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Com a chegada do frio, hospitais em Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pernambuco têm visto uma explosão de crianças internadas. A causa principal são vírus respiratórios, comuns nesta época. A diferença neste ano, dizem médicos, é que um número alto de bebês e crianças teve contato com esses vírus ao mesmo tempo, após dois anos de pandemia em que ficaram isoladas em casa. O resultado é de sobrecarga: faltam leitos de UTI, se formam filas e já houve mortes de bebês à espera de uma vaga.

O Sabará Hospital Infantil, na capital paulista, adotou um plano de contingência para fazer frente ao volume excessivo de atendimentos em seu Pronto Socorro, devido ao pico de doenças respiratórias sazonais nesta época do ano (março a junho), somada à falta de leitos na cidade. O plano de contingência "permite aumentar a segurança no cuidado das crianças, de modo que todos recebam atendimento médico conforme seu risco de piora clínica (determinada por enfermeiro em até 15 minutos da chegada), considerando também limitações estruturais de número de leitos", informou em nota.

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Segundo o Sabará, parte desse plano este ano incluiu a abertura temporária de leitos externos, e o aumento em 20% de leitos de internação para cuidados intensivos, totalizando 133 leitos dedicados apenas a internação pediátrica. Na noite desta quarta-feira, 25, o serviço encontrava-se com 95% de ocupação, valor alto em relação ao ideal de rotina hospitalar.

Os motivos de busca que têm pressionado o atendimento, ainda segundo o hospital, são a bronquiolite e as síndromes gripais, dentre essas últimas a Covid-19 que apresentou aumento significativo nas últimas semanas, junto com outros vírus (rinovírus, metapneumovírus e enterovírus, bocavírus). "Em compromisso com a saúde infantil, ainda, temos um plano de expansão já em andamento para o próximo triênio", informou.

No interior paulista, as regiões de Campinas, Franca e Araçatuba têm alas pediátricas lotadas. Na segunda-feira (23), o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), se reuniu com representantes da Secretaria Estadual de Saúde e, segundo ele, foi definida a instalação de 70 leitos de enfermaria pediátrica e UTI neonatal na região. O cronograma ainda será definido.

"Abrimos mais leitos, mas a situação segue crítica, por isso fizemos cobrança ao governo do Estado, que se prontificou a abrir mais vagas. O momento é delicado", disse Saadi, que fez apelo para que as crianças sejam vacinadas contra gripe e sarampo.

Segundo o último balanço da prefeitura, 66 crianças estão internadas em leitos de enfermaria, 11 esperam por vaga e recebem assistência nos prontos-socorros. Mais de 30% dos pacientes que chegam à cidade são de outros municípios. No Hospital da Unicamp, 0s 20 leitos de UTI infantil estavam ocupados nesta quarta.

Em Araçatuba, a Santa Casa estava com 100% de ocupação de leitos na enfermaria pediátrica - o número de leitos já oi ampliado de 19 para 26. Conforme o hospital, 21 crianças aguardavam vaga e a prefeitura também pediu socorro ao Estado.

Em Franca, o pronto-socorro Infantil Magid Bachur Filho convive com a superlotação desde a semana passada, quando crianças e bebês tiveram de esperar até seis horas pelo atendimento. Conforme a Secretaria de Saúde, uma média de 462 atendimentos tem sido registrada neste mês na unidade, que tem cerca de 11 médicos, no plantão diurno e noturno. Também haverá reforço de 18 enfermeiros, aprovados em concurso público feito neste ano.

A Secretaria da Saúde paulista disse estudar a criação de vagas. "É importante salientar que a abertura de novos leitos não é prerrogativa apenas do Estado, mas também dos municípios e da União", destaca, em nota. Conforme a pasta, São Paulo tem cerca de 600 leitos pediátricos de enfermaria, com ocupação de 49,8%, e aproximadamente 300 de UTI (43,8%).

Recém-nascida morre após esperar UTI por 5 dias

Em Pernambuco, a fila de espera por leito de UTI, para crianças até cinco anos, tinha 228 nomes nessa quarta-feira e era a maior dos últimos dois anos, conforme a Secretaria da Saúde do Estado. Conforme a pasta, o número de vagas na terapia intensiva quase triplicou na comparação com a oferta na mesma época de 2021, mas o número de solicitações já é praticamente quatro vezes maior. Na região metropolitana do Recife, dois bebês morreram à espera de vaga na terapia intensiva neste semana. O primeiro óbito, na segunda, foi de um menino de 11 meses, que aguardava na emergência pediátrica do Hospital Barão de Lucena e sofria de doenças respiratórias.

A segunda paciente era Giovanna Amélia, de 1 mês e 17 dias, de Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife Segundo a tia da menina, Lanna Luz, a recém-nascida sofreu uma parada cardiorrespiratória. "Ela deu entrada na UPA (pronto-atendimento) no dia 19. E só conseguiu transferência para o leito da UTI no dia 24. Quando ela estava esperando a ambulância, não resistiu", disse a parente.

Conforme a pasta da Saúde, Giovanna recebeu os cuidados necessários na UPA, mas sofreu parada cardiorrespiratória quando estava sendo transferida. Sobre o garoto, afirmou se solidarizar com a família e se colocar à disposição para esclarecimentos. O Ministério Público cobrou o governo estadual informações sobre o número pediatras no Hospital Barão de Lucena.

O Estado autorizou o reforço nas escalas dos plantões pediátrico e de fisioterapia nas UPAs: 90 profissionais - entre fisioterapeutas, fonoaudiólogos e pediatras - foram convocados. A pasta disse ainda ter aberto 60 leitos de UTI pediátrica, na capital e mais cinco cidades. É prevista para esta semana a criação de mais 20 vagas. Outro problema enfrentado pelos gestores é a dificuldade de encontrar profissionais especializados para montar novas equipes às pressas.

O infectologista Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Pediatria, diz que todo outono tem alta expressiva de doenças respiratórias, sobretudo em crianças, já que o tempo seco é mais propício para a propagação do rinovírus, adenovírus e vírus sincicial respiratório, antecedendo a estação do vírus influenza (gripe). "Há um aumento natural nessa época, mas o que tem de diferente este ano é que houve aumento expressivo de casos em comparação com os dois últimos anos, em que não teve a circulação desses vírus", explica.

Segundo ele, o distanciamento social e o uso de máscaras por causa da covid-19 reprimiram a circulação das viroses. "Isso acumulou crianças nessa idade suscetíveis a esses vírus respiratórios", alerta. "Além do vírus da covid, que também acomete as crianças, em menor escala, mas ainda é bastante. Os sinais de alerta para buscar os serviços médicos, independentemente de qual seja o vírus, são falta de ar, cansaço, febre alta, tosse. São os sinais que os pais devem observar."

RS prevê telemedicina para conter crise

O governo do Rio Grande do Sul anunciou nesta quarta-feira um plano de contingência para dar conta da demanda hospitalar de emergências pediátricas. Porto Alegre, e várias cidades gaúchas estão com UTIs lotadas e têm filas de espera. O plano prevê a qualificação de até 100 leitos pediátricos intensivos com suporte a distância.

Conforme o governo gaúcho, o programa não visa a criar vagas, mas usar leitos já existentes que contam com suporte técnico a distância para atender como um leito intensivo. O Rio Grande do Sul tem 256 leitos pediátricos em UTI - 186 deles pelo SUS. O plano estadual prevê níveis de gravidade e respectivas respostas para cada nível.

Para dar suporte aos hospitais sem UTI, a equipe médica local terá apoio da telemedicina com um médico intensivista pediátrico, que discutirá os casos a distância, por telefone e vídeo. "Com isso, podemos até impedir que seja realizada transferência da criança para outro hospital de maior porte quando, com esse suporte, ela pode ter o atendimento no mesmo local onde já está", argumenta a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann.

Com alas pediátricas de ao menos três hospitais superlotadas, a prefeitura de Porto Alegre abriu 49 novos leitos para crianças. O Hospital Vila Nova, na zona sul, que não tinha leitos infantis, passou a oferecer 40 leitos para pediatria desde o último dia 17 para atendimento via SUS. Os hospitais Materno Infantil Presidente Vargas e o Restinga e Extremo-Sul também abriram vagas.

Segundo o diretor adjunto de Atenção Hospitalar e Urgências da Secretaria de Saúde de Porto Alegre, Francisco Isaías, de março de 2019 a março deste ano, foram reduzidos 109 leitos pediátricos na cidade. A reabertura de 107 leitos ocorre por meio parceria com prestadores do serviço. Parte deles é permanente, mas outros devem funcionar até setembro, na operação inverno.

Santa Catarina

Já Santa Catarina tinha nesta quarta sete crianças na fila de espera para leitos de UTI, seis delas devido a problemas respiratórios. A taxa de ocupação da ala de terapia intensiva pediátrica já havia alcançado 100% em algumas regiões na última sexta-feira, 20, o que levou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica e a Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado a publicarem nota reforçando as recomendações de prevenção contra doenças respiratórias.

O texto recomenda que a população complete os quadros de vacinação contra gripe e siga os protocolos de cuidado, como álcool 70% e uso de máscara - que deixou de ser obrigatório no estado desde o início de março.

A Secretaria da Saúde diz trabalhar junto às unidades hospitalares para abrir mais leitos de UTI e reforça a necessidade de elevar a cobertura vacinal. Não pretende, porém retomar medidas restritivas ou retomar obrigatoriedade das máscaras.

Um bebê de três meses foi encontrado morto dentro de casa, na Zona Rural de Aliança, Mata Norte de Pernambuco. Os pais teriam confessado que haviam consumido drogas e deixado ele sob os cuidados dos outros três filhos.

A Polícia Militar (PM) foi acionada após receber uma denúncia nesse sábado (21) e autuou os pais em flagrante. Eles foram indiciados por abandono de incapaz.

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Conforme a equipe que atendeu à ocorrência, a mulher, de 31 anos, e o homem, de 21, confessaram que usaram drogas e deixaram as crianças em casa. Quando voltaram, o bebê estava morto.

"O casal teria consumido bebida alcoólica e usado entorpecentes durante todo o dia e saiu de casa, deixando quatro filhos sozinhos", comunicou a Polícia Civil..

As idades das outras três crianças não foram reveladas. Elas foram acolhidas pelo Conselho Tutelar. O corpo do bebê foi encaminhado ao Instituto Médio Legal (IML), no Recife, que vai investigar a causa da morte.

Os pais foram levados à Delegada de Goiana, onde ficaram à disposição da Justiça.

Um bebê morreu nesta quinta-feira (19), numa colisão entre dois veículos na BR-408, em Nova Tiúma, São Lourenço da Mata, onde um dos veículos capotou. Além do neném, outras duas pessoas foram vitimadas pelo acidente, sendo uma mulher e um idoso, que foram socorridos, consecutivamente, pelo Samu e pelo Corpo de Bombeiros. 

O idoso de 67 anos apresentava otorragia, um ferimento no crânio, dores na cabeça, mas estava consciente e orientado. Ele foi conduzido pela equipe dos Bombeiros ao Hospital da Restauração. 

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A estrela pop Britney Spears disse por meio do Instagram neste sábado (14) que sua gravidez surpresa, que ela anunciou no mês passado, terminou em um aborto espontâneo.

"É com nossa mais profunda tristeza que temos que anunciar que perdemos nosso milagroso bebê no início da gravidez", escreveu a cantora de 40 anos em um post conjunto com seu noivo Sam Asghari.

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Spears havia anunciado a gravidez em um post no Instagram em 11 de abril, dizendo: "Então, eu fiz um teste de gravidez... e uhhhhh bem... terei um bebê".

A notícia veio cinco meses depois que um juiz de Los Angeles dissolveu uma tutela há muito supervisionada pelo pai de Spears, sob a qual a artista, segundo ela, foi impedida de remover seu DIU, apesar do desejo de ter mais filhos.

Em sua publicação deste sábado, Spears e Asghari acrescentaram que continuarão tentando expandir a família. “Pedimos gentilmente privacidade durante este momento difícil", disseram.

Spears já é mãe de dois filhos adolescentes, Sean e Jayden, com seu ex-marido Kevin Federline.

Asghari e Spears se conheceram em 2016, quando co-estrelaram um videoclipe para seu single "Slumber Party". Ela anunciou o noivado com seu parceiro de 28 anos no final de 2021.

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A tia de um bebê de 1 ano e 2 meses foi indiciada por tortura contra a criança, em Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia, Goiás, na última terça-feira (10). O menino foi levado para um hospital com várias lesões no corpo e traumatismo craniano. De acordo com a polícia civil, o marido da moça presenciou a violência e não socorreu a vítima, por isso foi indiciado por omissão.

O caso aconteceu no dia 28 de abril, quando a mulher levou o bebê para a Unidade Básica de Saúde (UBS), alegando que a criança teria caído da escada. Mas foi observado pelo médico que atendeu o menino que muitas lesões não eram recentes. Devido a gravidade do caso, a vítima foi encaminhada Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde recebeu tratamento médico. Foi identificado no laudo médico atos compatíveis com o crime de tortura.

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De acordo com o conselheiro tutelar, Francisco de Assis Magalhães, o menino estava sendo cuidado pelos tios enquanto seus pais viajavam para o Maranhão. Mas segundo a Policia Civil, os tios não foram presos em flagrante na data do fato e nem após a conclusão das investigações.

A bebê de Nick Jonas e Priyanka Chopra saiu da UTI depois de ficar mais de 100 dias internada. A família já está em casa. O casal publicou uma foto com a família em seus perfis no Instagram, neste domingo (8), no Dia das Mães. Alguns artistas publicaram mensagens celebrando a chegada da bebê em casa.   

 

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“Neste Dia das Mães, não podemos deixar de refletir sobre esses últimos meses e a montanha-russa em que tivemos, que agora sabemos, muitas pessoas também passaram. Depois de mais de 100 dias na UTI neonatal, nossa garotinha finalmente está em casa. A jornada de cada família é única e requer um certo nível de fé, e embora a nossa tenha sido alguns meses desafiadores, o que fica claro, em retrospecto, é o quão precioso e perfeito é cada momento”, anuncia o texto compartilhado nos dois perfis.  

“Estamos muito felizes por nossa garotinha finalmente estar em casa, e só queremos agradecer a todos os médicos, enfermeiros e especialistas da Rady Children 's La Jolla e Cedar Sinai, Los Angeles, que estiveram lá altruisticamente em cada passo do caminho. Nosso próximo capítulo começa agora, e nossa bebê é realmente f*”, completa.  

Jonas acrescentou uma homenagem de Dia das Mães à esposa. Priyanka também incluiu uma mensagem para as mães e um agradecimento ao marido, Nick. A filha do casal nasceu em 15 de janeiro. Segundo a certidão de nascimento, divulgada pelo site TMZ, a recém-nascida se chama Malti Marie.  

Por Camily Maciel

 

 

Palavras chave: Nick Jonas, Bebê, UTI, Internação, Publicação, Dia das Mães 

 

Bebê de Nick Jonas deixa UTI após 100 dias internada 

Alguns artistas publicaram mensagens celebrando a chegada da bebê em casa 

 

A bebê de Nick Jonas e Priyanka Chopra saiu da UTI depois de ficar mais de 100 dias internada. A família já está em casa. O casal publicou uma foto com a família em seus perfis no Instagram, neste domingo (8), no Dia das Mães. Alguns artistas publicaram mensagens celebrando a chegada da bebê em casa.   

 

“Neste Dia das Mães, não podemos deixar de refletir sobre esses últimos meses e a montanha-russa em que tivemos, que agora sabemos, muitas pessoas também passaram. Depois de mais de 100 dias na UTI neonatal, nossa garotinha finalmente está em casa. A jornada de cada família é única e requer um certo nível de fé, e embora a nossa tenha sido alguns meses desafiadores, o que fica claro, em retrospecto, é o quão precioso e perfeito é cada momento”, anuncia o texto compartilhado nos dois perfis.  

 

“Estamos muito felizes por nossa garotinha finalmente estar em casa, e só queremos agradecer a todos os médicos, enfermeiros e especialistas da Rady Children 's La Jolla e Cedar Sinai, Los Angeles, que estiveram lá altruisticamente em cada passo do caminho. Nosso próximo capítulo começa agora, e nossa bebê é realmente f*”, completa.  

 

Jonas acrescentou uma homenagem de Dia das Mães à esposa. Priyanka também incluiu uma mensagem para as mães e um agradecimento ao marido, Nick. A filha do casal nasceu em 15 de janeiro. Segundo a certidão de nascimento, divulgada pelo site TMZ, a recém-nascida se chama Malti Marie.  

 

Divulgação / Instagram @nickjonas

 

O gesto dura um segundo e é feito com um bisturi ou com um laser. O objetivo, cortar o frênulo situado na parte inferior da língua do bebê, supostamente para facilitar a amamentação.

Cada vez mais, pais pedem essa operação para seus filhos, uma medida que os médicos consideram ineficaz.

"Cabe se perguntar sobre o aumento vertiginoso a frenotomia lingual na França e em todo o mundo" nos bebês, alertou no final de abril a Academia de Medicina francesa.

Ao cortar esse diminuto apêndice debaixo da língua, teoricamente o recém-nascido pode mamar com mais facilidade.

Na realidade, porém, é "um gesto agressivo e potencialmente perigoso para os recém-nascidos ou para os bebês", insiste a Academia de Medicina.

A moda "começou provavelmente nos Estados Unidos e no Canadá e logo se estendeu", assegura à AFP Virginie Rigourd, pediatra do hospital Necker em Paris, especializada na atenção às crianças.

Na Austrália, o número de frenotomias quintuplicou nos últimos dez anos.

- Uma resposta simples -

Segundo a doutora Rigourd, esse tipo de operação já é realizado por dois tipos de especialistas, sem um título propriamente dito: os osteopatas e os conselheiros de maternidade.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda oficialmente a lactância materna e alguns pais levam esse conselho ao pé da letra.

A lactância pode ser dolorosa para as mães, durante longos meses.

"Há um retorno à lactância (mas) falta pessoal bem formado, assim há um recrudescimento dos problemas", adverte Virginie Rigourd.

Porém, os especialistas que realizam essas operações também apresentam outras supostas vantagens aos inexperientes pais: evitar problemas de fala ou aparentes problemas digestivos.

A frenotomia é uma resposta simples a esses problemas.

"Deixar esse frênulo restritivo põe em perigo a lactância e a saúde, tanto dos bebês como das mães", diz o site de uma consultora em amamentação, que propõe uma formação online por cem euros.

"Não há nenhum estudo que tenha demonstrado que a frenotomia lingual permita uma melhor lactância a longo prazo", adverte um comunicado de uma organização independente, Cochrane, que assegura que conta com mais de 28.000 voluntários que recolhem informações médicas em todo o mundo.

Ainda mais inquietante é o fato de que alguns pais se deixem convencer da utilidade dessa pequena amputação, apesar do recém-nascido parecer perfeitamente capaz de mamar por conta própria.

É o caso de Léa, uma mãe que consultou uma osteopata em Paris após o nascimento de seu filho em 2018, para um simples check-up médico.

A osteopata lhe sugeriu praticar essa incisão para cortar um frênulo que considerava "muito grosso".

"Parecia algo preventivo", recorda Léa, que ao final optou por não realizar a operação, mas entende que outros pais mais apreensivos possam cair na tentação.

"Sempre pensamos em dar tudo de melhor para nosso filho, e se te dizem que tem que cortar o frênulo, mesmo se não há uma razão para isso, você faz", explica.

Uma bebê de apenas 1kg, que nasceu com seis meses, precisou viajar oito horas em uma incubadora improvisada, com uma espécie de bacia de plástico para guardar bolos. O destino da vigem era Teresina, a 600km de seu local natal, Baixa Grande do Ribeiro, no Piauí.

 Ao G1, a mãe contou que as dificuldades começaram antes mesmo da menina nascer. Flávia de Sousa Lira, de 23 anos, é vítima de violência doméstica pelo pai da bebê. A gestação, desde o início, foi considerada de risco.

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Estava indo tudo bem, quando a jovem sentiu uma dor intensa e recebeu ajuda de seu filho de seis anos, que chamou ajuda.

"Ele pegou meu celular e pela foto de perfil reconheceu minha mãe e ligou pra ela. Mas não deu tempo, quando deu 19h eu tive a Elisa, em pé mesmo, e nesse momento uma vizinha entrou na minha casa e me ajudou a segurar a neném", contou Flávia ao G1.

Com a chegada da equipe a mãe e a bebê foram levadas para a unidade hospitalar da cidade, onde os profissionais reconheceram não ter os equipamentos necessários de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e disseram que a bebê precisaria ser transferida o Hospital Regional Tibério Nunes, na cidade de Floriano a 343 km de distância. em uma viagem de mais ou menos 4 horas.

Mas não havia vaga da maternidade em Floriano e a família precisou ir até Teresina.

 Incubadora improvisada

Foi encontrada a vaga para a menina Elisa na Maternidade Wall Ferraz (Ciamca), em Teresina, só que devido às oito horas de viagem, tiveram que preparar a bebê para que nenhuma complicação ocorresse.

Para isso, foi improvisado uma incubadora em um recipiente de guardar bolo. Foram feitos alguns furos para a saída de ar e entrada de um tubo de oxigênio. Além disso, a menina foi enrolada em um papel alumínio e com alguns cobertores para manter a temperatura. 

Milagre

Elisa reage muito bem aos cuidados médicos e tem evoluções que surpreendem a própria equipe médica, que a consideram um "milagre".

A cantora pernambucana MC Loma anunciou, neste domingo (24), que está à espera de uma menina. Grávida de cinco meses, Loma promoveu um chá revelação na Praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

A menina irá se chamar Melanie Cláudia, sendo este último nome em homenagem à mãe de Loma. A revelação foi feita em uma live, durante o chá revelação, e contou com a participação de nomes como Mc Elvis e Marielly Santos.

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Durante a transmissão, Loma brincou: "Ninguém vai namorar com a minha filha, não. Não vai nem beijar na boca, porque não vai ser que nem a mãe, não". A cantora anunciou que estava grávida em fevereiro. "Foi um choque para mim no começo, mas fiquei feliz", disse na época.

 Na última quarta-feira (13), um bebê nasceu dentro de uma viatura do Corpo de Bombeiros, no Córrego do Euclides, Zona Norte do Recife. Os militares foram deslocados para o local depois que a mãe da criança, identificada como Aline, entrou em contato com a corporação para pedir ajuda.

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A pequena Aline naceu saudável e passa bem. (Bombeiros/divulgação)

De acordo com os Bombeiros, a mulher estava sendo conduzida para a Maternidade Barros Lima, na Avenida Norte, quando entrou em trabalho de parto. A viatura precisou ser estacionada para que os bombeiros realizassem o procedimento de emergência.

O parto foi executado com sucesso pela equipe dos bombeiros. Maria Alice nasceu saudável e foi entregue, assim como sua mãe, à equipe médica neonatal da Maternidade Barros Lima. As duas passam bem.

 Uma jovem de 19 anos deu à luz a uma menina no elevador do Hospital Universitário (HU) de Dourados, no Mato Grosso do Sul, nesta quarta-feira (6), após a portar emperrar.

O corpo de bombeiros foi acionado, mas quando chegou ao local o bebê já tinha nascido. Segundo o hospital, Gisele estava em trabalho de parto avançado e foi encaminhada rapidamente para o Centro de Parto Normal (CPN), com uma enfermeira obstetra.

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De acordo com o HU, a bebê nasceu saudável e junto com a mãe segue em observação. 

Viviane Araújo está amando cada minuto da gravidez. Em entrevista para a colunista Patrícia Kogut, a atriz conta que está sendo muito mimada pelo amigos, familiares e até colegas de elenco. Ela acabou há pouco tempo de gravar Família Paraíso, da Multishow, e depois do desfile da Salgueiro no carnaval irá pausar a carreira para se dedicar a maternidade.

Sobre o clima nos sets de filmagem, ela conta: "Se for por conta de mimo, quero engravidar sempre porque é muito bom. As pessoas se preocupam, cuidam... Então, é maravilhoso receber todo esse cuidado. Sempre me perguntam se está tudo bem, se quero água... Cacau Protásio fala: Gente, ó, cuida dela! Ela tem que tomar água. Dá um copo para ela, mesmo que ela não queira. E ali é o cantinho da Vivi, hein. Já falei para vocês, ela precisa descansar, colocar as perninhas para o alto. Eu me divirto com esse carinho a mais".

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E o carinho também se estende para os fãs, a atriz chegou a ganhar uma roupinha de bebê durante um dos ensaios da Salgueiro.

"Tenho uns fãs que são muito colados comigo e fazem parte da minha vida. É muito gostoso isso. Ganhei um macacãozinho de um que estava assistindo na Avenida. Foi lindo", contou.

O sexo ainda continua um segredo. Viviane tem planos de fazer um chá revelação para descobrir junto com todo mundo. Apesar do suspense, ela e o marido já decidiram suas opções de nomes para o primogênito.

"Já fiz o exame para descobrir o sexo, mas ainda não sei. Vamos fazer um chá revelação. Quero fazer uma coisa linda, diferente. Minha assessoria é que está cuidando disso. Eles não querem me falar porque é surpresa. E ninguém sabe. Fiz questão de somente a minha empresária ter acesso ao resultado. Ela é quem está organizando tudo. Vai ser emocionante. Se for menino, o nome é Joaquim. Se for menina, Maria Alice", disse.

Uma bebê de seis meses que teve a boca tapada pela mãe com uma fita adesiva enquanto chorava no bairro Alto da Glória, em Sinop, no Mato Grosso, foi encaminhada para um abrigo. A mãe, por sua vez, está respondendo pelo crime de maus-tratos, segundo o delegado Sérgio Ribeiro. 

Ao chegar em casa, o pai encontrou a filha na cama com a boca tapada com uma fita adesiva, enquanto a mãe estava em outro quarto mexendo no celular. Ele registrou a denúncia à polícia. 

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A bebê foi retirada do convívio familiar e está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar. A conselheira Margareth Durks contou que ela vai permanecer no abrigo até que a guarda seja definida. “A criança está institucionalizada nesse momento. O processo de guarda vai ser decidida pela Justiça. Enquanto Conselho Tutelar, nós resolvemos evitar que ela não ficasse em constante risco”, disse. 

Vídeo

O pai gravou o vídeo e repercutiu nas redes sociais. Ele tirou o adesivo da boca da bebê e pediu explicações da mãe, que estava no celular em outro quarto e permaneceu em silêncio.

O caso chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar de Sinop, que começou a acompanhar a situação, que é investigada pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Sinop. 

A conselheira tutelar informou que a mãe da criança, de 18 anos, está passando por depressão pós-parto. Ela foi levada para a casa da mãe dela para ser encaminhada a um psiquiatra em Guarantã do Norte. 

Um bebê de 11 meses morreu vítima de afogamento na tarde desse sábado (19), na piscina de uma casa em Cidade Jardim, no município de Pirassununga, interior de São Paulo. De acordo com o G1, que teve acesso ao boletim de ocorrência, o acidente aconteceu por volta de 13h, enquanto os pais e familiares organizavam uma festa de aniversário que aconteceria no mesmo dia, à noite. 

A Polícia Militar foi acionada e o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) socorreu a vítima para o Pronto-Socorro da Santa Casa, mas ela não resistiu. O bebê foi encontrado pelos pais na área da piscina. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Limeira. A perícia técnica esteve no local para investigar o caso. 

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Ainda segundo o G1, a mãe disse que a porta que dá acesso à piscina tinha grade de proteção e que sempre ficava fechada para impedir que a criança fosse ao espaço. Ela não soube dizer se houve descuido de alguém que passou pela grade e a deixou aberta. 

Dois casos em um dia 

Um caso similar foi registrado pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, também no sábado (19). Um menino de três anos morreu após se afogar em uma piscina de uma casa de um condomínio fechado no bairro Canasvieiras, em Florianópolis, capital. A criança foi encontrada pelos pais e teve uma parada cardiorrespiratória antes que o socorro chegasse ao local.  

 

Há poucas possibilidades de que uma mulher grávida com covid-19 transmita a doença para seu bebê, particularmente quando o caso é leve, indicou um amplo estudo publicado nesta quarta-feira (16).

"A taxa de positividade do Sars-CoV2 é baixa entre os bebês nascidos de uma mulher infectada" com o coronavírus, da ordem de 2%, resumiu este trabalho, publicado no British Journal of Medicine.

Este estudo é importante porque é um dos primeiros desta proporção que estabelece a questão da transmissão da covid-19 por via intrauterina.

Tratou-se de uma meta-análise, que compilou os resultados de centenas de estudos pré-existentes, e que permite a priori tirar conclusões firmes.

Não se descarta que uma mulher grávida possa transmitir a doença para seu bebê, mas este é um fenômeno raro.

O percentual de 2% deve ser tomado com precaução porque apresenta variações em função das circunstâncias. É mais frequente que um bebê seja infectado quando a mãe sofreu a forma grave da covid, em particular quando há necessidade de hospitalização.

Nos casos de covid grave, os especialistas recomendam que os bebês sejam sistematicamente submetidos a exames. Mas rejeitam por considerar pouco adequada "a separação do bebê e da mãe no nascimento" simplesmente porque a mãe testou positivo.

Tampouco há risco de transmissão do coronavírus pelo leite materno.

"Em seu conjunto, as conclusões deste estudo parecem tranquilizadoras", avalia, em editorial publicado na mesma revista, a cientista Catherine McLean Pirkle, que não participou do estudo.

Os dados deste mega-estudo são consideráveis, mas de qualidade desigual, adverte a pesquisadora. Em particular, não permitem esclarecer até que ponto os casos raros de covid em bebês representam um risco grave para sua saúde.

Na tarde desta quarta-feira (2), Carol Dias usou o Instagram para contar um relato emocionante. A esposa do ex-jogador Kaká contou que perdeu o bebê que os dois tanto esperavam. No seu desabafo, a influenciadora digital postou um vídeo bem íntimo para dar a notícia aos seguidores da rede social.

"Sei que o meu sentimento de mãe ainda é de poder ter feito algo para impedir essa perda, mesmo sabendo que nada poderia ser feito. Mas o Espírito Santo consolador me nutre, refrigera os meus pensamentos e só através da oração o meu coração tem se acalmado", disse. Ela estava grávida de uma menina.

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Carol deixou claro que ainda se encontra perdida com o ocorrido: "Tenho a sensação de que falta um pedaço de mim. Ainda acordo durante a noite, tenho algumas crises, coloco a mão na barriga como se ela estivesse lá, falo o nome dela como se ela estivesse comigo. Não está tudo bem ainda… Ainda! Mas vai ficar!".

Ao final do texto, Carol Dias deixou seu carinho para as mães que passam pela perda de um filho. Carol e Kaká já são pais da pequena Esther, de um ano.

Veja o desabafo:

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Um bebê foi flagrado na janela do quinto andar de um edifício residencial, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na tarde dessa quinta-feira (24). No registro feito por vizinhos, a criança se balança na tela de proteção.

O bebê parece estar sozinho. Os vizinhos foram atraídos pelo choro da criança e se depararam com a cena. 

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Mesmo diante do risco, o autor das imagens disse ao G1 que não acionou a Polícia ou o conselho tutelar.

 

Em meio à tragédia pela qual passa a cidade de Petrópolis, atingida por um temporal na terça-feira (15) que provocou alagamentos, deslizamentos e já contabiliza 152 mortos, um sopro de alegria e esperança envolveu abrigados e voluntários que estão no ponto de apoio montado na Escola Paroquial Bom Jesus, no bairro Dr. Thouzet.

Nasceu no local, às 8h42 de hoje (20), a pequena Ana Alice. A mãe da bebê, Giovana Cerqueira, de 19 anos, não estava abrigada e chegou ao ponto de apoio por volta das 7h30 para avisar a mãe, acolhida na Escola Paroquial, que estava sentindo dores.

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A equipe do posto de saúde, que atuava no ponto, foi chamada e examinou Giovanna, que estava grávida de nove meses, de sua segunda filha. O parto foi feito pela enfermeira Tatiana Jardim Costa e pela médica Rita de Cassia Araújo.

“Eu e a mãe dela a colocamos no chão, e eu falei: ‘faz força’. Logo já vi a cabeça da bebê, e ela nasceu. Foi lindo”, disse Tatiana Jardim Costa.

A diretora da escola, Renata Zacharsk, disse que o momento emocionou a todos no local.

“Ela estava tendo contrações fortes. Acionamos a Defesa Civil, que chamou a ambulância, mas não deu tempo. A bebê nasceu aqui mesmo. Foi a coisa mais emocionante que vi na vida. Ela não estava abrigada na escola, só a mãe dela. Foi um momento muito emocionante para todos aqui.”

Após o parto, Giovana e Ana Alice foram levadas para o Hospital Alcides Carneiro, no bairro de Corrêas. As duas passam bem.

Foto: Prefeitura Municipal de Petrópolis

Em meio à tragédia pela qual passa a cidade de Petrópolis, atingida por um temporal na terça-feira (15) que provocou alagamentos, deslizamentos e já contabiliza 152 mortos, um sopro de alegria e esperança envolveu abrigados e voluntários que estão no ponto de apoio montado na Escola Paroquial Bom Jesus, no bairro Dr. Thouzet.

Nasceu no local, às 8h42 de hoje (20), a pequena Ana Alice. A mãe da bebê, Giovana Cerqueira, de 19 anos, não estava abrigada e chegou ao ponto de apoio por volta das 7h30 para avisar a mãe, acolhida na Escola Paroquial, que estava sentindo dores.

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A equipe do posto de saúde, que atuava no ponto, foi chamada e examinou Giovanna, que estava grávida de nove meses, de sua segunda filha. O parto foi feito pela enfermeira Tatiana Jardim Costa e pela médica Rita de Cassia Araújo.

“Eu e a mãe dela a colocamos no chão, e eu falei: ‘faz força’. Logo já vi a cabeça da bebê, e ela nasceu. Foi lindo”, disse Tatiana Jardim Costa.

A diretora da escola, Renata Zacharsk, disse que o momento emocionou a todos no local.

“Ela estava tendo contrações fortes. Acionamos a Defesa Civil, que chamou a ambulância, mas não deu tempo. A bebê nasceu aqui mesmo. Foi a coisa mais emocionante que vi na vida. Ela não estava abrigada na escola, só a mãe dela. Foi um momento muito emocionante para todos aqui.”

Após o parto, Giovana e Ana Alice foram levadas para o Hospital Alcides Carneiro, no bairro de Corrêas. As duas passam bem.

Foto: Prefeitura Municipal de Petrópolis

“Se você bebe, o seu bebê também bebe” é o tema da campanha da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) que visa alertar mulheres grávidas para os riscos que o consumo de bebidas alcoólicas na gestação pode trazer para os filhos. “Esse é o nosso foco de interesse, de ação in advocacy (lobby do bem)”, disse a presidente da Abead, Alessandra Diehl. A entidade busca prevenir sobre o álcool na gestação, para evitar o que os especialistas chamam de Síndrome Alcoólica Fetal (SAF).

No Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, lembrado nesta sexta-feira (18), a psiquiatra destaca os riscos de desenvolvimento da SAF, que ainda é subnotificada no Brasil e subtratada, por não ser identificada durante a gestação. Segundo ela, não existe informação, principalmente para quem trabalha na rede de atenção primária à saúde e que faz o pré-natal, “que são as enfermeiras, os ginecologistas”, para identificar a mulher que está bebendo.

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A SAF tem alto impacto na vida da criança, da mãe, do pai e da sociedade como um todo. De acordo com a Abead, não existe bebê seguro durante a gestação porque qualquer quantidade de bebida pode trazer complicações que incluem retardo mental, microcefalia, baixo peso ao nascer, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, além de complicações gestacionais. 

Estudos mostram que entre 12% e 22 % das mulheres grávidas apresentam históricos de consumo de álcool durante a gravidez. Essa ingestão de álcool pode variar de beber ocasionalmente ao consumo excessivo semanal e até ao uso crônico durante os nove meses da gestação. A Abead defende medidas preventivas para o uso de álcool por mulheres grávidas devido ao risco de desenvolvimento da SAF. A estimativa é de que cerca de 1,5 mil a 6 mil crianças nasçam com SAF todos os anos no Brasil.

A Abead sugere, entre as medidas preventivas, a adoção de rótulos de advertência sobre o álcool nas embalagens das bebidas, utilizando-os como ferramentas para aumentar a conscientização sobre os riscos gerados pelo produto. Também recomenda abordagens mais amplas de políticas públicas para o controle do consumo, com informações direcionadas ao público-alvo e específicas sobre beber na gestação. A entidade apoia o Projeto de Lei (PL) 4.259/2020, em tramitação na Câmara dos Deputados, que institui o sistema de prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal, bem como dispõe sobre a obrigatoriedade de advertência dos riscos relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez. “É uma das primeiras iniciativas que começam a colocar a advertência em bebidas alcoólicas, indicando que a mulher não pode beber, como já existe em outros países. Acho que isso pode ajudar”, afirmou Alessandra.

Adolescentes

Para a presidente da Abead, outro problema que deve ser atacado sem demora por meio de políticas públicas é o consumo de álcool cada vez mais cedo entre os jovens. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), divulgada em setembro do ano passado, 34,6% dos estudantes consultados haviam experimentado bebida alcóolica pela primeira vez antes dos 14 anos, sendo o percentual maior entre meninas (36,8%) do que entre meninos (32,3%). Mais de 63% dos estudantes entrevistados tomaram uma dose de bebida alcoólica em 2019, contra 61,4% em 2016.

O Terceiro Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado em 2019, confirmou a dependência de álcool entre adolescentes. Segundo o estudo, 7 milhões de brasileiros menores de 18 anos, ou o correspondente a 34,3%, disseram já ter consumido bebida alcoólica na vida, sendo que 119 mil jovens entre 12 e 17 anos apresentavam algum tipo de vício em álcool.

“É um fenômeno mundial”, disse Alessandra Diehl. Os jovens estão bebendo cada vez mais cedo. A PeNSE mostra claramente que eles começam em torno dos 14 anos”.

O hábito entre mulheres, que começa quando jovens e se perpetua, também preocupa a Abead, que vem chamando a atenção para o fenômeno há algum tempo. No entanto, segundo a presidente da entidade, não há correspondência em termos de políticas públicas que olhem para essa questão do gênero. “Acho que esse é o nosso gap (lacuna) aqui no Brasil”.

Alessanda advertiu que embora haja no país uma legislação que proíbe a venda de bebidas para adolescentes, os jovens conseguem comprar bebidas alcoólicas facilmente. “É fácil e não há fiscalização”, afirmou.

Sacolé

A psiquiatra lembrou que um novo produto acaba de ser lançado, em parceria com uma indústria de bebidas, apresentando teor alcoólico de 7,9%. “É um geladinho que contém álcool, tem colorido muito interessante e que atrai, sem dúvida, o jovem. Quero ver como vai ser a fiscalização para a venda desse produto, com teor alcoólico de 7%. São coisas que vão causando impacto entre para a iniciação precoce no Brasil”. Na sua opinião, uma parcela significativa desses jovens vai evoluir para uso mais regular e um padrão de dependência. Por si só, acrescentou, o alcoolismo já é um problema de saúde pública imenso.

O professor de psiquiatria da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Jorge Jaber Filho, se referiu também a essa espécie de sacolé, com 7,9% de teor alcoólico, cujas amostras estão sendo distribuídas no país gratuitamente e que pode estimular o uso por adolescentes.

Jaber advertiu que as principais causas de morte de jovens nas grandes cidades são os acidentes, especialmente de trânsito, que envolvem consumo de álcool não só pelo condutor do veículo mas também pelos menores de idade na via pública. Em segundo lugar, aparecem os homicídios e, na terceira posição, o aumento de suicídio entre jovens que utilizam álcool e substâncias químicas, sendo o álcool em maior quantidade. “Em termos de saúde pública entre os jovens brasileiros, a liberação do álcool é devastadora, porque envolve as três principais causas de morte”, disse o psiquiatra.

Recomendações

Uma das recomendações feitas pela presidente da Abead no Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo é que os pais devem estar atentos ao comportamento de beber dentro de casa, porque as crianças tendem a imitar o exemplo dos adultos. “Se a gente consegue postergar a iniciação de beber na adolescência, se o jovem começar a experimentação acima dos 18 ou 21 anos, as chances desse adolescente vir a desenvolver dependência diminuem em 50%. Essa é questão importante”. Para Alessandra, isso tem a ver também com propaganda, fiscalização da venda de bebida alcoólica, ou seja, diminuição da demanda.

Segundo a médica, é preciso aumentar os fatores de proteção, entre eles o convívio com atividades mais saudáveis que não incluam bebida alcoólica e o aumento de práticas relacionadas à prevenção ao consumo de álcool, como a realização de refeições em família. “Parece pouco. Mas há uma série de estudos que avaliaram o quanto fazer refeições em família previne o uso de álcool e outras drogas, principalmente no contexto brasileiro”. Incentivo à leitura, religiosidade, espiritualidade, educação, menos jogos e convívio com áreas que não utilizam bebida são outras indicações da presidente da Abead.

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está em elaboração uma linha de cuidados sobre álcool e drogas para lançamento no próximo mês de abril.

Permissividade

Jorge Jaber Filho lembrou ainda que é comum o consumo de álcool começar dentro da própria família. Argumentou que muitos pais acham que o fato de o filho tomar uma cerveja não tem nenhum problema quando, na verdade, estão estimulando o uso do produto que traz efeitos negativos para a saúde orgânica e mental. “De maneira geral, a sociedade é muito permissiva com o uso do álcool”.

Para ele, embora a venda de bebidas alcoólicas seja proibida para menores, o que ocorre é um desrespeito à lei, atingindo uma atividade alarmante, que é a venda de bebidas para adolescentes em postos de gasolina. O mesmo acontece em festas e shows, onde é comum ver jovens com garrafas de refrigerante contendo bebidas alcoólicas misturadas. “Não há nenhuma manifestação da sociedade para coibir isso. É considerado normal”.

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