Tópicos | Caged

O levantamento mais recente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta que Pernambuco atingiu o melhor saldo do mês de junho nos últimos nove anos. Foram, ao total, 6.526 postos de trabalho firmados no período, apresentando um grande salto em comparação com os dados de junho de 2020, quando foram registradas -4.191 vagas.

O primeiro semestre de 2021 ainda apresentou um saldo positivo de 19.403 contratações, contando com 219.012 admissões e 199.549 desligamentos. Só no Recife, o mês de junho acumulou um saldo de 2.040 postos de emprego, totalizando 10.407 oportunidades geradas desde janeiro de 2021.

##RECOMENDA##

Para Alberes Lopes, secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, os números apontam para uma melhora do cenário desde o início da pandemia do novo coronavírus. “Os números projetam um resultado expressivo no fechamento de 2021. Somente as Agências do Trabalho de Pernambuco, por exemplo, colocaram no mercado cerca de 1,4 mil pessoas nestes últimos seis meses”,  destaca.

Ainda no Estado, depois da capital, os melhores saldos de vagas de emprego preenchidas foram nos municípios de Petrolina (878), Garanhuns (470), Jaboatão dos Guararapes (394) e Caruaru (375). O Caged não informou os setores que mais cresceram nas unidades federativas.

Em Pernambuco ainda foi apontado uma variação positiva de 7,25% nas admissões de julho de 2020 até junho de 2021, havendo um saldo de 84.854 contratações no período. A nível nacional, foram 309.114 postos de emprego gerados, com 48.994 apenas no Nordeste.

O setor que mais apresentou crescimento no País foi o de serviços, com a contratação de 125.713 profissionais. Demais áreas de atuação que tiveram saldo positivo foram no comércio (72.877), indústria (50.145), agricultura (38.005) e construção (22.460).

O último levantamento do cadastro geral de empregados e desempregados (Caged) mostrou que Pernambuco teve um aumento na contratação de mulheres em relação a de homens no acumulado de janeiro a maio de 2021. Foram 10.606 mulheres ocupando novos postos de trabalho, 81,44% do total. O resultado vem em resposta ao grande número de demissões femininas no mesmo período do ano passado, chegando ao patamar de menos 5.643. As contratações predominantes são de mulheres de 18 a 24 anos, seguidas, respectivamente, do grupo de 25 a 29, e de 30 a 39.

O Caged aponta ainda que em todos os estados houve um crescimento do número de contratações de mulheres, mas na região Nordeste esses números ultrapassaram o de homens. É o caso também da Paraíba, Alagoas e Sergipe.

##RECOMENDA##

O secretário do trabalho, emprego e qualificação, Alberes Lopes, vê os números como um sinal de retorno ao equilíbrio econômico que o Estado busca. “No momento mais difícil da história atual, com a maior pandemia sanitária, as mulheres se superaram. No ano passado, elas perderam espaço, tiveram mais dificuldade de pedir ajuda, precisaram cuidar da família e da educação dos filhos. Muitas fizeram isso sozinhas. Ainda é muito cedo para dizer que o resultado vai ser duradouro. Mas, esse ano, o cenário está mudando por causa das políticas públicas, de mudanças na iniciativa privada e do aumento de qualificações. Nas qualificações presenciais realizadas pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação, cerca de 80% foram ocupadas por mulheres”, declarou, segundo a assessoria de imprensa.

Os postos mais ocupados pelas mulheres no Estado foram em cargos como serviços administrativos, profissionais de ciências e artes e técnicas de nível médio. As áreas mais exploradas foram de saúde, operação de equipamentos, bioquímica, entre outras. No período analisado, também foi possível observar o aumento de mulheres ocupando postos de liderança, como superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e gerentes de empresas. Nos cargos de chefia, foram 310 contratações de mulheres e 72 de homens.

Quadro nacional

No Brasil, os dados apontam para 156.038 homens e 124.628 mulheres admitidas. No Nordeste, por sua vez, o saldo entre contratações e demissões reduziu desigualdades. Ao todo, 66.075 pessoas do sexo feminino assumiram postos de trabalho, um pouco maior que o de homens (58.596). No restante do País, apenas o Amapá e Roraima, no Norte, a contratação de mulheres também foi superior a dos homens.

*Com informações da assessoria.

De acordo com os novos dados publicados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Pernambuco apresentou destaque positivo no mês de abril em relação à geração de postos de trabalho regulamentados pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Segundo o levantamento mensal, foram 32.397 admissões, contra 27.599 demissões no Estado, resultando em um saldo de 4.798 empregos gerados.

Conforme informações do Governo de Pernambuco, este foi o mês de abril mais positivo na série histórica, desde 2004. Para Alberes Lopes, secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, a vacinação de todos os pernambucanos contra a Covid-19 é fundamental para manter os indicadores de desenvolvimento positivos. “O resultado mostra que, mesmo com todos os problemas, estamos aprendendo a conviver com o coronavírus. A solução maior para a recuperação dos empregos é a vacinação em massa de pelo menos 80% da população, segundo estudos que vêm sendo feitos. A vacina existe, mas não está chegando aos Estados como deveria. A maior saída antes que essa vacina chegue a todos é o uso da máscara e o distanciamento social. Somente assim, é possível manter os empregos e a vida em segurança”, disse, conforme informações de sua assessoria de comunicação.

##RECOMENDA##

O mês de março deste ano registrou um saldo de -2.870, enquanto que em abril do ano passado, ainda no início da pandemia do novo coronavírus, houve -28.807 demissões. No acumulado do ano, Pernambuco teve um saldo positivo de 5.163 empregos, uma variação relativa de 0,42% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em números absolutos, o Estado foi classificado em segundo lugar no Nordeste, ficando atrás da Bahia, que teve 9.207 novas contratações. Os dados do Caged ainda apontam os setores que mais cresceram no mês, havendo maior oferta de oportunidades nas áreas de serviços (3.583), indústria (588), construção (308), agropecuária (204) e comércio (115).

Segundo o estudo, 2.984 homens e 1.814 mulheres tiveram contratos assinados em abril. Em termos de qualificação, 3.343 dos pernambucanos contratados têm o ensino médio completo.

A análise também apontou que foram priorizadas as admissões de jovens de 18 a 24 anos e os municípios do Estado que mais se destacaram no quesito de geração de novos postos de trabalho em abril são Recife (1.427), Paulista (507), Primavera (367), Ipojuca (304), Olinda (227) e Ouricuri (218).

