso dos materiais durante os jogos estava proibido desde 1996, em razão de um projeto de lei de autoria do então deputado Nabi Abi Chedid. No ano anterior, uma briga generalizada entre torcedores do Palmeiras e do São Paulo, na Copa São Paulo de Futebol Júnior, foi um dos responsáveis pela criação da lei.

A Comissão de Fiscalização de Propaganda do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (CPROPAG) apreendeu, nessa quinta-feira (22), 42 bandeiras que estavam em barcos na bacia do Pina, Zona Sul do Recife. A ação integrada contou com a participação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Após denúncias feitas pelo aplicativo pardal, a juíza da Propaganda Eleitoral do Recife, Ana Cristina Mota, determinou a apreensão. “Recebemos nos últimos dias diversas denúncias no sistema Pardal de cidadãos relatando a colocação de bandeiras irregularmente no rio Capibaribe, nas imediações do Shopping Rio Mar. Os partidos foram notificados para retirar as bandeiras, mas nem todos regularizaram, exigindo da Justiça Eleitoral uma ação em conjunto com o Corpo de Bombeiros para apreensão de todos os materiais de propaganda eleitoral colocados indevidamente no rio”, afirmou ela.

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A juíza explicou que rios e mares são bens de uso comum e, de acordo com a legislação eleitoral, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza nestes espaços.

*Do site do TRE

Utilizadas eleitoralmente pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro, bandeiras do Brasil são distribuídas nesta quarta-feira a apoiadores do governo federal presentes ao desfile cívico-militar de 7 de setembro em Brasília por um funcionário do Palácio do Planalto. O colaborador usa crachá da Presidência da República.

Bolsonaristas chegam paulatinamente à Esplanada dos Ministérios, sede do desfile e, depois, de discurso do presidente. Quem chegou primeiro conseguiu se sentar em arquibancada instalada ao lado da área reservada à imprensa e recebeu as bandeirinhas do funcionário do governo.

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Os apoiadores têm comemorado a chegada dos ministros à Esplanada com aplausos, gritos de "mito" e de "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão".

Sob aplausos de apoiadores, o presidente e a primeira-dama Michelle chegaram à Esplanada dos Ministérios para acompanhar o desfile que marca os 200 anos da Independência do Brasil.

O chefe do Executivo, que após o desfile vai discursar em carro de som instalado em frente ao Congresso Nacional e ao lado de tanques de guerra, usa faixa presidencial. Ministros de Estado marcam presença na área reservada às autoridades, mas outros chefes de poder preferiram se ausentar para evitar associações com o tom eleitoral concedido ao evento.

Os ministros Paulo Guedes (Economia), Marcelo Queiroga (Saúde) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) também chegaram Esplanada dos Ministérios. Antes, os auxiliares do presidente participaram de um café da manhã com o candidato à reeleição no Palácio da Alvorada.

O chefe do Executivo quer mostrar unidade do governo no momento em que tenta fazer do 7 de setembro um ato político que impulsione seus planos eleitorais.

Na Esplanada, militantes o esperam vestidos com camisetas verde-amarelas e carregando bandeiras do País.

A Comissão de Propaganda da Justiça Eleitoral com atuação no Recife realizou, nesse domingo (21), a apreensão de bandeiras irregulares em vias públicas. Os materiais estavam colocados em canteiros centrais nas avenidas Boa Viagem, Antônio de Góis (Pina), Marcarenhas de Moraes (Imbiribeira), Cais José Estelita e Cosme Viana (Afogados), porém sem um responsável por sua guarda e atrapalhando a mobilidade dos pedestres.

Foram apreendidas bandeiras com propagandas dos seguintes partidos políticos: Solidariedade, MDB, PP, PL e PSB. O material, cerca de 50 bandeiras, foi recolhido e levado para o depósito da Justiça Eleitoral.

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Nos primeiros dias de campanha, a apreensão de bandeiras e das bases de cimento que dão sustentação ao material tem sido o caso mais recorrente de irregularidade encontrada pela fiscalização da Justiça Eleitoral. Os servidores têm apreendido as bases de cimento que são deixados em via pública após as 22h, horário limite para a realização de atividades de rua na campanha.

Camisas

A Justiça Eleitoral também determinou, em decisões liminares, o recolhimento de camisas distribuídas por partidos por considerá-las como material propagandístico, o que é proibido pela legislação eleitoral. Houve distribuição e utilização pela militância de camisas com a foto, com o número da legenda e com as cores da propaganda de candidatos do PSB e MDB.

A Legislação Eleitoral proíbe na campanha eleitoral confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor.

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, esteve nesta quinta-feira (4) na sede da Secretario de Defesa Social, para entregar um ofício solicitando a liberação das charangas e das bandeiras nos estádios de Pernambuco. O deputado estadual pelo PSB Isaltino Nascimento acompanhou o cartola.

Evandro demonstrou confiança em um desfecho positivo, após entregar o documento nas mãos do secretário Humberto Freire. Segundo o presidente da FPF, uma resposta a respeito da solicitação deve ser dada em breve.

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“Rapidamente, em muito pouco tempo, nós teremos nós teremos as nossas charangas e as nossas bandeiras nos estádios de Pernambuco”, exaltou Evandro Carvalho.

