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Renato Gaúcho não é mais o técnico do Flamengo. Em "comum acordo", ele deixa o time carioca após fracasso na final da Copa da Libertadores, diante do Palmeiras, sábado, em Montevidéu, no Uruguai, com derrota por 2 a 1. Ele já vinha sofrendo bastante pressão dentro do clube e a postura desanimada diante do Grêmio, no qual não vibrou com os gols do time e depois foi acusado de ter "entregado" o empate aumentaram bastante a cobrança pedindo sua saída.

"O Clube de Regatas do Flamengo informa que, após conversa entre as partes, o técnico Renato Gaúcho não comanda mais o time principal", informou o Flamengo na reapresentação do elenco na tarde desta segunda-feira. A equipe volta a campo no Brasileirão nesta terça-feira, diante do Ceará, no Maracanã com comando interino.

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O treinador já havia falado em tom de despedida no vestiário de Montevidéu após a derrota por 2 a 1 diante do time paulista de Abel Ferreira. "Infelizmente no Brasil, só quem ganha é valorizado", havia dito, bastante cabisbaixo e já ciente do seu futuro.

O técnico deixa o clube carioca com impressionante aproveitamento de 72,8%. Foram 38 jogos sob seu comando, com 25 vitórias, oito empates e somente cinco derrotas. Os números, apesar de muito bons, contrastam com a queda de rendimento nesta reta final de temporada e a perda de todos os títulos disputados.

Sob o comando de Renato Gaúcho, o Flamengo perdeu a final da Libertadores, a corrida pelo tricampeonato do Brasileirão e ainda amargou eliminação na semifinal da Copa do Brasil em pleno Maracanã com derrota por 3 a 0 para o Athletico-PR.

Renato Gaúcho ficou menos de cinco meses do Flamengo e jamais conquistou a torcida do clube, sempre rebatendo o trabalho do treinador e cobrando melhora que não vinha. Apesar de o ano estar no fim, há a possibilidade de ele permanecer no Rio para a próxima temporada. Seu nome está entre os favoritos para dirigir o Fluminense em 2022.

Em jogo equilibrado no Engenhão, Botafogo e Fluminense empataram em 1 a 1 neste domingo, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com um gol em cada tempo, nenhum dos dois times conseguiu se destacar no clássico carioca. Kevin, em lance confuso dentro da área, marcou contra para abrir o placar e Caio Alexandre empatou na etapa final.

O resultado é ruim para ambos, mas pior para o Botafogo, que chegou à marca de 10 partidas sem vencer no Brasileirão. O time do técnico Bruno Lazaroni, que estreou neste domingo, venceu apenas uma vez na competição e segue na zona de rebaixamento, no 18º lugar, com 12 pontos. O então auxiliar-técnico fixo do Botafogo foi efetivado na vaga do demitido Paulo Autuori e tem a dura missão de tirar a equipe do sufoco e fazê-lo engrenar.

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O Fluminense vai aos 18 pontos, na sexta colocação, mas pode ser ultrapassado ao longo da rodada. Com a igualdade, o time tricolor, que vinha de goleada sobre o Coritiba na rodada anterior, perdeu a chance de encostar nos líderes.

O equilíbrio foi a tônica do Clássico Vovô, o quinto do ano, e novamente o Botafogo saiu de campo sem vencer o rival. Em cinco partidas neste ano entre os dois, foram duas vitórias do Fluminense e três empates. Desta vez, teria tido melhor sorte não fosse a trave e as defesas de Muriel.

Na primeira etapa, embora tenha sido superior e acertado uma bola na trave com Rhuan após passe de Kalou, a equipe alvinegra não foi eficiente e viu o adversário, que até então só tinha incomodado nas bolas paradas, abrir o placar no final. O lance do gol foi confuso. Nenê cobrou o escanteio da direita, Fred cabeceou forte e Cavalieri defendeu parcialmente. A bola bateu no ombro de Victor Luís e Kevin tentou tirar. No entanto, o lateral acabou colocando para dentro do gol.

O tento foi assinalado contra, de Kevin, apesar da pressão de Fred em cima do árbitro Anderson Daronco. O experiente centroavante tentou mudar a decisão do juiz em longa e curiosa conversa após o final do primeiro tempo, mas não teve êxito.

Na etapa final, Lazaroni abriu mão de Rentería, um dos volantes, e deixou a equipe com quatro atacantes ao colocar Pedro Raul em campo. O Botafogo melhorou e foi para cima do rival. Depois de Matheus Babi quase marcar em mais um cabeceio no travessão, o segundo no clássico, e Pedro Raul exigir boa defesa de Muriel, os anfitriões, enfim, conseguiram o empate aos 29 minutos, com Caio Alexandre.

No primeiro lance após o reinício da partida, paralisada rapidamente para a pausa para a hidratação, o zagueiro Rafael Forster cobrou falta rasteira com força, a bola desviou no meio do caminho e encontrou Caio Alexandre. O volante dominou e mandou para as redes.

Depois disso, o confronto ficou aberto, com chances para os dois lados. Kanu quase foi às redes em arremate de canhota por cima do gol, e Nenê respondeu na sequência em chute colocado que exigiu boa defesa de Cavalieri. Nos acréscimos, os donos da casa quase conseguiram a virada com Pedro Raul, que parou em Muriel, e os visitantes incomodaram com Felippe Cardoso, que exigiu nova intervenção do goleiro botafoguense.

Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, a 14ª, o Fluminense visita o Goiás na estádio da Serrinha, quarta-feira, às 20h30. No mesmo dia, mas às 21h30, o Botafogo recebe o Palmeiras no Engenhão.

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 1 X 1 FLUMINENSE

BOTAFOGO - Gatito Fernández; Kevin, Kanu, Marcelo Benevenuto, Rafael Forster (David Sousa) e Victor Luís; Caio Alexandre e Rentería (Pedro Raul); Kalou (Warley), Rhuan (Ênio) e Matheus Babi. Técnico: Bruno Lazaroni.

FLUMINENSE - Muriel; Igor Julião, Nino, Matheus Ferraz (Digão) e Danilo Barcelos; Hudson (Caio Paulista), Dodi, Michel Araújo e Nenê; Fernando Pacheco (Yago Felipe) e Fred (Felippe Cardoso). Técnico: Odair Hellmann.

GOLS - Kevin (contra), aos 40 minutos do primeiro tempo. Caio Alexandre, aos 28 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Anderson Daronco (Fifa/RS)

CARTÃO AMARELO - Michel Araújo (Fluminense).

PÚBLICO E RENDA - Jogo sem torcida.

LOCAL - Engenhão, no Rio de Janeiro.

O fantasma do rebaixamento está cada vez mais perto do Santa Cruz. Neste domingo (25), em Santa Catarina, a Cobra Coral perdeu por 3 a 1 para o Figueirense e se manteve na vice lanterna do Brasileirão. Com uma defesa cheia de erros e desatenta, o Tricolor levou o primeiro gol aos 31 segundos do primeiro tempo, num sinal do que seria a desastrosa partida para os defensores tricolores. Até Tiago Cardoso teve sua parcela de culpa na derrota pernambucana.

A partida

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Aos exatos 31 segundos de jogo, a defesa do Santa Cruz cochilou em campo. Depois do Figueira trocar passes, o lateral Ayrton recebeu nas costas dos defensores tricolores e saiu na cara de Tiago Cardoso. Nem mais pessimista o torcedor coral esperava sair perdendo nos instantes iniciais do jogo: o lateral do Figueirense tocou na saída do goleiro e abriu o placar.

Mas aos nove minutos, o Santa Cruz teve tudo para reviver na partida. Keno fez boa jogada pela ponta esquerda e cruzou na medida para o volante Derley que, de forma estranha, acabou botando a bola de coxa pra fora e perdeu uma grande chance de empatar. Logo depois, em mais uma bela ação de Keno, o lateral Léo Moura chutou na entrada da área, mas o goleiro Gatito acabou evitando o tento.

Apesar do gol relâmpago do Figueira, a partida foi fraca tecnicamente. Na metade da primeira etapa, o Santa até que teve mais a posse de bola, mas a falta de objetividade em nada ajudou a Cobra Coral. Para completar, o Tricolor quase sofreu o segundo gol aos 35 minutos, depois que Rafael Moura arrancou pela ponta direita, bateu cruzado e Léo Moura cortou e quase marcou contra. Era o anúncio de que o placar seria ampliado.Aos 37 minutos, em um contra-ataque mortal, Lins recebeu nas costas da defesa coral – mais uma vez atrapalhada e sonolenta em campo – e contou com indecisão de Tiago Cardozo. O arqueiro fez que ia sair na bola, se arrependeu, tentou voltar, mas foi driblado pelo próprio Lins que não perdoou e fez 2 a 0. O lance, por si só, resumiu a desorganização da defesa tricolor no primeiro tempo.

Segundo tempo

Em desvantagem no placar, o Santa Cruz tentou pressionar o Figueirense. Porém, o time pernambucano pecou pela falta de inspiração dos atletas da frente. A medida que atacou, a Cobra Coral deu espaço para o time catarinense que aproveitou bem os contra-ataques. Aos 14 minutos, Lins partiu livre pela esquerda, limpou para o meio e chutou rasteiro. A bola acabou desviando em Danny Morais e foi morrer no fundo das redes, por cima do goleiro coral, ampliando o placar para 3 a 0.

Mas no time do Santa Cruz há uma esperança chamada Keno. Mesmo com o péssimo desempenho coral no Brasileirão, o atacante vem se destacando e despertando o interesse de outros clubes. Tanto que, depois de grande passe de Mazinho – entrou no lugar de Derley –, o atacante coral bateu de primeira, usando a perna esquerda, e diminuiu o placar com um golaço aos 20 minutos.

O Tricolor ainda tentou algumas vezes com Grafite, que entrou no lugar de Bruno Moraes, mas as jogadas pararam na defesa do time catarinense. A equipe catarinense, por sua vez, se guardou mais, porém não deixou de partir no contra-ataque, levando bastante perigo para a defesa do Santa Cruz. Mas a vantagem no placar também deu direito ao Figueira de valorizar a posse de bola, sem a necessidade de se mandar a todo instante ao ataque.

O jogo terminou 3 a 1 para o Figueirense, o que deixou o time catarinense na 15ª posição com 31 pontos. Já o clube tricolor mantém seu pesadelo na zona de rebaixamento, ocupando a indesejável 19º colocação do Campeonato Brasileiro.

Ficha de jogo 

Torneio: Campeonato Brasileiro – 27ª rodada

Local: Orlando Scarpelli 

Figueirense: Gatito Fernández; Ayrton, Bruno Alves, Werley e Pará; Jefferson, Renato, Elvis e Dodô; Rafael Moura e Lins (Ferrugem). Técnico: Marquinhos Santos

Santa Cruz: T. Cardoso; Léo Moura, Neris, Danny Morais e Luan Peres; Uillian Correia, Derley (Mazinho) e João Paulo; Pisano (Grafite), Keno e Bruno Moraes. Técnico: Doriva

Arbitragem: Paulo H Schleich Vollkopf (MS)

Assistentes: Eduardo Goncalves da Cruz (MS) / Cicero Alessandro de Souza (MS)

Gols: Ayrtonr; Lins (2)

Cartões amarelos: Pisano, Luan Peres, Léo Moura / Rafael Moura

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