As contratações em Primavera, que fica na Zona da Mata do Estado, foram na área da agropecuária. Por outro lado, Ouricuri, cidade sertaneja, teve uma variação positiva de 40,92%, principalmente no setor de serviços. A nível regional, o Nordeste teve saldo de 19.747 contratações, ao apresentar 176.177 admissões e 156.430 desligamentos, no total. Os Estados que apresentaram saldos negativos foram Alagoas (-3.208), Sergipe (-92) e Rio Grande do Norte (-61).

Nesta terça-feira (30), o Ministério da Economia anunciou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e apresentou saldo positivo na criação de empregos formais no país no mês de fevereiro. Ao todo, foram cerca de 1,7 milhão de novas carteiras assinadas contra quase 1,3 milhão de demissões. Assim, o resultado final ficou em 401.639 mil novos empregos.

De acordo com os dados oficiais do Caged, este é o melhor resultado para o mês de fevereiro desde 1992. O recorde de criação de empregos neste mês havia acontecido em 2011, quando o Brasil registrou cerca de 281 mil vagas formais. Vale lembrar que o Caged leva em conta apenas oportunidades em carteira assinada.

##RECOMENDA##

Todos os mais de 401 mil novos empregos estão divididos nos cinco setores da economia brasileira. Do montante, 43% (173 mil) foram direcionados ao setor de serviços. Indústria foi o segundo seguimento com maior número de contratações, com 23% (93 mil). Os dados mostram que o terceiro maior crescimento foi no comércio, com 17% (68 mil). O setor de construção foi responsável por 11% (43 mil) e, por último, a agropecuária, com 6% (23 mil).

Os dados do Caged também apresentaram a distribuição dos novos empregos entre as cinco regiões do país. Assim como os números de janeiro, a maior concentração de oportunidades de trabalho continua no Sudeste, com 49% (203 mil) das vagas. Em segundo lugar, a região Sul registrou 26% (105 mil) das oportunidades, seguida do Nordeste com 10% (41 mil) e do Centro-Oeste com 9% (40 mil). O Norte continua como a região com menor índice de oportunidades de emprego com 3% (12 mil).

De acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Pernambuco terminou janeiro tendo um saldo positivo na geração de empregos. Segundo o Governo do Estado, foi registrado um total de 35.112 admissões, contra 33.691 desligamentos, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O saldo foi positivo em 2021, conforme informações da gestão estadual, com 1.421 postos de trabalho mantidos, uma variação relativa de 0,11% em comparação a dezembro de 2020. Na série histórica, o Estado diz que foi o melhor janeiro registrado em solo pernambucano desde 2011.

##RECOMENDA##

Segundo o resultado mensal, publicado no portal do Ministério do Trabalho, o setor que mais gerou empregos foi o de construção, com saldo de 1.448. Outros segmentos destacados são o de serviços, com saldo de 1.412, comércio, 141, agropecuária, pontuando 11, e indústria, que ficou com saldo negativo de -1.541.

A Secretaria de Trabalho, Emprego e Eualificação (Seteq) de Pernambuco destaca que “os números mostram que a área de serviços teve uma recuperação, mas a indústria sofreu uma queda e a agricultura ficou estável". A pasta acrescentou: "Nos municípios de Igarassu e do Cabo, por exemplo, quase todos os desligamentos foram na indústria. Outros também enfrentaram o período de entressafra da cana de açúcar, como Aliança e Timbaúba".

Recife registrou o melhor saldo em todo o Estado, com 1.398 postos de trabalho abertos, sendo a maioria nos setores de serviço e de construção. A cidade de Afrânio se destacou por obter um saldo de 493 empregos. A maior parte das admissões nesta cidade foi no segmento de construção. Petrolina, por sua vez, teve um saldo positivo de 316 contratações.

O Brasil fechou o ano de 2020 com a geração de 142.690 postos de trabalho. “A grande notícia para nós é que, em um ano terrível em que o PIB [Produto Interno Bruno - soma de todos os bens e serviços] caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante coletiva virtual de divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Para ele, o Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEm), criado pelo governo federal durante a pandemia de Covid-19, é um dos responsáveis pelo resultado, já que evitou a demissão de cerca de 10 milhões de pessoas durante o ano passado.

##RECOMENDA##

Pelo programa, empregadores e funcionários fizeram acordos de redução de jornada e salário ou de suspensão de contratos. Como contrapartida, o governo pagou, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), uma porcentagem do seguro-desemprego a que o empregado teria direito se fosse demitido.

“O IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] também soltou dado que confirma esse avanço, essa recuperação da economia brasileira em V [forte queda seguida de forte alta], quando anunciou quase 4 milhões de aumento na população ocupada, quando compara o trimestre de setembro/outubro/novembro sob trimestre anterior, sendo que quase 1 milhão foi de carteira assinada”, destacou Guedes.

De acordo com dados do Caged, de janeiro a dezembro do ano passado, foram 15.166.221 admissões e de 15.023.531 desligamentos. O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 38.952.313 vínculos, o que representa uma variação de 0,37% em relação ao estoque de referência, de 1º de janeiro de 2020.

Demissões em dezembro

Após cinco meses de saldo positivo, em dezembro, o número de demissões superou o de contratações no Brasil, com o fechamento de 67.906 postos de trabalho. De acordo com o ministério, dezembro é um mês “de ressaca” no mercado e essas perdas são comuns.

O ministro Paulo Guedes destacou ainda que essa é a menor perda de empregos desde 1995. “Essas perdas são sazonais. Então vamos comparar com dezembro de 2015, quando o PIB caiu 3,5% no ano, foi uma recessão autoimposta e nós perdemos 596 mil empregos”, disse. Em dezembro de 2019, por exemplo, também foram fechadas 307 mil vagas.

Na avaliação do ministério, o compromisso de manutenção de empregos promovido pelo BEm também contribui para que essa queda em dezembro fosse menor. No mês passado, o Brasil teve 1.239.280 admissões e 1.307.186 desligamentos.

Continuidade do BEm

De acordo com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, o governo avalia, “em conjunto com a evolução dos acontecimentos [da pandemia]”, se deve ou não lançar mão novas medidas emergenciais. “Isso sempre esteve na prancheta, em momento algum deixamos de lado esse pensamento. Mas, obviamente, isso demanda análises das circunstância e políticas que estamos fazendo com o ministro Paulo Guedes e o presidente da República [Jair Bolsonaro]”, explicou.

Além disso, segundo ele, o Ministério da Economia continua trabalhando em medidas estruturantes, como a melhoria do ambiente de negócios, desburocratização e revisão de normas. “Soltamos duas consultas públicas relativas a reestruturações de legislações trabalhistas para facilitar seu manuseio, retirar burocracia, reduzir o custo de contratação e, assim, gerar oportunidade”, contou.

Dados isolados

No acumulado do ano de 2020, apenas o setor de serviços teve saldo negativo nos empregos, com o fechamento de 132.584 postos de trabalho. A construção e a indústria lideram o ranking de contratações, com a criação de 112.174 e 95.588 empregos, respectivamente. Já no mês de dezembro, o comércio foi a única atividade com saldo positivo, com mais 62.599 empregos.

Das cinco regiões do país, quatro tiveram saldo positivo no acumulado do ano, apenas o Sudeste perdeu vagas, queda de 88.785, puxado pelo Rio de Janeiro que, sozinho, fechou 127.155 empregos, enquanto Minas Gerais criou 32.717. No Norte, o destaque é para o Pará, com a criação de 32.789 postos, mais da metade dos 62.265 empregos formais gerados na região.

No Nordeste, o Maranhão, com 19.753, e o Ceará, com 18.546, puxaram o saldo positivo de 34.689 de novos postos de trabalho. No Sul, que teve 85.500 vínculos a mais, Paraná e Santa Catarina geraram 52.670 e 53.050, respectivamente. Já o Centro-Oeste teve Goiás como o principal criador de vagas, com 26.258 das 51.048 da região.

Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em dezembro foi de R$ 1.735,39. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 26,45 no salário médio de admissão, uma variação positiva de 1,55%.

As estatísticas completas do Caged de dezembro e do acumulado de 2020 estão disponíveis na página do Ministério da Economia. Os dados também podem ser consultados no Painel de Informações do Novo Caged.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer nesta quinta-feira (28) que a prioridade para o Brasil é saúde, emprego e renda. Ele voltou a cobrar que o Congresso vote medidas econômicas.

"Esperamos que assim que o Congresso retorne, resolvida a eleição para a presidência da Câmara e do Senado, que o governo possa avançar com as reformas. Há uma série de propostas aprovadas no Senado que estão paradas na Câmara e uma série de medidas aprovadas pela Câmara que estão tramitando no Senado", repetiu.

##RECOMENDA##

Mesmo com o fechamento de 67.906 vagas com carteira assinada em dezembro, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) encerrou 2020 com um resultado positivo em 142.690 vagas.

Comparações

Guedes comparou os resultados do mercado de trabalho formal de 2020 - ano marcado pela pandemia de Covid-19 - com os resultados dos anos de 2015 e 2016, também afetados por uma recessão. "Em 2015, em uma recessão autoimposta, perdemos 596 mil empregos em dezembro. Em dezembro de 2016, ainda em uma recessão causada por erros de política econômica, foram destruídos 462 mil empregos", comparou. "Em 2015 foram fechadas 1,5 milhão de vagas e em 2016 foram destruídos outras 1,3 milhão de empregos", acrescentou.

Ele lembrou que o fechamento de vagas em dezembro é sazonal, mas considerou uma "boa notícia" encerrar o ano com um saldo positivo de empregos, apesar de uma queda estimada 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB). "Quero parabenizar nosso presidente pelo apoio à formulação de políticas. Fechamos o ano com 30 milhões de emprego com carteira, e 11 milhões de vagas preservadas pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm)", completou.

O ministro citou dados do IBGE que apontam um aumento de 4 milhões de pessoas entre os trabalhadores ocupados. Segundo ele, isso reforçaria o entendimento de que a economia brasileira estaria voltando em forma de "V".

Dados divulgados no dia 23 de dezembro de 2020 pela Pesquisa Nacional por Amostra dos Domicílios Covid-19 (Pnad Covid-19), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o Brasil registrou um número recorde de desempregados da série histórica da pesquisa, iniciada em maio: 14 milhões de pessoas sem emprego, realidade que atinge mais fortemente mulheres (taxa de desemprego em 17,2% enquanto para os homens é 11,9%) e negros (pretos e pardos) com 16,85% frente a 11,5% entre os brancos. 

O desalento (índice de pessoas que desistiram de buscar emprego) também aumentou, chegando ao terceiro trimestre de 2020 em 5,7% no País, segundo a Pnad Contínua. Neste cenário desanimador e com a virada do ano, resistem expectativas de trabalhadores e trabalhadoras que, em meio à pandemia de Covid-19 e com o fim do auxílio emergencial pressionando mais ainda os orçamentos familiares, buscam voltar ao mercado pela retomada do emprego com abertura de novas vagas no mercado.

##RECOMENDA##

O ano que se inicia traz boas expectativas para os especialistas no assunto, baseados nos dados de 2020. Para o economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), Rafael Ramos, setores que já vêm apresentando uma melhor recuperação de empregos deverão ter destaque. 

“Tem a agropecuária, que mesmo com a pandemia e a crise econômica, continuou vendendo, exportando. A crise desvalorizou o câmbio e deu incentivo para exportar, especialmente commodities. A construção civil tem saldo positivo [de empregos], vem crescendo impulsionada pela taxa de juros em 2%, que favorece o financiamento de imóveis. Esses dois setores provavelmente deverão ser os que mais irão contribuir para a retomada de empregos”, explica Ramos.

Apesar de a recuperação das vagas de emprego ser mais lenta que a da economia, Rafael acredita em um 2021 superior a 2020. “Se espera que a conjuntura como um todo melhore em 2021. O principal motivo é a expectativa para ter uma vacina em 2021, a gente não espera que vá haver um novo lockdown”, diz o especialista. Segundo ele, a projeção é que todos os setores tenham um resultado melhor que em 2020. “Comércio e serviços pela inovação criada esse ano, e-commerce, setores que podem ter benefícios. Creio que comércio, serviços, agropecuária, é provável sim que todos mostrem desempenho melhor. Pode não ser positivo, mas a expectativa é que o desempenho seja melhor”, afirma ele com base em dados fornecidos pela Pnad e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mantido pela Secretaria do Trabalho, órgão que integra a pasta da Economia.

O ritmo acelerado de áreas ligadas à tecnologia como TI e e-commerce é visto com muito bons olhos pelo economista. Segundo ele, esses setores, especialmente no ramo da Tecnologia da Informação (TI), assim como o comércio eletrônico, “trazem desenvolvimento de inovação e acabam atuando na geração de emprego". "TI é serviço, mas vai atuar no comércio, agropecuária, indústria, no próprio setor de serviço. Ele vai atuar em todos os setores e acaba puxando os demais”, acrescenta.