A organização da Copa do Mundo do Catar, que será disputada entre novembro e dezembro deste ano, avisou nesta sexta-feira que não vai tolerar bandeiras de arco-íris, que representam o movimento em defesa dos direitos LGBTQIA+, nas arquibancadas dos oito estádios do Mundial. De acordo com um dos dirigentes do comitê organizador da Copa, a medida será tomada para "proteger" os torcedores.

Em entrevista à agência de notícias The Associated Press, o major-general Abdulaziz Abdullah Al Ansari afirmou que o país e a Copa vão receber bem casais homossexuais, apesar das leis que criminalizam a homossexualidade no Catar, mas não vão aceitar bandeiras que "promovem" o movimento.

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"Se um torcedor levantar uma bandeira de arco-íris e eu tirá-la de sua mão, não seria porque eu quero ou porque estou insultando ele. Será para protegê-lo", disse Al Ansari, um dos principais responsáveis pela segurança da Copa do Mundo. "Porque se eu não fizer isso, alguém poderá atacá-lo... Não posso garantir o bom comportamento de todos. E vou dizer ao torcedor: 'Por favor, não é necessário levantar a bandeira neste local'".

O dirigente disse que "atos político" não serão permitidos nos estádios da Copa. "Percebemos que este torcedor comprou o ingresso para vir aqui assistir ao jogo, não para fazer uma demonstração ou um ato político ou qualquer coisa que esteja em sua mente", declarou. "Assista ao jogo. Isso é legal. Mas não venha aqui insultar toda a nossa sociedade por isso."

As declarações de Al Ansari contrastam com as palavras recentes do presidente da Fifa. Nesta semana, Gianni Infantino afirmou que "todos vão perceber que todos serão muito bem-vindos aqui no Catar, mesmo nos casos de LGBTQ".

Al Ansari reiterou que não está rejeitando integrantes desta comunidade ou anunciando que não serão bem-vindos. "Reservem o quarto juntos, durmam juntos... Isso não é da nossa conta. Estamos aqui para gerenciar o torneio. Não vamos além das coisas pessoais individuais que podem estar acontecendo entre essas pessoas... Essa é a ideia. Aqui não podemos mudar as leis. Você não pode mudar a religião durante os 28 dias da Copa do Mundo."

A forma como torcedores homossexuais serão tratados no Catar é alvo de preocupação por parte de entidades ligadas ao futebol e ao movimento nos últimos meses. A rede FARE, que monitora eventuais casos de discriminação nos jogos, pediu que todos os torcedores sejam respeitados durante a disputa do Mundial.

Nesta sexta-feira, a rede rebateu as declarações de Al Ansari. "A ideia de que a bandeira, que é reconhecida universalmente como símbolo da diversidade e igualdade, será retirada das pessoas para protegê-las não será considerada aceitável. E será encarada apenas como um pretexto (para o preconceito)", afirmou Piara Powar, diretor executivo da FARE.

"Já estive no Catar por diversas vezes e não espero que a torcida local ou a população catariana ataquem alguém apenas por causa da bandeira do arco-íris. O maior perigo vem das ações do Estado", destacou Powar.

A campanha da candidata à Prefeitura do Recife pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Marília Arraes, disse que foi alvo de um crime eleitoral. A coordenação afirma que militantes nos bairros de Água Fria e Caxangá foram abordadas por homens portando armas de fogo que roubaram bandeiras utilizadas para fazer a propaganda política.

Os crimes foram praticados na segunda (19) e na terça-feira (20). O primeiro incidente ocorreu na avenida Beberibe, quando um homem não identificado e armado ameaçou a militante que estava responsável por cuidar das 15 bandeiras utilizadas para a atividade de campanha, colocou todas em um carro que não teve a placa anotada e fugiu. 

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O segundo foi praticado na terça (20), na avenida Caxangá. Quatro homens armados ameaçaram uma única mulher que cuidava da atividade de campanha e roubaram 20 bandeiras e também fugiram de carro.

O roubo de materiais destinados à propaganda, que fere os direitos políticos de candidatos que venham a ser vítimas, fere o artigo 332 do Código Eleitoral e configura crime. O caso foi denunciado pela campanha de Marília Arraes na quarta-feira (21) à corregedoria da Polícia Federal.

"Além da violência contra as pessoas que estavam no momento junto ao material de propaganda, há um dano direto à campanha de Marília Arraes. Obstaculizar uma publicidade eleitoral regular é atacar a normalidade do processo eleitoral. A existência de uma norma penal específica como esta é uma garantia ao processo democrático, uma proteção à eficácia do ordenamento jurídico eleitoral", disse Walber Agra, advogado da coligação Recife Cidade da Gente, da qual faz parte a campanha da candidata.

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Desde o último domingo (31), quando grupos antifascistas ligados a torcidas organizadas de times de futebol organizaram atos pela democracia e contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em várias cidades, têm surgido postagens nas redes sociais com imagens de uma bandeira associada ao movimento antifascista, com usuários se identificando com esse posicionamento político. O LeiaJá ouviu professores e uma ativista para explicar o conceito de antifascismo e o que significa a bandeira antifa, como o movimento também é chamado. 

O que é o fascismo?

