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O grupo do PSL próximo ao presidente Jair Bolsonaro tem reclamado de perseguição desde que foram instaurados processos contra eles no Conselho de Ética da sigla. No auge da crise interna do partido, esses parlamentares assinaram uma carta pedindo ao PSL a abertura das contas. Na sequência, eles foram acusados de terem atacado a própria sigla e foram notificados.

Os deputados chegaram a impedir na Justiça o processo no Conselho de Ética, mas o partido recorreu e ganhou. Os procedimentos podem resultar em simples advertência até a expulsão dos correligionários. "Ousamos pedir transparência - o que nos foi negado - e, a partir desse pleito justo, passamos a sofrer perseguições, constrangimentos, insultos e ameaças", afirmou o líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO).

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Como exemplo da suposta perseguição, Vitor Hugo citou o afastamento dos bolsonaristas de comissões temáticas da Casa pelo então líder do partido, deputado Delegado Waldir (PSL-GO). "O que nos impediu de, no exercício legítimo dos nossos mandatos, votar pautas caras aos cidadãos que representamos", disse.

Foi justamente uma tentativa de conter essas mudanças das funções dos parlamentares na Câmara que deu início à chamada "batalha das listas" que levou o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à liderança da bancada. Enquanto o grupo de deputados realizava uma coletiva para fazer a denuncia de perseguição, o PSL dava início aos processos no Conselho de Ética contra esses parlamentares. Eduardo é um dos alvos.

"Repudiamos a perseguição contra os deputados. Vamos nos defender e provar que agimos em consonância, não só com a Constituição, mas também com todos os valores que os brasileiros esperam", disse. Vitor Hugo, no entanto, não disse quais são as medidas que eles podem tomar contra o Conselho de Ética do partido.

Ainda segundo Vitor Hugo, esse grupo de deputados deve migrar para o partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar, o Aliança pelo Brasil.

"Vamos fazer isso a partir da criação da Aliança e de uma representação que vai ser feita à Justiça Eleitoral para possibilitar nossa saída, sem a perda do mandato", disse. Ele estima que cerca de 30 deputados do PSL devem mudar de legenda.

As desavenças entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, dividiram os aliados do governo no Congresso em dois grupos. De um lado, os "moristas" querem que o ministro enfrente a interferência de Bolsonaro e, se não conseguir carta-branca, entregue o posto. Do outro, "bolsonaristas" minimizam a tensão, defendem em público a manutenção de Moro e pegam carona na popularidade dele, mas não o consideram insubstituível.

"O que queremos é governabilidade. Se for preciso, e se houver algum tipo de ação que necessite blindar Moro no Parlamento, faremos isso. Ninguém é insubstituível, mas acredito que isso não passa pela cabeça do ministro", afirmou o deputado Marco Feliciano (Podemos-SP). "O presidente tem demonstrado o desejo de ter Moro a seu lado num projeto político de longo prazo. Agora, se chegar outro ministro com trabalho bom, em 60 dias se esquece do outro", disse o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

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Nos últimos dias, aumentaram no Congresso os rumores de que Moro estaria disposto a abrir mão do cargo, caso Bolsonaro continue a medir forças com ele, como tem feito ao exigir mudanças na Polícia Federal. Mesmo deputados e senadores que não veem esse movimento admitem um processo de "fritura" do titular da Justiça comandado pelo presidente.

A divisão entre "moristas" e bolsonaristas virou disputa por comissões do Congresso. No último dia 28, por exemplo, uma articulação de última hora pôs o senador Zequinha Marinho (PSC-PA) no comando da Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas, que agora vai focar nos debates relacionados às queimadas na Amazônia. Zequinha é ligado a Bolsonaro. Durante a instalação da comissão, ele defendeu a regularização fundiária na região atingida pelos incêndios. "Não se pense que lá (Amazônia) é apenas um santuário, não. A Amazônia tem mais de 20 milhões de habitantes", afirmou o senador.

Havia um acordo entre líderes de partidos para que o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), próximo a Moro, fosse o presidente da comissão. O Planalto não gostou da indicação e o acordo foi quebrado.

Para o grupo "morista", o ex-juiz da Lava Jato deve estabelecer condições para permanecer no cargo. Uma delas seria a autonomia para manter quadros técnicos na PF e o diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo. Em conversas recentes, Moro foi aconselhado por senadores a impor suas exigências a Bolsonaro, para não perder autoridade. "Você não pode se apequenar" e "Se perder o poder de indicação na Polícia Federal, você está morto", ouviu o ministro de parlamentares.

"Não vejo motivos para a substituição na PF. O trabalho vem sendo exemplar e está no início. Qualquer alteração não será pelos melhores motivos", afirmou o senador Alessandro Vieira, que foi diretor-geral da Polícia Civil em Sergipe, entre 2016 e 2017.

Cobrança

 

A ala próxima de Moro também cobra dele uma posição firme em relação às interferências do presidente na Receita Federal e no Coaf. Há, entre os "moristas", os que pedem ao ministro para tirar dividendos da crise e pedir demissão "ao vivo", durante entrevista. Na avaliação desse núcleo, que votou em Bolsonaro, mas se diz decepcionado com ele, o presidente deixou de priorizar o combate à corrupção e as ações de segurança pública - suas principais bandeiras de campanha - ao escantear Moro.

O secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Gustavo Torres, cotado para substituir Valeixo, virou alvo. "É um absurdo essa fritura em cima do Moro. Está na cara que o presidente acabou não priorizando a segurança pública", disse o senador Marcio Bittar (MDB-AC).

O senador Major Olimpio (PSL-SP) admitiu ser necessária a conciliação entre os grupos, e observou que Moro precisa receber apoio. "Sérgio Moro deve ser tratado com toda distinção pela capacidade e credibilidade que ele tem para o mundo e os brasileiros porque ele só soma ao governo", afirmou o líder do PSL no Senado.

Moro tem se esforçado para se aproximar de parlamentares. Recentemente, participou de jantares na casa de senadores, como Marcos Do Val (Podemos-ES) e Lucas Barreto (PSD-AP). Para aliados, uma das maneiras de evitar maior desgaste é barrar requerimentos para o ministro comparecer ao Congresso. Na semana passada, houve pedido para Moro explicar os cortes no orçamento da Justiça. Protocolado na Comissão de Segurança Pública, presidida pelo deputado aliado Capitão Augusto (PL-SP), o requerimento não deve ser pautado.

Relator do pacote anticrime de Moro na Câmara, Capitão Augusto disse que o ministro tem um projeto para o País "muito maior que seu orgulho". "A oposição torce para que ele saia, mas não há nenhuma chance de isso acontecer", afirmou. Para ele, a saída de Moro formaria um "vácuo muito grande" no governo porque o ex-juiz é "o ministro mais importante para a sustentação de Bolsonaro". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Às 12h30 desta sexta-feira, 2, completaram-se 12 horas de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) no Twitter, a maior parte acompanhada da #STFVergonhaNacional. A campanha, levada adiante por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro e por deputados de seu partido, o PSL, é uma resposta às derrotas que a Corte impôs nesta quinta-feira ao governo, na volta do recesso.

"O STF mal voltou do recesso, e já tem #STFVergonhaNacional nos trending topics. Que orgulho da nossa Suprema Corte, não é mesmo?", tuitou a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), a mais dedicada de sua bancada em criticar a Corte.

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As críticas dos governistas focam principalmente na decisão do ministro Alexandre de Morais, que suspendeu investigações feitas pela Receita Federal que envolviam um grupo de pessoas nas quais estavam o ministros do STF e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), além das esposas de Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

Também é alvo de críticas a decisão do Supremo que impediu que a Polícia Federal pudesse destruir mensagens recolhidas com os hackers que atacaram telefones de autoridades, como pretendia o ministro da Justiça, Sergio Moro.

Deputada estadual mais votada do País, Janaina Paschoal (PSL-SP) divulgou um abaixo assinado que pede o impeachment do presidente do STF, Dias Toffoli, que estaria, na visão da parlamentar, usando de seu poder para inviabilizar investigações contra si próprio, o que configuraria crime de responsabilidade. "O Supremo Tribunal Federal é importantíssimo, por isso precisamos cuidar para que seus membros não exorbitem no exercício do poder", escreveu Janaina.

Na quinta-feira, dia 1º, o STF também determinou que demarcações de terras indígenas são atribuição da Fundação Nacional do Índio (Funai), e não do Ministério da Agricultura, como queria Bolsonaro. Além disso, o ministro Luís Roberto Barroso deu ao presidente da República um prazo de 15 dias para que ele conte o que sabe sobre o sequestro e o assassinato de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Organização dos Advogados do Brasil (OAB).

Um dos principais organizadores das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2015, o Movimento Brasil Livre (MBL) foi hostilizado por ativistas neste domingo (30), por não incluir o apoio ao presidente Jair Bolsonaro entre suas bandeiras.

Durante a manifestação em defesa de Sergio Moro, da Lava Jato e da reforma da Previdência realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, cerca de 20 integrantes do grupo 'DireitaSP' foram até o caminhão do MBL em frente ao MASP para puxar palavras de ordem contra o grupo.

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Houve um princípio de tumulto e a Polícia Militar teve que agir para evitar uma briga generalizada. Horas depois, o MBL publicou em suas redes sociais um "agradecimento" para a PM por ter agido na ocasião.

O MBL e o Vem Pra Rua, os dois maiores grupos anti-Dilma em 2015, optaram por excluir a defesa do presidente Jair Bolsonaro de suas agendas. "Seguranças do MBL atacaram nossos integrantes. Eles foram lá cobrar o comportamento de não dizerem que apoiam o Bolsonaro. O MBL é oportunista", disse Edson Salomão, presidente do DireitaSP.

"Nós temos fotos e vídeos que já identificaram os agressores. Os vídeos mostram que eles foram lá e começaram a agressão", responde Renato Battista, coordenador nacional do MBL.

Segundo ele, o escritor Olavo de Carvalho teria dito na quarta-feira (26) que os manifestantes deveriam agredir o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), do MBL, nas manifestações. "A gente não puxa o saco do Bolsonaro", finalizou o dirigente do MBL.

Rio

Integrantes do MBL não foram bem recebidos por um grupo minoritário que também se manifestava em ato pró-Moro no final da manhã deste domingo, em Copacabana, no Rio. Um deles foi agredido por um manifestante que estampava as palavras "Direita Rio de Janeiro" em sua camiseta. O grupo segurava a faixa "MBL Vocês não nos representam… MuKIMrana".

O MBL passou a ser alvo de grupos pró-Bolsonaro especialmente após não apoiar o ato com lemas contra o STF e o "Centrão pelo País" do dia 26 de maio.

De acordo com o coordenador do movimento no Rio, Renato Borges, um boletim de ocorrência deve ser feito ainda nesta tarde. "O MBL colocou o seu caminhão de som na Avenida Atlântida para manifestar em defesa da Lava Jato. Uma minoria organizada veio nos hostilizar, proferiu ofensas, partiu para a agressão física e a Polícia Militar logo veio e retirou o agressor", relata o jovem.

A deputada estadual por São Paulo, Janaína Paschoal (PSL), tem feito alertas e críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seus aliados. Nesta quarta-feira (22), ela usou as redes sociais para para se referir a quem chamou de ‘bolsonarista’ e observar a necessidade deles agirem com inteligência e deixarem de fazer ameaças contra ela, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), ao cantor Lobão e ao vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão.

Para exemplificar seu apelo, Janaina citou que leu sobre uma reunião de pessoas de vários partidos em que se começou o discurso de que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria política e um líder de um partido de oposição ao petista disse que se retiraria do local, mas antes que o clima ficasse acirrado um deputado estadual do PT, que ela não denomina, arrefeceu a conversa e convocou os colegas a conversarem apenas sobre temas que eles - oposição e governo - tinham convergentes.

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“Esse deputado é um dos nomes históricos do Partido dos Trabalhadores. Pergunto: Ele é inteligente, ou ele é burro? Acredito que a resposta seja óbvia. Ele é inteligente e perspicaz. Ele percebeu que se não tomasse as rédeas da situação, a reunião se perderia. Ele captou o que unia (une) todas aquelas pessoas e conseguiu restituir a parceria”, explicou Janaina.

“Imagino que já tenha uma horda bradando: ‘traidora, está elogiando petista!’, ‘comunista’. Não, eu não estou elogiando petista, eu estou tentando mostrar o que é ser inteligente. Eu estou tentando mostrar por qual razão eles ficaram tantos anos no poder e, ao que tudo indica, vão voltar”, acrescentou.

A deputada paulista seguiu dizendo que muitos articulistas em favor do presidente Jair Bolsonaro estão hoje sendo perseguidos por “exigirem a mudança prometida” pelo presidente, mas enquanto eles estavam “colocando nossas carreiras (e vidas) em risco, a maior parte dos bolsonaristas estava fazendo sinal de arminha, arrumando confusão e tirando ‘selfie’”.

“Não estou falando isso para humilhar ninguém, pois não é do meu feitio. Estou falando isso por ser justa. Estou recebendo vídeos de pessoas absolutamente desconhecidas detonando o Kim. Estou recebendo mensagens insanas dando ordens para pegar os outros na rua. Palhaçada! Não tem outro nome para isso”, argumentou.

“Enquanto o deputado estadual do PT, inteligentemente, está reunindo a turma do lado de lá, para retomar o poder; eu estou falando para as paredes. Entendem? Ninguém vai conseguir aprovar reforma chamando todo mundo de ladrão, de traidor, de comunista, de vendido e coisa pior. Ninguém vai conseguir aliados, colocando um alvo na testa de quem trabalhou duro para que esse pessoal chegasse ao poder”, emendou Janaina Paschoal.

A parlamentar ainda chamou de “injustiça” e “ignorância” o fato de muitos estarem taxando ela, Kim Kataguiri, Lobão e Mourão de “comunistas”. “Quando os bolsonaristas estavam no bem bom, eu desafiava o petismo na USP e General Mourão enfrentava a subserviência das instituições aos crimes do petismo. Se os bolsonaristas lessem, se estudassem, se se preocupassem em entender como os outros (inclusive os oposicionistas) pensam, eu não precisaria estar escrevendo o óbvio”, cravou, pontuando que insiste no discurso porque acredita que há como recuperar o tempo perdido.

Por fim, Janaina também disse que eles vão reconstruir o país, mas será mais fácil se os bolsonaristas estiverem com eles. “Parem de atacar os verdadeiros responsáveis pela mudança de paradigmas! Nós elegemos um presidente, pelas regras do Estado Democrático de Direito e queremos que esse presidente governe (com sucesso) pelas mesmas regras. Trabalhamos e estamos trabalhando muito por isso. Temos o direito de exigir o que nos foi prometido”, finalizou.

A bancada do partido de Jair Bolsonaro no Congresso terá mais empresários, militares e jovens do que a média das outras legendas. Será composta por políticos com idade, patrimônio e origem geográfica peculiares. E sua representatividade em termos de raça e gênero será quase tão desigual quanto a do restante do futuro Parlamento. Para descobrir essas e outras especificidades do grupo, o Estado comparou os eleitos pela sigla aos de outros partidos.

Entre os 52 deputados e 4 senadores do PSL, 83% são homens e 72%, brancos. Os demais grupos políticos somados terão 85% de homens e 75% de brancos. Ou seja, os bolsonaristas têm presença levemente maior de negros e de mulheres, se comparados às outras legendas somadas.

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Especialistas acreditam que a composição da bancada do PSL não tem necessariamente relação com as propostas de seus eleitos (mais informações nesta página). A jornalista Joice Hasselmann, deputada federal mais votada nas eleições, com 1 milhão de votos, por exemplo, não pretende encampar nenhuma pauta feminista. "Mostrei que é possível vencer sem ter cota, sem ser filha de político, sem ser mulher de nenhum político, sem estar na rabeira de nenhum outro político."

Segundo ela, seu projeto "é de nação e não de gênero". Joice prefere priorizar o combate à corrupção e cortar benefícios nos Três Poderes. "Não tem como ter um monte de auxílio e assessores remunerados que muitas vezes não estão lá."

Até setembro, a bancada do PSL tinha oito membros na Câmara e nenhum no Senado. Considerada um partido nanico até a divulgação do resultado eleitoral, a sigla tornou-se a segunda maior bancada da Câmara - e pode ainda alcançar o primeiro lugar, com a adesão de parlamentares de legendas que serão obrigadas a se fundir por não terem atingido o mínimo de representação.

No quesito de renovação, a composição da bancada do partido de Bolsonaro é majoritariamente nova - na Câmara (90%) e no Senado (75%). Nos demais partidos, a taxa nas duas Casas fica entre 40% e 42%

Boa parte dos eleitos pela legenda para a Câmara (25%) pegou carona não só popularidade do capitão reformado do Exército, mas em seu histórico militar. Não faltam nomes de urna com os títulos de "major", "delegado", "coronel" e até "general".

A preocupação com o combate ao crime levou o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Junio Amaral a iniciar a militância política em grupos de direita. "O País foi jogado muito à esquerda, nos últimos 30 anos, principalmente. É a hora de, no mínimo, equilibrar esse cenário ideológico. Com certeza, há uma guinada à direita, um levante à direita na sociedade", diz o deputado federal eleito. Cabo Junio defende o endurecimento das leis e menos benefícios para condenados. "Isso cria um sentimento de leniência e permissividade que faz o crime compensar em nosso País", sustenta.

Uma segunda característica do Cabo Junio marca a bancada do PSL como um todo. Ela é mais jovem do que a média. Enquanto as outras siglas têm a maioria dos parlamentares acima dos 50 anos, o partido de Bolsonaro concentra políticos abaixo dos 40. O policial militar eleito por Minas tem 31 anos.

A bancada do grupo de Bolsonaro é também menos rica que o restante do Congresso eleito. O parlamentar mediano do PSL declarou bens que somam R$ 700 mil. Nos demais partidos, esse valor é de R$ 1 milhão. No partido de Bolsonaro, 43% se enquadram entre os que declararam patrimônio avaliado em mais de R$ 1 milhão. Em outros partidos, essa proporção chega a 50%.

Profissões. Apesar de ter grande número de militares entre seus quadros, a sigla não apresenta esse grupo como a atividade mais comum. Empresários compõem o maior bloco (são 23% no PSL, ante 11% nos demais partidos). Soraya Thronicke, nova senadora do PSL pelo Mato Grosso do Sul, com 373 mil votos, despertou para a militância política nos protestos de rua iniciados em 2013, que culminariam nos atos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A decisão foi tomada, disse Soraya, após ela perceber que os políticos corruptos não se abalam por protestos. Negando que o candidato do PSL à Presidência seja machista, Soraya disse que quer incentivar a participação das mulheres na economia. "Nós sempre fomos empreendedores. Então, a gente sente na pele essa demonização dos empresários e uma vitimização dos funcionários. Queremos apenas uma economia liberal que seja ‘ganha-ganha’ para todo mundo." Sócia do marido em dois motéis, em Campo Grande e em Brasília, ela pretende trabalhar pelo Estado mínimo e pela abertura da economia.

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