Rafael explica que uma das razões para o otimismo em relação ao ano que se inicia é a reação em ritmo acelerado após a flexibilização de medidas restritivas que têm o objetivo de frear a contaminação pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Apesar disso, a retomada da empregabilidade é um processo que leva mais tempo. “É comum o emprego demorar mais. A gente vem vivendo de choques com crises em 2015 e 2016, greve de caminhoneiros, guerra comercial EUA x China e se o setor produtivo não investe rápido, com comportamento conservador do investidor no cenário incerto, a geração de emprego tem freio pelas reduções de investimentos”, explana o economista.

Apesar das boas expectativas, nem tudo está indo tão bem como poderia. André Morais, economista do Conselho Regional de Economia de Pernambuco (Corecon-PE), até faz uma previsão positiva para a geração de empregos em 2021, indicando uma melhor recuperação não apenas nos setores da construção civil e agropecuária, mas também na indústria. No entanto, mesmo ela enfrenta alguns problemas, como a dificuldade de suprir o mercado que reabriu antes que a operação industrial fosse plenamente retomada e pudesse suprir a demanda por produtos, levando até à escassez de certos ítens, como a construção civil. 

“Isso deu muito impacto na inflação, porque a gente teve a questão do auxílio-emergencial que deu um fôlego, mas quando chegar o próximo IBC-BR, a gente vai ver o impacto da restrição e retirada do auxílio. Esse é o medo da gente, porque ele [o auxílio] reduziu, mas depois de dezembro acabou. Tem muita gente desempregada, tem muita gente desalentada, aquela pessoa que já procurou tanto emprego que desanimou e já desistiu. Aí começa a ter uma migração para o autônomo, só que não é uma coisa imediata. O problema é ter gente aí que vai sofrer”, afirma o economista.

De acordo com André, os setores de serviços e comércio, que têm uma grande participação na composição do Produto Interno Bruto (PIB), são os que mais empregam e vêm enfrentando ainda muitas dificuldades para reagir devido às restrições impostas pela pandemia. Para ele, apenas a partir do momento em que houver vacinação contra a Covid-19, esses dois setores-chave para a economia vão começar a recuperar os empregos perdidos, estimulando outros segmentos.

“A grande mudança virá dos setores de comércio e serviços e eles só vão reagir como a gente imagina com a vacina. Estamos falando de dois setores que vão voltar com algo em torno de 500 mil vagas, fora o impacto que esse retorno vai ter nos outros setores. Virando 2021, eu acredito que o setor de construção civil, deve ter impacto pelo menos no curto prazo. Os outros devem continuar [contratando], porque o setor agro importou muito, se beneficiando do dólar alto. A indústria parte exporta, parte produz internamente”, analisa.

LeiaJá também

--> 2020: Pequenos negócios foram os que geraram mais empregos

--> Desemprego recorde: os setores que mais demitiram em 2020

Diante do melhor resultado da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com saldo de 414.556 no mercado formal em novembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que o Brasil está retomando a sua economia em V e "surpreendendo o mundo". Guedes ainda afirmou que as "reformas prosseguiram", mesmo com um ritmo "um pouco lento".

"Mas seguem acontecendo". "Quando observamos serviços e comércios, foram exatamente os setores mais atingidos pela pandemia. E a economia voltou em V como eu tinha antecipado, como poucos acreditaram, confirmando nossas expectativas, em vez da destruição de empregos, como nas crises de 2015 e 2016, nós já estamos antes de chegar o dado de dezembro com 227 mil empregos criados", disse Guedes após a divulgação dos dados do Caged. O ministro destacou que em 2015 e 2016, quando crises foram criadas por "erros" na economia, segundo Guedes, os anos encerraram com fechamento de vagas na ordem de 1,5 milhão.

##RECOMENDA##

"Agora com a pandemia, que é questão de fora, criamos empregos", disse o ministro. Segundo os dados do Caged divulgados nesta quarta, novembro foi o quinto mês consecutivo de saldo positivo. Com o resultado, o saldo líquido do acumulado em 2020 se inverte e fica positivo, com 227.025 vagas.

Vacinação

Ao comemorar os dados do Caged, Paulo Guedes, voltou a destacar a importância da vacinação em massa contra a Covid-19 para a recuperação econômica. "Para o ano que vem, nossa esperança vai ser a vacinação em massa para salvar vidas, garantir retorno seguro ao trabalho e garantir a retomada econômica", disse o ministro.

"Foi um ano muito difícil, quero mandar abraço afetuoso a brasileiros pela resiliência e fraternidade no enfrentamento a pandemia. Foi um ano muito difícil para todos nós, o que espero agora é que se mantenham em boa saúde, celebrem a vida com as famílias", afirmou.

"Só o negacionismo pode negar os números (de hoje do Caged). Eles estão aí, ano de geração líquida de empregos. Não imagino que isso (emprego) tenha acontecido em qualquer outro país no mercado formal. Seguimos preocupados com invisíveis, vamos cuidar disso a frente também", finalizou Guedes.

Em um levantamento feito pelo 'Quero Bolsa', plataforma de vagas e bolsas de estudo de ensino superior, aponta que no estado de São Paulo, em 2019, apenas 3,68% dos contratados para cargos de liderança eram negros (pardos ou pretos). A pesquisa foi feita utilizando os dados do Cadastro Geral de Empregado e Desempregados (Cadeg).

Para isso, foram analisadas todas as contratações de ocupações de direção e gerência de pessoas com diploma de ensino superior, em 2019. De acordo com a pesquisa, ao todo, no Estado foram 58.083 admissões desse tipo. Dessas, 2.140 foram  de negros (3,68%) e 41.042 (70,66%) foram de profissionais brancos.

##RECOMENDA##

Além disso, negros recebem menos que brancos nesses cargos. O salário médio de um profissional branco foi de R﹩ 8.692,41, isso significa 8% a mais que os R$  8.056,41 recebidos por profissionais negros. A pesquisa ainda aponta que comparando em gêneros, mulheres também estão menos inseridas nesses cargos que homens.

Foram 25.029 (43,09%) profissionais femininas, enquanto 33.054 homens foram contratados (56,91%). “Quando fazemos o recorte de raça, chegamos à conlusão de que homens negros representam apenas 2,24% dos cargos de liderança. Olhando para mulheres negras, esse percentual cai bem mais, chegando a 1,45%. No caso de homens brancos, a taxa representa 39,77%. Ou seja, homens brancos preencheram mais que 1675% cargos de liderança que homens negros e mais que 2642% a mais que mulheres negras”, informa o levantamento feito pelo Quero Bolsa.

Em Pernambuco, o mercado de trabalho segue amargando os efeitos da pandemia da Covid-19. Nesta terça-feira (28), a Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação (STEQ), a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), informou que 20.651 trabalhadores foram desligados no mês de junho, enquanto o número de contratados com carteira assinada foi de 17.387.

