Tópicos | Capitã Cloroquina

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, mais conhecida como "capitã cloroquina" por defender o uso do remédio contra a Covid-19, incluiu em seu currículo acadêmico a participação nos atos do dia 7 de setembro de 2021. 

A presença aparece na lista de "produção técnica" do currículo na plataforma Lattes, que segundo a descrição aponta: "entrevistas, mesas redondas, programas e comentários na mídia". A plataforma reúne dados sobre cientistas e pesquisadores brasileiros.

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As manifestações do dia 7 de Setembro foram consideradas antidemocráticas por pedidos do fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa da instalação de um novo regime ditatorial no Brasil, além de ameaças ao Congresso Nacional e aos ministros do STF.

A vacinação contra a Covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos tem encontrado resistência no Governo Federal. Um exemplo disso é a defesa feita pela secretária de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, contra a imunização da faixa etária. Mayra, conhecida como a ‘capitã cloroquina’, usou o Instagram para falar sobre o assunto e disse que a vacinação em crianças é motivada por um “ativismo político”.

“Sou pediatra e não faço parte de movimentos anti vacinas, mas não posso aceitar passivamente, que crianças sejam parte de um experimento científico motivado por ativismo político e interesse comercial”, disparou a secretária, acrescentando que o imunizante pode causar riscos para as crianças e os pais precisam estar esclarecidos sobre o assunto.

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A publicação de Mayra foi compartilhada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Apesar da defesa de Mayra, cientistas e especialistas apontam a eficácia da vacina em crianças de 5 a 11 anos. Um estudo da Pfizer, que é o imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para a aplicação, diz que não há riscos para a faixa etária e sua eficácia é de 90% na prevenção da doença.

 

A secretária da Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como "capitã cloroquina", disse ter enviado perguntas a senadores governistas da CPI da Covid para que eles fizessem a ela durante depoimento à comissão. Pinheiro prestou depoimento em 25 de maio.

A afirmação consta em um vídeo obtido pela CPI da Covid após quebra de sigilo da secretária. "A gente tem um grupo [de senadores na CPI] que nos apoia, que acredita no nosso trabalho. Esse grupo tem que fazer perguntas, no direito que eles têm de interrogar o depoente, que nos ajudem no nosso discurso", ela diz. "Eles jogam para eu fazer o gol."

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Na gravação, a servidora diz já ter enviado dez perguntas a senadores governistas. "Eu falei 'senador, pergunta qual é a minha formação, pergunta quais são as atividades que eu fiz no Ministério da Saúde desde a chegada aqui e quais foram os esforços da minha secretaria em relação aos recursos humanos para enfrentamento à Covid'", ela afirma. Participam da conversa o pesquisador Regis Bruni Andreoli e o secretário Hélio Angotti Neto, de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.

"São cinco senadores que vão jogar com a gente. Então eu preciso dar perguntas a eles para eles me interrogarem cuja resposta seja a oportunidade de eu falar", ela acrescenta. Mayra Pinheiro pedia que Andreoli pensasse em mais perguntas que ela pudesse enviar aos senadores. Ela e o pesquisador defendem o chamado tratamento precoce, que é considerado ineficaz pela comunidade científica.

No depoimento à CPI, a servidora defendeu o uso de hidroxicloroquina no combate à doença. O medicamento não tem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19. Pinheiro afirmou que o Ministério da Saúde orientou médicos do país a adotarem o tratamento precoce.

Nesta sexta-feira (2), a pediatra Mayra Pinheiro, conhecida como Capitã Cloroquina pela defesa ferrenha do falso tratamento precoce da Covid-19, será homenageada pelo Sindicato dos Médicos do Ceará. Atual secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, ela vai receber a Comenda Sindical Médica, entregue aos profissionais de destaque em 2020.

A homenagem feita desde 1998 tem o intuito de reconhecer a "dedicação de médicos perante a sociedade", informa o sindicato, que, mesmo reiterando os cuidados com a Covid-19, vai promover uma cerimônia na sede da associação, às 18h, com a presença de diretores, da Dra. Mayra e de outro homenageado, o médico e gestor da Unimed Fortaleza Elias Leite.

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Para conceder a homenagem à médica que fez propaganda de substâncias sem eficácia comprovada pela Ciência ao longo da pandemia, a entidade aponta que Mayra "se destacou no combate à pandemia da Covid-19, e defendeu um dos princípios da medicina, que é a autonomia médica".

A Capitã Cloroquina foi ouvida pelos senadores da CPI da Covid em maio, quando afirmou que a plataforma Tratecov, que indicava o uso da cloroquina e outros remédios ineficazes, foi ao ar por conta de uma "extração indevida de dados". Ela chegou a indicar que o próprio Ministério da Saúde orientou médicos de todo o país sobre o falso tratamento precoce.

Em 2013, ela foi uma das representantes do movimento que brigou pela saída de cerca de oito mil médicos cubanos do país, vindos pelo programa Mais Médicos para suprir vagas recusadas na rede pública. Mayra também chegou a presidir o Sindicato dos Médicos do Ceará em 2015, quando ainda era filiada ao PSDB e liderou movimentos contra o governo Dilma Roussef (PT). Ela chegou a concorrer às eleições em dias oportunidades aos cargos de deputada federal e senadora, mas não foi eleita por falta de votos.

Confira



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A secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro - a capitã cloroquina - foi vacinada com a primeira dose da Astrazeneca nesse domingo (13). Uma das principais entusiastas do desrespeito às normas sanitárias, ela prestou depoimento à CPI da Covid-19, onde voltou a defender a imunidade de rebanho e o falso tratamento precoce.

Aos 54 anos, a Mayra foi imunizada em Brasília. A pediatra é apontada como umas das responsáveis pela criação do aplicativo do Governo TrateCov, o qual indicava cloroquina e outras substâncias ineficazes para tratar a doença, até mesmo em crianças. A ferramenta também é alvo da investigação.

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Durante seu depoimento ao Senado, no dia 25 de maio, ela disse que foi contaminada no dia em que iria se vacinar e, por isso, teria que esperar um mês para ser imunizada. No entanto, o prazo não foi respeitado e Mayra já havia se infectado dois meses antes.

Após requerimento dos senadores da oposição, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou sua quebra de sigilo telefônico e telemático.

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O depoimento da médica Mayra Pinheiro, conhecida como 'capitã cloroquina', foi adiado para a próxima terça-feira (25), após o testemunho de Eduardo Pazuello ser adiado por conta de um mal-estar do ex-ministro da Saúde nesta quarta-feira (19). 

A continuidade do depoimento de Pazuello será nesta quinta-feira (20), dia que estava programada a sessão com a 'capitã cloroquina'. Mayra tentou no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus para ficar calada na CPI, que foi negado pelo ministro. 

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Com o depoimento marcado para a quinta-feira (20), a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro - ou “Capitã Cloroquina” como ficou conhecida - , pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja garantido o seu direito de ficar em silêncio durante a oitiva na CPI da Covid-19.

Mayra é apontada como a responsável pelo planejamento de uma comitiva de médicos que difundiu o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19, a exemplo da cloroquina. Os senadores da CPI esperam questioná-la sobre a crise de Saúde no Amazonas e a suposta pressão feita pelo Ministério da Saúde para que o governo local utilizasse a substância.

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Os advogados que representam a secretária seguem a mesma lógica adotada pelo general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, que enviou ao STF um habeas corpus preventivo, solicitando o direito de não se “autoincriminar” durante o depoimento ao plenário da CPI. Pazuello teve o recurso aprovado pelo ministro Ricardo Lewandowski.

"Esse temor se mostra justificado, em decorrência da crescente agressividade com que têm sido tratados os depoentes que ali comparecem para serem ouvidos. A falta de urbanidade no tratamento dispensado às testemunhas, proibindo-as, inclusive, do exercício da prerrogativa contra a auto-incriminação", diz a petição enviada por Mayra, em trecho divulgado pelo jornal O Globo.

Os advogados da secretária também solicitam o direito de participação na CPI, com a possibilidade de levantar questões de ordem junto ao presidente da Comissão. Não há relator indicado até o momento.

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