Tópicos | camarão

A morte por alergia a alimentos é um evento considerado muito raro. Segundo a Organização Mundial de Alergia ocorrem, por ano, no máximo 0,32 casos por milhão de pessoas. Mas foi o que aconteceu com o influenciador digital Brendo Yan, de 27 anos, do Rio Grande do Norte, que apresentou uma forte reação alérgica depois de comer um bolinho de camarão e acabou morrendo na última quarta-feira, 26.

A alergia alimentar é uma resposta exacerbada do organismo a determinadas proteínas presentes em alguns alimentos que são reconhecidas erroneamente como agressoras pelo sistema imunológico e, por conta disso, atacadas. Os sintomas podem ser leves, como reações cutâneas, e gastrointestinais, até outros mais graves, como reações nas vias aéreas e cardiovasculares.

##RECOMENDA##

A reação mais grave e potencialmente letal é a anafilaxia, com comprometimento do sistema cardiocirculatório, hipotensão e choque. Em questão de minutos a pessoa pode morrer se não for imediatamente tratada com adrenalina. Foi o que aconteceu com Brendo Yan. Ele chegou a ser socorrido e ficou quatro dias internado, mas, mesmo assim, não resistiu.

"Esses desfechos fatais são raros e nos deixa muito triste até porque são preveníveis em pelo menos dois estágios", afirmou a médica Ana Paula Moschione Castro, alergista e imunologista da USP e diretora da Clinica Croce. "O primeiro deles, para quem sabe que tem alergia, é evitar a ingestão do alimento. Mas sabemos que, às vezes, ele pode estar escondido em alguma preparação ou sob uma rotulagem inadequada. O segundo é, uma vez iniciada a reação, reconhecer a gravidade e tomar as medidas para reduzir o risco de morte."

A principal medida, segundo a especialista, é tomar uma injeção de adrenalina o mais rapidamente possível. Em pelo menos um terço dos países do mundo os pacientes têm o direito de carregar consigo uma adrenalina autoinjetável para ser usada nessas circunstâncias. No Brasil, isso não é permitido. Portanto, a única medida possível é se encaminhar ao hospital mais próximo para tomar a adrenalina.

"Nesses casos, quando há o acometimento de dois sistemas ao mesmo tempo, como o cutâneo e o respiratório, não adianta tomar antialérgico", alerta a especialista. "É preciso ir para o pronto-socorro mais próximo para receber a adrenalina."

No Brasil, não há estatísticas oficiais, mas a prevalência de pessoas alérgicas a alimentos se assemelha à internacional, segundo especialistas. Até os 2 anos de idade, cerca de 8% das crianças têm algum tipo de alergia alimentar, geralmente a leite, ovos e trigo. Esse tipo de alergia, em muitos casos, é reversível conforme a criança envelhece. Entre os adultos, a prevalência é de 2%. Neste caso, os principais vilões são os frutos do mar, com destaque para o camarão, os peixes, o amendoim e as castanhas em geral.

"Mas qualquer pessoa, em qualquer momento da vida, está sujeita a ter uma reação alérgica. Pode ter comido camarão a vida toda sem problemas e, um dia, apresentar alergia", alertou o especialista Alex Lacerda, do Departamento Científico de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). "Nas pessoas que já sabem que têm alergia, erros comuns são achar que se comer só um pouquinho não terá reação ou que se tomar um antialérgico antes não terá reação. A medicação antes não previne a anafilaxia."

Após recurso do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal reformou decisão que tinha absolvido o sargento reformado do Exército Antônio Waneir Pinheiro de Lima, que atuou na chamada Casa da Morte. O TRF2 determinou que a ação penal contra ele retome seu curso, já que seus crimes não estão protegidos pela Lei da Anistia e não prescrevem.

Conhecido pelo apelido de Camarão, o sargento já havia se tornado réu por sequestro, cárcere privado e estupro da militante política Inês Etienne Romeu – única sobrevivente da Casa da Morte, localizada em Petrópolis (RJ).

##RECOMENDA##

O acórdão reforça o entendimento de que o Brasil, por ser signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos, deve seguir a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que determinou que o país investigue e puna crimes contra a humanidade praticados pelos agentes estatais, não podendo considerar-se um obstáculo à investigação ou processo leis internas de anistia e prescrição, como é o caso dos autos.

Segundo o MPF, os crimes imputados ao militar foram comprovadamente cometidos contra Inês Etienne Romeu num contexto de ataque sistemático e generalizado contra a população civil brasileira.

“As torturas, execuções sumárias e desaparecimentos forçados cometidos por agentes de Estado no âmbito da repressão política constituem graves violações a direitos humanos, para fins de incidência dos pontos resolutivos 3 e 9 da decisão, os quais excluem a validade de interpretações jurídicas que assegurem a impunidade de tais violações”, afirmou o órgão, mencionando sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Gomes Lund contra Brasil.

Tortura

Inês Etienne Romeu foi sequestrada por militares na cidade de São Paulo e levada, em 8 de maio de 1971, para a chamada Casa da Morte, na região serrana do Rio de Janeiro. O local funcionava como um aparelho clandestino do Centro de Informações do Exército (CIE), onde militares torturavam presos políticos.

As investigações comprovaram que Antônio Waneir manteve Inês Etienne contra sua vontade dentro do centro ilegal de detenção, ameaçando-a de morte e utilizando recursos que tornaram impossível a defesa da vítima. O réu estuprou a vítima também durante o encarceramento. Sua condição levou-a a tentar tirar a própria vida por quatro vezes.

Após o período na Casa da Morte, Inês Etienne Romeu ainda foi presa em outros locais. Seu encarceramento somente terminou em agosto de 1979. O MPF ouviu a vítima em 2013, ocasião em que Inês Etienne Romeu reconheceu, pela primeira vez, a foto de Antonio Waneir como sendo o “Camarão” da Casa da Morte.

Em 2020, o sargento reformado e outros militares também foram denunciados pelo sequestro e tortura do advogado e militante político Paulo de Tarso Celestino da Silva, crimes igualmente cometidos na Casa da Morte.

Com informações da assessoria do MPF

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) emitiu um comunicado, nesta quinta-feira (6), informando que deletou de suas redes sociais uma postagem que chamava a atenção para a produção de camarão no Nordeste. A mensagem viralizou na internet depois de publicada no mesmo dia em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, declarou ter precisado de internação por engolir um camarão sem mastigá-lo. É no eleitorado nordestino que o mandatário enfrenta maior rejeição, segundo pesquisas de opinião.

"#Camarão frito, ensopado, no bobó... Eita que é feito de todo jeito! Tem até chiclete, sabia? Lá no Nordeste, responsável por 99,6% da produção do país. Aracati (CE) é o maior produtor, com 3,9 mil toneladas. + Pesquisa da #Pecuária Municipal do #IBGE.", dizia o texto publicado nesta quarta-feira (5), pelo IBGE e já deletado das redes sociais do órgão estatístico.

##RECOMENDA##

Bolsonaro deixou na quarta-feira o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após dois dias internado para tratar uma obstrução intestinal. O médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que acompanha o presidente desde a facada sofrida em 2018, afirmou que um "camarão não mastigado" foi a causa do problema de saúde.

Infeliz coincidência

O IBGE informou, em nota, que a publicação sobre o camarão estava agendada desde a semana passada e tratou-se, portanto, de uma "coincidência infeliz".

"Diante da repercussão fora do contexto pretendido com a postagem, optou-se pela sua retirada das mídias sociais. Ainda que os fatos até agora levantados demonstrem que tenha sido uma coincidência infeliz, a Direção do IBGE promoverá a apuração dos fatos", declarou a nota de esclarecimento distribuída à imprensa, assinada pela direção do órgão.

Segundo o instituto, os assuntos publicados nas postagens como a do camarão são escolhidos e programados com antecedência.

"Na última quarta-feira, foi publicado nos canais oficiais do IBGE um post da série 'Você Sabia?' com o tema sobre a produção de camarão no Nordeste. Os dados do post eram referentes à pesquisa Produção da Pecuária Municipal de 2020. A série 'Você Sabia?' foi iniciada em julho de 2021 e destaca aspectos curiosos gerados com base nas pesquisas e estudos publicados pelo IBGE. Os assuntos que são temas dessa série são definidos e programados com antecedência. O post publicado na última quarta-feira, segundo a área responsável pelas mídias sociais, estava agendado desde a semana passada.", dizia a nota do IBGE.

O médico Antônio Luiz Macedo, que cuida do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde 2018, quando o mandatário levou a facada, revelou que a nova obstrução intestinal do presidente foi provocada por conta de camarão não mastigado corretamente.

Bolsonaro disse que no domingo (2), comeu uma peixada, mas não mastigou direito. "Domingo eu não almoço, eu engulo. Uma peixada, tinha uns camarõezinhos também. Aí eu mastiguei o peixe e engoli o camarão. Foi isso que aconteceu", disse.

##RECOMENDA##

O médico Luiz Macedo explicou a necessidade da mastigação. "O camarão não foi mastigado, é o que ele tá explicando. A gente pede para todos fazerem o que a gente faz: mastigar 15 vezes a cada garfada".

Alta Hospitalar

Depois de dois dias internado no Hospital Vila Nova Star, onde deu entrada na madrugada de segunda-feira (3) com um quadro de obstrução intestinal, o presidente recebeu alta hospitalar na manhã desta quarta-feira (5). 

Antes de deixar a unidade de saúde, Bolsonaro fez uma coletiva de imprensa, onde detalhou - junto com o seu médico -, o que causou o seu internamento. 

A partir de agora, o presidente terá que fazer uma dieta especial e caminhadas nas próximas semanas. 

"O presidente está com a saúde muito boa, se recuperando rapidamente. Quando cheguei [no hospital], o intestino estava começando a funcionar e no dia seguinte já estava funcionando", pontua o Macedo.

Repercussão

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL), aproveitou para alfinetar o presidente. "Não foi o camarão do acarajé do MTST". 

Boulos se refere a uma polêmica gerada em novembro do ano passado, quando o ator Wagner Moura foi atacado por bolsonaristas após aparecer nas redes sociais comendo um acarajé 'desconstruído', no acampamento do MTST. O prato levava camarão e vatapá. 

Por conta disso, o nome do ator figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter.

[@#video#@]

O Ministério da Defesa gastou mais de meio milhão do orçamento destinado ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus com itens de luxo, como caviar, picanha, filé mignon e bebidas alcoólicas. As informações foram apontadas em uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) e publicadas pela Folha de S. Paulo.

A análise sigilosa dos gastos da pasta com alimentação desde 2017 surpreendeu os técnicos quando começaram a verificar as contas das Forças Armadas em 2020. A lógica sugeria uma redução expressiva já que parte do trabalho ocorreu de forma remota. Porém, o Ministério do general Braga Netto fez o contrário e adquiriu itens supérfluos e de luxo.

Pasta que mais gastou com itens sem necessidade na pandemia

##RECOMENDA##

Bacalhau, salmão e camarão também fizeram parte da lista de compras de R$ 535 mil, paga com parte dos recursos do orçamento "21C0 – Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional decorrente do Coronavírus". 

"Ressalta-se que, dos recursos destinados ao combate à pandemia Covid-19 utilizados indevidamente para aquisição de itens não essenciais (aproximadamente R$ 557 mil), 96% foram despendidos pelo Ministério da Defesa", apontou parte da apuração preliminar do TCU, que colocou a pasta como a que mais usou recursos públicos fora do avaliado como essencial.

