A Polícia isolou um bairro no centro de Bruxelas após encontrar em um veículo, conduzido por um homem "radicalizado", botijões de gás, indicou a Procuradoria e um responsável local, em um momento que a Bélgica recorda os atentados de 22 de março de 2016.
Pouco antes das 20H00 locais (18H00 de Brasília), as forças de segurança retiraram o perímetro de segurança nesta zona situada próxima à estação de trem de Midi, descartando o risco de uma explosão, constatou a AFP.
"O serviço antibomba do Exército constatou que se tratava de um botijão cheio de gás e de outro vazio. Não foi achado nenhum mecanismo de detonação no veículo, nem outros explosivos", indicou a Procuradoria de Bruxelas em um comunicado.
O caso ocorreu às 16H00 locais (12H00 de Brasília), quando a Polícia parou o veículo - um furgão branco - depois que ultrapassou um sinal vermelho, indicou à AFP uma porta-voz da Polícia.
Durante a verificação, os agentes "constataram que havia dois botijões de gás no veículo" e chamaram os técnicos em explosivos, afirmou o Ministério Público, que anunciou a abertura de uma investigação para determinar o uso dos botijões e o eventual condutor móvel.
O motorista, que estava fichado pela Polícia, "foi detido e será interrogado", acrescentou esta fonte sem determinar a identidade do homem, ao considerar "precoce" dizer se tinha um "objetivo criminoso".
O prefeito do distrito de Saint-Gilles, local do ocorrido, afirmou que o detido estava "assinalado como radicalizado".
"Quando se soma a um crime de fuga alguém assinalado como potencialmente perigoso, além de dois botijões de gás na mala do veículo e o fato de ele ter se recusado a abrir a mala, a situação exige que sejamos prudentes", indicou Charles Picqué à AFP.
Por motivos de segurança, os agentes haviam isolado o local ao redor do veículo, impedindo moradores de voltarem para casa e suspendendo as operações do metrô na estação Porte de Hal.
A Bélgica se encontra em um nível de alerta terrorista 3 em uma escala de 4, desde os atentados extremistas em Paris em 13 de novembro (130 mortos), e na capital belga (32 mortos). Ambos foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI).