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Os médicos do Hospital Mugda, em Daca, na capital de Bangladesh, estão sobrecarregados. Três das dez alas do estabelecimento estão lotadas de pacientes com dengue, em uma epidemia sem precedentes no país.

Nupur Akter, de 21 anos, tenta alimentar sua irmã mais nova, Payel, mas a criança não tem apetite. A menina teve que ser hospitalizada às pressas há duas semanas devido a "tremores incontroláveis".

O jovem está atento a qualquer sinal de melhora, mas tem a impressão de que sua irmã está mais fraca.

Bangladesh enfrenta, neste ano, sua pior epidemia de dengue, com um recorde de 1.030 mortes e mais de 210.000 casos confirmados desde o início de 2023.

No ano passado, a doença transmitida por mosquitos matou 281 pessoas deste país do sul asiático.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse aumento se deve à mudança climática.

A doença endêmica em zonas tropicais causa febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dores musculares e, nos casos mais graves, hemorragias que podem levar à morte.

Segundo o diretor do Hospital Mugda, Mohammad Niamatuzzaman, os clínicos gerais ficaram sobrecarregados e tiveram que chamar seus colegas de serviços especializados.

- "Tenho medo"-

"É uma emergência, mas uma emergência de longo prazo", declarou Niamatuzzaman à AFP. Neste ano, seu hospital já registrou 158 mortes relacionadas à dengue, um índice cinco vezes maior do que no ano passado.

Mohammad Sabuj, um joalheiro de 40 anos, teve que ser hospitalizado às pressas. Agora ele está melhor, mas está preocupado em ver que "quase cada família" de seu bairro tem alguém doente com dengue.

Um de seus amigos, um médico, faleceu. "O fato de um médico não ter conseguido se salvar é algo que me assusta", acrescenta. "Se algo acontecer comigo, o que acontecerá com meus filhos?" ele questiona, preocupado.

A hospitalização é gratuita, mas os pacientes precisam pagar por alguns medicamentos. O centro público de análises médicas está lotado e os laboratórios privados são muito caros para grande parte da população.

Abdul Hakim, um trabalhador da construção civil de 38 anos, cuida de seu filho de dois anos. Ele conta que perdeu o emprego desde que seu filho adoeceu - seu salário era a única fonte de renda da família.

"Tive que fazer um empréstimo para pagar pelos exames, medicamentos e outras despesas (...) para salvá-lo", explica.

Um quarto dos pacientes com dengue no Hospital Mugda são crianças. No mundo, 10% dos mortos são crianças com menos de 15 anos.

Bangladesh registra casos de dengue desde a década de 1960, mas sua primeira epidemia confirmada foi em 2000.

Os cientistas atribuem o surto de 2023 à irregularidade das chuvas e às temperaturas mais quentes durante o período de monções, que criaram condições ideais para a reprodução dos mosquitos.

Segundo a OMS, a dengue e outras doenças como chikungunya, febre amarela e zika, transmitidas por mosquitos do gênero Aedes - também conhecidos como mosquito-tigre -, se espalham mais rápido e para lugares mais distantes devido à mudança climática.

O diretor do Hospital Mugda observa que agora seu estabelecimento está recebendo pacientes de áreas rurais onde nunca antes foram registrados casos de dengue.

Alep Kari, de 65 anos, veio do distrito rural de Shariatpur, onde os serviços de saúde não sustentam a demanda.

"Raramente na minha vida ouvi falar dessa doença", diz o homem, cuja esposa, também com dengue, foi hospitalizada.

"É a primeira vez que temos essa febre em nossa aldeia", afirma. "Muitas pessoas foram infectadas".

A passagem do ciclone Mocha por Mianmar e partes de Bangladesh deixou neste domingo um rastro de destruição com inundações e deslizamentos de terra. Segundo autoridades locais, seis pessoas morreram e esse número deve aumentar nos próximos dias. Pelo menos mil casas foram destruídas.

A principal preocupação de agências de ajuda internacional é o impacto do ciclone nas comunidades de refugiados que vivem em ambos os países. Essas comunidades são consideradas as mais vulneráveis do mundo em virtude da falta de assistência governamental e a situação de pobreza em que se encontram.

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Cerca de 6 milhões de pessoas já precisam de assistência humanitária nas quatro áreas de Mianmar que devem ser as mais afetadas pela tempestade. Rakhine, Chin, Magway e Sagaing abrigam cerca de 1,2 milhão de pessoas deslocadas, de acordo com a agência humanitária da ONU.

A agência de refugiados da ONU armazenou suprimentos de alimentos secos e as agências de socorro podem fornecer 50 mil refeições quentes diariamente, se necessário, disse em um comunicado. A Organização Mundial da Saúde tem ambulâncias e equipes médicas móveis de prontidão na área.

Em Mianmar, o Programa Mundial de Alimentos preparou suprimentos de alimentos para atender às necessidades de mais de 400 mil pessoas no Estado de Rakhine e áreas vizinhas por um mês, disse a agência em um comunicado.

Titon Mitra, representante do Programa de Desenvolvimento da ONU em Mianmar, tuitou no domingo que 2 milhões de pessoas estavam em risco por causa da tempestade. "Espera-se que os danos e as perdas sejam extensos", acrescentou.

Fúria

O Mocha chegou a Mianmar como um furacão de categoria 4, com ventos de quase 250 km/h. Deslizamentos de terra e inundações devem piorar o impacto da tempestade - uma das mais fortes a atingir a Golfo de Bengala nos últimos anos. O impacto inicial da tempestade na costa de Mianmar provocou ondas gigantes com altura de até 15 metros.

Cidades e vilas na costa norte de Mianmar e na costa sudeste de Bangladesh enfrentaram fortes aguaceiros e ventos de até 160 km/h na tarde de domingo, de acordo com o Departamento Meteorológico da Índia. Rajadas de vento devastadoras arrancaram telhados de casas e derrubaram uma torre de comunicação. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um ciclone extremamente severo atingiu a costa oeste de Myanmar no meio da tarde de domingo, 14, horário local, trazendo perigosas tempestades, ventos fortes e chuvas fortes para áreas daquele país e de Bangladesh, onde vivem algumas das comunidades mais vulneráveis do mundo. Deslizamentos de terra e inundações devem piorar o impacto da tempestade - uma das mais fortes a atingir o Golfo de Bengala nos últimos anos.

Autoridades e organizações internacionais se prepararam durante dias para a chegada do ciclone Mocha. A tempestade atingiu perto de Sittwe, no norte de Myanmar, com ventos sustentados de cerca de 155 mph, de acordo com o Joint Typhoon Warning Center. Este é um equivalente de categoria 4. A categoria 5 começa a 157 mph.

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Cidades e vilas na costa norte de Myanmar e na costa sudeste de Bangladesh estavam enfrentando fortes aguaceiros e ventos de até 160 km/h na tarde de domingo, de acordo com o Departamento Meteorológico da Índia. Vídeos não verificados nas redes sociais mostraram rajadas de vento devastadoras arrancando telhados de casas e derrubando uma torre de comunicação.

Uma tempestade significativa inundou grandes partes da cidade, como pode ser visto em um vídeo postado nas redes sociais. Acredita-se que a tempestade nos pontos mais atingidos esteja perto ou acima de 5 metros (16 pés) de profundidade. Foi acompanhado por ventos que derrubaram prédios e arrancaram folhagens perto da costa.

A tempestade causou grandes danos às casas na ilha de St. Martin, em Bangladesh, disse Mozibur Rahman, representante do governo local.

Precipitação de 5 a 10 polegadas será generalizada perto da costa e várias centenas de milhas para o interior. Alguns locais podem acumular até 15 polegadas, o que pode causar inundações generalizadas no interior.

Risco

Titon Mitra, representante do Programa de Desenvolvimento da ONU em Myanmar, tuítou no domingo que 2 milhões de pessoas estavam "em risco" por causa da tempestade. "Espera-se que os danos e as perdas sejam extensos", acrescentou.

No entanto, alguns sinais no domingo indicaram que o ciclone Mocha poderia ser menos prejudicial do que as previsões mais extremas temiam. Os primeiros relatórios indicam que o pior Cox’s Bazar perdido em Bangladesh, onde até um milhão de refugiados estão em campos em toda a área.

O Departamento Meteorológico da Índia disse que o sistema estava "enfraquecido" e passaria de uma "tempestade ciclônica extremamente severa" para uma "tempestade ciclônica muito severa" à tarde. E as autoridades meteorológicas disseram que os riscos enfrentados por Bangladesh "reduziram em grande medida" depois que a tempestade pareceu se desviar do país em direção ao nordeste de Myanmar, informou a Associated Press.

Rahman, na ilha de St. St. Martin, disse que a tempestade havia diminuído por volta das 15h30, hora local, e AKM Nazmul Haque, do Departamento Meteorológico de Bangladesh, disse que o ciclone cruzou a costa de Bangladesh por volta das 18h.

Enquanto o ciclone Mocha atingiu a costa como uma forte tempestade de categoria 4, atingiu a categoria 5 - o nível mais alto da escala - cerca de 12 horas antes, atingindo o pico no horário local no domingo com ventos sustentados de 175 mph e rajadas de até 200 mph. Isso gerou ondas com mais de 15 metros de altura perto do centro da tempestade. Embora os ventos tenham enfraquecido ligeiramente antes de atingir a terra, a tempestade - um aumento no nível do mar associado ao ciclone - de seu tempo como uma tempestade de categoria 5 provavelmente afetou a costa.

Os ventos máximos de 175 mph, ou 150 nós, classificam Mocha como o mais forte no Golfo de Bengala durante a era do satélite (desde 1982) e provavelmente um dos mais fortes já registrados na região. Embora os ventos terrestres sejam reavaliados na pós-análise, provavelmente pelo menos estão empatados com o ciclone Giri em 2010 como o mais forte landfall de Mianmar na história registrada.

Mortes e destruição

 

Historicamente, uma tempestade como essa acabou matando de centenas a milhares ou mais pessoas. A avaliação da verdadeira escala provavelmente levará pelo menos dias a uma semana.

Os meios de comunicação locais relataram feridos e algumas mortes nas áreas vizinhas em Myanmar e Bangladesh. O Washington Post não pôde verificar os relatórios de forma independente.

Ainda assim, as autoridades estavam preparadas para o que a recuperação exigiria. Cerca de 6 milhões de pessoas já precisam de assistência humanitária nas quatro áreas de Mianmar que devem ser as mais afetadas pela tempestade. Rakhine, Chin, Magway e Sagaing abrigam cerca de 1,2 milhão de pessoas deslocadas, de acordo com a agência humanitária da ONU.

Cerca de 300 mil pessoas em Bangladesh foram evacuadas antes da tempestade até o meio-dia de domingo, disseram as autoridades locais. O número exclui os refugiados Rohingya, que foram transferidos para locais mais seguros dentro dos campos.

Em Myanmar, o Programa Mundial de Alimentos preparou suprimentos de alimentos para atender às necessidades de mais de 400 mil pessoas no estado de Rakhine e áreas vizinhas por um mês, disse a agência em um comunicado.eres locais que cerca de 100 mil residentes foram transferidos nos últimos dias.)

Agências de ajuda humanitária que trabalham na cidade de Cox’s Bazar, no sudeste de Bangladesh, lar de Kutupalong, o maior acampamento de refugiados do mundo, prepararam materiais de abrigo e suprimentos de saúde e alertaram sobre as consequências devastadoras para os refugiados que vivem em casas de bambu frágeis.

Pouco depois do meio-dia, o tempo ficou instável em Teknaf, nos arredores de Cox’s Bazar. O vento e a chuva ganharam velocidade enquanto as árvores convulsionavam.

"Árvores e telhados de zinco das casas estão sendo destruídos. Mas ainda não há maré alta", disse Nurul Haque, que mora na vizinha Ilha de St. Martin, por telefone. A ilha de cerca de 10 mil pessoas estava prevista para estar no caminho do ciclone.

Quando a tempestade começou a atingir Cox’s Bazar no domingo à tarde, Abdusattor Esoev, chefe da missão de Bangladesh da Organização Internacional para Migração, disse que "quase um milhão de refugiados rohingya" e outros no distrito de Cox’s Bazar estavam em risco.

"Essas comunidades provavelmente enfrentarão o impacto do ciclone", disse Esoev, acrescentando que os "abrigos temporários, instalações e infraestrutura fornecidos aos refugiados provavelmente serão inundados e severamente danificados devido aos ventos e chuvas".

A agência de refugiados da ONU armazenou suprimentos de alimentos secos e as agências de socorro podem fornecer 50 mil refeições quentes diariamente, se necessário, disse em um comunicado. A Organização Mundial da Saúde tem ambulâncias e equipes médicas móveis de prontidão na área.

Em Myanmar, o Programa Mundial de Alimentos preparou suprimentos de alimentos para atender às necessidades de mais de 400 mil pessoas no estado de Rakhine e áreas vizinhas por um mês, disse a agência em um comunicado.

As áreas afetadas estão "sobrecarregadas por conflitos, pobreza e fraca resiliência da comunidade", disse Sheela Matthew, vice-diretora do PAM para Mianmar.

"Eles simplesmente não podem arcar com outro desastre", acrescentou.

O ciclone Nargis, que atingiu Myanmar em 2008, matou cerca de 85.000 pessoas e deslocou muitas outras.

Especialistas dizem que a mudança climática provavelmente está tornando os ciclones tropicais mais intensos em todo o mundo.

Um popular mercado de roupas em Dacca, a capital de Bangladesh, foi devastado nesta terça-feira (4) por um incêndio gigantesco que centenas de bombeiros conseguiram apagar depois de lutar por mais de seis horas.

O Bongo Bazar é um dos principais mercados da capital de Bangladesh, que vende roupas fabricadas no país para grandes marcas ocidentais que falharam nos controles de qualidade.

Nenhuma vítima foi relatada até agora, mas os donos das lojas e os bombeiros informaram que o estabelecimento e três outros mercados próximos foram praticamente destruídos pelo fogo.

No início da manhã, vários lojistas atiraram pedras contra os bombeiros, revoltados com o tempo que levaram para chegar ao local do incidente.

"Nós os dispersamos", disse o porta-voz da polícia Faruq Ahmed, acrescentando que cerca de 450 policiais foram mobilizados para manter a ordem e evitar saques.

O comandante dos bombeiros, Main Uddin, disse a repórteres que 600 bombeiros de todo o país foram mobilizados.

O inspetor de polícia Bacchu Mia explicou que pelo menos 11 pessoas ficaram feridas, incluindo cinco bombeiros, mas nenhuma em estado grave.

Os donos das lojas, chocados, observavam as chamas da calçada, desesperados por não conseguirem recuperar as roupas que esperavam vender para o Eid al Fitr, a festa do fim do Ramadã, a mais importante do calendário muçulmano.

"Perdi tudo. Peguei emprestado 1,5 milhão de takas (US$ 14.200, R$ 71.896) para comprar roupas para o Eid", disse, chorando, o dono de uma loja.

Em Bangladesh, explosões e incêndios em prédios são frequentes, geralmente devido a caldeiras e redes elétricas em mau estado.

Ao menos 28 pessoas morreram e outras quatro estão desaparecidas após a passagem do ciclone Sitrang por Bangladesh, onde milhões de moradores estão sem energia elétrica, indicaram as autoridades nesta quarta-feira (26).

Mergulhadores do serviço de bombeiros encontraram os corpos de quatro tripulantes de um navio-draga que virou no Golfo de Bengala.

A tempestade atingiu a costa na noite de segunda-feira no sul do país. As autoridades conseguiram organizar a transferência para abrigos de cerca de um milhão de pessoas antes de sua chegada.

"Encontramos um corpo na terça-feira à noite e outros três pela manhã (quarta-feira). Quatro tripulantes ainda estão desaparecidos", disse à AFP Abdullah Pasha, do corpo de bombeiros.

Além disso, quase cinco milhões de pessoas ficaram sem eletricidade nesta quarta-feira, disse Debashish Chakrabarty, chefe do Escritório de Eletrificação Rural, à AFP.

Segundo o governo, cerca de 10.000 casas antigas com telhados de ferro foram "destruídas ou danificadas" e os campos foram devastados em grandes extensões agrícolas.

Quase meio milhão de pessoas que foram retiradas de regiões de baixa altitude agora podem voltar para casa.

Os ventos arrancaram árvores até na capital Dacca, a centenas de quilômetros do centro do ciclone, que também foi afetada pelo dilúvio de segunda-feira.

Cerca de 33.000 refugiados rohingyas na ilha de Bhashan Char, no Golfo de Bengala e muito exposta às tempestades, receberam a ordem de não sair. As autoridades afirmaram que não houve vítimas nem danos.

Bangladesh, com cerca de 170 milhões de habitantes, está entre os países mais afetados por eventos climáticos extremos desde o início do século, segundo a ONU.

Os cientistas acreditam que o aquecimento global está tornando os ciclones mais frequentes e intensos nos países do sul da Ásia que cercam o Golfo de Bengala.

No entanto, os procedimentos de evacuação nessas áreas também melhoraram graças a previsões meteorológicas mais precisas.

Em 2020, a tempestade Amphan, o segundo "super ciclone" já registrado no Golfo de Bengala, deixou mais de 100 mortos em Bangladesh e na Índia e milhões de afetados.

Ao menos 16 pessoas morreram na passagem do ciclone Sitrang pelo sul de Bangladesh, onde um milhão de pessoas abandonaram suas casas nas regiões mais expostas, informaram as autoridades.

Muitas vítimas morreram na queda de árvores e duas faleceram no naufrágio de um barco no rio Jamuna, informou Jebun Nahar, alto funcionário do governo.

"Ainda não recebemos todos os relatos de danos provocados pelo ciclone", completou.

O ciclone atingiu a ilha de Bhola às 21h de segunda-feira (12h de Brasília), antes de ser rebaixado para depressão na manhã de terça-feira e avançar para o estado de Meghalaya, nordeste da Índia.

Na região de Barisal, a mais afetada, as fortes chuvas e os ventos destruíram uma grande área de plantação.

No sul e sudoeste do país, as escolas permaneceram fechadas.

E na capital Dacca, que fica a centenas de quilômetros da área mais afetada pelo ciclone, o vento derrubou várias árvores.

Na segunda-feira, quase um milhão de pessoas receberam ordens para abandonar suas casas nas regiões costeiras, ilhas e áreas próximas a rios e seguiram para milhares de abrigos, anunciou o secretário do ministério da Gestão de Catástrofes, Kamrul Ahsan.

Na manhã desta terça-feira, muitos retornaram para suas casas, informou Ahsan.

Quase 10 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica em suas residências em 15 distritos costeiros do país.

Na ilha de Maheshkhali, sul de Bangladesh, o ciclone também derrubou árvores e provocou cortes de energia e das telecomunicações.

"A força do vento era tanta que não conseguimos dormir durante toda a noite, por medo de que nossas casas fossem destruídas", disse Tahmidul Islam, morador de Maheshkhali, de 25 anos.

"Cobras entraram em muitas casas e várias residências ficaram inundadas", acrescentou o jovem.

Na vizinha Índia, no estado de Bengala Ocidental, milhares de pessoas seguiram para centros de emergência na segunda-feira e foram autorizados a retornar para casa 24 horas depois.

Bangladesh, com uma população de 170 milhões de habitantes, é um dos países mais afetados pelos fenômenos meteorológicos extremos desde o início do século XXI, segundo a ONU.

De acordo com os cientistas, a mudança climática provavelmente tornará os ciclones mais intensos e mais frequentes nos países do sul da Ásia.

Os procedimentos de evacuação de áreas afetadas, no entanto, também melhoraram graças a previsões meteorológicas mais precisas.

Em 2020, o ciclone Amphan, o segundo "superciclone" mais forte da história do Golfo de Bengala, deixou mais de 100 mortos e milhares de desabrigados em Bangladesh e Índia.

Ao menos 32 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas depois que uma embarcação com peregrinos hindus naufragou em um rio de Bangladesh, anunciou a polícia nesta segunda-feira (26).

Os peregrinos estavam a caminho de um templo centenário, quando a embarcação virou de repente e afundou no meio do rio Karotoa, perto da cidade de Boda, no norte de Bangladesh.

As equipes de emergência recuperaram sete corpos nas últimas horas, o que elevou o balanço a 32 vítimas fatais, informou o chefe de polícia distrital Sirajul Huda.

Quase 90 pessoas estavam no barco, três vezes acima da capacidade, segundo o policial.

"Sessenta pessoas continuam desaparecidas", acrescentou Huda.

A imprensa local informou que pelo menso 10 pessoas foram resgatadas e enviadas par ao hospital.

Imagens gravadas com um celular e exibidas pelo Canal 24 de televisão mostraram como a embarcação, lotada, virou repentinamente, jogando os passageiros no rio de cor marrom.

Dezenas de pessoas que observavam da margem, a cerca de 20 metros de distância, começaram a gritar.

O tempo estava bom no momento da tragédia.

Milhares de hindus de Bangladesh, de maioria muçulmana, visitam o templo Bodeshwari todos os anos. No domingo começou o Durga Puja, o maior festival hindu do país - e também do leste da Índia - que atrai multidões ao templo.

Tragédias de embarcações causadas por má manutenção e superlotação de passageiros são comuns no país.

Pelo menos 24 pessoas morreram, e várias estão desaparecidas, depois que uma embarcação com peregrinos hindus naufragou em um rio de Bangladesh - anunciou a polícia.

"Bombeiros e mergulhadores estão procurando mais corpos", disse o policial local Shafiqul Islam à AFP, acrescentando que, até o momento, foram confirmadas 24 mortes, mulheres e crianças em sua maioria.

Quase 50 peregrinos hindus estavam no barco, segundo a polícia.

Os peregrinos estavam a caminho de um templo centenário, quando a embarcação virou de repente e afundou no meio do rio Karotoa, perto da cidade de Boda, no norte de Bangladesh.

Um policial disse que até 25 pessoas continuam desaparecidas. A imprensa local informou, por sua vez, que pelo menos dez pessoas foram resgatadas e levadas para o hospital.

Imagens gravadas com um celular e transmitidas pelo Canal 24 de televisão mostraram como a embarcação, lotada, virou repentinamente, jogando os passageiros no rio de cor marrom.

Dezenas de pessoas que observavam da margem, a cerca de 20 metros de distância, começaram a gritar.

O tempo estava bom no momento da tragédia.

Milhares de hindus de Bangladesh, de maioria muçulmana, visitam o templo Bodeshwari todos os anos. Neste domingo, começou o Durga Puja, o maior festival hindu do país - e também do leste da Índia - que atrai multidões ao templo.

Tragédias de embarcações causadas por má manutenção e superlotação de passageiros são comuns no país.

Dezenas de milhares de rohingyas, refugiados em Bangladesh, protestaram neste domingo (19) para exigir que possam retornar para Mianmar, de onde fugiram da repressão do regime militar.

"Não queremos ficar nesses acampamentos. Ser um refugiado é um inferno. Já chega. Vamos para casa", clamou um de seus líderes, Sayed Ullah, em um discurso.

"Mais de 10.000 rohingyas participaram da concentração, nos campos sob minha jurisdição", disse à AFP o policial Naimul Haque, referindo-se ao maior acampamento de refugiados do mundo, Kutupalong.

De acordo com a polícia e com os organizadores do protesto, mais de mil rohingyas se manifestaram em cada uma destas 29 instalações insalubres, onde estão amontoados em barracas feitas de lona, chapas de metal e bambu.

Em 2017, cerca de 750.000 rohingyas, muçulmanos, fugiram das perseguições do Exército em Mianmar, país de maioria budista, e buscaram asilo no vizinho Bangladesh. Juntaram-se aos mais de 100.000 refugiados já instalados neste país, vítimas de abusos anteriores.

Os rohingyas exigem obter direitos de cidadania antes de voltarem para Mianmar.

Em março, os Estados Unidos reconheceram, pela primeira vez, que os rohingyas foram vítimas de "genocídio", cometido pelo Exército birmanês. Em uma das manifestações, Mohammad Haris disse, neste domingo, que não quer "morrer como refugiado".

"Quero meus direitos. Quero voltar para minha casa, onde posso estudar e pensar no meu futuro", afirmou.

Na semana passada, pela primeira vez em quase três anos, autoridades de Bangladesh e de Mianmar fizeram uma reunião por videoconferência para discutir a questão do repatriamento dos refugiados.

As autoridades de Bangladesh acusaram nesta segunda-feira (6) o operador do depósito em que aconteceu uma gigantesca explosão que deixou 49 mortos de não ter informado os bombeiros sobre a presença de produtos químicos nos contêineres quando os agentes chegaram ao local para controlar as chamas.

O incêndio foi declarado no sábado às 21h30 locais em um depósito particular onde estavam quase 4.000 contêineres, em Sitakunda, a 40 quilômetros do porto de Chittagong, sudeste do país.

Centenas de bombeiros compareceram ao local para lutar contra as chamas, que atingiram vários contêineres com produtos químicos, o que provocou uma grande explosão uma hora mais tarde.

Ao menos 49 pessoas morreram - incluindo nove bombeiros - e 300 ficaram feridas. Dez estão em situação crítica.

O secretário de Saúde de Chittagong, Elias Chowdhury, afirmou que foi necessário convocar médicos que estavam de folga para tratar as centenas de feridos.

O incêndio permanece ativo, o que dificulta a busca por mais vítimas.

"Ainda há 30 a 40 contêineres em chamas", declarou um inspetor da brigada de incêndios, Harunur Rashid.

Ele disse que o fogo está controlado, mas que "os produtos químicos são o principal problema".

"As autoridades do depósito nunca nos informaram sobre a presença de produtos químicos letais. Nove bombeiros morreram. Dois continuam desaparecidos, assim como várias outras pessoas", disse à AFP Mohamad Kamruzzaman, comandante do corpo de bombeiros.

- "Nenhum plano de segurança" -

Purnachandra Mutsuddi, vice-comandante da unidade de bombeiros de Chittagong que dirigiu os trabalhos de controle das chamas, afirmou que o local de 10,5 hectares "não tinha nenhum plano de segurança contra incêndios".

"Um plano de segurança prevê como o depósito vai combater e controlar um incêndio. Mas não havia nada", afirmou à AFP Mutsuddi. "Não fomos informados sobre a presença de produtos químicos. Se tivessem falado, o balanço de vítimas teria sido menor", acrescentou

A empresa em que aconteceu a tragédia, B.M Container Depot, foi criada em um 2012 por empresários de Bangladeh e da Holanda, que emprega quase 600 pessoas. De acordo com o site do grupo, o presidente é Bert Pronk, um cidadão holandês com quem a AFP ainda não conseguiu entrar em contato.

De acordo com a imprensa local, entre os diretores da B.M Container Depot está um funcionário de alto escalão do partido no poder, a Liga Awami, em Chittagong.

"Nossa investigação está em curso. Vamos investigar tudo", declarou o chefe de polícia da região, Abul Kalam Azad.

Mujibur Rahman, diretor da B.M. Container Depot, disse que a origem do incêndio ainda não foi determinada.

No depósito havia peróxido de hidrogênio, um produto químico que tem vários usos industriais, afirmou o comandante dos bombeiros do país, o brigadeiro Main Uddin.

Pelo menos 49 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas em um incêndio que provocou uma enorme explosão química em um depósito de contêineres em Sitakunda, Bangladesh, informaram autoridades locais neste domingo (5).

As autoridades preveem um agravamento do saldo de vítimas, uma vez que há vários feridos em estado crítico e, segundo testemunhas, vários corpos ainda não foram recuperados do armazém privado, localizado a 40 quilômetros do grande porto de Chittagong, no sudeste do país.

O incêndio começou no sábado por volta das 21h30, hora local (12h30 de Brasília).

Centenas de bombeiros tentavam apagá-lo quando, uma hora após a declaração do incidente, vários contêineres de produtos químicos explodiram, deixando inúmeras vítimas.

"Há mais de 300 feridos", disse à AFP Elias Chowdhury, autoridade regional da saúde.

Segundo este responsável, estão desaparecidas várias pessoas, inclusive jornalistas que cobriam o incêndio ao vivo.

"O número de mortos vai aumentar porque as operações de resgate não terminaram", alertou.

"Ainda há corpos nos locais afetados pelo incêndio. Já vi oito ou dez corpos", declarou um socorrista à imprensa.

Pelo menos sete bombeiros morreram e quatro estão desaparecidos, disse Reazul Karim, funcionário dos serviços de combate a incêndios.

A gigantesca explosão sacudiu prédios a vários quilômetros de distância, segundo testemunhas.

"Um cilindro voou cerca de meio quilômetro do local do incêndio para pousar em um pequeno lago", comentou Mohgammad Ali, um lojista de 60 anos.

- Bolas de fogo -

"A explosão provocou bolas de fogo, que caíram como chuva. Estávamos com tanto medo que tentamos fugir imediatamente", acrescentou o comerciante.

"A explosão me jogou a uma dúzia de metros de onde eu estava. Minhas mãos e pernas estão queimadas", relatou Tofael Ahmed, motorista de caminhão que estava no depósito.

O chefe do corpo de bombeiros, general de brigada Main Uddin, disse à imprensa que o depósito de contêineres continha peróxido de hidrogênio.

"Ainda não conseguimos controlar o fogo devido à existência desse produto químico", explicou.

Mominur Rahman, administrador do distrito de Chittagong, anunciou a abertura de uma investigação.

Ele também disse à AFP que cerca de 200 soldados foram convocados como reforço, especialmente para evitar que produtos químicos fossem despejados no mar.

Rahman especificou que o armazém também continha roupas no valor de milhões de dólares e que seriam exportadas para países ocidentais.

Cerca de 90% do comércio anual de 100 bilhões de Bangladesh flui através de Chittagong.

Este grande porto recuperou a sua atividade desde o final do ano passado, graças à recuperação econômica global após a pandemia.

Os incêndios são comuns em Bangladesh, onde os regulamentos de segurança são pouco respeitados.

Em julho de 2021, 54 pessoas morreram em um incêndio em uma grande fábrica de processamento de alimentos nos arredores da capital, Dhaka.

E em fevereiro de 2020, 70 pessoas morreram em outro incêndio que devastou vários prédios em Dhaka.

Pelo menos dez pessoas morreram e cerca de 2 milhões estão ilhadas devido a inundações no nordeste de Bangladesh, um número não visto nos últimos 20 anos, afirmaram as autoridades neste sábado (21).

As águas vindo do nordeste da Índia romperam uma grande barragem do rio Borak, compartilhada pelos dois países, inundando pelo menos 100 aldeias, disse Mosharraf Hossain, administrador-chefe da região.

"Até agora, cerca de duas milhões de pessoas estão ilhadas pelas inundações", acrescentou Hossain, acrescentando que pelo menos dez pessoas morreram desde o início da semana.

Muitas áreas de Bangladesh são propensas a inundações, e especialistas dizem que as mudanças climáticas estão aumentando a probabilidade de eventos climáticos extremos.

Um casal do Bangladesh foi condenado à morte por vender uma adolescente, de 17 anos, a um bordel na Índia. A jovem foi atraída ao país vizinho por uma promessa de emprego e segue desaparecida, relatou a promotoria.

Os acusados, identificados como Shahin Sheikh e Asma Begum, foram condenados nessa quarta-feira (18), pelo Tribunal de Prevenção da Repressão de Mulheres e Crianças do distrito de Khulna, no sudoeste do país. 

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A venda teria ocorrido em outubro de 2019 e, conforme a acusação, os pais não tiveram mais contato com a filha. O casal foi acusado em 2010 e Sheikh chegou a exigir dinheiro para devolvê-la.

A investigação ainda não identificou o bordel e a jovem é tida como desaparecida.

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira que preparam o envio de mais de 8 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 a Filipinas e Bangladesh, na mais recente entrega de ajuda a um mundo que luta para controlar a pandemia.

Cinco remessas, totalizando 5.575.050 doses, irão para as Filipinas na próxima semana, informou à AFP um funcionário da Casa Branca, que não quis ser identificado. Outras 2.508.480 doses chegarão a Bangladesh no começo da próxima semana, indicou.

As vacinas, todas do laboratório Pfizer-BioNTech, serão doadas por meio do programa Covax, conduzido pela Organização Mundial de Saúde. O governo "entende que acabar com esta pandemia exige eliminá-la em todo o mundo", disse o funcionário, observando que as doações dos EUA representam "a maior compra e doação de vacinas feita por um único país".

Bangladesh, duramente atingido pela pandemia, já recebeu milhões de doses de vacinas americanas, incluindo 2,5 milhões enviadas na semana passada. De acordo com o banco de dados da AFP, cerca de 10% da população daquele país, de cerca de 170 milhões de habitantes, foi totalmente imunizada.

As Filipinas registraram mais de 2,5 milhões de infectados, incluindo mais de 38.000 mortos. Pouco mais de um quarto da população adulta foi totalmente imunizada. Funcionários alertam que a economia do país pode levar mais de uma década para se recuperar do impacto da pandemia, que deixou milhões de pessoas sem trabalho.

Um homem de Bangladesh, de 82 anos, reencontrou sua mãe, de quase 100, graças às redes sociais, após quase 70 anos de afastamento.

Abdul Kuddus Munsi foi enviado para morar com seu tio quando tinha em torno de 10 anos, mas perdeu contato com sua família depois de fugir e ser adotado por duas irmãs.

"Este é o dia mais feliz da minha vida", disse ele à AFP em Brahmanbaria, distrito da fronteira leste onde nasceu, em 1939.

Em abril, um empresário publicou um vídeo de Kuddus no Facebook, pedindo ajuda para que pudesse encontrar seus pais. Tudo o que Kuddus lembrava de sua primeira década de vida eram os nomes de seus pais e de sua aldeia.

Um parente distante da aldeia viu-o e informou a Kuddus que sua mãe, Mongol Nessa, ainda estava viva.

Kuddus - agora pai de três filhos adultos e cinco filhas - viajou cerca de 350 quilômetros, da cidade de Rajshahi, para vê-la.

No fim de semana, reencontrou sua mãe, que o identificou por uma marca na mão, assim como sua irmã.

"Minha mãe é muito idosa e não consegue falar direito", comentou.

"Ela chorava depois de me ver e segurar minhas mãos. Eu disse a ela 'seu filho está de volta e você não precisa se preocupar com nada daqui para frente'". contou.

"Eles se deram as mãos e choraram por um longo tempo", disse o sobrinho de Kuddus, Shafiqul Islam, à AFP.

"Centenas de moradores que vieram presenciar o reencontro também tinham lágrimas nos olhos", acrescentou.

Ao menos 17 pessoas morreram após um raio atingir uma festa de casamento em um barco em Bangladesh na quarta-feira (4), segundo a agência de notícias Reuters. Outras 14 pessoas ficaram feridas.

Segundo o oficial de polícia, o barco chegava na margem da cidade quando foi atingido pelo raio. O noivo está entre os feridos, já a noiva não estava no grupo.

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Em Bangladesh, raios matam centenas de pessoas por ano. Em 2016, mais de 200 pessoas morreram em um único mesmo, incluindo 82 no mesmo dia.

Especialistas dizem que o aumento das ocorrências está relacionado ao desmatamento, que derrubou muitas árvores, que são constantemente atingidas por raios por serem altas.

Pelo menos 52 pessoas morreram no incêndio em uma fábrica de alimentos e bebidas de Bangladesh - informa um novo boletim policial divulgado nesta sexta-feira (9).

Além dos mortos, há pelo menos 30 feridos, e dezenas de pessoas estão desaparecidas.

Ocorrido na fábrica de seis andares da empresa Hashem Food and Beverage em Rupganj, perto de Daca, na tarde de ontem (8), o incêndio continua ativo 24 horas depois, diante do olhar apreensivo de centenas de trabalhadores e familiares concentrados do lado de fora.

Em um primeiro momento, a polícia anunciou três mortes, mas o número de vítimas aumentou dramaticamente quando os bombeiros chegaram aos andares superiores e encontraram dezenas de cadáveres de trabalhadores que ficaram presos pelas chamas.

Seus corpos foram colocados em ambulâncias para serem levados ao necrotério em meio aos gritos e lágrimas das pessoas que se aglomeravam ao redor da fábrica.

A polícia teve de dispersar centenas de pessoas que bloqueavam as ruas próximas e entraram em confronto com os agentes.

Os incêndios são frequentes em fábricas e prédios residenciais de Bangladesh, devido ao descumprimento das normas de segurança.

Em fevereiro de 2019, pelo menos 70 pessoas morreram em um grande incêndio em um prédio residencial em Daca, onde produtos químicos haviam sido armazenados ilegalmente.

E, em abril de 2013, a oficina de confecção Rana Plaza desabou como um castelo de cartas, e 1.138 trabalhadores morreram.

- Refugiados no telhado -

Entre os cerca de 30 feridos, há pessoas que sofreram ferimentos ao pularem da janela antes do avanço das chamas, relatou o inspetor de polícia, Sheikh Kabirul Islam.

Os bombeiros também conseguiram resgatar 25 pessoas que se refugiaram no telhado do prédio.

Os serviços de emergência ainda se concentram em apagar as chamas nos dois últimos andares da fábrica, que produzia massas, sucos de fruta e doces.

"Quando o fogo for contido, começaremos a busca por sobreviventes dentro do prédio", disse o porta-voz dos bombeiros, Debashish Bardhan.

O chefe do Corpo de Bombeiros de Daca, Dinu Moni Sharma, disse que o fogo se expandiu, devido ao acúmulo de produtos químicos inflamáveis e de plásticos armazenados no interior da fábrica.

Mohammad Saiful, um dos trabalhadores sobreviventes, confirmou que havia dezenas de trabalhadores na fábrica.

"No terceiro andar, as portas que davam acesso à escada estavam fechadas. Há colegas que dizem que havia 48 pessoas lá dentro, não sei o que aconteceu com elas", lamentou.

Mamun, outro funcionário, contou que ele e outras 13 pessoas correram para o telhado quando o incêndio começou no andar térreo do prédio e a fumaça preta começou a se espalhar por todo interior.

"Os bombeiros desceram a gente com uma corda", relatou aos repórteres.

Do lado de fora, os familiares tentam se preparar para o pior.

"Viemos aqui porque minha sobrinha não atende nossas ligações. E agora o telefone dela nem dá sinal. Estamos preocupados", afirmou Nazrul Islam.

Pelo menos 26 pessoas morreram no domingo (4) no naufrágio de uma balsa que transportava cerca de 50 passageiros - informam autoridades locais nesta segunda-feira (5).

"O balanço é de 26 mortos. Encontramos 21 corpos no barco", que foi tirado da água ao meio-dia, disse à AFP Mustain Billah, uma autoridade local.

Com cerca de 50 passageiros a bordo, a balsa "Sabit Al Hasan" naufragou após se chocar com outro barco no centro de Bangladesh.

A embarcação afundou no rio Shitalakhsya por volta das 18h (9h de Brasília), após ter zarpado da cidade de Narayanganj, a 20 quilômetros da capital, Daca, com destino ao distrito vizinho de Munshiganj, relataram funcionários do governo local.

As buscas por eventuais sobreviventes continuam.

Um membro da polícia local disse à AFP que a balsa transportava muitos passageiros ansiosos para deixar Narayanganj, depois que o governo decretou um confinamento nacional de sete dias a partir de segunda-feira para lidar com o recente aumento de casos de Covid-19.

Os acidentes com balsas são frequentes em Bangladesh, país localizado em um delta atravessado por centenas de rios.

Milhões de pessoas dependem das balsas para se locomover, especialmente na região costeira do sul do país, mas as embarcações costumam estar sobrecarregadas e navegam em más condições.

Em junho do ano passado, pelo menos 32 pessoas morreram no naufrágio de uma balsa que colidiu com outro barco em Daca.

O número de mortos na explosão de gás na sexta-feira (4) em uma mesquita em Bangladesh subiu para 24, informaram as autoridades neste domingo.

Os fiéis estavam na oração noturna quando a explosão provocou uma bola de fogo na mesquita localizada no distrito de Narayanganj, segundo os serviços de emergência, que inicialmente relataram 16 mortos.

Oito outras pessoas - incluindo o imã e o muezim, que lideravam a oração - morreram nas últimas horas, elevando o número total de vítimas fatais para 24, disse Samantha Lal Sen, porta-voz do hospital de queimados de Daca.

"O estado de 13 feridos é crítico. Algumas vítimas têm queimaduras em 70-80% do corpo", disse à AFP antes de informar que o número de mortes pode aumentar.

No total, 45 pessoas ficaram feridas, segundo a polícia.

Os investigadores suspeitam que a explosão foi causada por uma faísca no ar condicionado após uma queda de energia.

O presidente do comitê de investigação, Abdul Gafur, disse à AFP que a mesquita tinha problemas de canalização de gás há dias.

Em Bangladesh, os edifícios muitas vezes violam as normas de segurança, com centenas de pessoas morrendo a cada ano neste país de 168 milhões de habitantes.

Ao menos 30 pessoas morreram e mais de 10 são consideradas desaparecidas nesta segunda-feira (29) após o naufrágio de uma balsa que bateu em outra embarcação em Dacca, a capital de Bangladesh, anunciaram os serviços de resgate.

"Nós recuperamos 30 corpos, sendo 20 homens, sete mulheres e três crianças", afirmou o mergulhador dos bombeiros Abul Khair à AFP.

"Havia pelo menos 50 pessoas a bordo. Os mergulhadores de resgate ainda estão procurando vítimas", declarou o porta-voz da Guarda Costeira, Hayet Ibne Siddique.

A balsa "Morning Bird" recebeu o impacto de outra embarcação na altura de Farashganj, bairro de Dacca, a poucos metros do porto de Sadarghat.

Testemunhas afirmaram à imprensa local que a embarcação transportava mais de 50 pessoas e que muitas ficaram bloqueadas nas cabines.

Os acidentes fluviais são frequentes em Bangladesh pela falta de segurança e excesso de passageiros.

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