Para o TCU, luxo é desvio de finalidade

O documento indica que não há critérios claros e justificáveis para a aquisição e faz críticas sobre o uso da verba para a pandemia. "Não parece razoável alocar os escassos recursos públicos na compra de itens não essenciais, especialmente durante a crise sanitária, econômica e social pela a qual o país está passando, decorrente da pandemia", assegurou.

A compra de comida por pelo poder público tem a finalidade de garantir alimentação saudável e adequada às necessidades nutricionais básicas de determinado público-alvo. "Além de não servir à finalidade a que se destina, a contratação desse tipo de insumo fere o princípio da moralidade", concluiu.

O relatório foi finalizado no dia 8 de outubro e seguiu para processo na Corte no último dia 12, baseado nos bancos oficiais da Administração Pública: Siasg (Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais), Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) e o Comprasnet (Portal de Compras Governamentais).

O pedido pela apuração foi de parte da bancada do PSB na Câmara, representada pelos deputados Elias Vaz (GO), Ubirajara do Pindaré (MA), Denis Bezerra (CE) e Gervásio Maia (SP).

Ministério se defende

Em resposta ao relatório do TCU, o Ministério da Defesa afirmou em nota que o documento não é conclusivo e defende que as atividades das Forças Armadas foram mantidas na pandemia.

Cerca de 34 mil militares foram destinados para atividades como desinfecção de locais públicos, distribuição e aplicação de vacinas, campanhas de doação de sangue, entrega de kits de alimentação e de higiene, transporte de pacientes, oxigênio e de itens de saúde, explicou a pasta.

Neste sábado (13), o nome de Wagner Moura liderou os trending topics do Twitter. A repercussão se deu por conta do diretor do filme Marighella aparecer comendo uma marmita no acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). A imagem mostra Wagner saboreando uma quentinha com camarão e vatapá, ou seja, um acarajé 'desconstruído'.

Foi só a foto ser compartilhada para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ironizar a situação. Diversas pessoas não perderam tempo e trataram logo de criticar Wagner Moura. O filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro, debochou do registro do artista. "Agora tem o MTST raiz e o MTST nutela. Ou será que já é o comunismo purinho, onde a elite do partido come camarão e o restante se vira e passa fome igual à exemplar Venezuela?", escreveu o parlamentar.

##RECOMENDA##

A imagem de Wagner Moura no acampamento do MTST foi publicada originalmente por Guilherme Boulos (Psol), ex-candidato à Prefeitura de São Paulo. Após a polêmica, Boulos alfinetou: "E a indignação do Dudu Bananinha e dos bolsominions é o Wagner Moura comendo acarajé no prato na ocupação do MTST...".

Confira algumas reações:

[@#video#@]

Três meses depois do desastre ambiental causado com o derramamento de óleo no Nordeste, as análises dos pescados e frutos do mar de Pernambuco atestaram a segurança do consumo desses alimentos. As exceções são o xaréu e a sapuruna, que apresentaram níveis de toxicidade equivalentes ou superiores aos determinados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As análises foram realizadas pelo Governo de Pernambuco, em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFPE), a Universidade Federal de Pernambuco (UGPE) e a Pontífica Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Até o momento, 55 amostras das 94 enviadas a PUC foram examinadas.

##RECOMENDA##

Segundo a professora do Departamento de Biologia da UFRPE, Karine Magalhães, coordenadora da equipe técnica do grupo de trabalho de análise dos pescados, em relação às duas espécies que apresentaram índices superiores aos estabelecidos pela Anvisa, serão realizadas novas coletas nas proximidades da Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife, local onde os peixes contaminados foram pescados. 

"Essa contaminação pode ter sido pontual. Nesse caso, a indicação é voltar para essas localidades, coletar novas amostras para realizar novas análises e avaliar a evolução do quadro", explica Karine. A professora salienta que a expectativa é que o próprio metabolismo desses peixes se livrem das contaminações provocadas pelo petróleo. O tempo para isso depende de cada espécie. 

As amostras envolvem todas as colônias do litoral de Pernambuco onde os principais peixes consumidos no estado são pescados. As novas análises devem ser divulgadas ainda neste mês de dezembro.

Confira as espécies marinhas analisadas: Ariocó, Boca Torta, Budião, Carapeba, Cavala, Cioba, Coró, Manjuba, Sapuruna, Saramunete, Serra, Tainha, Xaréu, Camarão Rosinha, Camarão Sete Barbas, Marisco, Ostra e Sururu.

No momento crítico que os manguezais estão passando, em meio ao derramamento de óleo no Nordeste, o governo federal fez uma alteração em um plano de proteção que pode vir a fragilizá-los ainda mais. À revelia de pareceres contrários de seu corpo técnico, o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) publicou no dia 30 uma alteração no Plano de Ação Nacional (PAN), revogando um item que previa ações para a erradicação de carcinicultura (criação de camarão em cativeiro) e a recuperação dos sistemas já afetados.

A mudança foi feita após pedido do secretário da Pesca, Jorge Seif Júnior - o mesmo que afirmou na quinta-feira (31) que os peixes são inteligentes e fogem quando veem óleo e, por isso, não haveria problema em comer pescado no Nordeste. A secretaria é ligada ao Ministério da Agricultura.

##RECOMENDA##

De acordo com o ICMBio, os PANs são instrumentos de políticas públicas que identificam e orientam ações prioritárias para combater as ameaças que põem em risco populações de espécies e os ambientes naturais. Existem PANs para mais de 60% das espécies brasileiras ameaçadas de extinção. O dos manguezais foi o primeiro a contemplar todo um ecossistema. Cada PAN conta com um grupo de assessoramento técnico (GAT), mas todos foram extintos no começo deste ano quando o presidente Jair Bolsonaro decretou um "revogaço". Por isso, precisaram ser reeditados.

Criado em janeiro de 2015, o PAN Manguezal tinha vigência até janeiro do ano que vem. Ele foi republicado por meio de portaria do ICMBio no dia 10 de setembro, nos mesmos termos da versão original. Logo na sequência, conforme apurou o Estado, Seif Júnior entrou em contato com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pedindo a revogação do objetivo 9 do PAN - justamente o que estabelecia ações contra a carcinicultura. No dia 16, ele enviou um ofício formal ao presidente do ICMBio, Homero de Giorge Cerqueira, alegando que o item contraria o Código Florestal.

A lei, reformulada em 2012, considera manguezais como áreas de preservação permanente, mas permite cultivos no chamado apicum, um trecho mais seco e sem árvores. O Estado teve acesso a toda a documentação do processo interno dentro do ICMBio. Houve várias manifestações técnicas das coordenações responsáveis a favor do objetivo 9 e até mesmo um parecer jurídico da Procuradoria Federal especializada.

Explicação

A carcinicultura, explica a oceanógrafa Yara Schaeffer-Novelli, professora sênior da USP, é considerada danosa para o sensível ambiente dos manguezais, que servem de berçário para diversas espécies, além de serem fonte econômica para diversas comunidades de pescadores e marisqueiras. Yara fez parte do GAT até o começo deste ano, quando foi extinto. Ela estava fazendo justamente um estudo sobre impacto da carcinicultura nos manguezais. "A exclusão desse item acaba fazendo com que esses resultados acabem sendo jogados para debaixo do tapete."

Segundo ela, um dos problemas é que os manguezais são ecossistemas de usos múltiplos. "A carcinicultura acaba tirando isso. Além disso, é introduzida uma espécie exótica naquele ambiente e os despejos da água dos tanques, com alimentação dos camarões, com antibióticos, vão parar no estuário", explica Yara. A pesquisadora lembra ainda que a maior parte dessas fazendas de camarão está justamente no Rio Grande do Norte e no Ceará, alguns dos Estados mais afetados pelas manchas de óleo. Ela pondera também que, apesar da permissão do Código Florestal, boa parte do cultivo é ilegal e escapa dos apicuns, atingindo outras áreas dos manguezais. O ICMBio, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura foram procurados, mas não se manifestaram.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Instrução Normativa (IN) 52 do Ministério da Agricultura, publicada na segunda-feira, 28, proíbe a pesca da lagosta e do camarão em áreas do Nordeste afetadas pelo vazamento de óleo e permite o pagamento de até duas parcelas extras do seguro-defeso aos pescadores atingidos.

"Têm direito ao benefício os pescadores profissionais artesanais que trabalham nas áreas atingidas pelo óleo, conforme mapeamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama)", disse a pasta em nota.

##RECOMENDA##

Esses trabalhadores precisam estar regularmente inscritos no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), e a parcela será depositada diretamente na conta em que os beneficiados já recebem o seguro-defeso.

Conforme o Ministério, o prolongamento do período de defeso foi adotado como precaução, devido à situação ambiental decorrente da provável contaminação química por derramamento de óleo no litoral do Nordeste.

O Decreto 10.080/2019, publicado na última sexta-feira, 25, permite que o período de defeso seja ampliado, quando houver "grave contaminação por agentes químicos, físicos e biológicos".

Estão aptos a receber as parcelas extras do seguro-defeso cerca de 60 mil pescadores artesanais nas áreas atingidas pelo óleo, mapeadas pelo Ibama.

Mesmo sabendo de sua intolerância ao camarão, o garçom de 32 anos, identificado como Elton Gravatar Alves Fernandes, tentou arriscar e acabou morrendo após comer um prato de paella, que leva camarão. A vítima estava trabalhando como freelancer em um pequeno evento empresarial, quando insistiu na comida.

Por conta de sua intolerância, Elton morreu com choque anafilático na Rua Gonçalves Dias, em Belo Horizonte, Minas Gerais. De acordo com o site Estado de Minas, o garçom-chefe que contratou a vítima relatou à polícia que Elton havia dito que era alérgico a frutos do mar, principalmente ao camarão. 

##RECOMENDA##

Depois que se arriscou comendo o prato e começar a passar mal, o rapaz ainda recebeu os primeiros socorros no local do evento. O SAMU foi acionado mas a vítima não resistiu e morreu. Ele era natural da Bahia e estava morando sozinho em Belo Horizonte.

Duas toneladas de camarão sete-barbas foram apreendidos pela Polícia Militar Ambiental na madrugada desta segunda-feira (17). Os frutos do mar estavam sendo pescados ilegalmente em uma área de proteção da Marinha, na Praia Grande, São Paulo.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma equipe marítima do 3º Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) realizava patrulhamento no local quando flagrou a embarcação. Em abordagem, foi constatado que os tripulantes não possuíam autorização do órgão ambiental competente para a pesca.

##RECOMENDA##

Equipamentos utilizados para a prática e a embarcação foram apreendidos pela polícia. Todo o pescado foi recolhido e doado para instituições beneficentes e carentes da região, segundo afirma a SSP. O responsável pelo barco foi autuado em flagrante e submetido a multa de quase R$ 82 mil.

Ouvido no processo que terminou com o decreto de perda da função pública do prefeito de Campinas Jonas Donizette (PSB), um comissionado de seu governo declarou ao Ministério Público de São Paulo que faltou um dia de trabalho para ir ao Rio por 'emergência de família'. Segundo José Alaor Viola, assistente técnico da Secretaria de Administração, uma sobrinha que mora no Rio havia passado mal após comer um camarão, e ele decidiu pegar 'um avião, às pressas, para socorrê-la'.

"A sobrinha, pelo que explicou, adulta e casada, tinha comido um camarão que não lhe caiu bem e, por isso, vomitava", relatou Viola, segundo registro do Ministério Público. "Questionado se ela (sobrinha) chegou a ficar hospitalizada, disse que não, pois a sopa que ele lhe teria feito, de noite, foi suficiente para resolver o problema", informou o Ministério Público. 

