Tópicos | bombardeio russo

Vários acontecimentos no mundo viraram notícia em 2023. O LeiJá separou alguns para que você possa relembrar o que foi destaque por aqui. Confira:

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Trusted Sources Information War Ukraine Telegram/Flickr

1 - Bombardeio russo no leste ucraniano deixa centenas de mortos

Área residencial de cidade da Ucrânia foi alvo de massivos bombardeios da Rússia

No dia 14 de janeiro, próximo de marcar um ano do intenso conflito entre Rússia e Ucrânia, o exército do presidente Vladimir Putin realizou um bombardeio em uma área residencial na cidade ucraniana de Dnipro. No total, 72 apartamentos foram destruídos, e outras 230 residências foram danificadas, resultando na morte de mais de 40 pessoas, incluindo três crianças, segundo os serviços de emergência do país do leste europeu.

 

2 - Índia ultrapassa China e se torna a nação mais populosa do planeta

Segundo a ONU, a Índia contabiliza 1,428 bilhão de habitantes

Em abril, uma projeção da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que a Índia ultrapassou a China em tamanho de população, se tornando a nação mais populosa do planeta. O país localizado no sul do continente asiático, conhecido por ser berço de quatro religiões e por ser a sétima maior economia mundial, contabiliza 1,428 bilhão de habitantes.

 

3 - OMS decreta fim de emergência global causada pela Covid-19

Após mais de três anos, a OMS declarou que a Covid-19 não configurava mais emergência de saúde global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, no dia 5 de maio, que a Covid-19 não era mais uma emergência de saúde global. Com isso, o coronavírus deixava de representar, oficialmente, uma ameaça para o planeta. No entanto, a entidade recomendou que os governos e as sociedades criassem estratégias para conviverem com a doença.

 

4 - Em cerimônia histórica, Rei Charles III é coroado

O rei Charles III ocupou o comando do reinado deixado pela sua mãe, a rainha Elizabeth II

Aos 74 anos, o rei Charles III do Reino Unido foi coroado, no dia 6 de maio, com a coroa de St. Edward, na Abadia de Westminster, em Londres. Em meio a uma economia britânica pressionada pela inflação e com a família real envolvida em uma série de polêmicas, a cerimônia ocorreu quase oito meses após a morte da sua mãe, a rainha Elizabeth II.

 

5 - Submarino usado para visitação ao Titanic desaparece e destroços são encontrados dias depois

Cinco turistas morreram no acidente

Em junho, um submarino da empresa OceanGate, que partiu da superfície com o objetivo de fazer uma visitação aos destroços do Titanic, desapareceu nas águas do Oceano Atlântico. A viagem que custou US$ 250 mil, equivalente a 1,19 milhão por passageiro, levava cinco turistas a bordo. Após cinco dias de uma longa busca para localizar as vítimas, a Guarda Costeira dos Estados Unidos conseguiu encontrar os destroços do submarino. A suspeita é de que o submersível tenha implodido, provocando a morte instantânea dos passageiros.

 

6/ - Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, é assassinado na saída de comício

O político foi morto a 11 dias das eleições gerais

No dia 9 de agosto, Fernando Villavicencio, candidato a presidente do Equador, foi assassinado com três tiros na cabeça depois de sair de um comício em uma escola na cidade de Quito, capital do país sul-americano. O político, que havia desafiado publicamente o narcotráfico durante um discurso em palanque, foi morto a 11 dias das eleições gerais. O atentado assustou outros candidatos à presidência do Equador e refletiu a força do crime organizado na região.

 

7 - Ciclone Daniel atinge a Líbia e deixa mais de 5 mil mortos

Antes de provocar mortes na Líbia, o ciclone fez destruições na Grécia, na Turquia e na Bulgária

Em setembro, ao menos 5,3 mil pessoas morreram e 10 mil ficaram desaparecidas, segundo a Cruz Vermelha, após o rompimento de duas barragens no nordeste da Líbia. A tragédia ocorreu devido às fortes chuvas provocadas pelo ciclone Daniel. A tempestade causou mais de 400 mm de chuva para a região atingida em um período de apenas 24 horas. 

 

8 - Hamas invade cidades de Israel ocasionando conflito no Oriente Médio

Até o momento, mais de 20.000 pessoas morreram, segundo a emissora Al Jazeera

No dia 7 de outubro, combatentes do grupo palestino extremista Hamas invadiram cidades de Israel. Provocando centenas de mortes e diversos sequestros, os terroristas fizeram bombardeios e invasões a residências, como uma forma de se rebelar contra o governo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense. Desde os primeiros dias dos atentados, Israel vem fazendo uma série de ataques contra a Faixa de Gaza, onde fica a sede do Hamas. O conflito tem origem na disputa por territórios da região. Até o momento, mais de 20.000 pessoas morreram, segundo a emissora Al Jazeera.

 

9 - Ultradireitista Javier Milei vence peronismo e é eleito novo presidente da Argentina

Javier Milei venceu o peronista Sergio Massa por 55,65% a 44,35%

No dia 19 de novembro, os argentinos elegeram o fundador do La Libertad Avanza (LLA), Javier Milei, como o novo presidente do país. Autodenominado anarcocapitalista, o político venceu o candidato Sérgio Massa, ex-ministro da Economia da gestão do peronista Alberto Ángel Fernández. A vitória veio em um momento no qual a Argentina enfrenta uma forte crise econômica, devido à desvalorização do peso e à alta inflação.

 

10 - Rússia proíbe movimento LGBT+ no país e o classifica como 'extremista'

Sem escutar ativistas LGBT+, o Supremo Tribunal da Federação Russa proibiu o movimento no país

Após uma audiência de quatro horas de duração, que contou apenas com membros do Ministério da Justiça, o Supremo Tribunal da Federação Russa definiu, no dia 30 de novembro, que o "movimento LGBT internacional" passa a ser classificado como uma "organização extremista" e passa ser proibido no país. Sendo assim, ativistas LGBT+ no país, que já enfrentam uma série de restrições, correm o risco de serem presos sob a acusação de participarem de atividades de organização extremista.

 

Fontes das imagens:

1-Trusted Sources Information War Ukraine Telegram/Flickr2- Craig Bellamy/Flickr3- Pan American Health Organization PAHO/Flickr4- Joseph Hollick/Flickr5- Divulgação/OceanGate6- Divulgação/Campanha Villavicencio7- Abu Bakr AL-SOUSSI / AFP8- asamaj/Flickr9- Muhammad Sajjad Munir/Flickr10- mariana werneck/Flickr

Pelo menos 21 pessoas morreram em Dnipro, segundo um novo balanço divulgado neste domingo (15) pelas autoridades ucranianas, um dia depois de um míssil russo ter caído sobre um prédio desta cidade do leste da Ucrânia.

Segundo as autoridades, mais de 40 pessoas ainda estão desaparecidas após o ataque, que aconteceu em meio às comemorações do Ano Novo ortodoxo.

Pelo menos 21 pessoas morreram e outras 73 ficaram feridas no bombardeio do prédio, disse Mykola Lukashuk, chefe do conselho regional. Uma menina de 15 anos estava entre os mortos, segundo as autoridades.

"As operações de resgate continuam. Não se sabe o paradeiro de mais de 40 pessoas", disse o chefe da administração militar da região de Dnipropetrovsk, Valentyn Reznichenko.

Uma mulher foi resgatada depois de passar horas nos escombros, disseram as autoridades na manhã deste domingo.

Um vídeo postado pelos serviços de emergência ucranianos no Facebook e no Telegram mostrou equipes de resgate trabalhando à noite entre os escombros do prédio.

O saldo anterior era de 14 mortos e 64 feridos.

De acordo com a Presidência ucraniana, entre 100 e 200 pessoas ficaram desabrigadas após este ataque e cerca de 1.700 moradores de Dnipro ficaram sem eletricidade ou calefação.

No sul, em Kryvyi Rig, uma pessoa morreu e outra ficou ferida após o bombardeio contra prédios residenciais, segundo um balanço oficial.

No total, "o inimigo realizou três ataques aéreos e cerca de cinquenta disparos de mísseis no dia" de sábado, especificou o Estado-Maior do Exército ucraniano. "Os ocupantes lançaram 50 ataques com vários lançadores de mísseis", acrescentou.

- Tanques do Reino Unido -

Depois destes novos bombardeios contra instalações energéticas, grande parte das regiões do país registaram cortes de energia.

"É possível parar o terror russo? Sim, é possível. Isso pode ser feito de outra forma que não seja no campo de batalha na Ucrânia? Infelizmente, não", disse o presidente ucraniano Volodimir Zelensky.

"O mundo deve acabar com esse mal", insistiu o presidente, reiterando seu pedido aos países ocidentais para que forneçam mais armas.

O Reino Unido prometeu no sábado fornecer "nas próximas semanas" 14 tanques Challenger 2 para a Ucrânia.

Esta entrega reflete "o compromisso do Reino Unido em intensificar seu apoio à Ucrânia", disse o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, ao líder ucraniano em uma conversa por telefone.

O Reino Unido se tornou o primeiro país a enviar esse tipo de tanque para a Ucrânia. Zelensky saudou a decisão de Londres, que "não apenas nos fortalecerá no campo de batalha, mas também enviará o sinal certo para outros parceiros".

A diplomacia russa reagiu ao anúncio garantindo que a decisão apenas “intensificará” o conflito, “gerando mais vítimas, inclusive entre a população civil”.

Os aliados de Kiev já entregaram quase 300 tanques soviéticos modernizados, mas nunca tanques pesados de fabricação ocidental.

- "Disciplina rígida" -

Na linha de frente, a cidade de Soledar, no leste da Ucrânia, permanece "sob controle ucraniano", disse o governador da região de Donetsk, Pavlo Kirilenko, no sábado.

Soledar, a cerca de 15 quilômetros de Bakhmut, é uma das áreas "mais quentes" do conflito, disse ele na televisão.

De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos Estados Unidos, "é altamente improvável que as forças ucranianas consigam manter posições na mesma cidade de Soledar".

No meio da semana, o grupo paramilitar russo Wagner reivindicou o controle da cidade.

Quando o Ministério da Defesa russo alegou ter capturado Soledar alguns dias depois, não mencionou Wagner. Mais tarde, porém, o ministério divulgou um comunicado destacando a "coragem" das forças do grupo.

O chefe do grupo paramilitar, Yevgeny Prigozhin, elogiou suas tropas, muitas vezes apresentadas como rivais das forças regulares do Exército russo.

"O mais importante é o sistema de comando, que foi aperfeiçoado de maneira ideal. O grupo Wagner ouve todo mundo, todo mundo pode dar sua opinião", disse ele em um vídeo divulgado na noite de sábado.

Mas "uma vez que a decisão foi tomada, todas as missões foram executadas, ninguém pode voltar atrás", disse ele na gravação, ao lado do comandante de Wagner na batalha de Soledar.

"É a disciplina mais rígida que nos dá essa possibilidade", acrescentou.

A tomada de Soledar significaria uma importante vitória militar simbólica para Moscou, após os reveses sofridos por suas tropas desde setembro.

Ao menos cinco pessoas morreram e 20 ficaram feridas em um bombardeio neste sábado (24) no centro de Kherson, cidade do sul da Ucrânia, o que o presidente Volodimir Zelensky chamou de ato de "terror" russo para "intimidar" os ucranianos.

"Durante a manhã de sábado, véspera de Natal, no centro da cidade. Não são instalações militares. Não é uma guerra com regras definidas. É terror, é matar para intimidar e (ter) prazer", criticou o presidente ucraniano nas redes sociais.

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O chefe adjunto do gabinete da presidência, Kirilo Timoshenko, anunciou o balanço de cinco mortos e 20 feridos no ataque.

"O mundo deve observar e compreender contra o mal absoluto que estamos lutando", afirmou Zelensky, que mais uma vez chamou o exército russo de "terrorista".

"Esta é a verdadeira vida da Ucrânia e dos ucranianos há 10 meses", acrescentou o presidente ucraniano, em uma mensagem acompanhada por fotografias que mostram a dimensão dos danos.

Correspondentes da AFP na cidade ouviram os bombardeios que atingiram o mercado central e ruas próximas. Também observaram ao menos um corpo de vítima fatal dentro de um veículo.

Nas proximidades do mercado, um homem estava gravemente ferido na cabeça e seu carro foi destruído pela explosão. Outras pessoas feridas estavam ao seu redor.

O mercado estava em chamas. O locam, muito movimentado na manhã de sábado, fica no centro de Kherson, cidade que o exército ucraniano recuperou em novembro, durante uma contraofensiva, após oito meses de ocupação russa.

A cidade foi alvo de vários bombardeios russos nas últimas semanas, em particular contra as instalações de energia.

No início da tarde ainda era possível ouvir os bombardeios na cidade.

Kherson, a grande cidade do sul da Ucrânia recentemente recuperada por Kiev, foi bombardeada novamente nesta quinta-feira (15) pelas forças russas, num ataque que matou duas pessoas e deixou a cidade sem energia no auge do inverno.

"O inimigo voltou a atacar o centro da cidade, a 100 metros da administração regional" bombardeada no dia anterior, afirmou o chefe adjunto da administração presidencial ucraniana, Kyrylo Tymoshenko, no Telegram.

O bombardeio deixou "dois mortos", acrescentou.

Pouco depois, o governador regional, Yaroslav Yanushevych, informou que os ataques deixaram a cidade "totalmente sem energia elétrica".

A Rússia lança mísseis e drones contra infraestruturas de energia de Kherson e de outras cidades ucranianas desde outubro.

Milhões de ucranianos agora têm apenas algumas horas de eletricidade por dia, com cortes de água e aquecimento, em meio a temperaturas congelantes.

Libertada pelo exército ucraniano há um mês, a cidade de Kherson tem sido alvo de bombardeios russos quase diários desde então.

- "A situação vai continuar" -

"Temos feridos praticamente todos os dias e mortes praticamente todos os dias. E esta situação vai continuar", afirmou uma autoridade regional, Yuri Sobolevsky, citado nesta quinta-feira pela televisão pública Suspilné.

No dia anterior, um ataque que atingiu a administração regional causou seis feridos, segundo a Promotoria regional.

Na região de Kherson, três civis morreram e 13 ficaram feridos na quarta-feira, informou Tymoshenko no Telegram.

Entre as vítimas está um menino de oito anos que não resistiu aos ferimentos, acrescentou um porta-voz militar da região.

Diante de ataques quase constantes e das difíceis condições de vida em Kherson, as autoridades pedem aos moradores que se retirem da cidade para áreas mais seguras, disse Sobolevsky.

Centenas de pessoas saem da cidade todos os dias, segundo este funcionário.

No total, cerca de 11.000 moradores deixaram Kherson desde o anúncio das evacuações voluntárias pelas autoridades ucranianas, estimou a vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk.

"Infelizmente, os bombardeios permanentes impedem que a capital regional recupere totalmente sua vida normal", disse ela. "Veja o que a Rússia está fazendo com Kherson hoje", acrescentou.

Logo após o início da invasão russa em fevereiro, as forças de Moscou ocuparam a cidade - que até então tinha uma população de cerca de 300 mil habitantes - e praticamente toda a região.

Quando o exército ucraniano tomou a cidade das forças russas, essas tiveram que se retirar para a outra margem do rio Dnieper.

Antes de sua retirada, porém, os russos destruíram a infraestrutura dos serviços públicos básicos, segundo as autoridades locais.

No leste da Ucrânia, a situação no front permanece tensa.

Na região de Donetsk, "as direções de Bakhmut e Avdivka continuam sendo o epicentro dos combates", disse o vice-ministro da Defesa ucraniano, Ganna Maliar, nesta quinta-feira.

- Bombardeio "massivo" em Donetsk -

As autoridades separatistas pró-Rússia relataram nesta quinta-feira um bombardeio ucraniano em Donetsk, "o mais massivo desde 2014", ano em que a cidade ficou sob o controle desses rebeldes apoiados por Moscou.

Pelo menos um civil morreu e nove outros ficaram feridos, afirmou Alexei Kulemzin, chefe do governo russo de Donetsk.

No plano internacional, a ONU anunciou ter registrado centenas de execuções sumárias de civis durante os primeiros meses da invasão russa, o que aponta para possíveis "crimes de guerra".

Uma comissão de investigação da ONU registrou 441 execuções sumárias e mortes em três regiões da Ucrânia - Kiev, Chernihiv e Sumi - durante sua ocupação entre o final de fevereiro e o início de abril, informou o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.

"Os números reais provavelmente são consideravelmente maiores", acrescentou.

O Parlamento Europeu reconheceu nesta quinta-feira que a fome stalinista que matou milhões na Ucrânia na década de 1930 foi um "genocídio". Moscou rejeita que essa tragédia seja descrita dessa maneira.

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