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Karl Schuster é historiador e professor há 17 anos, fez pós-doutorado em História Contemporânea pela Universidade Livre de Berlim e atualmente é livre docente da Universidade de Pernambuco (UPE). Ele explica que: “entende-se por fascismo o conjunto de movimentos políticos que pavimentaram a chegada da extrema-direita ao poder na Europa durante a década de 1920”, mas também as manifestações contemporâneas que se dão dentro de sistemas democráticos e tentam destruir o estado democrático de direito aos poucos. 

“O modo de atuar no novo fascismo promove uma erosão do ambiente democrático. A erosão é gradual, cria inimigos internos, produz isolamento, enfim, ameaça o sistema como um todo. Daí a importância do uso do plural, fascismos. O nazismo foi, em verdade, um tipo de fascismo. Esses movimentos são aquilo que o historiador alemão Ernst Nolte chamou de Anti, são antiliberais, anticomunistas, antimarxistas. O alimento da política e do discurso fascista é a eterna sensação de que o país vai de mal a pior e que apenas eles, os fascistas, seriam capazes de restituir o que a sociedade perdeu, seja por defender um ultra fanatismo em costumes, retomando pautas já superadas, ou com o discurso de que são a própria renovação de uma política carcomida pela corrupção”, explicou o professor. 

No Brasil, de acordo com o professor de história José Carlos Mardock, o fascismo teve uma relação forte com o governo de Getúlio Vargas no período ditatorial do Estado Novo, perseguindo seus opositores. “O escritor alagoano Graciliano Ramos, que era membro do Partido Comunista Brasileiro, foi um dos presos políticos do Estado Novo a transitar pelos calabouços da repressão. Toda a sua experiência está relatada no livro Memórias do Cárcere”, contou Mardock.

Jones Manoel tem 30 anos, é historiador, mestre em serviço social, educador e comunicador popular, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e do movimento negro. Ele explica uma das manifestações do fascismo no Brasil se deu por meio do Integralismo, liderado por Plínio Salgado, num grande partido que chegou a ter mais de 80 mil militantes. 

“Basicamente defendia resgatar uma ideia de brasilidade dentro de um programa nacionalista conservador, violentamente anti comunista, anti sindicatos, anti militância que misturava positivismo com fascismo e supostas tradições reais do Brasil. O Brasil desde os anos 1930 para cá nunca teve movimentos de massa fascistas, mas sempre teve pequenos grupos que reivindicam o nazismo, o nazifascismo, via de regra agindo numa perspectiva de gangue, fazendo ataques contra mendigos, homossexuais, pessoas em situação de rua e por aí vai”, disse Jones.  

Movimento e bandeira antifascista

Os movimentos de resistência aos diferentes tipos de fascismo surgem porque, como explica o professor Karl, “O fascismo não morreu com Hitler ou com o fim da segunda guerra mundial. Da mesma forma que os fascistas e as condições sociais para sua existência continuaram existindo, a resistência também. Sempre existirão [ameaças fascistas] enquanto continuarmos com as condições sociais do fascismo. Para mim, fascismo é a negação do outro. É um forte problema de alteridade e de entendimento de existência do outro como inimigo a ser aniquilado”, explicou o professor. 

Ele também conta que o enfrentamento ao fascismo nem sempre nasce de grupos necessariamente denominados antifascistas ou em momentos em que a ameaça é iminente e muito forte, mas também de pautas de movimentos da sociedade civil em busca de mais democracia. 

“[Há movimentos que] não são necessariamente antifascismo, eles abraçam essa pauta por serem movimentos que vigiam, garantem o mínimo de manutenção do estado democrático. Eles são fundamentais para a democracia e existem mesmo sem o fascismo como perigo eminente. Eles nascem da sociedade civil organizada. Nascem da natureza desigual do estado e se fundam numa luta constante por reconhecimento e autonomia das minorias ou de pautas de inclusão, de direitos humanos ou mesmo de reforma agrária, no caso do passado recente do Brasil”, disse o professor Karl Schuster. 

Os movimentos conhecidos como “antifas” surgiram, segundo o professor Mardock, da união entre os partidos Comunista Alemão (KPD) e o socialista alemão (SPD) da luta contra o fortalecimento nazista na década de 1930. “Os partidos KPD E SPD, juntos, venceram Hitler nas eleições de 1933, daí a justificativa para as bandeiras”, explicou ele.

Já o professor Karl conta que a imagem das duas bandeiras, que também aparecem em vermelho e preto, representam uma ideia da criação de uma frente única contra o fascismo e também representam o anarquismo. “Essa bandeira representa a ideia de frente única, a ideia de que todos que são antifascistas estariam unidos, ao menos naquele momento, contra a avalanche fascistizante. As cores representam o anarquismo, o socialismo libertário. Liberdade de quaisquer tipos de hierarquia e coerção são fundamentais nessas duas correntes, que têm rejeitam o socialismo clássico por não aceitarem a hierarquia. Para ambos, o controle centralizado deve ser destruído e abolir o controle autoritário sobre os meios de produção é a ideia central”, contou ele.

De acordo com o historiador, educador e mestre em serviço social, Jones Manoel, havia uma disputa entre anarquistas e comunistas pela “cabeça” do movimento operário, mas diante da ameaça de um grande inimigo maior, foi necessário unir forças. “Como o fascismo tem a característica de montar suas tropas de choque, suas milícias armadas, o antifascismo se dava a partir de ações de massa, debates, ações culturais, mas também ações de rua para tentar intimidar os fascistas e não deixar que eles tomassem conta da arena pública. Aqui no Brasil teve um famoso evento antifascista, a batalha da Praça da Sé, quando antifascistas de variadas matizes se uniram para expulsar os integralistas numa batalha que envolveu muita porrada, agressões físicas e alguns tiros, num episódio em que os comunistas colocaram os fascistas para correr no episódio que ficou conhecido como a ‘revoada das galinhas verdes’. Basicamente os grupos antifas surgem da percepção do movimento operário do perigo que o fascismo representa”, explicou ele.

Reunião de grupo da Juventude Integralista, grupo fascista brasileiro/Domínio Público

Militância on-line e nas ruas

A advogada Ana Cristina Rossi, de 28 anos, é natural de Florianópolis mas mora em São Paulo desde 2013, ano em que começou a participar de manifestações de rua. Em 2016, junto com outros dois amigos, ela fundou o Coletivo Pela Democracia, com o objetivo de promover atos e impedir o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Recentemente, em decisão conjunta com os demais administradores do coletivo, o grupo mudou de nome e passou a se chamar “Coletivo Democrático Antifascista M14”. 

“Com o avanço dos retrocessos e os absurdos que o Presidente vinha propagando dia a dia, a ineficiência desse governo no combate ao Covid-19, foi gerando uma revolta muito grande, então sugeri um novo nome. Sempre tivemos esse posicionamento antifascismo, contra a extrema-direita, racismo, xenofobia. Nossa ideologia é completamente voltada ao socialismo, comunismo, de forma que a gente era a oposição da oposição para esse governo. O discurso desse governo é fascista, nossa principal pauta é a democracia”, contou ela. 

Questionada sobre a razão para, em sua opinião, ter crescido o volume de pessoas nas redes sociais se identificando como antifascistas, Cristina aponta uma conexão entre os atos contra a violência policial que têm ocorrido nos Estados Unidos e a realidade violenta que também é fortemente enfrentada nas periferias do Brasil. 

“Eu acredito que tenha relação em primeiro lugar com o movimento #blacklivesmatter. Esse movimento se alinhou muito com o que está acontecendo aqui no Brasil, o número de mortos nas periferias do Brasil, a forma como a polícia atira indiscriminadamente no povo preto. Dois coletivos se reuniram para combater esse fascismo crescente na América: Democracia Corinthians e Palmeiras antifascista, se eu não me engano, estavam na [Avenida] Paulista com uma pauta muito bacana, Anti Bolsonarista, e houve confronto com a polícia. Isso tudo foi uma das razões para deixar bem claro o que eu já sei desde sempre sofremos com a ação da PM do governo de SP, mas agora eles se sentem legitimados”, afirmou a advogada. 

Jones Manoel, de 30 anos, nasceu na favela da Borborema, zona sul do Recife. Negro, filho de empregada doméstica e órfão de pai aos 11 anos, precisou trabalhar ainda na adolescência e conta que aos 19 anos um amigo lhe apresentou a universidade. A partir desse momento, ele começou a se empenhar para o vestibular e conseguiu a aprovação, montando depois um cursinho popular ao descobrir que junto a outros dois amigos de sua comunidade, eles eram os primeiros daquela região a entrar na universidade. O projeto durou dois anos e ajudou 30 jovens a serem aprovados. 

Durante sua vida de militância, além do PCB e do movimento negro, Jones participou de outros espaços de luta política, como o movimento estudantil, movimento passe livre e jornadas de junho, entre outras atividades. Questionado sobre as razões pelas quais acredita que as imagens da bandeira antifascista passaram a ter um compartilhamento massivo nas redes sociais desde o último final de semana, Jones aponta tanto para o perfil autoritário do projeto bolsonarista de governo quanto para os atos pró-democracia e antifascistas realizados no domingo (31). 

“Os atos de domingo abertamente se colocando em defesa da democracia numa perspectiva popular e antifascista, deram um gás, renovaram esperança e chamaram atenção. Eu acho que é por isso que se colocou essa ideia do antifascismo, porque não existe mais dúvidas que o projeto bolsonarista é fascista. O governo não é fascista, o Estado não é fascista, o fascismo enquanto regime político não está implantado no Brasil e nem eu acho que vai, espero estar certo, mas Weintraub, Ricardo Salles, Bolsonaro, são ideologicamente fascistas, têm uma simbologia fascista e vários grupos fascistas os apoiam”, diz.

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Bandeiras da Itália em edifícios públicos de todo o país foram colocadas a meio-mastro na manhã desta terça-feira (31) para homenagear as vítimas da pandemia do novo coronavírus.

A iniciativa foi promovida pela Associação Nacional das Prefeituras Italianas (Anci), mas se estendeu para todas as instituições, como a Presidência da República, o Ministério das Relações Exteriores e até o Vaticano.

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"No dia de hoje, em solidariedade à Itália, a Santa Sé deixará as bandeiras a meio-mastro, em luto, para expressar sua proximidade às vítimas da pandemia na Itália e no mundo, às suas famílias e aos que generosamente lutam pelo seu fim", disse o diretor da sala de imprensa vaticana, Matteo Bruni.

Além disso, ao meio-dia (horário local), os prefeitos italianos fizeram um minuto de silêncio em frente às sedes das administrações municipais. "Temos de recordar com máxima honra todas as vítimas desta guerra que estamos levando adiante como Estado contra esse vírus", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio.

A pandemia já contaminou mais de 100 mil pessoas no país e matou 11.591, de acordo com o último balanço da Defesa Civil. O ritmo de contágios, no entanto, vem desacelerando dia a dia, o que indica que a curva de contaminação pode estar perto do pico. 

Da Ansa

A Associação Nacional das Prefeituras Italianas (Anci) anunciou que fará uma homenagem, no próximo dia 31 de março, para as vítimas do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e para todos aqueles que estão trabalhando na linha de frente do combate à pandemia.

"Bandeiras a meio-mastro e um minuto de silêncio observado pelo prefeito em frente à prefeitura de cada município em todas as comunas italianas na terça-feira (31), às 12h, em sinal de luto e de solidariedade. Para lembrar das vítimas do coronavírus, para honrar o sacrifício e o compromisso dos operadores sanitários, para abraçar idealmente todos, para dar apoio uns aos outros, como sabemos fazer ao sermos prefeitos", explicou o presidente da Anci e prefeito de Bari, Antonio Decaro.

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A iniciativa foi proposta pelo governador da província de Bergamo, Gianfranco Gafforelli, e agora será adotada por todos os municípios.

"Como ocorre sempre nas grandes emergências, nós, prefeitos, destinatários e protetores das preocupações dos cidadãos e de suas compreensíveis angústias, somos submetidos às fortes pressões de ter a responsabilidade de uma comunidade inteira. O desconforto, que nós sentimos, não devem prevalecer. Reajamos com força para transmitir confiança e esperança", acrescentou.

Até o momento, a Itália tem 80.589 casos confirmados da Covid-19 e contabiliza 8.215 mortes, sendo a nação que mais registrou óbitos relacionados à nova doença.

Da Ansa

Milhares de seguidores de Asaib Ahl Al Haq, uma das facções armadas pró-Irã mais poderosas do Iraque, desfilaram neste sábado (14) em Bagdá, pisando na bandeira dos Estados Unidos, num protesto contra as sanções impostas por Washington contra líder do grupo.

Há uma semana, Qais Al Jazali, chefe de Asaib e inimigo jurado dos Estados Unidos desde a invasão do Iraque em 2003, declarou ironicamente que era uma "honra" ser objeto destas sanções e que Washington deveria ter feito isso "há mais tempo".

Atualmente, ele está proibido de acessar o território dos Estados Unidos e não pode realizar transações financeiras no país.

No sábado, Jazali mobilizou seus seguidores no coração de Bagdá, na Praça Ferdaous - onde ficava a estátua do ditador Saddam Hussein que as tropas americanas derrubaram - e eles marcharam sobre enormes bandeiras americanas.

As principais ruas da cidade foram bloqueadas. Ao longo do trajeto da passeata, os manifestantes colocaram forcas onde estavam penduradas as imagens do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e de Mohamed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, grande inimigo do Irã.

"Denunciamos a decisão injusta" de sancionar Qais Al Jazali, é "uma interferência contra uma personalidade nacionalista", disse à AFP Mahmud Al Rubaye, membro da liderança política de Sadiqun, o partido de Asaib no Parlamento.

Asaib Ahl Al Haq (A liga dos virtuosos, em árabe) é um dos principais componentes do Hashd Al Shaabi, uma coalizão formada para combater o grupo do Estado Islâmico, que agora faz parte das forças de segurança.

A ANEEL aprovou nesta terça (21) resolução que estabelece as faixas de acionamento e os adicionais das bandeiras tarifárias com vigência em 2019. Foi incorporado um avanço metodológico para a regra de acionamento que atualiza o perfil do risco hidrológico (GSF*), o qual passa a refletir exclusivamente a distribuição uniforme da energia contratada nos meses do ano ("sazonalização flat"). O efeito do GSF a ser percebido pelos consumidores retratará com maior precisão a produção da energia hidrelétrica e a conjuntura energética do sistema.

A proposta aprovada altera o valor das bandeiras tarifárias a partir de 1º de junho. A bandeira amarela passa a R$ 1,50 a cada 100(Kwh), já a bandeira vermelha no patamar 1 custará R$ 4,00 a cada 100 (Kwh), e no patamar 2, R$ 6,00 a cada 100 (Kwh). Segundo a Aneel, a alteração foi especialmente motivada pelo déficit hídrico do ano passado, que reposicionou a escala de valores das bandeiras.

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Criado pela ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. Além disso, esse custo é pago de imediato nas faturas de energia, o que desonera o consumidor do pagamento de juros da taxa Selic sobre o custo da energia nos processos tarifários de reajuste e revisão tarifária. 

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) começou a sua campanha rumo a conquistar novamente uma vaga dentro da Câmara dos Deputados. Confiante, o psolista diz que vai fazer a diferença. “Aqui, nas redes, nas ruas, na TV, vamos fazer a diferença e levar as nossas bandeiras ao Congresso mais uma vez”, destacou por meio do Facebook. 

O ex-BBB disse que vai persistir. “A história prova: desistir nunca foi uma boa opção. Se você é um dos que acreditam que é possível conquistarmos um Brasil mais justo e humano, junte-se a nós”. 

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Para marcar o início de sua campanha, Jean divulgou um vídeo que seria “um grito de resistência”. O vídeo ressalta que há uma crise de valores no país e que o tempo vivido é de mentiras, hipocrisia, falsa moral e violência. Ainda ressalta que é necessário não se calar diante das injustiças e truculências. “Não é hora de desistir, é hora de levantar a cabeça, crescer a nossa voz e fazendo da resistência a nossa resposta”, diz o locutor. 

Jean também vem pedindo doação aos seus eleitores, por meio de uma vaquinha, com a finalidade de contribuir com a sua campanha eleitoral. Ele chegou a dizer que é chato pedir dinheiro para campanha, sobretudo em um momento em que a política “anda tão desprestigiada”, mas que é necessário para continuar o que chamou de luta. “Há quatro anos iniciei uma das campanhas mais baratas entre deputados federais eleitos. Uma campanha financiada por milhares de pessoas. Gente de todo o Brasil, que doou cada um pouquinho”, falou recentemente. 

 

 

 

 

Um dos cotados para ser o candidato do PSDB à Presidência em 2018, o prefeito João Doria promove uma espécie de "onda cívica" na cidade: os prefeitos regionais da capital foram orientados a espalhar bandeiras do Brasil em áreas estratégicas de São Paulo.

O tucano, que já costumava encerrar seus eventos políticos com o tema da vitória de Ayrton Senna e o mote de que a bandeira do País não é vermelha como a do PT, reforçou o tom nacionalista após o juiz Sérgio Moro condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato.

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Após Doria colocar bandeiras no muro de sua casa e na sacada do gabinete na Prefeitura, os prefeitos regionais Eduardo Odloak (Sé/Centro) e Paulo Mathias (Pinheiros) disputam o "título" de quem tem a maior bandeira de São Paulo. "Fizemos uma parceria (com o setor privado) e doaram uma nova bandeira, com mastro de 60 metros e 17 metros de largura. É a maior da cidade", disse Odloak.

Também foram colocadas bandeiras no Vale do Anhangabaú, Pátio do Colégio e dezenas de praças. Até a Secretaria de Abastecimento do Estado foi acionada para trocar a bandeira do Mercadão. "Essa foi uma solicitação do prefeito para despertar o espírito cívico da população", afirmou Odloak.

Para superar a bandeira do centro, Mathias encomendou uma bandeira ainda maior para o Largo da Batata, que passa por uma reforma: 56 metros de largura em um mastro de 33 metros de altura.

O correligionário do prefeito nega que a ideia seja preparar uma eventual "nacionalização" do prefeito no tabuleiro político. "Não se trata da nacionalização do João Doria, mas do resgate do orgulho de ser brasileiro", disse Mathias.

Doria afirmou que a iniciativa não tem conotação eleitoral. "A reverência à bandeira é um elemento de respeito pela instituição", afirmou o prefeito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na última quarta-feira (5), o Recife presenciou a primeira partida da final do Campeonato Pernambucano. Durante a ocasião, a Polícia Civil realizou uma operação que apreendeu produtos falsificados que estavam sendo comercializados nas proximidades do Estádio do Arruda. Na tarde desta quinta-feira (5) foi encontrada a fábrica clandestina que produzia esses materiais. 

O empreendimento, situado no bairro de Jardim São Paulo, Zona Oeste do Recife, realizava a fabricação de bandeiras de times de futebol da capital pernambucana. De acordo com a Polícia Civil, Edilene Maria Belo do Albuquerque, de 60 anos, foi conduzida à delegacia para ser qualificada, interrogada e a confecção de um laudo pericial com a finalidade de atestar a falsificação dos bens apreendidos. A mulher será indiciada pelos delitos de crimes contra a propriedade industrial, fraude no comércio e crimes contra a relação de consumo. 

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As autoridades informaram que, no local, foram apreendidas dezenas de bandeiras, matéria prima, telas de serigrafia e três máquinas de costura. 

Para realizar denúncias, a Polícia Civil informa que o telefone é 3184-3780.

 

Com jogo marcado contra a seleção brasileira, na próxima sexta-feira (25), na Arena Pernambuco, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, o elenco do Uruguai desembarcou no Recife, nesta quarta-feira (23), e sentiu o calor da torcida celeste. Cerca de 100 empolgados torcedores do país bicampeão mundial preencheram a rua do hotel onde o grupo ficará hospedado, na Zona Sul da capital pernambucana, para acompanhar a chegada do ônibus que transportou Luis Suárez e seus companheiros do Aeroporto Internacional dos Guararapes até o local.

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Aos gritos incessantes de “Soy celeste” (na língua portuguesa, “Sou celeste”), os uruguaios ergueram bandeiras do país, faixas de incentivo ao time e mensagens para seus ídolos, fazendo um barulho que chamava a atenção de quem passava pelo local. Reforçando a tradição da seleção e a relação estreita com sua torcida, um dos maiores banners expostos pelos gringos veio com a frase “La celeste nunca muere” (traduzindo, “A celeste nunca morre”) e serviu de plano de fundo para as fotos daqueles que queriam mostrar sua paixão pelo emblemático futebol celeste. 

Em meio à movimentação, um grupo de 30 torcedores uniformizados ganhou destaque. A parte da frente das camisas era igual, com a chamada “Celeste” na região do tórax, e, nas costas, cada membro tinha seu nome estampado na parte inferior das costas. Um dos representantes do grupo, o uruguaio Fernando Jodus, de 46 anos, analista de informática em Montevidéu, contou o roteiro planejado por eles e as primeiras impressões do Recife.

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“Estamos aqui pela primeira vez. Vamos passar a semana fazendo turismo e, na sexta-feira, iremos ao jogo com o Brasil. Já fomos em Porto de Galinhas e achamos a praia muito bela”, disse. E finalizou: “Agora, a principal expectativa é conhecer a Arena Pernambuco. Pela televisão, parece ser um estádio lindo. Vamos aproveitar todo esse clima gostoso do Recife e, claro, apoiar a nossa Celeste”. 

A seleção uruguaia chegou ao hotel por volta das 20h40, gerando correria entre os torcedores, pois estes vinham marcando território na frente do local, mas o acesso do elenco foi pela entrada lateral. Ao passo que cada atleta saía do ônibus, os gritos eram entoados, com destaque para as passagens de Luis Suárez e Edinson Cavani, principais estrelas do grupo.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (29), a manutenção da bandeira vermelha para todos os consumidores de eletricidade no mês de junho. Isso significa um acréscimo de R$ 5,50 nas contas de luz para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A medida só não é aplicada aos Estados do Amapá e de Roraima, que ainda não estão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

O regime de bandeiras tarifárias foi implementado em janeiro deste ano pelo órgão regulador para repassar de maneira direta para os consumidores o custo mais alto de geração de energia térmica em momentos de estiagem e consequente baixa nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Até o fim de 2014, esse repasse só ocorria uma vez por ano, no reajuste ordinário das tarifas de cada empresa de distribuição, o que pressionava a capacidade financeira do setor.

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Quando vigora a bandeira verde, as condições de geração de eletricidade no País são as ideais e, portanto, não há cobrança adicional nas contas de luz. Na bandeira amarela, quando a situação é intermediária, o acréscimo nas faturas é de R$ 2,50 para cada 100 kWh consumidos. Desde o início do ano vigora a bandeira vermelha em todo os Estados regidos pelo modelo.

O sistema de bandeiras tarifárias, implementado com o intuito de alertar o consumidor a respeito do custo corrente de geração, além de dividir com ele esse custo, já passou por um reajuste este ano. Em janeiro, o valor adicional cobrado na bandeira vermelha era de R$ 3 para cada 100 kWh. No caso da bandeira amarela, o acréscimo era de R$ 1,50 por 100 kWh. A partir de março, contudo, os valores foram elevados em 83,3% e 66,6%, respectivamente.

O candidato ao governo de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), reuniu a imprensa na tarde desta segunda-feira (21), para anunciar que a propaganda política da sua campanha seguirá um novo modelo. Com o slogan ‘Um bom governo começa com uma campanha limpa’, a proposta da majoritária da coligação Pernambuco Vai Mais Longe é retirar todo tipo de propaganda fixa das ruas, como cavaletes e bandeiras, além de limitar o horário da circulação dos carros som.

Segundo o candidato, será implantado um modelo inovador e criativo de fazer propaganda, sem causar transtornos à população. “Percebemos que as propagandas fixas incomodam o povo, pois dificultam o acesso. Então iremos utilizar outra forma de propaganda, com responsabilidade e cidadania. Vocês vão encontrar uma divulgação criativa, que vai além do convencional”, ressaltou. 

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Anteriormente o petebista tinha proposto a Frente Popular à retirada de tais materiais das ruas, mas ele afirma que a ideia foi ‘rechaçada’ pelo seu adversário. “Propomos a Paulo Câmara (PSB) diminuir os transtornos causados a população com a utilização dos materiais de propagandas fixas e ele rechaçou. Então nós, de forma unilateral, estamos tomando a decisão de sair das calçadas e utilizar outro meio”, declarou Armando. 

O postulante ao senado, João Paulo (PT), acredita que atitude da majoritária será seguida pelos demais candidatos da coligação e tal modelo poderá se tornar referência nacional. “Essa é uma decisão política em consonância com a sociedade, que ocupa um novo patamar. É uma atitude significativa, que será referência nacional”, completou o petista. 

Mesmo sem integrar a mesa, o candidato à câmara federal Silvio Costa (PSC), tentou fazer um questionamento sobre o prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB), declarando que o gestor está desrespeitando a lei municipal de censura estética, em referência a Lei 15999/95 de 11 de janeiro de 1995, que condiciona a instalação de placas publicitárias à exigência de divulgação de dados sobre a cidade. Em seguida, Armando apaziguou e disse que a prefeitura não estava em questão e sim a atitude da majoritária da Pernambuco Vai Mais Longe.

“Geraldo Julio defendeu uma campanha limpa em 2009 e criticou o excesso desses materiais de campanha nas ruas. E hoje ele não repreende a exposição das propagandas da Frente Popular. Em qual Geraldo a população tem que acreditar, o do ano de 2009 que defendeu uma campanha limpa ou o desse ano ou o que apoia uma campanha suja?”, concluiu Silvio Costa.   

De acordo com a coligação, a partir desta terça-feira (22) todas as peças publicitárias devem sair das ruas. Quanto aos carros de sons, eles passarão a circular em horário especial, das 8h às 18h durante a semana e das 10h às 17h aos sábados, domingos e feriado. As exceções serão quando houver eventos e comícios de campanha.

 

Durante o período eleitoral a cidade ganha cara nova. Estão espalhadas pelas ruas da cidade bandeiras e cavaletes dos candidatos que almejam um cargo político. Mas esse excesso de material de campanha acaba incomodando a população. A estudante de fisioterapia, Renata Batista é um exemplo. Ela acredita que a utilização de tais materiais, nas vias públicas, além de causar certos transtornos pode interferir na escolha adequada do candidato. “A classe trabalhadora é a que mais sofre com a exposição de bandeiras e cavaletes nas ruas da cidade, pois interferem na circulação do povo. As pessoas acabam tendo que desviar para não receber uma ‘bandeirada’. A população tem dificuldade, muitas vezes, até na hora do voto, pois são induzidas a escolher determinado candidato porque seu subconsciente armazenou não a proposta de campanha, mas a imagem do individuo”, afirmou Renata.    

Muita gente acaba utilizando as redes sociais para expor sua indignação quanto à exposição do material nas vias públicas. O estudante de administração e coordenador de marketing Ednilson Nascimento compartilhou um post no Facebook onde ele se mostra chateado com a utilização desses materiais. Para o estudante, a distribuição inadequada dos cavaletes também pode ocasionar acidentes. “Vejo o tempo todo o inconveniente pelas ruas do meu bairro, bem como do centro da cidade.  Hoje já temos bastante poluição visual nos grandes centros. Considero que há uma  falta de bom senso por parte dos candidatos que acabam colocando uma enorme quantidade de cavaletes em vias públicas, como calçadas, rotatórias e canteiros. Além de dificultar o trânsito dos pedestres, eles acabam, muitas vezes, também obstruindo a visão dos motoristas nos retornos e desvios, podendo causar acidentes”, relatou o coordenador. 

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De acordo com a comerciária Maria José Miranda, que trabalha na Rua da Imperatriz, área central do Recife, os atos políticos deixam seu ‘rastro’ por onde passam, pois a distribuição dos impressos resulta na poluição da cidade. “Eu lamento profundamente quando os candidatos passam, porque a cidade já é suja naturalmente e eles ainda fazem questão de piorar a situação. Recentemente, um candidato passou fazendo campanha por aqui, e além de distribuir os santinhos e adesivos, fizeram uma chuva de papel picado. Isso é um verdadeiro absurdo, como políticos eles deveriam proibir esse tipo de atitude. Sabemos que a política é suja, mas emporcalhar a cidade já é demais”, desabafou Maria José.  

Segundo o juiz titular da Comissão de Propaganda do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), Alexandre Freire Pimentel, a utilização de propaganda nas vias públicas é permitida, mas devem seguir algumas exigências. “Se uma via não tem espaço suficiente peço que não ponham bandeiras, cavaletes e mesas. Havendo espaço não vamos proibir o que a Lei permite”, informou o magistrado.  De acordo com a Comissão, a colocação de equipamentos de propaganda na Avenida Agamenon Magalhães dificulta a passagem dos pedestres, por isso a utilização está vetada. 

O que muita gente desconhece é que se pode denunciar o excesso de propaganda eleitoral. O uso indevido de bandeiras, cavaletes, mesas ou veiculação de jingles em carros de sons estão sujeitos à punição. A Comissão de Propaganda do TRE está recebendo as queixas através do email propaganda@tre-jus.br

 

O cantor Elton John fará um show nesta sexta-feira (6), em Moscou, no qual prometeu levantar a questão da repressão legal aos direitos dos homossexuais no país. O cantor britânico declarou à rede CNN no mês passado que "estava indo para dizer algo no palco que... será significativo". Ele tem dois shows marcados no país, na sexta-feira em Moscou e no sábado na cidade de Kazan.

Elton John declarou que pretende ser cauteloso no palco na Rússia, temendo sofrer represálias caso seja muito crítico ao presidente Vladimir Putin. Mas acrescentou que planeja se reunir com a comunidade LGBT, descrevendo a atual situação na Rússia como terrível.

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John será o primeiro grande astro ocidental conhecido pelo forte apoio aos direitos dos homossexuais a se apresentar na Rússia desde junho, quando Putin assinou uma lei nacional que proíbe "propaganda pró-homossexualidade" para menores de idade. A lei, fortemente encorajada pelos legisladores conservadores, pode ser utilizada para proibir qualquer tipo de evento de direitos dos homossexuais, afirmam os críticos.

Elton John anunciou publicamente sua homossexualidade em 1988 e tem um parceiro chamado David Furnish, com quem tem dois filhos nascidos de uma barriga de aluguel. Ele é um dos maiores financiadores de programas para ajudar pessoas infectadas com o vírus da Aids. Em 2009, a Ucrânia se recusou a deixá-lo adotar uma criança portadora do vírus.

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