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Uma mulher que processou o cantor Bob Dylan por supostamente abusar sexualmente dela quando ela tinha 12 anos desistiu do caso depois que os advogados do artista a acusaram de destruir provas.

Em agosto do ano passado, a demandante, cuja identidade não é conhecida, fez uma denúncia alegando que Dylan abusou dela por um período de seis semanas entre abril e maio de 1965.

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A denúncia diz que o cantor "explorou seu prestígio como músico" para fornecer "álcool e drogas e abusar sexualmente" da mulher.

Na quarta-feira, a equipe jurídica de Dylan enviou uma carta ao tribunal federal acusando a denunciante de deletar mensagens de texto importantes e sugeriu que "sanções monetárias" eram necessárias.

Na quinta-feira, a mesma equipe informou que a mulher havia desistido do caso. Os advogados dela não responderam imediatamente a um pedido de comentário da AFP.

"O caso está encerrado", disse Orin Snyder, principal advogado de Dylan, em nota à AFP.

Nesta terça-feira (8), a editora Simon and Schuster anunciou que Bob Dylan planeja publicar um novo livro em novembro. Com o título de “The Philosophy of Modern Song”, o livro está previsto para o dia 8 de novembro. Ele inclui mais de 60 ensaios inspirados em artistas como Hank Williams e Nina Simone, além de letras de suas músicas, informou a editora. Não há informação sobre a edição da nova obra em português. 

Será a primeira publicação de Dylan em quase duas décadas desde “Chronicles, Volume One”, em 2004. Existem comentários dos fãs durante anos de que haverá um segundo volume de “Chronicles”, contudo, o livro do momento é “Philosophy”.  

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O artista americano começou a escrever seu novo livro em 2010. “O lançamento do brilhante trabalho caleidoscópico de Bob Dylan será uma celebração internacional das músicas de um dos maiores artistas de todos os tempos”, afirmou o diretor da Simon e Schuster, Jonathan Karp, em comunicado. 

Dylan surgiu na cena folk de Nova Iorque no início de 1960 e vendeu mais de 125 milhões de discos em todo o mundo. O artista mantém uma programação de shows que deve terminar em 2024.  

Em 2016, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura por “ter criado uma nova expressão poética com a grande tradição da canção americana”. Em 2020, lançou seu 39º álbum de estúdio, “Rough and Rowdy Ways”, com aprovação da crítica.  

Por Camily Maciel

Bob Dylan vendeu todo o seu catálogo de música gravada, juntamente com "os direitos de múltiplos novos futuros lançamentos" à Sony Music Entertainment, anunciou nesta segunda-feira (24) a companhia, que não revelou os termos financeiros do acordo.

No fim de 2020, o artista icônico de 80 anos já tinha vendido os direitos de suas composições musicais - diferentes dos direitos de gravação, que regem a reprodução e a distribuição - à Universal, em um acordo estimado em mais de 300 milhões de dólares.

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Segundo informações da indústria, entre elas os meios Billboard e Variety, o acordo com a Sony chegaria a mais de 200 milhões de dólares.

Por sua vez, a Sony disse que fechou o acordo sobre os direitos de gravação em julho de 2021, o que aprofunda ainda mais a relação de seis décadas do artista com a companhia.

Em 1961, Dylan assinou seu primeiro contrato com a Columbia Records, o selo de propriedade da Sony pelo qual lançou seu primeiro álbum no mesmo ano.

Após ressaltar a "genialidade sem igual" de Dylan, Rob Stringer, presidente da Sony Music Group, destacou a "relação especial" que a Columbia Records manteve com o artista desde o início de sua carreira.

"Estamos bastante orgulhosos de continuar crescendo e desenvolvendo nossa relação de 60 anos" com Dylan, que foi prêmio Nobel de Literatura em 2016, afirmou.

Para Dylan, a longa relação com a Columbia Records e Rob Stringer "não foi nada além de boa para mim por muitos anos e por um bom punhado de discos". "Estou feliz que todas as minhas gravações possam ficar no lugar em que elas pertencem", acrescentou.

O acordo entre Dylan e Sony, no entanto, é diferente do firmado com a Universal. Os donos dos direitos de gravação podem decidir fazer futuras edições, enquanto os direitos de autor recebem royalties por suas reproduções nos meios de comunicação e streaming, venda de discos e uso em publicidade, filmes e outras produções audiovisuais.

O acordo de Dylan com a Universal foi um dos maiores que precederam uma série de transações de catálogos de música no ano passado, que mostram o interesse cada vez maior dos mercados financeiros neste tipo de ativo.

As companhias adquiriram uma série de grandes catálogos como o de David Bowie, Bruce Springsteen, Stevie Nicks, Paul Simon, Mötley Crüe, The Red Hot Chili Peppers e Shakira.

Springsteen vendeu os direitos de seu catálogo musical à Sony por cerca de 500 milhões de dólares em dezembro.

No início de janeiro, os herdeiros de Bowie venderam os direitos da obra musical do artista britânico à Warner Chappell Music.

O lendário cantor e compositor Bob Dylan foi processado em uma corte de Nova York por uma mulher que o acusa de ter abusado sexualmente dela há quase 60 anos, quando tinha 12.

Na ação apresentada na sexta-feira (13), a mulher alega que Dylan abusou dela, à qual os documentos jurídicos se referem como J.C., por um período de seis semanas entre abril e maio de 1965.

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O documento diz que Dylan se aproveitou de "seu status como músico para dar a J.C. álcool e drogas e abusar sexualmente dela em múltiplas ocasiões".

A ação também acusa Dylan, que completou 80 anos em maio, de ameaçar fisicamente a menina.

O suposto abuso teria ocorrido no apartamento que o cantor tinha no famoso Chelsea Hotel de Nova York.

Um relações públicas de Dylan, cujo nome de registro é Robert Zimmerman, não respondeu imediatamente a um pedido de comentários feito pela AFP.

Em um comunicado ao jornal USA Today, seu porta-voz disse que "a queixa de 56 anos atrás é falsa e será refutada de forma vigorosa".

Dylan é amplamente considerado como o maior cantor e compositor de todos os tempos. Seus trabalhos de maior destaque incluem "Blowin' In The Wind", "The Times They Are a-Changin'" e "Like A Rolling Stone".

Ele vendeu mais de 125 milhões de álbuns no mundo e ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 2016 pelas letras de suas composições.

A pandemia desferiu um golpe devastador na indústria do entretenimento, mas o negócio da edição de obras musicais, até recentemente discreto, está ganhando novo impulso graças ao furor de vendas de catálogos de grandes artistas.

Ter os direitos das discografias, permitindo receber royalties por cada uso de uma música, seja um download, uma cena de filme ou um anúncio, pode ser muito lucrativo a longo prazo.

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Os investidores perceberam a oportunidade e estão cada vez mais interessados nesse filão da indústria musical, cujas receitas despencaram com a crise da saúde.

Alguns acordos recentes alcançaram cifras recordes, embora não tenham sido oficialmente confirmados: Bob Dylan vendeu seu acervo inteiro para a Universal Music Publishing por cerca de 300 milhões de dólares, enquanto Stevie Nicks teria obtido 100 milhões por sua participação majoritária no catálogo da banda Fleetwood Mac.

O cantor canadense-americano Neil Young, Shakira e a dupla de Blondie também assinaram acordos por valores que não foram divulgados.

Lindsey Buckingham e Mick Fleetwood, os outros membros do Fleetwood Mac, também anunciaram suas vendas, incluindo as dos direitos de "Dreams", a música de 1977 que ressurgiu e agora faz sucesso no TikTok.

- "Aposentadoria forçada" -

O aumento "fantástico" dos preços dos catálogos musicais começou antes de 2020, mas disparou com a pandemia, explica Nari Matsuura, sócia da Massarsky Consulting, empresa especializada em avaliação de catálogos.

O interesse dos investidores nesse mercado, acrescenta Matsuura, também foi sustentado pelo aumento das receitas do streaming, que parecem estáveis no longo prazo, têm baixas taxas de juros e projeções de ganhos confiáveis para artistas que resistem bem à prova do tempo.

Sem turnês e apresentações desde o início da pandemia de covid-19, os músicos agora buscam monetizar suas discografias, cujo valor continua aumentando. "Vemos nomes, artistas icônicos [...] que nunca imaginamos que venderiam", diz Matsuura.

Alguns decidem vender para aproveitar os altos lucros atuais. Outros também podem ser motivados por um possível aumento iminente dos impostos nos Estados Unidos com a chegada ao poder de Joe Biden.

Para David Crosby, cantor e compositor estrela dos Byrds e cofundador da Crosby, Stills & Nash, que anunciou a venda de seu catálogo em dezembro, a pandemia é a maior responsável, ao privar os artistas de sua fonte de renda primária: os shows.

"A principal razão é simplesmente que estamos todos em uma aposentadoria forçada e não há nada que possamos fazer a respeito", declarou ele à AFP em uma entrevista por videochamada de sua casa na Califórnia.

"Eu não teria vendido se não tivesse sido obrigado", acrescentou, lamentando a política das plataformas de streaming, que em sua opinião pagam migalhas para a maioria dos músicos, exceto para os grandes nomes do momento.

- Apetite do mercado -

Entre as empresas na vanguarda dessas comercializações de catálogo estão a britânica Hipgnosis Songs Fund, que está listada na Bolsa de Valores de Londres desde 2018; a americana Primary Wave, que assinou o acordo com Stevie Nicks; e outros fundos de investimento, como Tempo Investments, Round Hill e Reservoir.

Dirigida por Merck Mercuriadis, ex-empresário de Elton John, Beyoncé e Iron Maiden, Hipgnosis aponta em seu relatório de 2020 que a receita dos catálogos é imune aos movimentos do mercado: as pessoas "sempre consomem música" e, graças ao streaming, "quase sempre pagam para isso".

"Embora não quiséssemos a pandemia para demonstrar isso, foi exatamente o que aconteceu", acrescenta Hipgnosis, que já gastou mais de 1 bilhão de dólares para adquirir catálogos que incluem os de Neil Young, Blondie, Shakira e RZA.

Para Jane Dyball, ex-diretora-geral da British Music Publishers Association, "sempre houve movimentos com os catálogos por trás dos bastidores".

Mas as compras massivas recentes, da Hipgnosis em particular, lhes deram uma nova visibilidade e aumentaram as apostas. "Os mercados financeiros claramente parecem apreciar a edição musical", diz ela.

Essa tendência preocupa Crosby, que, ainda que já tenha vendido suas músicas, sente falta dos dias em que eram os fãs que pagavam pelo trabalho dos artistas.

Os termos dos contratos de venda de catálogo variam em cada caso e raramente são públicos. Porém, a multiplicação das transações possivelmente tornará as canções mais fáceis de usar em filmes ou comerciais, o que para este músico veterano é uma má notícia.

De resto, quem chama de "vendidos" os artistas que monetizaram seu catálogo, como alguns fizeram nas redes sociais, "não sabe de nada e tem inveja", afirma Crosby.

"Não posso oferecer um show e não me pagam pelas minhas gravações. Então, o que devo fazer?"

O americano-canadense Neil Young vendeu 50% dos direitos de seu catálogo para o fundo de investimento Hipgnosis, um novo sinal de uma tendência que ganha espaço na indústria musical, um mês após a aquisição da Universal Music das canções de Bob Dylan.

Segundo a BBC, a transação, que inclui 1.180 músicas compostas pelo artista de 75 anos, totalizaria 150 milhões de dólares, valor que não foi confirmado pelo Hipgnosis Songs Fund Limited.

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No início de dezembro, a Universal Music desembolsou 300 milhões de dólares, de acordo com uma estimativa do New York Times, para adquirir os direitos do catálogo do lendário Bob Dylan.

"Temos integridade, espírito e paixão comuns que nascem da fé na música e nessas canções importantes", disse o fundador da Hipgnosis, Merck Mercuriadis, em um comunicado.

Criado no início de 2018 por Mercuriadis, ex-empresário de vários gigantes como Elton John e Iron Maiden, o fundo Hipgnosis abriu o capital na Bolsa de Valores de Londres naquele mesmo ano.

Desde então, garantiu os direitos do produtor americano de sucesso Timbaland e do cantor Barry Manilow, entre muitos outros músicos.

A empresa já levantou 625 milhões de libras (cerca de 850 milhões de dólares) de investidores, de acordo com seu site oficial, e controla os direitos de dezenas de sucessos, incluindo "Shape of You" de Ed Sheeran e "Uptown Funk!", de Bruno Mars.

Outros veículos de investimento, como Concord ou Primary Wave, se juntaram a essa competição, que também envolve grandes gravadoras, como a Universal Music.

O apetite dos investidores por direitos musicais é em grande parte devido ao aumento do streaming, que abriu oportunidades para uma indústria que buscava um novo modelo de negócios no início dos anos 2000.

Membro de bandas lendárias como Buffalo Springfield e Crosby, Stills, Nash & Young, Neil Young é um músico camaleão que tocou muitos estilos, como folk, rock, grunge, country e blues.

Embora ele só tenha liderado as paradas nos Estados Unidos uma vez com "Heart of Gold" (1972), suas canções deixaram uma marca na cena musical americana.

O grupo Universal Music comprou os direitos do catálogo completo das canções de Bob Dylan, uma das aquisições mais importantes na história da música, anunciou a empresa em um comunicado nesta segunda-feira (7).

O acordo envolve mais de 600 canções, incluindo as mais famosas do único cantor que recebeu o Prêmio Nobel de Literatura (2016), assim como títulos icônicos dos anos 60 como "Blowin' In the Wind", "The Times They are a-Changing" ou "Like a Rolling Stone".

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Também inclui suas músicas mais recentes, como "Murder Most Foul", uma canção-poema de 17 minutos que fala sobre o assassinato de John F. Kennedy.

A gravadora não especificou o valor da compra. Segundo o jornal The New York Times poderia superar 300 milhões de dólares.

"Não é nenhum segredo que a arte de escrever canções é a chave fundamental de toda boa música, e não é nenhum segredo que Bob é um dos maiores mestres desta arte", disse o presidente da Universal Music Group, Lucian Grainge, no comunicado.

"Não é exagerado dizer que seu trabalho impressionante é merecedor do amor e da admiração de bilhões de pessoas em todo o mundo. Não tenho nenhuma dúvida de que nas décadas, se não nos séculos a seguir, a música de Bob Dylan continuará sendo cantada, interpretada e muito querida em todos os lugares", acrescentou.

Com 79 anos, Bob Dylan, que estreou no Greenwich Village no início da década de 1960, vendeu mais de 125 milhões de álbuns e até antes da pandemia continuava fazendo shows com frequência.

Em junho, 58 anos após seu primeiro disco, ele lançou seu primeiro álbum de canções originais em oito anos, "Rough and Rowdy Ways", do qual faz parte "Murder Most Foul".

O lendário cantor folk americano Bob Dylan lançou nesta sexta-feira (19) seu primeiro álbum com músicas originais em oito anos, "Rough and Rowdy Ways".

O 39º álbum de estúdio de Dylan tem 10 novas músicas, incluindo "Murder most foul", uma balada de 17 minutos sobre o assassinato de John F. Kennedy, além de uma homenagem ao músico de blues Jimmy Reed.

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"Rough and Rowdy Ways" é o primeiro material novo do Prêmio Nobel de Literatura desde o lançamento de "Tempest" em 2012, embora tenha lançado vários covers nesse meio tempo.

O músico combina blues com histórias de folk, sua voz rouca entoando letras que vão do humor negro à desolação turbulenta.

Às vezes é quente, às vezes cáustico.

Na primeira música do álbum, "I Contain Multitudes", o músico de 79 anos fala sobre a mortalidade e como ele dorme na mesma cama "com a vida e a morte".

Em uma entrevista recente ao The New York Times, Dylan disse que não pensa em sua própria morte, mas na morte da humanidade como espécie.

"Penso na morte da raça humana. A longa e estranha jornada do macaco nu. Não quero tratá-la com leviandade, mas a vida de todos é tão efêmera. Todo ser humano, por mais forte ou poderoso que seja, é frágil quando se trata da morte. Penso em termos gerais, não de maneira pessoal", afirmou.

As músicas atravessam a cultura pop do século XX, falam de mitos e se referem a figuras ficcionais e históricas, algumas leves, outras trágicas.

Em "I Contain Multitudes", Dylan cita Indiana Jones, Anna Frank e The Rolling Stones no mesmo verso.

"Murder Most Foul", lançada originalmente em março, relata o assassinato do presidente Kennedy em Dallas, Texas, em 1963, enquanto descreve a contracultura da década de 1960.

A música, que chegou ao topo da parada da Billboard, traz os nomes de vários artistas, incluindo The Eagles, Charlie Parker, Stevie Nicks e Beatles.

As músicas mais populares de Dylan dos anos 1960 e 1970 falam sobre brutalidade policial e racismo, como "Hurricane". Agora, o músico menciona o massacre racial de Tulsa, Oklahoma, em 1921, quando turbas de brancos atacaram residentes e comerciantes negros por dois dias.

Há também uma referência ao "homem pássaro de Alcatraz", um dos assassinos em série mais famosos dos Estados Unidos.

Em "False Prophet", a segunda música do álbum, de seis minutos, Dylan parece arrogante, sem remorsos ao se referir à sua própria mitologia. "Eu não sou um falso profeta", diz.

Dylan, que recebeu a Medalha da Liberdade em 2012 do presidente Barack Obama, quase sempre esteve em turnê nas últimas três décadas, apesar de sua idade avançada.

Mas precisou cancelar uma série de shows agendados para abril no Japão e junho e julho na América do Norte devido à pandemia de coronavírus.

O lendário cantor americano de música folk Bob Dylan disse que sentiu náusea ao ver George Floyd, um homem negro, "ser torturado até a morte" por um policial branco em Minneapolis, em uma rara entrevista concedida ao "New York Times" e publicada nesta sexta-feira (12).

"Tive náusea ao ver George ser torturado até a morte desta maneira", contou Dylan, 79 anos, no dia seguinte à morte de Floyd, em 25 de maio, na única entrevista concedida fora de seu próprio site desde que ganhou o Nobel de Literatura, em 2016.

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"Foi mais do que desagradável. Esperamos que haja justiça rapidamente para a família Floyd e para a nação", declarou Dylan, que se mudou para Minneapolis aos 18 anos, para estudar na Universidade de Minnesota.

Várias canções de Dylan nas décadas de 60 e 70, como "Hurricane" e "George Jackson", exploravam o ódio racial e a violência policial contra os negros nos Estados Unidos. O músico se prepara para divulgar nesta sexta-feira seu primeiro álbum de músicas originais em oito anos, "Rough and rowdy days".

Dylan disse que não pensa em sua própria morte, mas sim na morte da humanidade como espécie. "Penso na morte da raça humana. A longa e estranha viagem do macaco nu. Não quero tratar isso com leveza, mas a vida de todos é tão efêmera. Cada ser humano, não importa quão forte ou poderoso, é frágil quando se trata da morte. Penso nisso em termos gerais, não de uma maneira pessoal", afirmou.

Bob Dylan, 78 anos, conquistou, na última quarta-feira (8), um marco inédito em sua carreira: chegar ao topo das paradas da Billboard com composição e interpretação próprias. De acordo com dados levantados pela Nielsen, a música "Murder Most Foul" teve um total de 10 mil downloads entre o lançamento em 27 de março e 2 de abril.

"Murder Most Foul" tem 17 minutos de duração e fala do assassinato de John F. Kennedy (1917 – 1963), o 35º presidente dos Estados Unidos. Confira:

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De acordo com a Bilboard, Dylan já havia escrito músicas para outros artistas que alcançaram o topo das paradas, entre elas, "Blowin’ in the Wind" (1963), de Peter, Paul and Mary, e "Mr. Tambourine Man" (1965), dos The Byrds. Mas é a primeira vez que uma canção composta e intepretada pelo artista conquista tal façanha.

Em outras ocasiões, Dylan já havia chegado bem próximo do topo das paradas, com "Like a Rolling Stone" (1965) e "Rainy Day Women #12 & 35" (1966). As duas canções atingiram o segundo lugar no "Hot 100", e no ano 2000, a música "Things Have Changed", alcançou a mesma colocação.

Bob Dylan surpreendeu os fãs nesta sexta-feira ao lançar sua primeira canção inédita em oito anos, uma balada de 17 minutos sobre o assassinato de John F. Kennedy.

"Murder Most Foul" relata a história do assassinato do presidente americano e descreve a evolução da contracultura nos anos 60.

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"Esta é uma canção inédita que gravamos há algum tempo que vocês podem achar interessante. Fiquem seguros, permaneçam atentos e que Deus esteja com vocês", escreveu Dylan em seu site oficial, ao lado de uma foto de Kennedy, que foi assassinado em 1963 em Dallas.

A canção está repleta de nomes e referências da cultura pop, incluindo os Beatles, Charlie Parker, Eagles, Stevie Nicks e o festival de Woodstock.

Esta é a primeira música inédita lançada por Bob Dylan desde seu álbum de 2012 "Tempest". Nos últimos anos, no entanto, ele lançou álbuns de covers.

"Murder Most Foul" também é a primeira canção apresentada pelo artista desde que aceitou, de maneira relutante, o prêmio Nobel de Literatura em 2016, o primeiro compositor agraciado com a honraria.

Aos 78 anos, Dylan mantém uma agenda intensa de turnês, mas teve que cancelar uma série de apresentações previstas para abril no Japão devido à pandemia de coronavírus.

O cantor e compositor espera iniciar uma turnê em junho pela América do Norte.

As apresentações em Woodstock de Janis Joplin, Jimi Hendrix, Joan Baez, entre outros grandes nomes do rock, permanecem gravadas na memória coletiva 50 anos depois do lendário festival de música.

Mas seis dos artistas mais importantes da década de 1960 não estiveram presentes, alguns por motivos que agora, em retrospectiva, parecem questionáveis.

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- Bob Dylan -

O Nobel de Literatura Bob Dylan, um ícone da época, não se apresentou em Woodstock, apesar de então morar perto do estado de Nova York. Conta a lenda que Dylan estava tão cansado da multidão de hippies que aparecia em sua casa que declinou tocar no festival e viajou para a casa que tinha na Inglaterra naquele fim de semana de agosto de 1969.

Outra versão, contada pelo jornalista musical Julien Bitoun em seu livro "Woodstock Live", (Woodstock vivo, em tradução livre) é que o compositor de "Like a Rolling Stone" não se apresentou porque seu filho estava doente. Mesmo assim, duas semanas depois, tocou em um festival de música na ilha de Wight, na Inglaterra.

- The Beatles -

No final do verão de 1969, o Quarteto de Liverpool já tinha tirado a lendária foto em uma faixa de pedestres que ilustrou a capa do mítico álbum "Abbey Road".

Mas o grupo não pôde cruzar o Atlântico para tocar seu mais recente sucesso na época, "Come Together", em Woodstock.

Muitos culparam a namorada de John Lennon, Yoko Ono, por essa ausência, mas Bitoun garante que essa teoria não tem fundamento. De fato, os Beatles já tinham acabado sua carreira juntos e, embora naquela época não se soubesse, já tinham atuado como grupo pela última vez em janeiro de 1969 em um terraço de Londres. Lennon deixou a banda em setembro de 1969 e um ano depois, o grupo se dissolveu oficialmente.

- The Rolling Stones -

O verão de 1969 não foi auspicioso para o líder dos Rolling Stones, Mick Jagger: ele perdeu o festival de rock de que todo mundo fala hoje como um momento crucial da época para ir à Austrália rodar um filme de que ninguém se lembra, no qual interpretou o criminoso Ned Kelly.

Meses depois, quando os organizadores tentaram replicar o festival em uma noite de shows gratuitos em Altamont, Califórnia, os Rolling Stones tinham que se apresentar no palco central. Mas infelizmente, este palco era patrulhado por membros do grupo de motoqueiros Hell's Angels, e um dos espectadores foi assassinado. Para muitos veteranos da época, esse momento foi um ponto de inflexão na década do "paz e amor".

- Led Zeppelin -

Naquele verão, a emblemática banda de rock londrina preferiu a praia à lama de Woodstock, e o fim de semana do festival estava enlouquecendo as multidões em Ashbury Park, na costa atlântica de Nova Jersey.

Peter Grant, seu empresário, é citado no livro "Led Zeppelin: the Concert File", dizendo: "disse não porque em Woodstock teríamos sido mais uma banda no cartaz".

- The Doors -

E os Doors, por que não se apresentaram em Woodstock? "Porque fomos estúpidos e recusamos", admitiu o guitarrista do grupo, Robby Krieger. "Achávamos que seria uma cópia de segunda classe do Monterey Pop Festival", disse em alusão ao encontro de gigantes musicais na Califórnia em 1967.

- Joni Mitchell -

Joni Mitchell compôs a canção "Woodstock", embora não tenha tocado lá. Ele criou a canção idealizando o festival em 1970, mas a canadense, que tinha que se apresentar no domingo, precisou cancelar porque seu empresário, David Geffen, programou sua participação em uma emissora de TV em Nova York na segunda pela manhã e temeu que não chegasse a tempo.

A banda Vanguart lança no final deste mês o disco "Vanguart Sings Bob Dylan". O álbum faz uma releitura de um dos maiores compositores da música contemporânea e que foi uma grande influência para o conjunto. O disco será lançado no dia 28 nas plataformas digitais e também em vinil com três faixas.

Em 11 anos de carreira, o quarteto aposta em um primeiro disco sem músicas próprias - as 16 canções são de Bob Dylan - , gravadas ao vivo, exceto a faixa "Make You Fell My Love", do álbum "Time Out of Mind" (1966). "A importância de um disco do Vanguart tocando Dylan, para além de celebrar a obra do compositor, é enorme, pois, ao mesmo tempo que nos faz compreender de onde viemos, também nos mostra que podemos ir muito além de bandeiras e gêneros fincados dentro da música e seus limites. Enquanto os ventos seguirem soprando, a resposta continuará lá", comenta o vocalista, Helio Flanders.

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No álbum, Flanders e Reginaldo Lincoln (baixo, guitarra e violões), revezam os vocais, exceto nas músicas "House of the Risin", que é interpretada pela violinista Fernanda Kostchak, e "Hurricane", na voz do guitarrista David Dafré. Também participam do disco Julio Nganga (piano e órgão hammond), Kezo Nogueira e Pedro Gongom na bateria e percussão.

Uma guitarra de Bob Dylan, símbolo de sua mudança para o som elétrico, foi vendida no sábado por 495.000 dólares em Nova York, em um leilão dedicado a "ícones da música".

A guitarra, uma Fender Telecaster de 1965 que pertenceu a Robbie Robertson, guitarrista de Bob Dylan, foi utilizada tanto por Dylan como por Eric Clapton e George Harrison, segundo a casa de leilões Julien, que organizou a venda.

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O instrumento marcou a guinada do cantor folk de "The Times They Are A-Changin'" ao artista que passou a usar a guitarra elétrica em canções como "Like a Rolling Stone".

Outros instrumentos leiloados no sábado foram a primeira guitarra elétrica de George Harrison, uma Hofner Club 40, vendida por 430.000 dólares, e uma Fender Telecaster rosa fabricada por Elvis Presley em 1968, negociada por 115.200 dólares.

Um cinto utilizado por Elvis durante um show no Havaí em 1972 foi leiloado por 354.400 dólares, enquanto um anel de diamantes no formato de estrela chegou a US$ 100.000.

Também foram negociados peças de Michael Jackson, como o figurino vermelho usado no videoclipe "Thriller", vendido por 217.600 dólares, e um cinto com as letras BAD, um de seus grandes sucessos, negociado por US$ 179.200.

Bob Dylan e Kesha estão entre os artistas que participam do EP Universal Love, uma coletânea de reinterpretações de canções de amor clássicas lançado pelo Spotify.      

As faixas ganharam assinatura de seus intérpretes e foram repaginadas visando a inclusividade na música para casais LGBT.

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Se as definições do amor e casamento estão mudando, e se tornando mais inclusivas, talvez seja hora para canções de amor fazerem o mesmo", ressaltou Tom Murphy, produtor do projeto.

Em todas as músicas o cantor é de gênero diferente do intérprete original, ou o gênero da pessoa a quem se dedica a declaração foi alterado.

Com exceção de Dylan, todos os artistas que participam do EP são abertamente LGBT.

Após muita polêmica e quase quatro meses de atraso, o músico norte-americano Bob Dylan retirou no último sábado (1º), em Estocolmo, na Suécia, o Prêmio Nobel de Literatura concedido a ele no fim do ano passado.

Um membro da Academia Sueca, responsável pela honraria, disse que o astro recebeu o prêmio em uma pequena cerimônia em um hotel da capital do país escandinavo. "Correu tudo bem, Dylan é um homem muito gentil", disse Klas Ostergren à agência "AFP".

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Dylan está na Suécia para shows em Estocolmo e Lund e resolveu aproveitar a ocasião para retirar o Nobel de Literatura, após ter demorado duas semanas para aceitá-lo publicamente e não ter participado da cerimônia de premiação, em 10 de dezembro.

Caso não recebesse o Nobel formalmente até junho, o músico perderia um prêmio em dinheiro equivalente a R$ 3 milhões.

Após meses de suspense, Bob Dylan recebe neste fim de semana, em Estocolmo, o Nobel de Literatura, das mãos dos acadêmicos suecos, que o homenagearam por sua poesia.

Como Thomas Mann, Albert Camus, Samuel Beckett, Gabriel García Márquez e Doris Lessing, o cantor, 75, entrará no panteão dos homens e mulheres das letras premiados pela Academia sueca desde 1901.

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O júri sueco entregará o diploma e a medalha a Dylan durante uma reunião cujo local e hora não foram divulgados.

O mistério é ainda maior em torno do discurso de recepção, que também poderia ser uma música. Ele deve ser pronunciado por todos os premiados até seis meses após a cerimônia de entrega; neste caso, até 10 de junho.

"A Academia Sueca e Bob Dylan concordaram em se reunir neste fim de semana. A reunião será pequena e íntima, e nenhum meio de comunicação estará presente, apenas Bob Dylan e membros da Academia, respeitando a vontade de Dylan", publicou a secretária permanente da Academia, Sara Danius, em seu blog.

"Não será pronunciado nenhum discurso Nobel. A Academia tem razões para pensar que será enviada uma versão gravada posteriormente", explicou.

O discurso é o único requisito para se receber as 8 milhões de coroas suecas (870.000 dólares) que acompanham o prêmio.

Até o momento, a única certeza é de que Dylan fará dois shows em Estocolmo, hoje e amanhã, para iniciar uma turnê europeia por ocasião do lançamento de "Triplicate", um álbum triplo de versões de Frank Sinatra.

No dia 10 de dezembro, no tradicional banquete do Nobel na capital sueca, Dylan transmitiu o discurso de agradecimento, lido pela embaixadora americana na Suécia, no qual admitiu a surpresa por ver seu nome ao lado do de autores como Rudyard Kipling, Albert Camus ou Ernest Hemingway.

A atitude de Dylan desde o anúncio do prêmio, especialmente sua insistência em não falar nada a respeito do assunto durante um show em Las Vegas no dia em que a Academia revelou seu nome como vencedor do Nobel de Literatura, confundiu algumas pessoas, mas está em sintonia com seu caráter discreto.

Para Martin Nyström, crítico musical do jornal "Dagens Nyheter", os ausentes nem sempre se equivocam. "O músico tem uma agenda inacreditável. É um artista, escreve livros, textos, música e está em turnê com sua banda sem parar", comentou o jornalista.

Nesta sexta-feira, o cantor de Minnesota (norte dos Estados Unidos) lançou o álbum "Triplicate", em que homenageia a idade de ouro da composição americana com versões de clássicos dos anos 1940 e 1950.

Bob Dylan enviou um discurso de agradecimento quase dois meses após ter sido declarado vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, que decidiu não receber em Estocolmo, informou nesta segunda-feira a Fundação Nobel.

"O Nobel de Literatura deste ano, Bob Dylan, não vai participar na semana Nobel, mas ele escreveu um discurso que será lido no banquete", indicou a Fundação em um comunicado.

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Esta contribuição, algumas palavras que serão lidas no final do banquete de 10 de dezembro, não dispensa um discurso de aceitação, tradicionalmente mais longo.

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Desde que a Academia Sueca concedeu o prêmio, Bob Dylan tem provado ser um laureado diferente. No dia do prêmio, 13 de outubro, fez um show em Las Vegas, sem mencionar o prêmio.

No final de outubro, perguntado sobre sua participação na cerimônia de premiação e no banquete, Dylan afirmou ao Daily Telegraph: "Absolutamente. Desde que seja possível".

Mas em 16 de novembro, em uma carta para a Academia Sueca, ele mudou de ideia, apontando "outros compromissos".

Durante a cerimônia de premiação, a americana Patti Smith, admiradora de Bob Dylan, vai interpretar uma de suas canções, "A Hard Rain's A-Gonna Fall".

De acordo com a Academia Sueca, há uma "boa chance de que o vencedor venha a Estocolmo no próximo ano", no que será a oportunidade de fazer seu discurso de aceitação.

Aos 75 anos, Bob Dylan é o primeiro compositor a obter o prestigioso prêmio, uma decisão que surpreendeu os meios culturais que apostavam em uma escolha mais convencional.

Depois de deixar a Academia sueca aguardando, após a renomada instituição ter concedido a ele o Nobel de Literatura em Estocolmo, o cantor e compositor Bob Dylan decidiu não comparecer, nesta quarta-feira (30), à Casa Branca, para um ato ao qual Barack Obama convidou um grupo de americanos ganhadores do prêmio.

"Infelizmente, Bob Dylan não estará na Casa Branca hoje", disse Josh Earnest, porta-voz do presidente americano, acrescentando que o cantor não deu nenhuma justificativa para sua ausência.

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Na ausência do cantor, o presidente dos Estados Unidos centrou seu elogio nesta quarta-feira em outros ganhadores do Nobel imigrantes no país que responderam o seu convite no Salão Oval: Oliver Hart (Economia), Fraser Stoddart (Química), Duncan Haldane e Michael Kosterlitz (Física).

"Estamos muito orgulhosos deles e é só um lembrete de que uma das coisas que os Estados Unidos fazem é nossa capacidade de atrair talentos de todo o mundo para estudar em algumas das nossas grandes universidades", disse Obama.

Dylan já tinha indicado que não comparecerá em dezembro à entrega do Nobel na Suécia.

O cantor e compositor americano Bob Dylan, premiado recentemente com o Nobel de Literatura, expõe a partir deste sábado em Londres 200 quadros que expressam sua visão dos Estados Unidos, de suas paisagens e sua cultura.

Os quadros, pintados por Dylan nos últimos dois anos, poderão ser vistos até 11 de dezembro na galeria Halcyon de Mayfair, um opulento bairro do centro da capital britânica.

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As pinturas a óleo, acrílicas ou aquarelas que formam a exibição revelam uma faceta menos conhecida de Robert Allen Zimmerman, de 75 anos, ícone da música popular americana do século XX, cujos textos comprometidos e poéticos lhe valeram, para surpresa geral, o prêmio Nobel de Literatura em outubro.

Bob Dylan anunciou na semana passada que viajará a Estocolmo para receber o prêmio, que deu à exposição londrina um destaque especial. "É uma grande honra para nós acolher esta exposição no momento em que recebe esta homenagem", disse à AFP o diretor da galeria, Paul Green.

Bob Dylan embarcou no mundo das artes visuais no início da década de 1960. Criador da capa do álbum "Music from Big Pink" (1968), do grupo canadense The Band, Dylan apresentou mais recentemente seus trabalhos em Nova York e Milão.

"A paixão de Dylan pela arte remonta a quando se instalou em Nova York. Sua namorada Suze Rotolo o levou um pouco a todos os museus", explicou Paul Green. Desde então, o artista não parou de pintar, aproveitando suas inúmeras turnês para imortalizar com desenhos este país que tanto descreveu em suas canções.

- À margem dos caminhos marcados -

Com o nome de "The Beaten Path", a mostra retrata as andanças do cantor pelos quatro cantos dos Estados Unidos, de suas megalópoles às imensas planícies desérticas.

"O ponto comum desta obra são as paisagens americanas e a maneira como sinto isso cruzando o país", explicou o artista em um texto introdutório da exposição, ressaltando, fiel a sua reputação, que o fez "à margem dos caminhos marcados".

Assim, em San Francisco Dylan optou por imortalizar um vendedor de mariscos de Chinatown, em vez das típicas casas vitorianas ou dos arranha-céus.

"Estes lugares de Chinatown (...) estão a apenas duas ruas dos edifícios de escritórios sem janelas. Mas estas estruturas gigantescas e frias não têm nenhum sentido para mim no mundo que vejo ou que decido ver".

Seus quadros também mostram a ponte de Manhattan, com sua imponente estrutura metálica jazendo entre dois blocos de tijolos vermelhos. Ou o motel Roy's, na famosa rota 66, em pleno deserto de Mojave, ao qual Dylan deu vida com um traço de pincel que lembra um quadrinho.

Uma pequena loja de rosquinhas também ganhou espaço na mostra, com sua fachada vermelha e amarela destacada graças à pintura acrílica.

Uma das principais obras da exibição mostra uma "estrada sem fim" que pode constituir uma alegoria de sua vida de artista: na estrada, sempre, entre duas cidades, entre dois hotéis.

"É a maior pintura que Dylan já fez", destacou Paul Green. "É uma estrada sem fim... quase uma montanha-russa da vida de Dylan".

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