##RECOMENDA##

A Promotoria identificou que Viola publicou em sua rede social, em 22 de abril de 2015, às 17h04, uma foto em que aparecia passeando na Praia do Arpoador, no Rio. Segundo a investigação, o comissionado 'confirmou que estava mesmo passeando no Rio de Janeiro sem avisar seus superiores hierárquicos, em dia normal de trabalho'.

"Perguntado da razão de apenas o marido da sobrinha não tê-la socorrido, disse que ficou desesperado porque recebeu uma ligação do porteiro do prédio de que a sobrinha não passava bem e, como ela tem uma filha ainda criança, ficou com medo que o porteiro a levasse, com ele, para a Rocinha, onde ele mora. Por isso, resolveu ir ao Rio de Janeiro às pressas", relatou ao Ministério Público à Justiça.

"No final, resolvido o incidente, achou que não teria qualquer problema se 'emendasse' o feriado do dia 21 de abril, pois depois poderia compensar com suas férias. Após esta narrativa, concluiu: 'cometi um erro gravíssimo em postar no Facebook'."

Os investigadores ainda anotaram. "Por todos os ângulos que se procure, nesta declaração, alguma lógica ou algum resíduo de vergonha, não vai ser encontrado. José Alaor Viola é um produto caricato do clientelismo, na sua manifestação mais sórdida", afirmaram.

O servidor, de acordo com o Ministério Público compõe o PSB há 22 anos e já foi candidato a vereador. Sua função na Prefeitura é fazer 'levantamento dos imóveis e terrenos que serão objeto de alguma obra pública decorrente de contrato ou convênio com Estado ou União para saber das suas condições sob o ponto de vista estrutural'.

Entenda o caso

Jonas Donizette foi alvo de ação civil por improbidade, ajuizada pelo Ministério Público do Estado. O processo apontou a 'existência de cargos em comissão que contrariam às Constituições Federal e Estadual, violando os princípios do concurso público, da impessoalidade, da eficiência e da moralidade'.

A Promotoria apontou que Campinas tinha 'um quadro exorbitante de cargos comissionados, muito superior ao de diversos países'.

De acordo com a ação, a cidade tinha 846 cargos em comissão e mais 985 funções comissionadas, 'um montante exorbitante de 1.851 cargos de chefia, direção ou de assessoramento'.

Em 1.ª instância, a Justiça condenou Jonas 'ao pagamento de multa civil equivalente a dez vezes o valor da remuneração por ele percebida na data da sentença'.

Em seu voto, a desembargadora Silvia Meirelles, da 6.ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado, reformou a sentença, ampliando a multa e decretando a perda da função pública de Donizette.

"Restou comprovado o cometimento de ato ímprobo pelo réu Jonas Donizette, uma vez que este, reiteradamente, nomeou livremente pessoas despreparadas para o exercício de funções meramente burocráticas, sob o argumento de que se tratavam de cargos comissionados", afirmou.

"Note-se que a prova testemunhal é farta no sentido de demonstrar que as indicações para os cargos comissionados ocorriam sem quaisquer critérios técnicos e para o fim de satisfazer o interesse público, mas, ao revés, o eram tão somente para atender aos interesses pessoais de apaniguados políticos, favorecendo pessoas determinadas."

Segundo Silvia, o prefeito usou o 'quadro funcional da Administração Pública Municipal como um verdadeiro 'cabide de empregos', concedendo benesses a seus apaniguados políticos e a seus amigos'.

A magistrada apontou 'um nefasto clientelismo operado pelo réu Jonas Donizette, o qual sem qualquer pudor, reiteradamente, nomeou os seus apaniguados para cargos públicos que claramente não poderiam ser preenchidos por mera nomeação'.

A desembargadora afirmou, em seu voto, que houve 'dolo de agir' por parte de Jonas Donizette.

"Note-se que no Brasil, infelizmente, impera a oligarquia e o favoritismo, sendo o brasileiro ainda um "homem cordial", conforme ensina o sociólogo e historiador Sérgio Buarque de Holanda, em seu Livro "Raízes do Brasil" (aquele que age para favorecer apaniguados, pensando no interesse privado e não no público)", registrou.

"Impera o patrimonialismo, o qual consiste no apoderamento da máquina pública pelo particular, entrelaçamento do setor público com o privado, sendo bem explicado este fenômeno no cenário brasileiro por Raymundo Faoro, no seu livro 'Os donos do poder'."

Na quinta, 6, a prefeitura de Campinas informou que Jonas Donizette vai recorrer do acórdão do Tribunal de Justiça que o tira do cargo.

"A Prefeitura de Campinas vai recorrer da decisão em instâncias superiores, lembrando que o prefeito Jonas Donizette, após orientação da Procuradoria de Justiça, foi quem teve a iniciativa de criar uma lei que limitou em 4% o número de servidores comissionados em relação ao total de servidores na Administração Municipal. Hoje, o número de servidores comissionados está em torno de 3% do total."

Além dos ovos de chocolate, o período da Semana Santa também é caracterizado por uma culinária à base de frutos do mar. Os dias que antecedem a quaresma enchem o Mercado de São José, no Centro do Recife, com interessados em encontrar pescados frescos por um preço atraente. Porém, com os refrigeradores cheios na véspera da Sexta-feira da Paixão (19), a maioria dos comerciantes reclama das vendas deste ano.

Os peixeiros confirmam que a Corvina sempre é o que mais sai. Junto da Cioba, a procura geralmente anima o comércio, mas em 2019 parece ser diferente. Marisco e camarão, estão atraindo mais os compradores. "Realmente tá devagar", afirmou a peixeira Regiares da Silva, junto com o vendedor de camarão e marisco Djalma Gomes, que assegurou a baixa procura, "esse ano tá fraco mesmo". Entretanto, o comerciante não se abate, "o que vale mesmo é ter saúde".

##RECOMENDA##

Já na peixaria de Edvaldo Gomes, que assumiu o espaço do pai, a quaresma está rendendo. "Tá tranquilo, com toda certeza vamos bater a meta. Já vendi mais de duas toneladas e a meta é zerar o freezer". Devido a demanda, as idas ao frigorifico estão sendo recorrentes, "se for juntar as notas, já peguei mais de quatro toneladas de peixe. Quero que na sexta eu diga: agora vou passar um mês em casa", brincou.

Fora do mercado, barracas se amontoam na esperança de atender primeiro os clientes com preços mais acessíveis. Entretanto, Misael Fernandes confirmou a insatisfação dos colegas do mercado, "tá meio devagar. Hoje fiz 20 kg de mercadoria". Próximo a sua balança, Maria do Carmo, vendedora de bredo e jerimum -ingredientes populares na mesa do pernambucano nesse período- revelou que tinha outra expectativa, "eu imaginava que essa quaresma ia ser melhor, mas pelo que tô vendo, vai ser pior que ano passado".

Embaixo do sol, com uma sacola cheia de azeites, Cláudio Vieira também mostra descontentamento, “pra não dizer que não vendi, hoje já foram seis. Mas cheguei quase agora”, afirmou esperançoso. Dessa forma, o comércio na quaresma tenta se sustentar e atrair clientes. Na base do grito, os vendedores tentam chamar atenção de quem passa para mudar o panorama.

[@#galeria#@]

 

A rede de restaurantes Outback resolveu esticar o tempo de duração do seu menu especial “Encontro dos Favoritos” até o dia 14 de outubro. Conhecido pelas suas carnes, cebola e pratos apimentados, o menu traz uma releitura de alguns pratos clássicos da marca, tipo: o Big Five Boomerang​, que junta cinco aperitivos num único prato, o Aussie Chesse Fries (batatas fritas com mix de queijos e bacon picado), a Billy Ribs ​(cinco costelinhas de porco, mergulhadas no molho billabong com batatas fritas), o Firecracker Shrimp ​( camarões empanados no molho exclusivo e picante), a Kokaburra Wings​ (sobreasas de frango picante empanadas) e pétalas da gigante Bloominon Onion.

O segundo prato é o Royal Bloomin Ribs, ​é uma mistura da carne da costela de porco, junto com o molho da Bloomin Onion e ainda conta com pedaços da cebola gigante. E o terceiro prato se chama Rock Tunder Shake, ​um milkshake de chocolate com creme de avelã, crumble de biscoito e o famoso brownie de sorvete. No Recife, o Outback tem dois restaurantes, um no Shopping Recife e ou outro no Shopping Riomar.

##RECOMENDA##

Por Pietro Tenorio

A produção de camarão em 2017 foi de 41 mil toneladas. O número representa um recuo de 21,4% em relação a 2016. Esta foi a maior queda entre os itens de origem animal. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A região Nordeste respondeu por quase toda a produção de camarão do país, com 98,8% do total. Entre os estados, destacaram-se Rio Grande do Norte (37,7%), que passou a liderar o ranking após a produção do Ceará passar de 48,8% em 2016 para 28,9% no ano passado.

##RECOMENDA##

Segundo o IBGE, a criação de camarões vem sendo afetada por uma praga causada pelo Vírus da Síndrome da Mancha Branca, cujo manejo envolve medidas que reduzem a produtividade e o retorno econômico da atividade. Mesmo com a queda, Aracati-CE se manteve com maior produtor, seguido de Canguaretama e Arês-RN.

Enquanto isso, a produção de leite, que é a de maior volume no setor, teve uma pequena redução de 0,5%. A produção de ovo, segunda mais importante no quesito origem animal cresceu 11%.

Foram produzidos 485,2 mil toneladas de peixes em 2017, resultado 2,6% menor ao obtido no ano anterior. Paraná, São Paulo e Rondônia tiveram as maiores participações. A principal espécie produzida no país foi a tilápia, representando 58,4% da piscicultura.

A produção de ostras, vieiras e mexilhões foi de 20,9 mil toneladas em 2017, aumento de 0,5%. Santa Catarina, com 98,1% da produção nacional, foi o principal estado produtor.

O mel teve um aumento de produção de 5%, saltando para 41,6 mil toneladas. Foram produzidas ainda 9,4 toneladas de lã e três milhões de casulos de bicho-da-seda.

Nordeste

A região Nordeste abrigou 93,2% do rebanho de caprinos e 64,2% do rebanho de ovinos em 2017. A criação dessas espécies possui grande importância econômica e social na região, onde foi possível observar aumento do efetivo nos últimos anos. Este contingente apareceu em maior número na Bahia, que concentrou 30,9% do efetivo de caprinos e 20,9% do rebanho de ovinos nacional. Casa Nova-BA ficou com a primeira posição no ranking municipal com os maiores efetivos das duas espécies.

Animais vivos

Em 2017, o efetivo de bovinos no país foi de 214,9 milhões de cabeças, redução de 1,5%. De acordo com o IBGE, impactaram na redução o abate de vacas reprodutoras por conta da queda do preço do bezerro, da demanda interna reduzida pela crise e por consequência da Operação Carne Fraca e dos embargos temporários de importação da carne brasileira.

O total de galináceos foi de 1,4 bilhões de cabeças. O Brasil é o segundo maior produtor e o maior exportador de carne de frango do mundo. Já os suínos alcançaram a marca de 41,1 milhões de cabeças, expansão de 3% em comparação a 2016. Produção de carne e o abate de animais não são medidos na pesquisa.

O Comando Militar do Leste, vinculado ao Exército Brasileiro, está com uma licitação aberta para a compra de 449 itens que incluem duas toneladas de camarão, 109 potes de caviar e garrafas de bebidas alcoólicas. A informação é do site UOL. Estão sendo aceitas propostas de estimadas em R$ 6,5 milhões. 

De acordo com a reportagem, na lista do edital de licitação constam 1.994 kg de camarão de diversos tipos (fresco, sem casca, congelado etc.), 330 kg de salmão em posta, 240 caixas de carpaccio de salmão (embalagens com 300 gramas), além dos 109 potes de caviar. Também foram licitadas 3.751 garrafas de vinho de diversos tipos, importados e nacionais, 7.200 latas de cerveja, 30 garrafas de uísque, 23 de tequila, 35 de vodca e 360 de espumante. 

##RECOMENDA##

Questionado sobre a compra de crustáceos, bebidas e outros itens refinados, o Exército disse que a licitação é para o ser vendido aos hóspedes dos hotéis de trânsito da corporação no Rio de Janeiro e não para os quartéis.  

"Gêneros como camarão e salmão são destinados exclusivamente pelos hotéis, haja vista que a alimentação da tropa do Comando Militar do Leste é proveniente da Diretoria de Abastecimento (Comando Logístico) e da Unidade Base de Administração da 1ª Região Militar", disse, em nota. O que foi reforçado pelo Comando Militar do Leste.

Os empreendimentos em questão são o Hotel de Trânsito do Comando Militar do Leste (Hotran) e Centro General Ernani Ayrosa (CGEA), ambos no Rio de Janeiro. 

Parte de uma carga de camarão transportada por um veículo Saveiro caiu na Rua da Paz, no cruzamento com a Rua Nicolau Pereira, no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife. Populares correram e encheram sacolas do crustáceo, causando um longo congestionamento no local por alguns minutos.

Um vídeo do momento circula na internet. Cerca de 20 pessoas aparecem pegando os camarões. O caso ocorreu por volta do meio-dia da quarta-feira (10). 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Na madrugada desta terça-feira (7), agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreenderam aproximadamente 7,5 toneladas de camarão que estavam sendo transportados ilegalmente em um caminhão. O flagrante ocorreu quando os agentes abordaram um caminhão-baú na divisa do Estado do Pará com o Maranhão, quilômetro 272 da BR-316, município de Cachoeira do Piriá.

O condutor do caminhão, Tito dos Santos Rodrigues Filho, de 48 anos, informou que transportava 7.020 kg de sal de cozinha conforme Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica-DANFE no valor R$ 793,23, emitida por uma empresa da cidade de Luis Correia, no Piauí, com destino a Belém. Durante a verificação da carga, os policiais constataram que o veículo transportava também outro tipo de carga, aproximadamente 7.540kg de camarão salgado, que estavam escondidos no meio da carga de sal.

##RECOMENDA##

Questionado sobre a carga, o condutor apresentou um DANFE no valor R$ 24.000,00 que não foi apresentado à Secretaria da Fazenda- SEFA do Gurupi e foi constatado também que havia 2.340kg bruto de camarão sem qualquer documento fiscal, tendo como origem a cidade de Jaguaruana/CE e destino a cidade de Belém.

Caracterizado o Crime Contra a ordem Tributária no Artigo 1º da Lei do Programa de Recuperação Fiscal (Lei 9.964/.2000 ), a carga e o caminhão foram apreendidos e encaminhados à Secretaria da Fazenda-SEFA do Gurupi e para a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará-ADEPARÁ para os demais procedimentos legais cabíveis.

Informações da assessoria da PRF.

Começou na quarta-feira (1) o período de defeso do camarão, época de reprodução em que é proibida a pesca e captura do crustáceo. A restrição tem como objetivo a preservação das espécies e dura até o dia 31 de maio.

Durante o período fica proibida a pesca e captura do camarão-sete-barbas, camarão rosa, camarão santana ou vermelho e barba-ruça, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina. O defeso do camarão é regulamentado pela Instrução Normativa do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) nº 189, de 23/09/2008.

##RECOMENDA##

Também está proibido o transporte interestadual, estocagem, beneficiamento, industrialização e a comercialização de qualquer volume de camarão das espécies proibidas sem a comprovação de origem do produto, conforme o formulário do Ibama. Aquele que desrespeitar o período do defeso pode ser preso, além de pagar multa.

De toda a extensão do litoral da Região Metropolitana do Recife, apenas 600 metros são oficialmente liberados para a prática do surfe. A pequena faixa é a praia de Zé Pequeno, na orla de Olinda, em Bairro Novo. O trecho recebeu o aval para a prática da modalidade esportiva no dia 17 de fevereiro de 2012, quando foi publicado o Decreto Nº 37.897.

E para que essa permissão chegasse, uma peça-chave foi o motorista e surfista Mauro Melo, de 48 anos, que tomou a iniciativa de procurar as autoridades para pleitear a garantia de um lugar onde se pudesse praticar o surfe. Como em qualquer local, os atletas estão sujeitos a ataques de tubarões, é verdade, mas, lá, ainda não há casos computados. Com base nesse dado e com a vivência de dropar ondas desde seus 8 anos, o ‘cérebro’ dessa missão contou a história com detalhes ao Portal LeiaJá, revelando os bastidores e opinando sobre esse enredo.

##RECOMENDA##

Embora a liberação tenha surgido há apenas quatro anos, Mauro estima que o surfe começou a ser praticado no Zé Pequeno há cerca de 35 anos, tendo como marco a temporada 2002, quando foi criada a Associação de Surfe de Olinda (ASO), da qual ele é um dos líderes. Trata-se de uma entidade que faz o intermédio entre os surfistas e as autoridades estatais. Ela que deu espaço para que fosse pleiteada a liberação.

Logo após a emissão do Decreto, a população não viu com bons olhos a decisão, avaliando como um risco exacerbado. Mas, hoje, essa questão não é mais motivo de divergências e as praias acobertadas pela lei, nos dias de ondas promissoras, chegam a reunir, simultaneamente, mais de 200 surfistas na água. 

[@#galeria#@]

Experiente, Maurão, como é conhecido, continua competindo e, nos turnos livres, aproveita o tempo para monitorar Zé Pequeno. Com um binóculo em mãos, ele fica de olho na movimentação no mar, tendo duas finalidades centrais. Primeiramente, avisar aos surfistas caso aviste algo que possa ser um tubarão. Em segundo lugar, o mais polêmico motivo: fiscalizar os pescadores, o que já gerou atrito entre as partes em diversas ocasiões. Ele justificou que é preciso ‘tomar conta’ disso, por considerar que o principal motivo gerador de desequilíbrio ecológico na área seja a pesca com redes de arrasto de camarões.

“Falam que os ataques de tubarão aumentaram na nossa costa por conta da construção do Porto de Suape, que teria sido uma agressão ao habitat deles. Mas, para mim, a pesca de camarões com arrasto é o pior problema, pois compromete a vida de diversas espécies marinhas e, por consequência, desequilibra a cadeia alimentar. Na captura dos camarões, os animais que vêm no ‘bolo’, como os pequenos peixes, são deixados de lado, pois o que interessa é o produto de venda”, explana.

De fato, é determinação legal do IBAMA que esse tipo de pescaria só pode ser feito cinco milhas marítimas (cerca de 7,5 km) mar adentro. Para evitar o descumprimento dessa determinação, Maurão reforçou a barreira de pedras feita também como forma de bloquear os tubarões. E os pescadores não responderam de forma amigável. “Eles já ameaçaram bater em mim, me matar... Acontece. Mas eu não quero medir forças com ninguém. Apenas tenho o objetivo de proteger meus companheiros e a modalidade que amamos”, afirma o líder da ASO. 

Focando a conversa na prevenção aos ataques de tubarão, Mauro revela, também, que a próxima medida que a associação pretende colocar em prática é a construção de uma espécie de cortina de ímã na área. “Abaixo do ‘fucinho’, os tubarões têm poros que funcionam como um tipo de sensor magnético e, no contato com esse novo obstáculo, eles ficariam atordoados, evitando circular pela região de prática de surfe”, explica. Ele ainda relata o que já é feito para manter a ordem no local: “Quando fomos atrás da liberação, assumimos o compromisso de preservar o ambiente nas praias autorizadas. Portanto, fazemos o possível nesse sentido. Tanto que temos sempre tartarugas desovando e cardumes circulando. Mas, claro, é preciso manter a atenção, para que todos saiamos felizes”.

Zé Pequeno é palco de campeonatos

Além do surfe amador, a praia liberadas conta, também, com um calendário anual de competições da modalidade. Em 2016, por exemplo, quatro encontros reunirão atletas em disputa durante a temporada. Começando pela segunda etapa do Circuito Zé Pequeno de Surfe, que teve sua primeira fase no final de 2015 e segue em andamento, em junho, exclusivamente entre olindenses do esporte.

O calendário não para por aí. O Circuito Pernambucano e o Circuito Olindense também terão vez no decorrer desta temporada. Isso sem falar na última etapa do Circuito Zé Pequeno, marcada para o mês de agosto, nos mesmos moldes das fases anteriores.

O cenário competitivo, por sinal, divide espaço com o que lhe proporciona novos talentos e vida longa. Isso porque a área contemplada pelo Decreto Nº 37.897 também serve como palco para escolinhas de surfe. O destaque fica por conta da Escolinha Zé Pequeno, que já conta com atletas em treinamento. A expectativa é em breve receber uma doação de pranchas de uma empresa que resolveu apoiar a causa, ampliando a capacidade das turmas e de revelação de novos surfistas. 

O lado social da Associação de Surfe de Olinda

Na liderança da Associação de Surfe de Olinda, Mauro de Melo deixou Olinda há 25 anos, por conta da recorrência de ataques de tubarões no litoral pernambucano, e seguiu para Santa Catarina, um dos principais polos da modalidade no país, assim como o Rio de Janeiro. Dois anos depois, retornou à sua cidade de origem e, segundo ele, encontrou a maioria de seus amigos e conhecidos do mar envolvidos com drogas e criminalidade. 

Ele afirmou que, diante da situação, resolveu dedicar parte de sua vida ao desenvolvimento de Zé Pequeno, no intuito de retirar os colegas desse caminho. “Quando voltei, meus amigos estavam envolvidos com ‘galeras’. Era violência, drogas, crime... Por isso resolvi fazer o possível para trazê-los de volta e fazer com que outros não entrassem na mesma rota de autodestruição”, relata.

Aproveitando o cunho agregador destacado em seu discurso, Maurão garante que, na praia autorizada, não há segregação com os ‘novos na área’. “É comum existir essa exclusão em vários locais. Mas procuramos propagar a ideia de que a praia não tem dono. Claro que os que têm mais experiência terminam tendo certa prioridade durante as ondas, mas não costumamos presenciar atritos deles com os novatos, que não sabem tanto da modalidade”, disse.

[@#video#@]

Cemit esclarece liberação do Zé Pequeno

Procurado pelo Portal LeiaJá, o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) se posicionou oficialmente sobre a autorização legal do surfe. Segundo o órgão, os argumentos utilizados pelos que buscaram a liberação foram os seguintes: inexistência de incidentes com tubarão no local e a necessidade da criação de áreas alternativas para a prática da modalidade, direcionando os praticantes a tais trechos e facilitando a tomada de medidas mais severas contra aqueles que atuam em pontos proibidos.

Já sobre o panorama geral da orla olindense, a protagonista no que diz respeito aos ataques é a Praia de Del Chifre, na Ilha do Maruim. De acordo com as informações repassadas pela assessoria de imprensa do órgão, há o registro de quatro ataques no local, todos contra homens. Dentre esses incidentes, um resultou em morte e os demais deixaram as vítimas com sequelas.

LeiaJá também 

--> Pernambuco abre calendário de Surfe no país

--> Surfistas fazem desafio noturno na pororoca 

--> Grandes ondas fazem brasileiros se mudarem para o Havaí

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando