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Cerca de 19,7 milhões de venezuelanos foram convocados para as eleições municipais que ocorrem neste domingo na Venezuela mas, até o momento, é baixa a participação dos eleitores, segundo fontes do país. Três dos quatro principais partidos da oposição não participaram dos comícios municipais e pediram um boicote contra o Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo governo. Os opositores acusam a entidade de ter cometido fraudes nas eleições regionais passadas.

Em vários pontos da capital nacional Caracas, os centros de votação reuniram poucas pessoas. Um dos cinco diretores do Conselho Nacional Eleitoral, Luis Emílio Rondón, admitiu que até o momento a presença de eleitores nas urnas foi escassa.

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A votação vem ocorrendo de forma pacífica, segundo autoridades do país. No Estado central de Portuguesa, três pessoas foram detidas por entrar de foram "ilegal" em um local de votação, segundo a assessoria de imprensa do Comando Estratégico Operacional venezuelano.

O partido no poder é o favorito para ganhar a maioria dos 335 cargos de prefeitos neste domingo e, com isso, consolidar a hegemonia que mantém no interior do país há quase duas décadas. A eleição do governador de Zulia, realizada há dois meses, também está sendo repetida, por decisão do Assembleia Nacional Constituinte, que anulou a vitória de um candidato da oposição.

A votação começou após as 6h da manhã do horário local (8h pelo horário de Brasília), com previsão de duração de doze horas. Fonte: Associated Press.

O presidente russo, Vladimir Putin, não vai boicotar a Olimpíada de Inverno de Pyeongchang. Ele assegurou nesta quarta-feira que o seu governo vai permitir que russos participem como atletas neutros no evento no próximo ano na Coreia do Sul.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) proibiu a participação da equipe russa nos Jogos como punição por violações de doping na Olimpíada de Inverno de 2014 em Sochi. O COI, no entanto, planeja convidar russos para competir sob a bandeira olímpica.

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"Sem dúvida, não declararemos nenhum tipo de bloqueio", disse Putin, após o lançamento da sua campanha de reeleição. "Não vamos impedir que nossos atletas olímpicos participem, se algum deles desejar participar individualmente. Eles estão se preparando para essas competições por todas as suas carreiras, e para eles é muito importante", acrescentou.

Um boicote russo poderia ser o maior da história olímpica desde o da União Soviética e seus aliados aos Jogos de 1984 em Los Angeles. Isso foi uma resposta ao boicote liderado pelos Estados Unidos aos Jogos de Moscou, quatro anos antes.

Putin também disse que a Rússia não aceita as acusações de que possuiu um esquema de doping apoiado pelo governo na Olimpíada de Sochi. Ele afirmou que a decisão do COI foi "politicamente motivada" e a classificou como uma "injusta punição coletiva".

Uma comissão do COI presidida pelo ex-presidente suíço Samuel Schmid apontou na última terça-feira a existência do esquema de doping, mas disse que não encontrou nenhuma evidência de que "a mais alta autoridade do estado" sabia. No entanto, afirmou sobre Yuri Nagornykh, o vice-ministro dos esportes na época dos Jogos de Sochi, que "era impossível concluir que ele não estava ciente do encobrimento de doping".

Atletas russos, treinadores e políticos se alinharam para condenar a decisão do COI, mas a maioria afirmou que é melhor aceitá-la e competir. Foi o que defendeu Yelena Isinbayeva, dona de duas medalhas de ouro olímpicas no salto com vara, que declarou ser contra um boicote.

"Eu gostaria de falar a todos os atletas russos que estão se preparando para a Olimpíada em Pyeongchang para que não se sintam decepcionados e, definitivamente, não façam nenhuma estupidez como um boicote. É claro que não vale a pena", disse Isinbayeva à TV estatal russa.

Mulheres em todo o mundo estão boicotando o Twitter em protesto. Os usuários do site estão se comprometendo a não usá-lo por um dia, ou mais, depois que a atriz norte-americana Rose McGowan teve sua conta suspensa temporariamente na noite da quarta (11). Ela utilizou a plataforma para acusar o produtor cinematográfico Harvey Weinstein de assédio.

Agora, os usuários se recusam a entrar no site, com a esperança de que a atitute prejudique o Twitter. Em uma mensagem postada em seu Instagram, a atriz se posicionou sobre o caso. "O Twitter me suspendeu. Vozes poderosas estão a trabalho. Seja a minha", disse.

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O ocorrido causou comoção e irritação entre seus colegas de Hollywood, entre eles Jamie Lee Curtis, Anthony Bourdain e Judd Apatow. Por meio do perfil @TwitterSafety, a empresa afirmou que a conta foi suspensa, pois um número de telefone particular foi divulgado.

"Nós entramos em contato com a equipe de McGowan. Gostaríamos de explicar que sua conta foi temporariamente bloqueada porque um de seus tuítes continha um número de telefone particular, o que viola os nossos termos de serviço", informou o comunicado.

"Estamos ao lado das valentes mulheres e homens que usam o Twitter para compartilhar suas histórias e trabalharemos todos os dias para melhorar nossos processos para proteger essas vozes", continuou a rede social. O tuíte foi apagado e McGowan teve o acesso normalizado na manhã desta quinta-feira (12).

O ex-governador do Ceará e presidenciável, Ciro Gomes (PDT), saiu em defesa do senador Tasso Jereissati (CE) que assumiu interinamente a presidência do PSDB, mas vem sendo alvo de críticas internas. Nos últimos dias, inclusive, o cearense tem sido pressionado a deixar o cargo por uma ala aliada ao governo do presidente Michel Temer (PMDB), composta por ministros e parlamentares. Indagado sobre como avaliava o imbróglio tucano, Ciro disse que o PSDB “jamais aceitou” a seriedade de Jereissati. 

“O lado bandido do PSDB não aceita o Tasso”, alfinetou o pedetista, em entrevista concedida a um blog cearense. Gomes também lembrou que está não é a primeira vez que o senador é “boicotado” pelos tucanos. “Era o candidato natural do PSDB a presidente [em 1994] e o Fernando Henrique deu rasteira nele. Ele que montou a equipe do [Plano] Real, por exemplo. Na sequência, várias vezes ele podia ter sido candidato e o Serra sabotou. Várias vezes podia ser ministro e eles nunca permitiram e aí está o flagrante: a sabotagem e a agressão a ele”, acrescentou. 

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Ciro Gomes também fez uma avaliação das possibilidade do PSDB para a disputa pela Presidência da República em 2018. Ele considerou que o nome de Jereissati seria “extraordinário”, mas atualmente quem é mais forte no partido, sob a ótica de Ciro, é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). “Ele é um cara da direita respeitável”, cravou. 

Já sobre a possibilidade do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), entrar na corrida, o pedetista não poupou alfinetadas. “Acho que não [tem chances]. Ele é muito reacionário, provinciano e um grande farsante, na verdade”, disparou. Ciro Gomes ainda ironizou a passagem do prefeito paulista pelo Ceará.

Usuários iniciaram uma campanha de boicote aos aplicativos Uber e 99Táxi, que fizeram uma parceria com a Prefeitura de São Paulo para transportar de graça os servidores nesta sexta-feira, 28, durante a greve geral contra as reformas Trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo Michel Temer (PMDB).

Um evento no Facebook já tem mais de 8,2 mil usuários apoiando o boicote já que, segundo eles, as empresas colaboram para "desmobilizar trabalhadores que reivindicam direitos fundamentais como o direito à aposentadoria e à proteção ao trabalho". Eles pedem que as pessoas desinstalem os aplicativos de seus celulares e não os usem durante essa sexta-feira.

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Além da parceria com a prefeitura, as duas empresas também anunciaram que oferecerão descontos para os passageiros durante o dia de greve. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo informou que está em estado de greve e deve aderir à paralisação, motoristas e cobradores de ônibus prometem não tirar os veículos da garagem e os ferroviários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) já confirmaram a greve.

Em nota, a 99 informou que "vai estar ao lado de todos os brasileiros que escolherem se movimentar" nesta sexta-feira. "Independentemente do seu destino, seja para ir ao trabalho, às manifestações, levar alguém ao hospital, ou qualquer outro lugar", disse em nota a empresa.

Sobre a parceria com a prefeitura, disse que decidiu "estender o benefício" para todos os brasileiros, oferecendo duas corridas no valor de até R$ 20.

Em nota, a Uber também vai oferecer duas viagens de R$ 20 para quem optar pela modalidade pool (de carro compartilhado) nos horários de pico (das 7h às 11h e 16h às 20h). "Dado o altíssimo trânsito esperado em São Paulo nesta sexta-feira, a forma como a Uber pode ajudar a cidade é incentivando quem for se movimentar a compartilhar um carro", disse a empresa.

O cantor Wesley Safadão tem sido impedido de tocar em rádios do Rio de Janeiro. Uma suposta onda de boicote das rádios cariocas com artistas sertanejos e do forró estilizado tem dado o que falar esta semana.

De acordo com o colunista Léo Dias, emissoras pop estariam rejeitando participação de cantores do gênero e Safadão havia sido barrado de ter sua voz executada no hit 'Você Partiu Meu Coração'. A música é de parceria do forrozeiro com Nego do Borel e Anitta e, segundo o colunista, as emissoras pop como Mix teriam forçado Nego a regravar a canção sem Safadão.

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Em 2013, a cantora Paula Fernandes gravou com Taylor Swift também passou pela mesma situação. A música 'Long Live' era tocada nessas mesmas rádios somente com a versão da loira americana.

Em São Paulo, no entanto, esse boicote não aconteceu, já que a música original, com o Safadão, é tocada naturalmente em todas as rádios. Confira o Trailer do hit:

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A Coca-Cola e a Pepsi estão sofrendo um boicote inédito na Índia. Lançado nessa quarta-feira (1°) pelas duas maiores associações de comerciantes, o boicote ocorre no estado de Tamil Nadu, no sudoeste do país, e pede que os consumidores parem de comprar as bebidas por serem "nocivas à saúde" e por afetarem a produção agrícola local.

Cerca de 70% dos comerciantes decidiram boicotar a venda de Coca-Cola e Pepsi, o que pode chegar a um milhão de lojas, por conta de sua natureza tóxica e por usarem água de rios locais em sua fabricação, o que prejudicaria a irrigação de plantações de moradores. "As bebidas que ainda se encontram nas prateleiras das lojas são apenas um resíduo de estoque, ou produtos não retirados pelos distribuidores", disseram a Federação de Comércio de Tamil Nadu (FTNTA) e o Fórum de Associação de Comerciantes de Tamil Nadu (TNTAF).

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A descisão de iniciar o boicote foi criticada pela Associação Indiana de Bebidas (IBA), que declarou estar "profundamente desolada" pelo ocorrido, destacando que "isso é contrário aos critérios de um crescimento econômico robusto e ao 'Make India' (projeto para transformar o país em um centro global de design e de fabricação)". Ambas as companhias têm unidades de produção em Tamil Nadu. "A Coca-Cola e a PepsiCo India geram, juntas, empregos a 2 mil famílias diretamente em Tamil Nadu, e a mais de 5 mil famílias indireramente.

A IBA espera que o bom senso prevaleça e que os consumidores continuem tendo o poder de escolha em Tamil Nadu", destacou a associação. Quando questionado sobre os danos econômicos que comerciantes poderão sofrer por conta do boicote, Raja afirmou que essa não é a coisa mais importante. "A iniciativa foi adotada por uma questão de consciência sobre a saúde e, para nós comerciantes, a saúde vem antes dos recibos de compra", concluiu. A Coca-Cola e a PepsiCo não se pronunciaram sobre o boicote ainda.

A Vila Olímpica que receberá os atletas nos Jogos do Rio abriu as portas oficialmente neste domingo (24), com uma primeira dor de cabeça para os organizadores: o boicote da Austrália por causa de problemas nos acabamentos da obra.

"Devido a diferentes problemas na vila, de gás, eletricidade e encanamento, decidi que nenhum integrante da equipe australiana será alojado no edifício que nos foi reservado", sentenciou Kitty Chiller, chefe da delegação australiana, em um comunicado. "Deveríamos ter entrado na Vila no dia 21 de julho, mas ficamos em hotéis próximos, porque a Vila simplesmente não está segura, nem pronta", enfatizou.

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Entre os problemas apontados estão "vazamentos, banheiros inacabados, cabos à vista, escadas sem luz e pisos sujos, que requerem limpeza profunda". Chiller relatou que, em um teste realizado na noite de sábado, "a água estava correndo pelas paredes, havia um forte cheiro de gás em alguns apartamentos e até curto-circuitos em cabos elétricos".

A australiana garante que outras delegações, como a Grã-Bretanha, ou Nova Zelândia, encontraram problemas semelhantes. Em um tom mais diplomático, a delegação britânica, uma das primeiras a se mudar para a Vila desde a semana passada, informou que também "encontrou problemas de manutenção, o que acontece frequentemente em novas construções".

"Muitos dos nossos atletas serão recebidos primeiros no nosso campo de base de preparação, perto de Belo Horizonte, para a aclimatação e os primeiros treinos, explicou à AFP um porta-voz do 'Team GB'.

Até os membros do Time Brasil, que deveria instalar atletas de nove modalidades neste domingo, preferiram permanecer no hotel, até que reparos sejam feitos nos alojamentos. O Comitê Organizador rebateu as críticas ao alegar que se tratam apenas de "pequenos ajustes" e que esse tipo de problema acontece em todas as olimpíadas.

- 'I feel Slovenia' -

"Respeitamos a decisão deles, é complicado se instalar enquanto os ajuste não são feitos, mas são ajustes internos e pequenos, que serão resolvidos dentro de alguns dias", assegurou Carlos Nuzman, que cumula as funções de presidente do Comitê Organizador Rio-2016 e do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

"O mais importante é que esses problemas sejam resolvidos antes das competições, e serão resolvidos até 48 horas", prometeu por sua vez Janeth Arcain, ex-jogadora de basquete medalhista de prata nos Jogos de Atlanta-1996 e de bronze em Sydney-2000, nomeada "prefeita" da Vila dos Atletas.

Enquanto os organizadores estavam rebatendo as críticas, a poucos metros de lá, um operário retirava as letras do nome da Itália em um edifício nas cores da bandeira do país (verde, branco e vermelho) e mal se podia ouvir as palavras dos cartolas por causa do barulho das furadeiras.

A menos de duas semanas da cerimônia de abertura, marcada para o dia 5 de agosto, no Maracanã, a estrutura de 200 mil metros quadradas, com 31 prédios de 17 andares divididos em sete condomínios, já começa a viver o clima olímpico.

Apesar dos problemas, alguns dos cerca 10.500 atletas esperados já chegaram, como os japoneses, por exemplo.

Muitos países já 'customizaram' o espaço com decorações nas fachadas, como a França, que dividirá seu prédio com Suíça e Israel. O mais original é a Eslovênia, que exibiu a mensagem "I feel Slovenia" (Sinto a Eslovênia, em inglês), com as letras posicionadas para deixar aparecer "I feel love" (sinto amor).

No total, a 207 delegações, uma delas sendo formada por refugiados, serão alojadas no espaço localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

A última dúvida era a presença ou não da Rússia, que acabou sendo liberada pelo COI neste domingo.

A delegação russa estará presente, mas caberá às Federações Internacionais decidir quantos atletas irão ao Rio. Todos terão que atender a critérios muito rígidos para provar que estão 'limpos', em meio às denúncias de doping sistemático e supervisionado pelo governo.

- Segurança máxima -

Os moradores da Vila serão beneficiados por todos os serviços de uma pequena cidade. Para a alimentação, foi instalado um refeitório imenso e também restaurantes menores.

Para outras necessidades, serão disponibilizadas nada menos 450.000 camisinhas.

Todos os quatros são equipados com sistemas repelentes eletrônicos para diminuir ainda mais o risco de infecção com o vírus Zika, que já é muito menor devido às condições climáticas do inverno carioca.

Como o mosquito não é o único inimigo, a segurança foi reforçada. A prisão de uma célula com dez brasileiros planejando um atentado, em meio ao clima de temor gerado por ataques terroristas em Nice, Kabul ou Istambul, trouxe à tona o fantasma dos Jogos de Munique-1972, quando um comando palestino sequestrou membros da delegação israelense, deixando 11 mortos.

O esquema de segurança dos Jogos começou a funcionar com sua força máxima neste domingo: com 85.000 homens mobilizados (47.000 policiais e 38.000 militares).

"Ajustaremos os procedimentos para ampliar a segurança, torná-la mais rígida e, evidentemente, cobrir qualquer lacuna ainda existente", prometeu o ministro da Defesa, Raul Jungmann, depois do atentado de Nice.

O Comitê Olímpico Russo disse esperar uma decisão final para o próximo domingo sobre se toda a equipe do país será banida dos Jogos do Rio, marcados para o próximo mês, por acusações de doping patrocinado pelo Estado.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) está examinando as opções legais de uma proibição total na sequência de um relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), realizada por Richard McLaren, que acusou o Ministério dos Esportes da Rússia de supervisionar um esquema de doping envolvendo atletas olímpicos do país.

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"A questão será resolvida até o final desta semana, provavelmente no domingo", disse o presidente do Comitê Olímpico Russo, Alexander Zhukov, nesta quarta-feira, em uma reunião da entidade.

Zhukov declarou que sua comissão não discutiu o relatório de McLaren na sua reunião, embora ele também não tenha descartado uma ação judicial se a Rússia for banida dos Jogos.

A Corte Arbitral do Esporte (CAS) vai emitir seu veredicto nesta quinta-feira sobre o recurso da Rússia contra a proibição do seu atletismo de participar da Olimpíada. E o COI vai levar essa decisão em consideração antes de fazer a sua própria decisão.

Zhukov disse ter esperança de êxito do recurso, acrescentando que os planos da Rússia para os Jogos Olímpicos incluem a permissão de participação do seu atletismo. O país pretende enviar um total de 387 atletas, incluindo 68 no atletismo, disse.

"É claro que esperamos uma decisão favorável a nós da CAS", afirmou Zhukov à TV estatal. "Seria, eu diria, um sério precedente para decisões das outras federações".

Independentemente de quais sanções serão adotadas em razão dos vários casos de doping, Zhukov descartou a possibilidade de a Rússia boicotar a Olimpíada. "Esses boicotes apenas levaram a um rompimento do movimento olímpico. Eu acho que a Rússia nunca vai participar de qualquer boicote".

A União Soviética boicotou a Olimpíada de 1984, em Los Angeles, retaliando o mesmo ato de países ocidentais liderados pelos Estados Unidos aos Jogos de 1980, em Moscou, que ocorreram na sequência da invasão do Afeganistão pelos soviéticos.

O Comitê Executivo do COI realizou uma reunião por teleconferência na última terça-feira para avaliar como vai agir após a divulgação do relatório de McLaren, que constatou que 28 esportes olímpicos de inverno e verão foram afetados pelas trapaças envolvendo o Estado russo. A Wada e outras autoridades antidoping pediram ao COI para dar o passo sem precedentes de excluir toda a equipe russa dos Jogos do Rio.

O COI abriu uma ação disciplinar contra membros do Ministério do Esporte da Rússia e outros implicados no relatório da McLaren, e disse que pode negar a eles o credenciamento para a Olimpíada do Rio. A lista inclui o ministro Vitaly Mutko.

A expectativa é de que o COI realize outra reunião do seu comitê executivo nos próximos dias, para considerar a possibilidade de excluir a equipe russa. A entidade também pode deixar as federações internacionais de cada esporte livres para adotarem as sanções que desejarem.

A empresa francesa de cosméticos Lancôme era alvo de pedidos de boicote em Hong Kong por ter cancelado o show de uma cantora de Hong Kong criticada em Pequim por seu compromisso político.

Figura do movimento pró-democracia do outono de 2014, Denise Ho deveria cantar em um evento promocional em 19 de junho em Hong Kong.

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A famosa marca do grupo L'Oréal publicou dois comunicados no domingo, o primeiro informando que a cantora não era uma de suas porta-vozes, e o segundo, horas depois, para anunciar o cancelamento do show "por razões de segurança", sem fornecer mais detalhes.

Em uma cidade conhecida por sua segurança, muitos internautas interpretaram a decisão como reação a uma publicação, no sábado, do jornal estatal chinês em inglês Global Times.

Este órgão dependente do Partido Comunista chinês acusou nas redes sociais a Lancôme de cooperar com "um veneno honconguês" e com "um veneno tibetano", em referência ao apoio da cantora ao Dalai Lama.

Mais de 24.000 pessoas reagiram com irritação na manhã desta terça-feira no Facebook ao controverso comunicado da Lancôme anunciando o cancelamento do show.

Alguns comentários anunciavam um boicote.

"É brincadeira? Estão dizendo que Hong Kong não é um lugar seguro? Se for assim, aconselho fortemente a Lancôme a parar suas atividades em Hong Kong", reagiu Winnie Leung, uma internauta.

"Este incidente é um bom exemplo de 'desastre de relações públicas'".

"Castigada por tomar a palavra"

O projeto de show havia sido criticado anteriormente na China, onde alguns internautas acusaram a marca francesa de utilizar os lucros gerados na China continental para promover as causas independentistas de Hong Kong e Tibete.

Em virtude do acordo chinês-britânico que articulou a retrocessão de 1997, Hong Kong goza de liberdades desconhecidas em outras partes da China continental, em virtude do princípio "Um país, dois sistemas".

Diversos incidentes, e sobretudo o desaparecimento de livreiros críticos a Pequim, reforçaram na ex-colônia o sentimento de que estas liberdades estão diminuindo e de que Pequim aumenta seu controle.

Por sua vez, a própria Denis Ho criticou a decisão da Lancôme.

"Não é justo que me castiguem por tomar a palavra, por enfrentar, por ter buscado estes direitos que consideramos direitos humanos essenciais", denunciou no Facebook Denise Ho, que em maio publicou uma foto com o Dalai Lama.

"Quando uma marca mundial como a Lancôme se ajoelha ante um poder hegemônico e intimidante, devemos enfrentar o problema de frente, porque isso significa que os valores universais foram gravemente desvirtuados", acrescentou a cantora.

No início da noite desta quarta-feira (18), o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho satirizou a manifestação online, de boicote ao seu filme Aquarius. O diretor utilizou a sua conta pessoal do Facebook para dar uma resposta às postagens dos internautas que conquistaram destaque no Twitter com hashtag ‘BoicoteAquarius’.

Nas postagens, os internautas criticaram a atitude dos artistas e cineastas brasileiros, no festival de Cannes, que fizeram uma manifestação contra a situação política do Brasil. Na ocasião, alguns artistas aproveitaram o espaço no Festival de Cannes para expressar repúdio ao que chamaram de ‘golpe de Estado’, quanto ao presidente interino, Michel Temer, considerando, inclusive um retrocesso do País.

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Respondendo aos comentários e ao possível boicote, o cineasta postou a imagem do filme ‘Aquária’, da dupla de irmãos Sandy e Júnior. A publicação já rendeu centenas de compartilhamentos e milhares de reações dos seus seguidores, acompanhados de comentários de apoio. 

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O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que ficou "satisfeito" com as garantias dadas pelo presidente interino do Brasil, Michel Temer, e que não teme que críticas de alguns governos estrangeiros contra o processo de impeachment sejam traduzidas em um boicote contra à Olimpíada no Rio de Janeiro. Os dois se falaram por telefone na última segunda-feira, no primeiro contato entre eles desde que Dilma Rousseff foi afastada da presidência do País.

"Presidente Temer foi muito claro, tanto em seu compromisso pessoal, como de seu governo de fazer tudo para que os Jogos sejam um êxito, não apenas ao Brasil mas para todo o movimento olímpico", disse Bach nesta quarta-feira, ao responder a uma pergunta do Estadão.com.

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"Horas depois de nossa conversa, ele tomou medidas ao chamar todos os ministros envolvidos para uma reunião", disse. "Isso é uma demonstração clara de determinação e responsabilidade", elogiou Bach.

O dirigente ainda apontou que foi convidado para encontrar com Temer em sua próxima viagem ao Brasil, em junho. No COI, fontes próxima ao presidente Bach apontam que a entidade passou "anos" ignorada pelo Palácio do Planalto e que foi apenas nos últimos meses do governo de Dilma Rousseff que Brasília passou a dar atenção aos Jogos.

"Ele me convidou para se reunir com ele em junho e discutir qualquer tipo de problemas", disse Bach. O alemão confirmou que, em resposta, disse a Temer que tem "total confiança no sucesso do evento".

Bach ainda deixou claro que não teme um boicote internacional contra o Brasil por conta do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Desde a semana passada, governos como os da Venezuela, de Cuba, da Bolívia, a chefia da Unasul e partidos de esquerda da Europa têm denunciado um "golpe de estado" promovido no País com o afastamento de Dilma.

"Não temo isso", disse Bach, questionado se esse movimento poderia ser traduzido em algum tipo de apelo a um boicote internacional ao evento. "Minha resposta é clara: não", insistiu.

O Estadão.com falou com o Comitê Olímpico da Venezuela que, por meio de sua assessoria, deixou claro que não tem a intenção de promover um boicote contra os Jogos do Rio. Mas admitiu que, se houvesse uma decisão, ela viria do governo.

No início da semana, o novo ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, respondeu a um jornalista estrangeiro sobre o risco de um boicote apontando que esse tema estava sendo lidado pelo Itamaraty. Na Chancelaria, fontes de alto escalão negaram que esse seja um tema hoje.

O pré-candidato republicano á presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu para que os eleitores boicotem a Apple até que a companhia aceite ajudar o FBI, disponibilizando o acesso às informações do celular de um dos atiradores do atentado de San Bernardino, na Califórnia.

"O que eu acho que vocês devem fazer é boicotar a Apple até que eles deem esse número de segurança", disse Trump em um evento em Pawleys Island, na Carolina do Sul. Trump ficou do lado dos agentes de segurança, que disseram na sexta-feira (19) que a empresa se recusa a ajudar as autoridades como parte de uma estratégia de marketing.

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"Pra começar, o celular nem pertence a esse criminoso que matou todas aquelas pessoas", disse Trump. O governo dos EUA argumentou que uma ordem judicial exige que a Apple desabilite certos dispositivos de segurança do celular para permitir que os agentes tenham acesso às informações sem apagar os dados do aparelho.

A nova apresentação legal do Departamento de Justiça é uma resposta a uma carta do diretor executivo da Apple, Tim Cook, que dizia que, para ajudar o FBI dessa forma, a empresa prejudicaria a segurança de todo mundo que usa um iPhone.

Os dois lados veem a disputa sobre o celular de San Bernardino como um confronto importante e uma batalha maior sobre como as companhias de tecnologia devem ajudar investigadores a terem acesso a informações criptografadas em dispositivos pessoais.

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Os 1.600 eleitores do pequeno município de Muro, norte de Portugal, boicotaram neste domingo a eleição presidencial para exigir a conexão de sua localidade à rede ferroviária urbana da grande cidade vizinha do Porto, anunciou o prefeito Carlos Martins.

"Os locais de votação permaneceram abertos das 8 às 11 da manhã, o mínimo legal, mas nenhum eleitor compareceu para votar, toda a população é solidária ao movimento", disse Martins.

A empresa portuguesa de ferrovias deixou em 2002 de servir ao município, que tem quase 2.000 habitantes e fica 15 km ao norte da cidade do Porto, a segunda maior do país.

"O deslocamento ficou impossível, é difícil ir ao médico, levar as crianças ao colégio ou seguir para o trabalho", conta Maria Dolores Viveiro, uma moradora de 62 anos.

Desde que o serviço ferroviário foi suspenso existe a previsão da conexão de Muro ao metrô do Porto, mas nenhuma data foi anunciada para a obra.

Os moradores de Muro boicotaram pela mesma razão a eleição presidencial de 2011 e as europeias de 2014.

A duas semanas do congresso do PMDB, no qual o partido deve atualizar seu estatuto e aprovar um novo programa, o bloco anti-Dilma da sigla adotou a estratégia de buscar protagonismo contra os correligionários governistas escolhendo como alvo ministros do partido. Eles acusam especialmente o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, de liderar um movimento para esvaziar o grupo e implodir o encontro da legenda.

"Os caras são empregados da Dilma. Não agem como ministros do Brasil, mas como ministros dela e do PT que são capazes de fazer qualquer tipo de serviço para evitar o impeachment", diz o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Ele e o irmão, o ex-ministro da Integração Nacional na gestão Luiz Inácio Lula da Silva, Geddel Vieira Lima, que preside o PMDB da Bahia, são os porta-vozes da dissidência no partido.

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"(Henrique) Alves queria que não houvesse congresso. Tudo para prestar serviço ao governo. Ele defende que o PMDB seja um sindicato viabilizador de empregos. Quem não quer que o partido se reúna é quem está empregado no governo. Não querem desagradar o empregador", afirma Geddel. Procurada pela reportagem, a assessoria do ministro não respondeu até a conclusão desta edição.

Na segunda-feira passada, Alves afirmou, em um almoço com empresários, em São Paulo, que a dissidência do PMDB "não é majoritária". "Não haveria, hoje, uma maioria no PMDB a favor do rompimento com o governo. Essa maioria não existe", disse.

Marcado para 17 de novembro, em Brasília, o congresso do PMDB foi convocado inicialmente para que o partido também formalize a intenção de lançar candidato próprio à Presidência da República em 2018, o que sinalizaria desejo de rompimento com o governo Dilma. O tema da ruptura explícita poderá ainda estar presente caso seja votada alguma moção nesse sentido.

A ala governista trabalha para evitar que a questão do afastamento com o governo prevaleça no encontro. Mas a divulgação, na semana passada, de documento oficial do PMDB com críticas à política econômica - como a de que houve excessos por parte do governo em questões relacionadas ao equilíbrio das contas públicas - reanimou o grupo anti-Dilma.

Impeachment. A promessa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de dar prosseguimento em novembro aos principais pedidos de impeachment de Dilma também deram novo fôlego aos dissidentes. Peemedebistas ouvidos pelo Estado relatam que o bloco estava perdendo adeptos diante da paralisia de Cunha e da percepção de que o governo estava recompondo sua base no Congresso.

Para a oposição, o impeachment só será viável com o apoio de uma parte considerável do PMDB na Câmara, que tem 66 deputados. "Pela nossa contabilidade atual, já temos 25 votos garantidos pelo impeachment e outros cinco muito prováveis. O anúncio do Cunha de colocar em pauta em novembro e o documento do partido animaram muito o movimento", afirma o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). "O quadro fiscal vai piorar. Contamos com isso nos próximos 15 ou 30 dias. E a Operação Lava Jato é imponderável. O ambiente político vai nos ajudar para aumentarmos o número de votos na bancada."

Líder do partido na Câmara, o deputado Leonardo Picciani (RJ), faz outro cálculo sobre o movimento. "É muito difícil ter quórum para o impeachment. O governo está reconstruindo a maioria, embora não seja uma maioria tão ampla. O governo não perde mais votação de maioria simples. Está muito difícil para a oposição. A agenda do impeachment perdeu força", afirma.

Para Picciani, "são quatro ou cinco deputados que defendem o impeachment abertamente". Já Vieira Lima rebate: "Ele está completamente equivocado nessa conta". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As algas que habitam a água da Lagoa Rodrigo de Freitas continuam a atrapalhar o desempenho dos atletas da paracanoagem, que disputam o evento-teste da modalidade na tarde deste sábado, no Rio de Janeiro. "No final, quase virei o barco", contou o atleta brasileiro Fernando Fernandes.

Na manhã deste sábado, competidores da Alemanha e de Portugal já haviam reclamado da presença de algas, que atrapalham o movimento dos atletas da canoagem. Integrantes da organização atuam em barcos para remover excessos, mas a operação não tem sido suficiente.

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"Não tenho dúvida de que isso será resolvido até 2016. Até sugeri que colocassem umas redes para conter as algas", disse Fernandes, admitindo que o País não está acostumado a sediar eventos tão grandes da modalidade.

Apesar de reclamar das algas, o atleta brasileiro disse que a poluição da Lagoa, que preocupa competidores estrangeiros, não o afeta. "A poluição é mais pra gringo do que pra gente. Não me sinto remando num ligar poluído", afirmou.

O grande mufti da Arábia Saudita, o xeque Abdulaziz bin Abdullah al Sheikh, autoridade máxima religiosa do país, denunciou nesta quarta-feira (2) que o filme iraniano "Maomé" é contrário ao Islã. "É um filme pagão e uma obra hostil ao Islã", afirmou o mufti em uma declaração publicada pelo jornal Al Hayat.

Segundo o líder religioso, exibir o filme, segundo a sharia (a lei islâmica) é algo ilícito. "É uma distorção do Islã", sentenciou o mufit, um dos religiosos mais importantes do Islã sunita, que proíbe qualquer representação do profeta Maomé.

Por sua parte, a Liga Mundial Islâmica, com sede em Meca, criticou o filme, denunciando o fato de "representar o profeta Maomé". Em um comunicado, o secretário-geral Abdullah al-Turki pediu aos dirigentes iranianos que "suspendam a exibição do filme, uma violação de nossas obrigações em relação ao profeta". Ele também pediu que todos os muçulmanos boicotem a obra.

No início do ano, o grande imã da Universidade de Al Azar, do Cairo, Ahmed al Tayeb, uma das principais autoridades do Islã sunita, já havia se oposto a qualquer representação do profeta que, segundo ele, "diminui seu status espiritual". No entanto, no filme em questão, o rosto de Maomé jamais é visto, e sim apenas sua silhueta.

Leitura equivocada

O filme "Maomé", que narra os primeiros anos da vida do profeta e se converteu no filme mais caro da indústria cinematográfica iraniana, estreou nos cinemas do Irã na semana passada, com um enorme interesse por parte do público.

Dirigido por Majid Majidi, o filme de 171 minutos contou com um orçamento de 40 milhões de euros, em parte financiado pelo Estado iraniano, e levou mais de sete anos para chegar às telas. A estreia da superprodução estava prevista para quarta-feira, mas acabou adiada em um dia por motivos técnicos, segundo o produtor e distribuidor do filme, Mohammad Reza Saberi.

Majid Majidi, um dos cineastas mais renomados do Irã, conta em sua mais recente produção a infância do profeta para tentar acabar com a "imagem violenta" do islã, segundo afirmou em uma entrevista à AFP antes da estreia do filme.

As filmagens aconteceram em uma reprodução da cidade de Meca ao sul de Teerã. O experiente ator e cineasta, de 56 anos, que já dirigiu filmes premiados no exterior ("Baran", "Filhos do Paraíso"), afirma que a escolha do tema é bem clara. "Nos últimos anos, uma leitura equivocada do Islã no mundo ocidental originou uma imagem violenta deste que não tem nenhuma relação com sua verdadeira natureza", disse.

Para Majid, esta "leitura equivocada" se deve a "grupos terroristas como o Estado Islâmico, que não tem vínculos com o islã, de cujo nome se apropriaram e que desejam passar uma imagem aterrorizante no mundo desta religião". "Como artista muçulmano, meu objetivo era criar uma visão (do Islã) que mude a que existe no Ocidente, que se resume geralmente a um terrorismo islâmico vinculado à violência", afirmou o cineasta. "O Islã é diálogo, bondade e paz", complementa.

Majid tenta ser otimista a respeito da polêmica e possível violência que seu filme pode provocar no mundo muçulmano, no qual a representação do profeta Maomé está proibida. "Países como a Arábia Saudita terão problemas com este filme, mas muitos outros países muçulmanos o pediam", disse.

Majidi considera que seu filme deve "unir" e não dividir os muçulmanos sunitas e xiitas, que travam batalhas violentas em vários países da região, como Iraque, Iêmen ou Síria. Antes do lançamento, o filme foi exibido a líderes religiosos das duas confissões no Irã e na Turquia, que o avaliaram "positivamente", segundo o diretor.

O cineasta deseja que "Maomé" represente o primeiro filme de uma trilogia, pois "não é possível mudar a imagem ruim do islã com apenas um filme". A segunda e a terceira parte não têm data para o início das filmagens e estas produções não serão necessariamente dirigidas por Majid, que convida todos os cineastas muçulmanos a seguir o seu caminho.

Confira o trailer da produção:

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Servidores técnico-administrativos de 14 universidades federais boicotaram as matrículas dos alunos aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre, que começou ontem.

Como os sindicatos haviam anunciado o boicote, algumas universidades criaram endereços eletrônicos para que os candidatos pudessem fazer a pré-matrícula online. As universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e do Rio de Janeiro (UFRJ), que registraram a maior procura, adotaram a pré-matrícula. No entanto, a alternativa não permite a comprovação dos documentos necessários, que terão que ser apresentados em outra data, a ser definida.

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Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o setor de matrículas estava fechado. A universidade informou que vai pedir a prorrogação do prazo para o Ministério da Educação (MEC) para atender os candidatos.

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que o MEC está em diálogo com as instituições e disse que nenhum aluno será prejudicado. Em nota, o MEC disse que o prazo de matrículas não será estendido. Os servidores estão em greve desde maio e reivindicam reajuste salarial e fim dos cortes no orçamento das universidades.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) está convocando um boicote à empresa Natura. Em mensagem em sua página no Facebook, o parlamentar defende que as pessoas deixem de comprar e vender produtos da marca até que ela retire o patrocínio oficial à novela Babilônia, da Rede Globo.

A novela exibiu um beijo entre duas mulheres em seu primeiro capítulo e vem sendo alvo de uma campanha de boicote incentivada por evangélicos.

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Feliciano diz que o silêncio dos evangélicos "às vezes custa nossos valores" e destaca casos em que o movimento gay propôs boicote a marcas que foram contra sua causa.

Elton John recebeu o apoio de Ricky Martin, Courtney Love e Martina Navratilova após publicar em seu Instagram uma foto dos estilistas da grife italina Dolce & Gabanna e pedir boicote à grife. 

Tudo começou quando Domenico Dolce, em entrevista à revista Panorama, se disse contrário a bebês de proveta, barrigas de aluguel e famílias formadas por casais homossexuais. "Somos contra adoções de crianças por casais gays. A única família é a de forma tradicional. Você nasce e tem um pai e uma mãe. Ao menos deveria ser assim. As crianças saídas da química são 'crianças sintéticas'. Nada de úteros de aluguel e sêmen escolhido em um catálogo. A vida tem um curso natural, há coisas que não devem ser alteradas", declarou.

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Elton John, casado desde o final do ano passado com David Furnish, com quem se relaciona há nove anos e possui dois filhos, se revoltou no último domingo, dia 15, e respondeu para Domenico: "Como você se atreve a chamar minhas crianças de 'sintéticas'? Deveria ter vergonha de criticar a fecundação in vitro, um milagre que permitiu pessoas cheias de amor, heterossexuais e homossexuais, de realizarem seu sonho de ter filho. Seu pensamento é arcaico e está fora de sintonia com os tempos, assim como sua moda. Eu nunca mais vestirei Dolce & Gabbana. #BoycottDolceGabbana". 

Nas redes sociais, Ricky Martin, Courtney Love e Martina Navratilova se juntaram a Elton John e lamentaram a declaração do estilista, dizendo que não irão mais comprar os produtos da grife: "Dolce & Gabbana você é muito forte para espalhar tanto ódio. Acordem, estamos em 2015, amem a si mesmos caras!", disse Ricky Martin. Courtney Love ainda disse que tem vontade de queimá-los e que irá boicotar a marca.

De acordo com a US Weekly, em resposta, Stefano Gabbana parceiro e ex-marido de Domenico, concedeu entrevista ao jornal italiano Corriere Della Serra tentando amenizar a situação. "Estão colocando palavras em nossas bocas. Estão dizendo que somos contra paternidade gay. Não é verdade. Domenico apenas expressou sua opinião sobre a família tradicional e sobre fertilização in vitro. Se alguém quiser fazer escolhas diferentes, são livres para fazê-lo. Nós exigimos o mesmo respeito".

 

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