O saldo entre admissões e demissões ficou negativo: -3.264 postos de trabalho. Para termos uma noção mais clara acerca da séria crise econômica no Estado, o saldo em junho de 2019 ficou em –253 empregos.

##RECOMENDA##

De acordo com o secretário da STEQ, Alberes Lopes, o atual cenário apresenta resultados que divergem entre os setores da economia. "Tivemos um saldo positivo de empregos na área de agricultura, na indústria, de modo geral, na construção, na saúde e nos serviços sociais. Mas continuamos com perdas no comércio. Um exemplo é o Polo de Confecções do Agreste do Estado e a área de serviços, que inclui o setor de alojamento e hotelaria. Temos a esperança de que todos os profissionais e empresas estão dando o seu melhor para ter segurança na retomada do seu trabalho para que possamos recuperar os empregos e a vida com a normalidade possível.  O governador Paulo Câmara e toda equipe dele estão empenhados nesse objetivo todos os dias", comentou Lopes, conforme informações da assessoria de imprensa da Secretaria.

O levantamento do Caged mostra que, no acumulado do ano, 214.144 pessoas foram demitidas em Pernambuco. O número de contratações, por sua vez, ficou em 146.248. Nesse recorte geral, o saldo é de –67.896 postos de trabalho. “O maior impacto engloba os meses de março e abril, os de maior isolamento social, quando 55.630 pessoas ficaram desempregadas, no auge do contágio provocado pela Covid-19, associado à sazonalidade negativa da agroindústria canavieira”, acrescentou a STEQ.

Cenário nacional

Ainda segundo o Caged, o Brasil teve, em junho deste ano, 906.444 desligamentos e 895.460 contratações. O salto negativo foi de 10.984 empregos. “No acumulado do ano, houve 6.718.276 admissões e 7.916.639 demissões, resultando um total de 1.198.363 empregos perdidos. Os setores de maiores perdas foram serviços (-507.708), comércio (-474.511), indústria em geral (-246.593), construção (-32.092). Em relação ao mês de junho de 2019, o País sofreu perdas. Naquele ano, o saldo foi positivo de 48.436 empregos formais gerado”, concluiu a Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação.

A Secretaria de Trabalho, Emprego e Qualificação divulgou, nesta segunda-feira (29), que Pernambuco contabilizou 23.839 demissões em maio deste ano. O número de admissões no mesmo período, por outro lado, foi de 16.887 contratações.

O levantamento levou em consideração dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No saldo entre contratações e demissões, o registro ficou negativo, com menos 6.952 postos de trabalho formais. De acordo com a Secretaria, esse saldo é melhor que o do último mês de abril, quando “24.965 pessoas com carteira assinada foram desligadas no auge da pandemia provocada pelo novo coranavírus (Covid-19)”.

##RECOMENDA##

“O setor que mais gerou empregos, contudo, foi o de administração pública, com destaque para a saúde e serviços sociais, tendo um saldo positivo de 1.236 contratações, o segundo maior número do Nordeste. A Bahia, por exemplo, tem uma população maior e teve saldo 1.305 admissões neste período mencionado”, informou a Secretaria, por meio da sua assessoria de imprensa.

Para o secretário de Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, o fluxo de contratações em serviços públicos tem a participação do Governo de Pernambuco. "O resultado positivo de contratações na gestão pública mostra a preocupação do governo estadual e de alguns municípios com a vida de seus moradores", disse, conforme informações da assessoria.

O levantamento aponta ainda que o comércio registrou 2.404 demissões no Estado, ao mesmo tempo em que o segmento de serviços sofreu o desligamento de 2.023 empregos. Se levarmos em consideração o acumulado do ano, de janeiro a maio de 2020, Pernambuco amargou 63.558 mil demissões.

Apesar dos números de desligamentos, Alberes Lopes mantém esperança na recuperação da economia pernambucana. "Tenho muita esperança que possamos conviver com o novo normal. Em Tacaratu, por exemplo, vários empregos vão ser gerados na área de energia eólica e vamos em breve anunciar. O governo Paulo Câmara está bastante empenhando nessa missão de dar proteção aos pernambucanos e voltar a gerar trabalho", disse o secretário.

A pandemia do coronavírus levou ao fechamento de 1,487 milhão de vagas com carteira assinada entre março, quando foi registrado o primeiro caso de covid-19 no país, e maio. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira, 29, pelo Ministério da Economia. No mês de maio, o saldo líquido entre a abertura e o fechamento de vagas foi negativo em 331.901 empregos.

O resultado de maio decorre de 703.921 admissões e 1,035 milhão de demissões. Esse foi o pior resultado para o mês da série histórica, que tem início em 1992. Em maio de 2019, houve a abertura de 32.140 vagas.

##RECOMENDA##

No acumulado do ano, o saldo do Caged foi negativo em 1,144 milhão de vagas, o pior desempenho da série histórica disponibilizada (2010).

Todos os setores econômicos registraram saldo negativo de empregos em abril, mês inteiramente afetado pela pandemia do novo coronavírus, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira, 27. O fechamento foi puxado pelo setor de serviços, com saldo negativo de 362.378 vagas.

Em segundo lugar, veio comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, com fechamento de 230.209 vagas. A indústria em geral foi responsável por um resultado negativo de 195.968 postos, e a construção perdeu 66.942 vagas. Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foram os setores que menos fecharam postos, com saldo negativo de 4.999.

##RECOMENDA##

Dentro do setor de serviços, o pior resultado ficou Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 129.151 vagas fechadas. Em seguida vem Alojamento e alimentação, que perdeu 127.876 postos. Em terceiro está Transporte, Armazenamento e correio (-51.067), outros serviços (-30.748), Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-23.503), e Serviços domésticos (-33).

No acumulado de janeiro a abril, o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve saldo positivo de postos em 10.032. Os outros setores todos ficaram com resultados negativos. O pior resultado entre janeiro e abril foi de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com fechamento de 342.748 vagas. Depois vem o setor de serviços, com menos 280.716 postos. Em seguida está Indústria geral (-127.886), e depois Construção (-21.837).

Meses

Em janeiro, o setor de agricultura, produção florestal, pesca e aquicultura teve saldo positivo de 16.447 vagas. Em fevereiro, foram 5.233 postos. Em março, o resultado se torna negativo, com fechamento de 6.649 vagas. Na indústria geral, janeiro registrou criação de 58.364 vagas e em fevereiro foram 41.804 postos. Já em março, o resultado é revertido e 32.086 vagas são fechadas. Na construção, o saldo foi positivo em janeiro com 34.441 postos. Fevereiro teve resultado positivo de 26.229. Em março, o fechamento de vagas ficou de 15.565.

No Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas já foi registrado saldo negativo em janeiro, com fechamento de 50.922 vagas. Em fevereiro, houve criação de 12.986 postos, e em março, fechamento 74.603 vagas. Em serviços, o saldo foi positivo em janeiro, com 54.844 postos. Em fevereiro, foram 138.585 vagas criadas. Em março, o número reverte e 111.767 vagas são fechadas.

A pandemia de Covid-19 forçou as pessoas a ficarem em casa e empresas a fecharem as portas por todo o mundo para proteger a saúde da população, uma vez que ainda não se conhecem nenhuma vacina ou tratamento eficaz para a doença. O isolamento social é, de acordo com as autoridades de saúde, o único meio eficiente de reduzir o número de contágios.

Com a redução do faturamento e sem reservas ou auxílio suficiente para se manter durante esse período, muitas empresas têm fechado ou demitido funcionários. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 30 milhões de postos de trabalho fecharam ainda no primeiro trimestre de 2020, no mundo inteiro, devido ao Sars-Cov-2. No Brasil, a realidade não é diferente.

##RECOMENDA##

Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) prevê que o desemprego chegue a 17,8% em 2020. A auxiliar em saúde bucal Maria joelma Alves Barboza de Souza, de 37 anos, foi demitida no dia 17 de março após três anos trabalhando em um consultório. “Não foi impactante porque era esperado para a situação que estávamos vivendo, dependemos dos lucros do consultório e ele foi fechado. O dono chamou na sala, explicou a situação e aceitei, não há o que fazer, entendi a situação dele em não poder custear os gastos. Estamos todos esperando uma onda de boas notícias; estamos nos encorajando porque a esperança nos fortalece”, diz.

Situação semelhante é enfrentada por Kaline Batista de Lima, de 28 anos, que trabalhava há 3 meses como correspondente bancária em uma pequena empresa recém-aberta. Inicialmente, os trabalhadores foram enviados para home office, porém, duas semanas depois, as demissões foram comunicadas. “Aqui na minha família, menos mal que só eu perdi o emprego, mas mesmo assim a gente está dependendo quase que praticamente do salário da minha irmã e a empresa já ameaçou fazer cortes em salários e no quadro de funcionários. O sentimento de desamparo, impotência, uma incerteza grande demais do que vai acontecer daqui para a frente. O governo muito provavelmente vai cuidar primeiro dos empresários prejudicados, para só então o proletário ter chance de algo”, afirma.

Por que a divulgação parou?

Uma pergunta muito importante e pertinente de ser respondida pelas autoridades nesse momento é a seguinte: Quantas pessoas perderam o emprego por causa do novo coronavírus? No Brasil, até então, não há resposta oficial. Desde janeiro de 2020, o Governo Federal não divulga dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que é um registro permanente de admissões e dispensa de empregados, publicado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

De acordo com uma nota oficial à imprensa divulgada no dia 30 de março, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia afirma que “a falta de prestação das informações sobre admissões e demissões por parte das empresas” inviabilizou a consolidação dos dados do Caged, e que “na presença de subdeclaração, podem comprometer a qualidade do monitoramento do mercado de trabalho brasileiro”.

Assim, o Ministério da Economia declara que a suspensão da divulgação dos dados foi decidida “no intuito de não comprometer o uso, o rigor metodológico e a qualidade dos dados do Caged” e também que “tem entrado em contato com as empresas para que retifiquem e reenviem os dados e tem expedido comunicados no portal do eSocial a fim de reforçar a importância do preenchimento das informações”.

O único dado oficial disponível sobre desemprego atualmente é fornecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da medição da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, que não registra apenas trimestres usuais, mas também períodos móveis, como fevereiro, março e abril, ou março, abril e maio. A última taxa divulgada pelo Instituto apontava para um desemprego em ascensão de 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, atingindo 12,3 milhões de trabalhadores.

Há, segundo especialistas, outra razão além das dificuldades enfrentadas pelas empresas devido ao novo coronavírus para que o Caged não esteja sendo divulgado. De acordo com o professor do departamento de Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Sidartha Soria e Silva, que também é coordenador do Observatório do Mercado de Trabalho da UFPE, uma das razões é a migração de diversas bases de dados do governo para o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), a fim de unificá-las. “Desde 2018, no âmbito do Ministério da Saúde, trabalho, previdência, trabalho e assistência social, estava rolando uma conversa de unificar as bases de dados, estavam promovendo um processo de transição para o eSocial. Começou a gerar problema no fluxo dos dados ao longo do ano passado e como esse processo estava dificultado, os técnicos tiveram que ir resolver esse quebra-cabeça. Com a pandemia, você começa a ter fechamento de escritórios de contabilidade que faziam esse processo de prestação dos registros das empresas que entram no parafuso”, explica o professor.

Os Observatórios do Mercado de Trabalho têm como objetivo realizar monitoramentos, com apoio do Ministério do Trabalho, gerando estudos, análises de dados e pesquisas aplicadas sobre o mercado para as superintendências regionais do trabalho de cada estado, além de atender a outros órgãos - que encomendem estudos  -e à imprensa. Para o professor Sidartha, que coordena o observatório da UFPE, não é possível realizar estudos e análises sem dados oficiais consolidados e existe um terceiro fator que causa o apagão de dados oficiais sobre o desemprego na pandemia de Covid-19: a falta de interesse do governo em sua publicidade. “Não é novidade que eles não têm apreço pela ciência e estudo das questões que pautam a esfera pública. Os observatórios foram sofrendo ao longo dos anos porque começou com o Temer e piorou com Bolsonaro. Para mim, está claro que não é prioridade do governo ter dados disponíveis para população o mais rápido possível, porque você mostraria o número de demissão e isso obviamente para esse governo seria muito ruim. Porque permite que ele possa inventar narrativas em redes sociais se eximindo de governar. Se você não sabe o que está acontecendo, pode dizer qualquer coisa, isso é o maior problema de estar voando às cegas sem informação sobre o que está acontecendo com o emprego”, afirma o coordenador do Observatório da UFPE.

As consequências do apagão de dados oficiais sobre mercado de trabalho são as mais diversas possíveis e vão desde a dificuldade de elaboração de políticas públicas para geração de trabalho e renda até a fuga de investidores estrangeiros do país. “Se o gestor sabe onde os empregos somem mais, pode fazer uma política mais localizada. A gente não tem como fazer nada disso. Se nós não temos como dizer, além de ver a olho nu os comércios fechando e a geração ruim de vagas, como o governo vai pensar em geração de emprego e renda se não sabe como vai o mercado de trabalho? Como vai pensar economia, como vai administrar a economia? É grave no ponto de investimentos. Que investidor estrangeiro vai colocar dinheiro no Brasil sem saber o que está acontecendo aqui? Seria assinar um cheque em branco, eles não vão fazer isso. O governo não consegue planejar políticas de emprego e renda, o investidor privado não consegue planejar política de negócio sem dados”, diz o professor Sidartha.

O professor de economia da UFPE e consultor de empresas Ecio Costa considera importante a divulgação dos dados oficiais de empregabilidade para que se tenha uma real dimensão do cenário de emprego no país durante a pandemia, além de destacar outra consequência danosa causada pela falta da divulgação dessas informações: dificuldades na retomada econômica. “No período de retomada econômica após a pandemia, se você não tem o número de desempregados sendo informado, você também vai ter dificuldades para poder fazer políticas de recolocação das pessoas no mercado de trabalho. Aquela modalidade de carteira de trabalho verde amarelo, modalidade de contrato, quando você tem uma taxa de desemprego muito alta e ela é apresentada à sociedade, uma política como essa provavelmente mais facilmente seria aprovada a nível de congresso se você tivesse uma informação como essa”, afirma o especialista.

A impossibilidade de monitoramento da efetividade das medidas adotadas pelo governo para tentar retomar os empregos também fica prejudicada, na visão do professor, uma vez que a sociedade não tem acesso aos dados de emprego e desemprego. “Como que a gente vai saber se a política está sendo eficaz, se ela está sendo utilizada realmente, quais os resultados para manutenção dos empregos? O governo anunciou que até o momento foram mantidos 4,6 milhões de empregos através dessa política, mas a gente não vê os dados sendo publicados para afirmar isso”, aponta o professor.

Ele também indica uma dificuldade para estruturar e mensurar programas sociais diante do desconhecimento não apenas da empregabilidade, mas consequentemente do nível de renda da população e de sua disposição ao consumo. “À medida que você tem uma queda no emprego, a renda disponível para o consumo também cai, então quando você não mede essa taxa de desemprego, você não sabe como a renda disponível para consumo vai estar funcionando, como vai estar disponível e qual o montante dela. Além disso, os programas sociais ficam difíceis de serem mensurados, porque você não tem a informação oficial sendo apresentada”, afirma Ecio.

O mercado de trabalho, que ainda se recupera timidamente, reage de diferentes formas pelo interior do País. Enquanto as cidades ligadas ao agronegócio e à mineração viram o emprego voltar, nas mais dependentes de grandes projetos de infraestrutura e de setores em situação crítica, como a indústria naval, a crise não passou.

Pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na última semana pelo Ministério da Economia, o Brasil gerou 644 mil vagas com carteira em 2019.

##RECOMENDA##

Enquanto quatro regiões se dividem entre as maiores geradoras de emprego, o Nordeste tem cinco das dez cidades que mais perderam vagas.

As duas maiores cidades brasileiras tiveram destinos opostos em 2019. Enquanto o saldo de empregos formais (a diferença entre postos abertos e fechados) foi positivo em 80,8 mil vagas em São Paulo, o Rio de Janeiro encerrou o ano com saldo negativo de 6,6 mil postos. A capital paulista foi beneficiada por resultados melhores na construção civil, intensiva em mão de obra, mas os cariocas sofrem com a falta de investimentos.

Fora das capitais, Barueri (SP) foi um dos destaques positivos de 2019. A cidade ficou na sexta posição entre as que mais geraram postos: foram 7,5 mil a mais, sobretudo pela atração de prestadoras de serviços que se mudaram de cidades da região.

Já a pequena Parauapebas, no sudoeste do Pará, também está entre as dez campeãs do emprego formal, com 5,7 mil novos postos. A região foi beneficiada por um novo projeto da Vale, de uma planta de beneficiamento de cobre. Este ano, devem ser empregadas 3 mil pessoas.

Ano ruim

Longe dali, a pernambucana Ipojuca, na região metropolitana do Recife, teve um 2019 difícil. No ano passado, o estaleiro Atlântico Sul praticamente suspendeu as atividades e não tem encomendas de novos navios prevista. A estimativa é que só o setor de material de transporte tenha fechado 2.284 vagas e aberto só 20.

O eletricista Marcilio José Elias, de 35 anos, é um dos que sentiram a queda do emprego na cidade. Ele, que ganhava R$ 1.500 por mês, hoje sobrevive de bicos e lamenta a falta de emprego fixo. "Não consigo enxergar uma melhora. Aqui, nós temos o Complexo de Suape com fábricas instaladas, mas não há políticas públicas para que as pessoas tenham capacitação."

Segundo o governo de Pernambuco, foram tomadas medidas para amortecer a perda de empregos na região, que devem surtir efeito no médio prazo. "Ao todo, 120 empresas foram atraídas ao Estado e há expectativa de gerar ao menos 22 mil empregos nos próximos anos."

Já no Rio Grande do Sul, Candiota sofreu após a conclusão das obras da usina termoelétrica Pampa Sul. No ano passado, foram fechadas 2,4 mil vagas, o pior desempenho entre todos os municípios do sul do País. De acordo com a prefeitura, muitos trabalhadores ocupavam postos temporários.

Vitória do Xingu (PA) também sentiu o crescimento acelerado, com a abertura de vagas temporárias. A cidade dobrou de tamanho na última década com as obras da Hidrelétrica de Belo Monte. Após idas e vindas, a última das 18 turbinas foi ligada em novembro. Com o fim da obra, a cidade perdeu 1,9 mil postos. Segundo a Norte Energia, a usina conta com 2 mil trabalhadores.

"Foi a melhor notícia que tive"

Sônia Maria de Souza Silva, de 48 anos, pôde se recolocar no mercado de trabalho, após um ano e meio de espera. Moradora de Dourados (MS), a historiadora trabalhava na área administrativa de uma empresa, que fechou as portas pouco após ela ser demitida.

Sem emprego, ela tentou montar um bistrô, mas o negócio não foi para frente. No período em que ficou desempregada, acumulou dívidas. "Foi um dos piores momentos da minha vida. Tive de pedir dinheiro emprestado, contraí dívidas no banco e passei dificuldades. Foi muito constrangedor", diz.

Na mesma época, ele teve de ajudar uma das filhas, que adoeceu e ficou sem trabalho. "Foram quatro meses de espera por uma cirurgia. Minhas outras duas filhas também dependem de mim. Sobrevivemos com o pouco dinheiro que meu marido ganhava, como mecânico de carros autônomo", revela.

Hoje, Sônia respira mais aliviada. No início do mês de novembro passado, conseguiu uma vaga de vendedora numa loja de calçados. "Foi a melhor notícia que eu tive. Pude voltar a ter esperança. Hoje, a expectativa é de melhorar de vida."

Ela conta que agora dá até para sonhar em exercer a sua profissão. "Me formei em 2000 em história e cheguei a trabalhar por oito anos dando aulas em escolas particulares. Depois da crise, fui para o emprego que apareceu. Com as coisas melhorando, dá para voltar a acreditar." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na saída da maior recessão da história do País, o presidente da República, Jair Bolsonaro, gerou menos empregos formais em seu primeiro ano de governo que seus antecessores petistas, que iniciaram seus mandatos em ciclos econômicos mais favoráveis. Com a economia ganhando tração a partir do segundo semestre do ano passado, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou saldo positivo de 644.079 vagas com carteira assinada em 2019, o melhor resultado desde 2013.

Em seu primeiro ano de governo, em 2003, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve um resultado um pouco melhor no Caged, com a abertura líquida de 825.133 postos de trabalho. O resultado, porém, representou uma queda em relação aos 975.200 empregos criados em 2002, último ano do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

##RECOMENDA##

No primeiro ano do segundo mandato de Lula, em 2007, a geração de empregos formais chegou, por sua vez, a 1,893 milhão, crescendo sobre o saldo positivo de 1,485 milhão do ano anterior.

O governo da ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) marcou o início da trajetória de queda no ritmo de criação de vagas, ainda que tenha se iniciado com números ainda robustos no mercado de trabalho. Após o recorde de 2,543 milhões de vagas em 2010 (ainda no governo Lula), o primeiro ano de Dilma à frente do Planalto registrou um Caged positivo em 1,944 milhão de empregos em 2011.

Com uma sequência de crescimentos cada vez menores, o primeiro ano do segundo mandato de Dilma representou uma inversão completa na dinâmica do emprego no País, com o fechamento de -1,542 milhão de postos de trabalho em 2015.

Mesmo com o impeachment da ex-presidente no ano seguinte, o governo de Michel Temer (MDB) - que assumiu o País em maio de 2016 - ainda registrou o fechamento de 1,321 milhão de vagas naquele ano.

O primeiro resultado positivo após a recessão que marcou a saída do PT do governo federal ocorreu apenas em 2018, com a abertura de 529.554 vagas no último ano de Temer no Planalto.

O mercado de trabalho brasileiro criou 70.852 empregos com carteira assinada em outubro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia. Esse foi o sétimo mês consecutivo de abertura de vagas formais.

O saldo de outubro decorre de 1,365 milhão de admissões e 1,294 milhão de demissões. Esse foi o melhor resultado para o mês desde 2017, quando foram criadas 76.599 vagas no décimo mês do ano. Em outubro do ano passado, houve abertura líquida de 57.733 vagas, na série sem ajustes.

##RECOMENDA##

O resultado de outubro ficou dentro do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de abertura de 55.000 a vagas a criação de 150.000 vagas, com mediana positiva de 76.000 postos de trabalho.

No acumulado de janeiro a outubro de 2019, o saldo do Caged foi positivo em 841.589 vagas, o melhor desempenho para o período desde 2014, quando a abertura de vagas chegou a 912.287, na série com ajustes. Em 12 meses até outubro, houve abertura de 562.186 postos de trabalho.

Setores

O resultado do mês foi puxado pelo comércio, que gerou 43.972 postos formais, seguido pelo setor de serviços, que abriu 19.123 vagas de trabalho.

Também tiveram saldo positivo no mês a indústria (8.946 postos), a construção civil (7.294 postos) e a extração mineral (344 postos).

Por outro lado, a agropecuária fechou 7.819 vagas em outubro, enquanto os serviços industriais de utilidade pública tiveram fechamento líquido de 581 vagas no mês. A administração pública também encerrou 427 vagas.

Salário médio de admissão

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada teve alta real de 2,03% em outubro de 2019 ante o mesmo mês de 2018, para R$ 1.597,31, segundo dados do Caged. Na comparação com setembro, porém, houve queda de 0,48%, informou o Ministério da Economia.

O maior salário médio de admissão em outubro ocorreu na administração pública com R$ 2.611,13. Já o menor salário médio de admissão foi registrado na agropecuária, com R$ 1.360,10.

O mercado de trabalho brasileiro criou 157.213 empregos com carteira assinada em setembro de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados foram antecipados pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) e confirmados nesta quinta-feira, 17, pelo Ministério da Economia.

De acordo com a pasta, um problema técnico deixou parte dos dados temporariamente visível no sistema, o que levou à antecipação da divulgação para esta quinta-feira.

##RECOMENDA##

O saldo de setembro decorre de 1,341 milhão de admissões e 1,184 milhão de demissões. Esse foi o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram criadas 211.068 vagas no nono mês do ano.

O resultado de setembro ficou um pouco acima do teto do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de abertura de 100.000 a 157.000, com mediana positiva de 133.628 postos de trabalho.

No acumulado de 2019, o saldo do Caged foi positivo em 761.776 vagas. Em 12 meses até setembro, houve abertura de 548.297 postos de trabalho.

Setores

O resultado do mês foi puxado pelo setor de serviços, que gerou 64.533 postos formais, seguido pela indústria da transformação, que abriu 42.179 vagas e comércio, com 26.918 postos.

Também tiveram saldo positivo no mês a construção civil (18.331 postos), a agropecuária (4.463), a extração mineral (745 postos) e a administração pública (492 postos).

Já os serviços industriais de utilidade pública fecharam 448 vagas em setembro, enquanto o comércio teve fechamento líquido de 3.007 vagas no mês.

A criação de empregos com carteira assinada teve saldo positivo em junho, com a criação de 48.436 vagas. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Economia.

O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. O saldo positivo em junho foi resultado de 1.248.106 admissões contra 1.199.670 desligamentos ocorridos no período.

##RECOMENDA##

O resultado de junho foi o melhor para o período desde 2013, quando, no mesmo mês, foram geradas 123.836 vagas. Em junho de 2018 foram registradas mais demissões do que contratações, gerando saldo negativo de 661 vagas.

No primeiro semestre deste ano, foram criados mais 408.500 postos de trabalho ( 8.221.237 admissões e 7.812.737 desligamentos), o maior saldo para o período desde 2014 quando foram criadas 588.671 vagas. No mesmo período do ano passado, o saldo foi de 392.461 vagas.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando