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A semana no Sport começou com ares de novo trabalho. O treinador Daniel Paulista foi apresentado no CT rubro-negro nesta segunda-feira (17). Mas apesar de ser novidade, ele conhece bem o clube em que atuou como atleta, auxiliar e técnico.

Baseado nisso, o novo comandante chegou e aproveitou para cobrar os jogadores: “A gente espera o maior empenho, maior dedicação possível dos atletas para que eles entendam a maneira como a gente vai trabalhar, a maneira que a gente vai agir, para que a gente possa, o mais rápido possível, começar a alcançar os resultados”. 

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Mas a cobrança não ficou só no elenco. O treinador assumiu a responsabilidade e deixou uma promessa: ”A minha vontade e minha determinação vai ser muito maior do que os desafios que vamos ter pela frente”.

 “Estamos chegando altamente motivados, determinados para fazer um grande trabalho junto com os atletas, junto com a torcida para resgatar o Sport, resgatar o torcedor, resgatar esse clube para colocar ele de novo no caminho das vitórias”, completou.  

Daniel já comandou os treinos e terá uma semana cheia para trabalhar. A estreia a beira do gramado acontece no próximo sábado (22). O Sport enfrenta o América-RN, no Rio Grande do Norte, pela Copa do Nordeste. A partida começa às 18h.

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A estreia de Kieza como titular com a camisa do Náutico não poderia ser melhor. Dois gols e a primeira vitória da equipe no ano, nos Aflitos, na quarta-feira (29), contra o Decisão.

Kieza confessa que estava ansioso para estrear. Questionado se teria uma meta para a temporada, depois de marcar duas vezes, o atleta cravou: "Nunca trabalhei com metas, sempre procurei fazer meu trabalho da melhor forma possível e deixar as coisas aconteceram naturalmente. A gente sabe que, trabalhando firme, com muito empenho as coisas vão acontecendo e evoluindo".

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O atleta também foi questionado sobre a concorrência no ataque em Pernambuco que tem Hernane no Sport, que liderava a artilharia da Série B até a lesão, e de Pipico, artilheiro coral na Copa do Brasil. "Interessante, grandes jogadores, grandes artilheiros, o Hernane e o Pipico por onde passaram sempre fizeram gols e a gente vai nessa disputa sadia. No final vamos ver", disse.

Apesar da estreia positiva como titular, Kieza ainda não se vê 100%. “Fisicamente estou evoluindo. Preciso treinar mais, preciso jogar mais para poder evoluir. Só com ritmo de jogo vamos conseguir a forma física que precisa", cravou.

Nenhum treinador em atividade hoje, em Pernambuco, comandou mais times do que Pedro Manta, 57 anos, 33 deles no futebol. Só aqui no estado, foram 14. Segue a lista: Salgueiro, Ypiranga, Serrano, Vitória, Araripina, Petrolina, Serra Talhada, Pesqueira, Porto, Afogados, Belo Jardim, Retrô, Cabense e América.

São seis acessos no currículo. Da Série A2 para A1 com Vitória, América, Araripina, Afogados, Petrolina e Retrô, esse ano. Com o Sport, como auxiliar, tem ainda o vice-campeonato brasileiro da Série B em 2006. Para 2020, de volta ao Afogados, onde terminou em 3º no Pernambucano 2019, Manta projeta um ano que vem melhor ainda.

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“Temos uma boa expectativa, pelo calendário que a gente conseguiu. Copa do Brasil é um momento que o clube tem que ser atrevido, pois não tem nada a perder. A Série D dá um espaço melhor para a equipe crescer. Estamos montando um time forte, isso foi uma coisa que me fez voltar, essa boa estrutura. Algumas contratações estão sendo feitas para que o grupo ganhe mais cancha, experiência e seja mais cascudo”, disse.

O calendário que Manta tanto comemora começou a se desenhar nas quartas de finais do estadual desse ano, quando o Afogados eliminou o Santa Cruz, em pleno Arruda, nos pênaltis, após um 1 x 1 no tempo normal .Para ele, esse feito inédito para o time sertanejo também foi o mais memorável da sua carreira de técnico.

“A conquista mais importante, pra mim, foi a gente ter tirado o Santa Cruz esse ano. Jogamos melhor e podíamos ter ganho nos 90 minutos. Tinha jogador que estava de mala pronta no ônibus para ficar no Recife, pois o clube já tinha até pago o elenco e dado férias. Não se achava que a gente passaria. Aí eu usei isso para motivar o time. Ganhamos e tivemos mais 17 dias de trabalho até a decisão do terceiro lugar”, relembra.

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Andarilho do futebol

Com tantos clubes na carreira, sobretudo no interior do Nordeste, Pedro Manta é o que pode ser chamado de “andarilho do futebol”. Para ele, não há como fugir dos “ossos do ofícios” e revela um lado ruim do cargo.

“É um sacrifício. Futebol, para muitos, aparece só o topo da montanha, mas embaixo é luta, é perseverança, longe da família, longe do lazer. Por exemplo, as formaturas dos meus filhos não pude estar presente, poucas festas participei, em virtude da profissão, de toda essa entrega. É uma vida solitária. Não vou dizer que me preparei, mas me acostumei e a gente entende que é dessa forma que funciona”, conta.

Amizade com Givanildo

Pedro Manta também já foi auxiliar técnico. E seu padrinho é ninguém menos que Givanildo Oliveira, um dos maiores treinadores do estado. “É uma cara que gosto muito. Trabalhei com ele no Athletico Paranaense, no Sport e no Santa Cruz. Tenho uma relação muito boa. Sempre nos falamos, trocamos ideias, ele é muito experiente. Tem um jeitão, mas tem um grande coração. É um cara vencedor, com títulos e acessos”, elogia.

Times do Recife

Apesar da longa estrada e de passagens pela comissão técnica de grande clubes, Manta nunca chegou a comandar um time do Recife. Para ele, existe um certo tipo de receio de não se dar chance a treinadores da terra.

“Existem bons profissionais no estado, como Dado Cavalcanti, Roberto Fernandes e Sérgio China, por exemplo. Não vou usar a palavra preconceito, mas acho que nossos dirigentes preferem trazer de fora, porque tira a responsabilidade deles. Nossa própria imprensa não ajuda o ‘de casa’, acha sempre que estamos fora do contexto”, desabafou.

“A gente tem uma mania de valorizar o que vem de fora. A gente se prepara, o livro que vende lá no Sul vende aqui também. Se o diretor colocar alguém daqui, ele não aguenta a pressão. Acho um absurdo. E isso a gente vai sendo desvalorizado. Tem hora que a gente fica chateado, é injusto, mas eu tiro como incentivo. Sigo trabalhando contra essa mentalidade arcaica, não me culpo”, garante.

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