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Atendendo a pedidos, o prefeito do Recife João Campos (PSB) anunciou, nesta sexta-feira (2), a "escalação" dos artistas que vão se apresentar no show Recife Capital do Brega, que será no dia 10 de fevereiro no Marco Zero, área central da cidade. Através de um vídeo divulgado nas redes sociais, Campos revelou os nomes que subirão no palco principal do Carnaval.

Na lista estão:

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- MC Cego;

- MC Elvis;

- MC Tocha;

- Taynara Andreza;

- Conde Só Brega;

- Michelle Melo;

- Francyne,

- Banda Kitara;

- Os Neiffs.

Confira o anúncio: 

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O fim de semana será de agito e muita música no Clube das Pás. Localizado no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife, o espaço vai receber ícones pernambucanos para O Grande Encontro do Brega. A programação reunirá Conde Só Brega, Banda Labaredas, Banda Metade e Dayane Henrique. O evento será realizado no domingo (15), a partir das 13h.

Além das atrações, o público também vai cair na dança ao som da Orquestra das Pás. Os ingressos para a festa custam R$ 30 (meia-entrada para todos - até às 21h), e podem ser adquiridos na bilheteria da casa. O Clube das Pás fica na Rua Odorico Mendes, nº 263. Mais informações pelo telefone (81) 3223-2390.

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Não se sabe exatamente como o reggae chegou ao Brasil. Entre as explicações conhecidas, estão o costume de moradores da região Norte de sintonizar rádios caribenhas que tocavam o estilo; a chegada de marinheiros estrangeiros ao porto de São Luís do Maranhão com discos do gênero que eram trocados com locais; e até mesmo a vinda do cantor Jimmy Cliff ao país em 1969, quando se apresentou no Festival Internacional da Canção. Fato é que a música criada na Jamaica ganhou milhares de adeptos por essas bandas a ponto de ganhar um dia oficial no calendário nacional, instituído por lei: 11 de maio, Dia Nacional do Reggae. 

Já em Pernambuco, o reggae acabou ganhando, recentemente, contornos e sotaques bastante específicos que remetem diretamente a um outro estilo musical de origem recifense, periférica e, por que não dizer, raiz, assim como o ritmo jamaicano: o brega. A banda Breggae, formada pelos músicos Magojulho (voz e baixo), Saw Lima (bateria), Lucas Reis (guitarra), Ed Wav (teclado), Daniel Paulino (trompete) e Rafael Martins (sax) - do Recife e Olinda -, encontrou semelhanças entre os dois gêneros e vem fazendo uma mistura rítmica com o objetivo de valorizar essas culturas além de botar o público para se divertir dançando agarradinho. 

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A Breggae nasceu em 2022 inspirada em uma música em especíal, ‘Agora Vá’, da banda Paixão Brasileira, que despertava em Magojulho a curiosidade de ouvi-la em uma versão reggae.  Ele próprio, acompanhado por amigos, resolveu criar a releitura para matar a curiosidade e acabou com outras cinco versões em seu repertório.

Além da inspiração nessa canção e em artistas importantes de ambos os estilos - como Reginaldo Rossi, Conde Só Brega, Michelle Melo, Banda Sentimentos; e do reggae brasileiro, como Edson Gomes e Mato Seco, entre outras -, o apelo social dos dois e sua forte inserção na cultura do povo brasileiro foi o que suscitou o surgimento da banda. “Minha família é evangélica e aí, a gente não ouvia muita música em casa, então, essa vivência da rua que trouxe pra mim essa bagagem, tanto do brega quanto do reggae. Eu nunca dei um play no brega em casa, mas eu sei cantar todas, é um efeito de pessoas que cresceram no subúrbio do Recife, a gente tem essa cultura, a gente conhece as músicas (porque) elas tocam na rua, na casa dos vizinhos, em todos os lugares, e a gente vai aprendendo e absorvendo com elas”, diz Magojulho em entrevista exclusiva ao LeiaJá. 

Outra grande referência do grupo é a cena reggae do Norte e Nordeste do país, onde se há a tradição de dançar o ritmo em dupla, como se faz no Maranhão. “Essa é uma grande referência do que a gente queria. A gente queria fazer música pra galera dançar coladinho, bem como um reggae mais instigado, baseado no tecnobrega, pra galera instigar. A gente tem essas visões sobre como a gente é influenciado, tanto por artistas fenomenais da música brasileira de reggae e de brega, como por cenas e movimentos de reggae pelo país”, explica o vocalista.

No repertório da Breggae, estão de clássicos do brega a alguns hits mais recentes, como ‘Garota de Programa’ (Brega.com), ‘Me Libera’ (Deja Vu), ‘Um Dia Vai me Procurar’ (Banda Espartilho), e ‘Sem Você Tá Fo**’ (Raphaella Santos e Roginho), entre outras. A banda também já lançou um clipe com a participação especial de uma das vozes mais potentes do brega funk, Rayssa Dias, que além de gravar a música ‘Como a Culpa é Minha' (Banda Torpedo) com o grupo, também atuou no vídeo. 

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No clipe, atuam Magojulho, Rayssa Dias e Cora Fagundes com produção da Subverso Lab em parceria com a MTS Films e Cabra Quente Films. 

Por sinal, a recepção da banda que mistura estilos  tem sido bastante feliz no movimento que é um dos mais importantes e expressivos da cultura recifense. Eles foram banda base e apresentaram uma de suas canções na última edição do ‘Brega Awards’, premiação que reconhece os artistas do meio. “O movimento brega é bastante acolhedor. A gente acabou conhecendo algumas pessoas do brega e essas pessoas recebem a gente muito bem. A gente tinha esse receio, pelo fato de fazer as misturas que  a gente faz, mas a gente sempre teve o intuito de fazer isso como se fosse uma saudação, como se fosse uma homenagem dentro de uma linguagem nossa e acho que tá sendo visto dessa forma”, diz Magojulho. 

No entanto, como tudo que é novo, a música ‘misturada’ da Breggae também passa por estranhamento. Magojulho acredita que, além da “ousadia” de misturar estilos, a própria origem dos dois gêneros também corrobora para que, eventualmente, surja algum preconceito. “O brega, sendo extremamente popular - se brincar, aqui em Pernambuco ele é mais popular que o reggae -, ainda tem muito preconceito em cima por se tratar da representação de uma música periférica, dessas pessoas que saem de suas comunidades e conseguem ascender em suas vidas, mesmo a gente tendo artistas a nível nacional que representam essa música. Esse preconceito acaba caindo na gente”. 

O segredo para driblar o problema, segundo o artista, é focar “em quem curte e em quem se surpreende com a mistura”, além de se basear em um princípio presente nos dois movimentos: resistir. “Aqui no Brasil, a gente tem essa cultura de querer que tudo seja muito elitizado.O reggae é uma música de origem negra, de resistência, mas que também tem suas vertentes que falam de amor, de paixão. O brega também é um sinônimo de resistência, que levou muita porrada no anos 2000. A gente tá falando da cultura que sai da margem e vai pro centro, então a ideia é convergir mesmo essa culturas, independente dos preconceitos. Em algum momento esses preconceitos serão cedidos de tanto que se resistem”.

Um ano

A Breggae acabou de completar um ano de trabalho contabilizando em sua recente história diversas versões, shows, parcerias, conteúdo nas redes sociais e fãs - alguns, inclusive, que chegaram a mudar sua percepção quanto ao brega por conta do repertório do grupo, segundo relatos recebidos pelos músicos. 

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Para o futuro próximo, a banda pretende lançar mais releituras, clipes e, também, música autoral. Sempre com o objetivo de divertir plateias e exaltar e difundir esses “dois gêneros muito sagrados perante o público”: o brega e o reggae, estilo celebrado nacionalmente nesta quinta (11).  É o que promete Magojulho: “Os planos são fazer muito som, lançar muita coisa, se divertir e divertir bastante o público, levar alegria e entretenimento pra galera. Aparecer bem muito pra que vocês vejam bem muito nossa cara por aí e, que dancem bem muito, coladinho, ao som de Breggae”. 

*Fotos: Divulgação/Uhgo

 

“Recife tem encantos mil.", já cantava o rei Reginaldo Rossi em uma de suas canções. Um desses tantos encantos é a musicalidade, que vai dos ritmos mais tradicionais como o frevo e o maracatu, passando pelo pop, rock, samba e, claro, o brega, entre tantos outros. Não à toa, a capital pernambucana foi intitulada Cidade Criativa na Música, pela Organização das Nações Unidas para a Educação (Unesco), em 2021. 

Já em julho do mesmo ano, a Mauricéia instituiu o brega como Patrimônio Imaterial Cultural. Nada mais justo em um lugar que respira essa cultura, um verdadeiro movimento, que além de divertir os recifenses, gera empregos, renda, representatividade e pertencimento. Neste domingo (12), dia em que o Recife celebra seus 486, nada melhor do que celebrar o aniversariante com uma playlist de alguns de seus melhores bregas, aqueles que quando tocam todo mundo já sabe de onde vem. Dá o play e comemore! 

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Reginaldo Rossi - Garçom

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Michelle Melo - Topo do Prazer

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Conde - Ninguém é perfeito e a vida é assim

MC Tróia - Pode balançar

Nega do Babado - Milkshake

Priscila Sena - Cachorro combina com Cadela

~

Raphaela Santos - A Favorita - Só dá tu

MC Tocha e Sheldon - Brega Louco

Banda Kitara - Dizem que sou Louca

Banda Vício Louco - Obsessão

A Rainha do Brega pernambucano, Michelle Melo agitou e encantou os foliões do Galo da Madrugada neste sábado (18) ao comandar o trio do brega. Acompanhada de Conde Só Brega, Léo do Coque, Dedesso da Banda Vício Louco e Banda Boa Toda, ela marcou história ao colocar estar à frente de um trio exclusivamente do brega no maior bloco de rua. 

A dona dos hits “Batom”, “A prova de balas” e “Teu boy agora é meu boy” teve suas músicas entoadas pelos amantes do Galo da Madrugada e do seu ritmo.

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No entanto, Michelle e seus parceiros de trio mostraram que o bom frevo também tinham espaço em seu trio ao cantarem sucessos de Marrom Brasileiro, Almir Rouche, entre outros. E ao chegar na apoteose, na Avenida Dantas Barreto, em frente a sua majestade o Galo, ela cantou "A Praieira" de Chico Sciense e levou a multidão ao delírio.   

Fantasia 

E não foi a música de Michelle que chamou a atenção dos foliões, vestida com um biquíni preto e dourado arrematado por flores douradas e plumas, a cantora também esbanjou sensualidade e arrancou suspiros dos fãs pelas ruas do centro do Recife.

 

 

 

 

 

Criado com o propósito de abrir espaço para os artistas locais do bregafunk, funk, trap e rap, o ‘Sextas da Invasão’ chega à sua terceira edição reverenciando o brega, Patrimônio Imaterial da cidade do Recife. Nesta sexta (16), a festa contará com shows de Matheus Perverso, MC Louco, Paulinha Xcamosa, Léo da Lagoa e outras cinco atrações. O baile acontece na Venda de Seu Biu do Arruda, a partir das 20h, com entrada gratuita.

Realizado pelo Projeto Invasão - que promove ações em prol da “música, dança, esporte e comunicação das favelas” -, o ‘Sextas da Invasão’ vem fazendo festas, na Zona Norte do Recife, com diversos artistas locais, vindos de diferentes comunidades da capital pernambucana. Nas últimas duas edições, o funk consciente e o trapfunk ditaram o ritmo da festa, já nesta semana é o brega quem sobe ao palco através de nove artistas de diferentes ‘quebradas’ recifense.

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A programação desta sexta (16) conta com os shows de Matheus Perverso, Léo da Lagoa, WT na Base, MC Louco, Pop na Batida, Lima do Coque, Paulinha Xcamosa, Ykaro MC, Niago e Seltinho Coreano. O evento tem entrada gratuita, a partir das 20h.

Serviço

Sextas da Invasão - 3ª Edição

Sexta (16) - 20h

Venda de Seu Biu (antigo Esquenta do Arruda) - Rua Ramiz Galvão, 332 - Arruda 

Gratuito



 

Michelle Melo segue na missão de provar que qualquer música pode virar um brega e, neste mês de setembro, lança a segunda fase desse projeto. ‘Risco de Embriaguez’, um EP audiovisual, vai trazer grandes clássicos da música brasileira repaginados com o suingue do brega pernambucano. A primeira canção, ‘Preciso ser amado’, estará disponível no canal do YouTube da cantora nesta sexta (02).

Na primeira fase do projeto, ‘Proibido ouvir durante a semana’, Michelle fez a releitura de 18 músicas, como Imortal, de Sandy e Júnior; e Sonho por Sonho, de José Augusto; entre outros clássicos da MPB. Toda produção e direção do EP Audiovisual, em ambas as fases, são assinadas por Formiga Raphael, um dos produtores mais badalados do cenário brega, e pela produtora Recife Lives.

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Já nesta segunda fase, foram escolhidas músicas de nomes como Belo, Exaltasamba e Leonardo. Na estreia do projeto, a canção repaginada será ‘Preciso ser Amado’, da dupla Zezé di Camargo e Luciano. A faixa estará disponível no canal oficial de Mello nesta sexta (02), às 18h30. 

Há um mês para o primeiro turno das eleições, os sons nas ruas de Pernambuco reverberam as campanhas dos candidatos ao Governo. Produzidos em ritmos agitados, os jingles são exaustivamente reproduzidos em carros de som e em propagandas na mídia para causar o efeito chiclete e fixar o número do concorrente na urna. 

Líder nas pesquisas, Marília Arraes (SD) investiu em três músicas e criou a expressão "marilhar" para defender sua candidatura. Produzidos nos ritmos de piseiro e brega funk, os jingles da campanha e da pré-campanha da deputada federal reforçam a ligação com o ex-presidente Lula (PT) e lembram seu avô, o ex-governador Miguel Arraes. Com a promessa de fazer o pernambucano sorrir, uma embolada também destaca a chapa Pernambuco na Veia. 

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A segunda mulher mais bem avaliada na disputa, Raquel Lyra (PSDB) manteve a tendência do brega funk e do forró elétrico na sua campanha. A ex-prefeita de Caruaru aproveita para apresentar sua trajetória antes mesmo de ingressar na política e convida os pernambucanos a respirar novos ares com o voto na chapa composta por Priscila Krause (Cidadania).  

Anderson Ferreira (PL) decidiu estimular a admiração do povo pernambucano pela própria cultura e usou símbolos da história do estado embalados por um maracatu para reforçar a parceria com Gilson Machado (PL), candidato ao Senado. O ex-prefeito de Jaboatão também lançou um 'batidão', que já cita Jair Bolsonaro no primeiro verso e repete expressões do presidente ao longo da música. 

Vindo de Petrolina, divisa com a Bahia, Miguel Coelho (UB) tem um pagode baiano que o define como 'nosso galeguinho'. A campanha do candidato também produziu uma lambada com o número da chapa ao lado de Alessandra Vieira (UB) e um forró pé de serra. O jingle que começa de forma mais lenta, foca nas dificuldades enfrentadas atualmente por Pernambuco e coloca o ex-prefeito como a esperança para consertar o estado. 

Candidato da situação, Danilo Cabral (PSB) fala em reescrever uma nova história e enfatiza a aliança 'DaniLula' em um estilo de forró mais tradicional. Em outro jingle, ele aposta em um estilo de forró estilizado e cita o ex-governador Eduardo Campos. O deputado ainda faz um jogo de palavras: 'tranquilo, vem com Danilo'. 

Um dos principais responsáveis pela difusão do brega funk pernambucano, o artista e comunicador Diego Leonardson da Silva Araújo, conhecido como Dom Diego, foi assassinado a tiros em um bar de Glória de Goitá, na Zona da Mata pernambucana. O homicídio ocorreu na última sexta-feira (5) e deixou outro homem ferido. Segundo a Polícia Civil, a vítima que sobreviveu foi socorrida para uma unidade de saúde.

Aos 31 anos, Dom Diego era responsável pelo Blog dos Bregueiros, bastante influente no segmento. O site informou que o velório e o sepultamento de Diego acontecerão neste sábado (6), na quadra poliesportiva de Chã de Alegria, também na Zona da Mata. "Saudades do nosso amado Don Diego", publicou o blog.

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Por meio de nota, a Polícia Civil informou que registrou um homicídio consumado e uma tentativa de assassinato. A corporação acrescentou que as vítimas estavam em frente ao bar, quando um desconhecido chego que efetuou os disparos, fugindo em seguida. 

“As investigações foram iniciadas e seguem até elucidação do crime”, diz o comunicado. Até o momento, ninguém foi preso pelos crimes.

 

O cantor e compositor paraense Kim Marques lançou no dia 1º de abril o seu novo trabalho autoral, o EP "100% Natural". Nascido no município de Cametá, no Pará, Joaquim Farias Marques, conhecido como Kim Marques, possui uma história de sucesso com suas canções que continuam embalando gerações. Com 35 anos de carreira, tem nove álbuns, dois DVDs e mais 200 mil discos vendidos.

Aos 14 anos, Kim compôs sua primeira canção e entrou no mundo da música apresentando-se ao lado de bandas da sua cidade. Em 1991, mudou-se para Belém e começou a tocar em bares nos finais de semana, além de somar participações na escola de samba “Quem são eles” e no movimento evangélico “Louvor Norte”. É conhecido por ser um dos maiores e melhores compositores do Pará, com mais de 350 canções gravadas por artistas de renome.

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Kim é considerado um dos precursores do ritmo calypso e teve a carreira marcada por um flerte com estilos regionais. O artista sempre fez seus trabalhos mesclando o calypso, carimbó, brega, lambada, entre outros estilos.

O cantor atualmente também integra o time de estrelas do projeto Cabaré do Brega, do guitarrista Ximbinha, e leva a sua musicalidade para o todo Brasil. É autor de composições de sucessos de bandas como: Banda Calypso, Cia do Calypso, Amor Perfeito, Sayonara, Parakaliente, entre outras, e cantores como: Wanderley Andrade, Diogo, Alberto Moreno, entre outros artistas. Veja entrevista do cantor. 

Quando despertou o seu gosto pela música? Quando você decidiu ser cantor?

Eu comecei minha carreira muito cedo. Com 12 anos estudei na Belas Artes e tive a honra de conhecer mestre Penafor e mestre Cupijó. Foi uma influência muito grande eu era muito fã dessa turma. Quando eu tinha 14, 15 anos eu já estava compondo minhas primeiras músicas e já tinha decidido realmente que eu queria ser artista, que queria ser cantor.

De onde vem a sua inspiração para compor tantos sucessos? 

Toda minha inspiração musical vem dos grandes artistas cametaenses, mestre Cupijó, mestre Penafor. Realmente eu me inspirei muito neles pra fazer minhas composições, pela maneira de tocar.

O seu novo EP possui quantas músicas? Qual estilo de música você mais gosta de ouvir e tocar?

Nós estamos com um projeto novo, um EP que a gente intitulou de "100% Natural", que a gente fez com carinho muito grande pros nossos fãs, pros nossos amigos. Esse EP vem com quatro músicas, vem com instinto do coração e cem por cento natural. 

Você acha que, atualmente, existe uma crise dentro do mundo da música paraense?

A gente sabe as dificuldades que todos os artistas tiveram lá durante a pandemia. E a gente usou a pandemia pra justamente compor, compor coisas novas. Já que tínhamos que ficar em casa trancados sem poder sair, era importante que a gente viesse a compor coisas novas. E foi justamente aí que a gente montou esse EP com carinho muito grande pensando justamente nas pessoas que gostam de dançar, que gostam de curtir, que gostam de ouvir uma música bacana. A gente capricha mesmo pra fazer um trabalho bem legal e fazer uma música bacana.

Quais são as suas expectativas com esse novo EP? Pretende lançar mais algum projeto ainda esse ano?

A gente acredita muito nesse projeto, acredita que as pessoas já estão gostando porque eu recebo muitas mensagens de carinho. Tem os projetos do ano, nós temos a sacada do Kim Especial, e agora dia 5 de junho, que é um domingo, primeiro domingo de junho, nós vamos fazer uma sacada em homenagem a São João Batista, que é o padroeiro de Cametá, nós vamos fazer uma grande festa em Belém. Também temos o projeto do Kim Marques a Bordo, que é um projeto que eu canto no Círio Fluvial em uma balsa, um grande show com amigos. Já entrando pro carnaval, já pro ano de 2023, tem um carnaval de rua que a gente faz no Telégrafo. São os nossos projetos pra 2022 e já entrando também em 2023.

Acesse aqui o canal de Kim Marques no Youtube.

Por Ana Luísa Damasceno e Gabriel Rodrigues (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Everton da Silva Lima, 29 anos, mais conhecido em Pernambuco como MC Vertinho, foi preso em Caruaru, Agreste do estado, nessa sexta-feira (22). Ele é acusado de estupro de vulnerável.

A Polícia Civil confirmou a prisão e detalha que o Grupo de Operações Especiais foi responsável por cumprir o mandado de prisão. Vertinho foi capturado andando pelas ruas de Caruaru.

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"Após procedimentos cabíveis, o capturado foi encaminhado a uma unidade prisional", pontua a assessoria da polícia. A assessoria do cantor ainda não se pronunciou sobre a prisão do artista.

De alma cosmopolita e ritmo acelerado, tal qual metrópole encantadoramente caótica que é, Recife completa 485 anos neste sábado (12) - mesmo dia em que sua irmã mais velha, Olinda, faz aniversário. Além de ser a capital do estado de Pernambuco, polo médico, tecnológico e gastronômico do Nordeste, o Recife é, também, um berço de história e cultura que encanta e inspira não só os consumidores, mas, e sobretudo, os fazedores de arte.

Principalmente quando o assunto é da música. A capital pernambucana é praticamente uma cidade que canta e em cada canto de sua região metropolitana é possível encontrar os mais diversos gêneros musicais; seja nas caixinhas de som espalhadas pelas residências, na correnteza das águas dos rios Capibaribe e Beberibe e, sobretudo, no ruge-ruge dos moradores e visitantes que transitam pelo louco comércio do centro da cidade. 

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Não à tôa, o Recife foi solo fértil para a criação de importantes movimentos musicais que conquistaram espaço em todo o Brasil e até mesmo fora dele, como o Manguebeat de Chico Science - que transformou a cidade na Manguetown - e o bregafunk, que amplificou a voz e os talentos das periferias recifenses, antes reconhecidas somente pela violência urbana. Tanta efervescência rendeu à capital pernambucana, em 2021, um lugar na Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), como cidade da música. O grupo de cooperação internacional conta com 49 cidades de todo o mundo divididas em sete categorias culturais. Além do Recife, apenas uma outra, Salvador (BA), representa a música.

O bregafunk e o passinho são expressões tipicamente recifenses. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagensArquivo

Foi nesse ambiente repleto de diferentes ritmos e expressões culturais que  a  pernambucana Uana Mahin se descobriu artista. Recifense, ela transitou por diferentes partes da região metropolitana da cidade, durante a infância e a adolescência, até chegar em sua atual morada: o bairro de Casa Amarela, na Zona Norte. Antes disso, uma longa temporada como moradora da Várzea - lugar tão mergulhado em atividades musicais que, inclusive, detém seus próprios festivais, como o Festival de Inverno da Várzea (FIV) -, acabou contribuindo para sua incursão no mundo das artes e da cultura popular. 

Uana começou a carreira artística em 2011 como atriz, percussionista e backing vocal. Já cantou com grandes nomes da cultura pernambucana, como Maciel Salú e Adiel Luna, e integrou o Afoxé Oyá Tokolê Owó, do Ilê Asè Agajú Okoloyá, o Terreiro de Mãe Amara. Além disso, fez parte do grupo Sagaranna, com o qual viajou  em turnês pela Europa. Desde 2016, a cantora decidiu apostar numa carreira solo.

Uana se inspira no som que vem das ruas do Recife para produzir a sua própria música. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Em entrevista ao LeiaJá, a artista assume que a cidade do Recife tem influência direta em sua escolha de trabalhar com arte. Sobretudo neste momento em que transiciona da cultura tradicional para outro segmento popular: o bregafunk. O bairro de Casa Amarela, onde mora atualmente, tem total participação nesse novo momento de sua carreira. "Essa minha pesquisa surgiu muito quando eu vim morar aqui. Eu moro no centro comercial do bairro e fico tentando entender todos os movimentos: da galera que dança aqui no posto; aprendi a cantar os bregas, aprendi a dançar - eu já tinha uma relação muito forte com a dança, mas comecei a entender o brega de outra maneira e morando aqui nao tem como, você pode até não gostar, mas a gente ouve o tempo todo. Minha relação com a música mudou muito e sinto que isso tem  a ver com essas regiões da cidade”.

As regiões dos quais Uana fala, os altos e morros localizados na periferia do Grande Recife, de fato são um celeiro dos movimentos brega e bregafunk. De lá, saem alguns dos maiores artistas desses dois segmentos, não só cantores e bandas como também os grupos de dança do famoso 'passinho'. Todo esse universo tem inspirado a artista a compor, produzir e a entender não só essa música que vem de fora mas, também, aquela que vem sendo produzida por ela. ”O brega é uma coisa muito potente, cheia de possibilidde: o brega romantico, o brega safado… Recife é uma cidade que atravessa completamente os artistas, nunca lutei contra isso, sempre quis aproveitar de fato o que a  cidade oferece, entender o que os produtores de Casa Amarela fazem”. Em tempo, o brega foi intitulado Patrimônio  Cultural Imaterial da Cidade do Recife em 2021.

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Transitando por esse meio, a cantora vem conseguindo agregar um novo público sem perder aquele que já a acompanhava. Segundo ela, essa integração vem fluindo de forma natural e só enriquece tanto o seu fazer artístico quanto os próprios segmentos dos quais se vale. “Principalmente desse lugar da cultura popular, que tem muitos intelectuais interessados, achei que teria uma resistência dessas pessoas entenderem essa minha migração para uma coisa mais pop e também de assumir o brega. Um dos últimos shows que vi no Coquetel Molotov foi do MC Tróia, e o festival tem esse público alternativo e não tem um distanciamento grande, às vezes é um distanciamento de classe social, mas eu pessoa preta, nascida na periferia, crescida na classe média que tive acesso a escolas de classe média,  eu vejo que é uma fronteira muito menor do que a gente imagina. Quando a gente vai a festas de classe média, a gente vê as pessoas dançando bregafunk. O brega é muito potente, mesmo com tudo indo contra ele , você vê que as pessoas do brega são organizadas, existe uma indústria e ele se popularizou de maneira que a gente não sente mais essa fronteira”.

No Recife, músicos de expressão como Reginaldo Rossi e Chico Science foram eternizados em estátuas. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagensArquivo

Da mesma forma, a cantora revela que foi muito bem acolhida no meio do bregafunk e que além de estar aprendendo muito com seus maiores expoentes, como Shevchenko e Rayssa Dias, por exemplo, sente que os caminhos sempre estiveram abertos para que ela pudesse desenvolver seu trabalho sem o menor problema. “Eu vejo que por eu ter vindo desse lugar (da cultura popular), eu já tinha um trabalho para mostrar. Eu transito mas eu não sou desse lugar, eu não disputo esse espaço.  Eles são macacos velhos da indústria, eles sabem que eu não quero disputar aquele lugar. Para eles, principalmente as mulheres, é muito mais difícil se colocar no mercado, conseguir compor, boa parte das mulheres do brega estão cantando músicas que os homens escreveram e nada contra  a ‘safadeza’, mas que a mulher valide aquilo. Vejo que nesse lugar eu tenho alguma facilidade, mesmo sendo mulher e preta, vejo que tenho um outro respeito".

Para Uana, dificuldade mesmo parece ser, apenas, pensar sobre os limites geográficos. É comum ver artistas locais trocando de CEP para conseguirem viabilizar seus trabalhos. O destino mais procurado costuma ser  a cidade de São Paulo, um dos polos que fazem o país girar.

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A cantora recifense também vislumbra esse futuro, no entanto, assegura que ele está, ainda, um pouco distante. “Tô com esse desejo de me demorar um pouco aqui, até pra conseguir pesquisar e ouvir melhor as coisas, só quem tá aqui consegue ouvir algumas coisas, principalmente nesse lugar do brega. Mas, infelizmente, chega um momento que você não consegue mais circular aqui na cidade. Desde novembro tenho circulado e já toquei em boa parte das casas pequenas daqui, então jaja vai ficar um pouco limitado. Esse ano vou fazer shows importantes mas é difícil negociar um cachê justo, então se você quer crescer infelizmente você precisa ir pra lá. Do meu desejo quero continuar aqui porque eu amo, mas chega um momento que satura, a gente quer voar e não consegue”.

Enquanto esse momento não chega, Uana continua desenvolvendo sua pesquisa e seu trabalho no Recife, a cidade que vem lhe ajudando e inspirando nesse processo criativo. A cantora acaba de lançar um novo single, ‘Sonhei com você’, o primeiro de um EP que chegará em abril, chamado ‘Vidro Fumê’ (ela deu esse ‘spoiler’ especialmente para essa entrevista). Além disso, um álbum também está nos planos para 2022 e, claro, "bastante show”. 

 

A cantora Ketney Karol, mais conhecida como “Rainha do Piseiro”, foi presa no último sábado (5) em Juazeiro do Norte, Ceará. O motivo seria importunação sexual, desacato, perturbação do sossego e ato obsceno em via pública.

Ao portal Splash, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) revelou que a cantora teria importunado uma funcionária de um estabelecimento local no bairro de Timbaúbas, em Juazeiro do Norte, e praticado atos obscenos no meio de uma via pública.

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Com a chegada da polícia, Ketney ainda desacatou os policiais e acabou sendo presa em flagrante, sendo levada para a Delegacia Regional de Juazeiro do Norte – unidade de Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE). Com a história da prisão viralizando, Ketney desativou todas as redes sociais e ainda não se pronunciou publicamente.

Um dos suspeitos de assassinar o MC Boco foi preso pela Polícia Civil na madrugada desse domingo (6). O cantor foi morto durante um show em Serrambi, no Litoral Sul de Pernambuco, no dia 26 de dezembro do ano passado. 

O homem apontado como o suposto autor dos disparos foi apreendido quando saía de uma festa em Porto de Galinhas. A Vara Criminal da Comarca de Ipojuca já havia expedido um mandado de prisão temporária em seu desfavor. 

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Pouco tempo após subir no palco, o artista foi atingido por 15 tiros disparos por um homem encapuzado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu um dia após o Natal.

 Paulo Roberto Gonçalves Cavalcanti, conhecido como MC Boco de Borel, morreu aos 34 anos e deixou esposa e filha.

Um dos maiores nomes do brega em Pernambuco, Conde Só Brega, chamou o público para completar o esquema vacinal, através de uma postagem nas redes sociais. Após tomar sua dose de reforço, na última segunda (17), o cantor compartilhou o momento em seu Instagram e falou sobre a importância da vacinação. Além disso, o artista disse que para participar de seus shows é preciso estar vacinado. 

Em seu perfil no Instagram, o Conde compartilhou o momento em que recebeu sua terceira dose da vacina contra o Covid-19. De posse do cartão de vacinação, o cantor falou sobre  a importância de se imunizar. “Tô aqui com o meu cartão, terceira dose,  dose de reforço. Você que não tomou a primeira, tome a primeira, a segunda, a terceira, até o que for necessário porque a Covid mata, viu gente?”. 

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Além disso, o ícone do brega pernambucano disse, também, que quer encontrar o público em seus shows, porém, frisou que para participar de suas apresentações é preciso estar vacinado. “A dose de reforço é fundamental para que a gente fique livre desse vírus. Quero ver você nos meus próximos shows e pra isso acontecer precisa estar vacinado”.

A cantora Jamyle Magalhães, integrante da banda de brega Adupla, morreu aos 18 anos, na noite do último sábado (15). De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, a vocalista do grupo musical estava em uma Kombi, com mais três passageiras, quando o motorista perdeu o controle do veículo no bairro de Maranguape II, em Paulista, no Grande Recife.

Depois do acidente, Jamyle acabou ficando presa nas ferragens. As outras pessoas foram socorridas pelo Samu. O condutor da Kombi teria deixando as vítimas no local sem ter prestado socorro. Jamyle Magalhães também chegou a ser socorrida, mas faleceu no Hospital Miguel Arraes. O caso foi registrado na 8ª Delegacia Seccional de Polícia, em Paulista.

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Nas redes sociais, diversos internautas lamentaram a morte. "Que Deus te guarde, anjinha", comentou uma pessoa no Instagram. "Descansa em paz", escreveu outra. Jamyle Magalhães estava iniciando sua carreira no universo da música. Em dezembro do ano passado, a PN Produtora divulgou um vídeo da jovem para falar de um projeto. Na ocasião, a empresa mostrou Jamyle cantando ao lado de Duda Morais.

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João Gomes, um dos cantores mais ouvidos de 2021 no Brasil, encerrou seu ano de sucesso com uma mensagem de otimismo e esperança em suas redes sociais. Como não poderia deixar de ser, o artista ‘despediu-se’ dos fãs com música, porém, a escolhida não foi um de seus hits e sim um clássico do brega pernambucano, ‘Espelho do Poder’, do Conde Só Brega. A mensagem do fenômeno do piseiro foi direcionada à população da Bahia que vem sofrendo com fortes chuvas desde o último mês de novembro. 

‘Espelho do Poder’, um dos vários sucessos eternizados na voz do Conde, traz uma forte mensagem de cunho social em versos como “Eu queria ter poder de poder fazer você às vezes dizer sim ao invés de não, pra fome, pra saúde, miséria e educação”. Recentemente, a música foi regravada no novo DVD do ícone do brega em parceria com um nome da nova geração do movimento, o cantor Sheldon.

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No seu vídeo de fim de ano, João Gomes diz que ‘Espelho do Poder’ é uma canção “marcante” para ele e direciona sua mensagem à população da Bahia que vem sofrendo com as fortes chuvas e enchentes, especialmente no sul do Estado. “Queria ter o poder de ajudar todas as pessoas que estão precisando do nosso apoio no extremo sul da Bahia. Que a esperança se acenda em seus corações, e que apesar de o Natal e o Ano Novo não seja do jeito que vocês quiseram, confie em Deus! Vocês ainda terão muitos momentos de alegria”.

João Gomes é um entre os vários artistas que tem se mobilizado para ajudar a população baiana afetada pelas chuvas. O artista anunciou, através de seu Twitter, que vai doar parte do cachê de shows que fez pelo Estado para ajudar as vítimas das enchentes. Wesley Safadão e Whindersson Nunes são outros nomes empenhados nessa campanha. Saiba como ajudar também clicando aqui. 

O cantor pernambucano MC Boco do Borel, 34 anos, foi assassinado na madrugada deste domingo (26), em um bar localizado na praia de Serrambi, Litoral Sul de Pernambuco. 

O assassinato aconteceu quando Boco fazia um show no Aconchego Bar, que fica na Avenida dos Pescadores, na cidade de Ipojuca. Segundo a Polícia Civil, as investigações já foram iniciadas e seguem até o total esclarecimento do crime. Ninguém foi preso. 

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O MC Boco era considerado um dos pioneiros do movimento Brega Funk em Pernambuco. O auge da carreira do artista aconteceu quando formava dupla com o MC Sheldon, com quem chegou a gravar um DVD no Clube Português do Recife.

O MC já havia sido preso por tráfico de droga, mas já estava em liberdade há dois meses.

Dentro de um sistema de realeza, o conde é a figura que assessora o rei nos assuntos mais importantes do reino. Dentro do movimento brega, no Recife, tal posto é ocupado - com louvor -, há 22 anos pelo cantor Conde Só Brega. Reconhecido como um dos grandes nomes da cena, respeitado e admirado pelo público e colegas da música, o artista celebra sua experiência e trajetória no DVD recém-lançado ‘Livre para voar’. O trabalho audivoisual traz um repertório repleto de clássicos e participações de artistas da nova geração como as cantoras Dayanne Henrique e Francyne Ropper; o ‘Diamante Negro, Sheldon; e o poeta Petrúcio Amorim. 

Nascido no bairro da Mustardinha, zona oeste do Recife, o Conde apaixonou-se pela música desde muito cedo. O apelido, aliás, também veio da infância. Os avós, que o criaram, o chamavam assim por seus cabelos ‘loirinhos’ que lhe davam ares de nobreza. Mais tarde, o jovem começou a apresentar-se em barzinhos da cidade até que foi descoberto pelo produtor da Banda Só Brega e sua entrada no grupo acabou lhe catapultando à uma carreira de sucesso e reconhecimento.

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O Conde é um dos nomes mais respeitados do brega em Pernambuco. Foto: Reprodução/Instagram

À frente da Só Brega, o Conde eternizou clássicos do brega pernambucano como ‘A vida é assim’, ‘Não devo nada a ninguém', e ‘Espelho do Poder’, entre outras. Essa última, que traz um sutil porém contundente discurso político, demonstra o talento do artista também como compositor, sem falar na sensibilidade de trazer para seu trabalho temas relevantes do cotidiano da população. “Eu queria ter poder pra poder fazer você às vezes dizer sim ao invés do não pra fome, pra saúde pra pobreza, pra miséria e educação”, diz a canção. 

O Conde entende, melhor do que ninguém, que o brega atua como ferramenta identitária de quem o consome, sendo uma das culturas que melhor representa o povo pernambucano. “Não só aqui como no Nordeste inteiro e também no Belém do Pará, onde o movimento é forte. O Brasil inteiro curte a música do brega. Isso é ótimo pra gente que canta esse estilo”, diz o artista em entrevista exclusiva ao LeiaJá. 

Com uma vida dedicada ao brega, o artista se mostrou muito feliz com o recente reconhecimento ao movimento, intitulado Patrimônio Imaterial Cultural da cidade do Recife. O cantor acredita que além da honraria, o título deve ser usado para a melhoria daqueles que trabalham na cadeia produtiva do segmento. “O bom seria que melhorasse o meio de vida das pessoas que cantam o brega, melhorasse a situação econômica e financeira deles. Seria a melhor coisa, afinal de contas as pessoas que cantam o brega são pessoas que levam emoção pros lares das pessoas, principalmente aquelas pessoas humildes, simples”.

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Em seu novo DVD, o Conde conta com participações especiais, como a do cantor Sheldon. 

Para o Conde, os 22 anos de trabalho na música passaram rápido, como tudo aquilo “que é bom”. Nesse espaço de tempo, o cantor assistiu um pouco contrariado à chegada de novidades no movimento que, para ele, não estão de acordo com a real identidade da musicalidade brega. “Essas coisas que o pessoal cria um novo ritmo, começou com a pisadinha, depois veio o tecnobrega, veio os MCs. O brega é o romântico. ‘Abaixa aqui’, ‘senta aqui’, isso não é o estilo brega. O brega toca o seu coração, entra no coração das pessoas. Não concordo em dizer que isso é brega, isso é outro estilo de música”. 

Mas, embora não faça muito gosto dessas novas vertentes, o Conde entende que elas podem coexistir e que há público para todos. “Todo mundo consome, ouve, isso é bom, afinal de contas favorece todo mundo”. O veterano está atento às novidades e, inclusive, conta com participações da nova geração no DVD ‘Livre para Voar’. Cantam ao seu lado as cantoras Dayanne Henrique e Francyne Ropper; e o ‘Diamante Negro, Sheldon.

Outra participação especial no trabalho é a do poeta e compositor Petrúcio Amorim. Juntos, o forrozeiro e o ‘bregueiro’ fazem uma homenagem ao cantor Augusto César, outro grande nome do brega pernambucano, falecido em abril deste ano em virtude da Covid-19.

A perda do colega e a gravidade da pandemia tocaram o artista. Vacinado e à espera de sua terceira dose da vacina contra o coronavírus, o Conde demonstra seu apoio à ciência e deixa um apelo para o público. “O problema do brasileiro é a ignorância, a falta de informação. Tem gente que ainda não tomou a vacina, não quer tomar.. O Governo deveria investir mais na mídia, mostrar a necessidade do uso da vacina. Se tivesse 100 vacinas para tomar eu tomaria com todo o gosto. A gente se prevenindo, se cuidando, vai vivendo melhor, né?”.

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Para 2022, os planos do Conde Só Brega envolvem a tomada de consciência da população para que a vida possa voltar minimamente ao normal. Animado com uma nova equipe que passou a assessorar o seu trabalho, da On Produções, o pernambuco espera levar ainda mais longe a sua música e continuar renovando o seu público, que não para de crescer. “Tô me sentindo ótimo, tô bem assessorado pela produtora que me abraçou e tá fazendo todo o possível para que a nossa música chegue não só no Brasil como lá fora também. Estou em boas companhias”. 



 

Em Pernambuco, o brega reina quase absoluto entre os ritmos que mais embalam a população. De tão querido e importante para a cultura do estado, o ritmo já ganhou o título de Patrimônio Imaterial Cultural do Recife e é quase que unanimidade entre o público. Tal sucesso, no entanto, não impede que as novidades surjam remodelando sua musicalidade e agregando a ela novas tendências. É o que pretende fazer o estreante Dom Silver, que chega à cena trazendo uma ousada fusão de ritmos - usando elementos que vão da música erudita à tradicional sonoridade eternizada por Reginaldo Rossi - e a proposta de inaugurar uma nova fase no movimento. 

Em seu ‘cartão de visita’, Dom Silver já ostenta o primeiro hit, a música ‘Cabaré das Torres’. A faixa, uma sacada do produtor Raphael Formiga, um dos mais requisitados produtores do brega e responsável pela virada na carreira de um de seus maiores ícones, Michelle Melo, foi produzida em apenas 48 horas, pouco após um áudio sobre uma suposta farra em um condomínio de luxo do Recife viralizar na internet. O mix de ritmos e a letra descontraída propostas pelo produtor encontrou respaldo na desenvoltura de Dom e a canção rapidamente caiu nas graças do público. No Instagram do cantor, o aumento dos números de views e curtidas dão sinal do sucesso.

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O estreante vai do viral ao romantismo em seu repertório. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Dom Silver, segundo ele próprio, é um “personagem”, o “solteirão” disposto a curtir noitadas, porém, “galanteador e Dom Juan”, um “cavalheiro” que não dispensa o romantismo. O cantor, que tem um pézinho na música erudita, tendo se dedicado durante um período ao estudo de canto lírico, performa muito à vontade também nos ritmos populares tornando-se, assim, um exemplo vivo de que não há cultura maior ou menor, sendo possível que todas coexistam na mais perfeita harmonia, seja qual for o espaço e para todos os públicos, basta querer ouvir. 

Sendo assim, em seu trabalho, conduzido pelo produtor Raphael, Dom acaba misturando referências de universos bastante distintos, mas que juntas funcionam muito bem. O cantor já batizou a novidade de ‘brega formigueiro’ e explicou o motivo da escolha desse nome durante entrevista exclusiva ao LeiaJá. “O Formiga meio que criou um novo ritmo - ele não quer que eu fale isso -, mas ele misturou todos os ritmos que o brega contempla e eu chamo de brega formigueiro porque se você abrir a mala do carro e colocar pra tocar, onde for, junta gente”.

Até o compositor alemão Ludwig van Beethoven acabou entrando nesse brega. Em ‘Cabaré das Torres’, uma sutil referência ao clássico ‘Für Elise’ foi adicionado para dar um molho ao refrão e torná-lo, como se diz no meio musical, ‘chiclete’, uma vez que foi popularizado à exaustão ao virar toque de celular. “A música é lindíssima, bem maior do que esse tema que a gente costuma ouvir. Então, pegamos esse tema e colocamos por baixo da melodia. As pessoas geralmente não percebem, mas isso ajuda a fixar a melodia e a letra na cabeça das pessoas”, disse Dom. 

O artista está sendo produzido por um dos nomes mais requisitados do brega, o produtor Raphael Formiga. Foto: Rafael Formiga/LeiaJáImagens

Raphael Formiga também falou ao LeiaJá sobre essa ‘nova tendência’ do brega. O produtor revelou que à musicalidade de Dom foram adicionados o arrocha baiano, o calypso paraense e o teclado mais tradicional da música de Reginaldo Rossi. “Não é um ritmo novo, é uma pegada nova, pegamos elementos de todos os ritmos que são do brega e juntamos numa coisa só”, frisou. 

Aliado a isso, a produção conta também com elementos ligados ao mundo da internet. As tendências que rondam aplicativos de ‘dancinha’ com potencial viral, de preferência, acabam entrando no caldeirão. Os objetivos de toda essa ‘misturada’ são, além de renovar a musicalidade do movimento, atrair novos ouvintes e, claro, colocar todo mundo para dançar. “O brega do Dom Silver quer atrair um novo público pra essa pegada gostosa de você dançar. A gente tem o Dom que vem puxando essa pegada, Michelle (Melo) também - a gente tá preparando pra fazer (uma música) junto com o Dom -, tem a banda Metida que é uma proposta nova, tudo vai ser de acordo com o andar da carruagem, e o Dom vai sair puxando todo mundo”, explica Formiga. 

'Cabaré do Dom'

O hit 'Cabaré das Torres' nasceu em apenas 48 horas. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Para entregar ainda mais para esse novo público que vem se formando, Dom Silver lança, nesta quarta (1º), o videoclipe de ‘Cabaré das Torres’. Com direito a 'megaestrutura', o vídeo  roteirizado e dirigido pelo produtor musical Raphael Formiga, foi gravado em um hotel de luxo no litoral sul pernambucano e contou até com a participação do influenciador David Brazil. 

O clipe ilustra a história viral que deu origem à canção, mostrando uma grande farra em um suposto condomínio de luxo, com garotas, muita bebida e um morador milionário que deixa um valor extra no caixa do condomínio para cobrir as multas pelos seus excessos. Dom garante que esse é só o início dessa história que promete ir muito além dessa primeira ‘festinha’. “Nosso objetivo não é se fixar nessa história das torres, é ter uma história própria. Quem transforma o apê no cabaré é o ‘rei do cabaré’ e isso pode ser feito em qualquer apartamento, qualquer casa, é uma brincadeira”.  

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