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O Santos ganhou uma preocupação na véspera de sua estreia na temporada 2024. Nesta sexta-feira, o V-Varen Nagasaki afirmou que vai acionar o clube brasileiro na Fifa por causa da contratação do técnico Fábio Carillle. O time japonês, onde estava Carille antes de voltar ao futebol nacional, não reconhece a transferência do treinador para a equipe brasileira.

"É um direito do clube japonês. Vamos acompanhar o caso. Para nós, é um assunto que será acompanhado apenas juridicamente. Não temos nenhum tipo de situação diferente da regularização do técnico. Ele continuará normalmente, não tememos nada com referência a esta multa, envolvendo uma questão muito própria do profissional com o clube", afirmou o presidente do Santos, Marcelo Teixeira.

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Questionado sobre o assunto nesta sexta, durante entrevista coletiva, o dirigente evitou dar detalhes sobre o imbróglio. "Nós acompanharemos tudo, aguardaremos as decisões e manifestações da Fifa. Nós fomos a uma reunião com boa intenção para intermediar a situação entre o clube japonês e o treinador. Tentamos um acordo para a possível rescisão trabalhista da comissão técnica. Foi feita uma proposta sobre essa questão e o clube japonês continua tendo uma outra visão nesta relação trabalhista, na qual o Santos tem as suas medidas. Analisamos todo o processo jurídico."

Esta não é a primeira vez que o Santos se vê ameaçado pelo Nagasaki. Quando escolheu Carille para assumir a equipe para a temporada 2024 - a primeira do clube paulista na Série B do Campeonato Brasileiro -, foi exigido o pagamento da multa rescisória pelos japoneses. Segundo o clube, ainda não houve uma resolução quanto ao valor a ser pago: US$ 1,5 milhão, cerca de R$ 7,4 milhões.

No dia 13 de janeiro, o Nagasaki já havia emitido nota, na qual chamou a situação com o Santos de "inaceitável". Não houve, no entanto, qualquer manifestação dos brasileiros e da gestão do presidente Marcelo Teixeira. Por causa disso, será iniciado um processo e os trâmites legais na Fifa, para que haja o pagamento integral da multa rescisória.

Na última sexta-feira, o Santos registrou o contrato de Carille, mesmo sem o pagamento da multa. Para o Santos, o treinador estaria liberado para assinar o contrato com qualquer clube a partir do dia 1º de janeiro, fato que é contestado pelo time japonês.

"Desde 20 de dezembro de 2023 até o presente, nós pedimos de forma repetida ao Santos FC e ao técnico Carille que procedessem com os procedimentos formais de rescisão de contrato, tentando uma solução amigável. Mesmo após a liberação do nosso clube no sábado, 13 de janeiro, temos solicitado ao Santos FC uma resposta sincera e uma resolução amigável, mas ainda não recebemos uma resposta clara e nenhuma carta oficial foi recebida", afirmou o clube em nota.

"Portanto, determinamos que não será possível para as partes resolver o assunto, mesmo que as discussões continuem." O Santos estreia neste sábado, 20, contra o Botafogo-SP. Mesmo com a ação iniciada junto à Fifa, Carille estará a beira do campo no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, já que está inscrito e tem sua situação regulamentada no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF.

Fábio Carille não terá vida fácil no comando do Santos em 2024. Com apenas o Paulistão e a Série B do Campeonato Brasileiro pela frente, a prioridade é clara: retornar à elite nacional. Para isso, no entanto, o técnico terá que superar o desempenho de sua primeira passagem pela Vila Belmiro, entre 2021 e 2022.

Na última vez à frente do alvinegro, Carille esteve na área técnica em 27 ocasiões. Foram nove vitórias, dez empates e oito derrotas, totalizando 46% de aproveitamento. Ao assumir a responsabilidade deixada por Fernando Diniz, ele obteve êxito ao evitar o rebaixamento do clube no Brasileirão de 2021, mas acabou dispensado devido à campanha irregular no Paulistão do ano seguinte.

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"Meu problema foi o Dracena (então diretor de futebol), não vamos ficar falando muito sobre isso. Ele não me queria. O Santos terminou o ano bem, houve apelo da torcida para que eu seguisse. Mas ele não queria. Não temos mais que falar disso. Não briguei com ele em nenhum momento, mas ele não me queria", relembrou Carille em sua recente reapresentação no clube paulista.

O desempenho passado também se mostra insuficiente para assegurar a promoção do Santos à primeira divisão. Considerando as últimas dez edições (2014-2023) da Série B, é necessário atingir cerca de 63 pontos para terminar a 38ª rodada dentro do G-4. Esse número representa um aproveitamento médio de 55%, bem acima do alcançado por Carille quando comandou o a equipe anteriormente.

Durante a década, o Goiás se destaca como a equipe que precisou da menor pontuação (60) para garantir a vaga na Série A, em 2018. Por outro lado, o América-MG, em 2015, estabeleceu a mais alta pontuação entre os times que subiram, somando 65 pontos.

Pontuação do 4º colocado da Série B entre 2014 e 2023

2014 - Avaí: 62 pontos

2015 - América-MG: 65 pontos

2016 - Bahia: 63 pontos

2017 - Paraná: 64 pontos

2018 - Goiás: 60 pontos

2019 - Atlético-GO: 62 pontos

2020 - Cuiabá: 61 pontos

2021 - Avaí: 64 pontos

2022 - Vasco: 62 pontos

2023 - Atlético-GO: 64 pontos

Novo presidente do Santos, Marcelo Teixeira confirmou nesta terça-feira que Fábio Carille vai comandar a equipe na temporada 2024. O acerto já era esperado desde a semana passada, mas o pagamento da multa do contrato do treinador com seu clube no Japão vinha atrapalhando o acordo final entre as partes.

"Demos início à reconstrução do Santos: Fábio Carille será nosso comandante no caminho de volta às conquistas e dias de alegria, a partir do começo de 2024. Em sua segunda passagem pelo Santos e com um ótimo histórico, Carille chega com a função de rever e redefinir o elenco dentro das novas normas e diretrizes que estamos implantando. O Santos grande de novo", disse Teixeira.

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O presidente, que tomará posse ainda nesta terça, fez o anúncio diretamente no seu perfil pessoal no Instagram. Carille respondeu num breve comentário: "Vamos pra cima!". O clube oficializou o acerto minutos depois. "O Santos FC acertou o retorno do treinador Fábio Carille! O comandante chega com contrato de um ano e opção de permanência por mais uma temporada", anunciou o clube.

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Para poder contar com Carille, o Santos precisou desembolsar a multa relativa à rescisão contratual do treinador com o V-Varen Nagasaki, do Japão. O valor, que era de U$$ 1,5 milhão, cerca de R$ 7,4 milhões, vinha sendo o grande obstáculo para o retorno do técnico à Vila Belmiro. O Santos enfrenta crise financeira nos últimos anos e a situação deve se deteriorar com a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro.

O Santos e o técnico já haviam entrado em acordo nos principais pontos da negociação. Mas esperavam resolver a multa de que o time japonês não abria mão. Com o acerto final, Carille já poderá iniciar o planejamento do time para a próxima temporada, nestes últimos dias do ano. Ele vai substituir o técnico Marcelo Fernandes, que era auxiliar, se tornou interino e foi efetivado na reta final do Brasileirão, que acabou decretando a queda do time.

Carille vinha sendo o favorito de Marcelo Teixeira desde que Thiago Carpini, primeira opção do presidente eleito, decidiu continuar no Juventude, que subiu para a Série A.

O treinador já havia sido cotado para voltar ao Santos em outros momentos deste ano. Mas as negociações não chegaram a avançar ao longo deste 2023. O técnico comandou o time da Vila Belmiro entre o segundo semestre de 2021, quando evitou o rebaixamento, e o início de 2022.

Nos últimos anos, o Santos vem enfrentando dificuldades financeiras, que até culminaram em punições da Fifa por atraso no pagamento de contratações. As dívidas foram amenizadas na gestão de Andres Rueda, mas a situação deve se complicar novamente em 2024 em razão da queda para a Série B, competição que paga menos aos times em termos de direitos de transmissão de TV.

Confirmado como técnico do Santos para 2022, Fábio Carille prometeu ao menos seis reforços para o time começar a nova temporada. Ele avisou que as contratações serão feitas "dentro da realidade do Santos" e admitiu que o clube corre risco de perder jogadores importantes ao fim deste ano.

"Vamos ter cuidado para falar de posições porque corremos o risco de perder jogadores importantes. Podemos falar de três ou quatro, mas posso falar de três para fortalecer de fato e outros três para compor ou ajudar. Mas ouvimos 'zumzumzum', possibilidade de saída, então pode ser mais. Temos que esperar definições para saídas e chegadas", diz o treinador.

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Carille citou o lateral Felipe Jonatan como possível baixa no elenco para 2022. E mencionou como possíveis alvos do Santos o zagueiro Léo, ex-Cruzeiro, e o volante Richard, do Corinthians. O primeiro está livre no mercado enquanto o segundo ainda tem vínculo com o rival paulista.

"Quanto ao Felipe Jonatan, há um tempo, vieram times grandes do Brasil e de fora (interessados), por exemplo. Vamos ficar um pouco perdidos sobre quantos e em quais posições. Se perdermos o Felipe Jonatan, teremos que trazer mais um", comentou. "O Léo é experiente, de Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro. Claro que se o Edu trouxer, vamos analisar e é experiente, pode ser do perfil. Trabalhei com o Richard, foi campeão comigo. De imposição, chegada, marcação forte, saída boa. Nos acrescentaria bastante para equilibrar o grupo."

Apesar dos nomes mencionados, Carille pediu cautela à torcida e avisou que as contratações ficarão à cargo de Dracena. "Vou deixar esse canal sobre atletas com o Edu", disse o treinador, querendo evitar problemas de comunicação interna.

O treinador foi confirmado no Santos para 2022 logo após o empate por 1 a 1 com o Cuiabá, na Vila Belmiro, pela última rodada do Brasileirão. "Eu poderia esperar outras situações, mas decidi ficar. O contrato existe até 2023, mas tínhamos pendências para resolver e resolvemos hoje. Estou muito feliz. Eu e minha comissão nos sentimos muito bem no CT e na cidade de Santos, mesmo no início difícil", declarou.

"Fomos conhecendo e plantamos uma semente nesses três meses. E, em 2022, dentro da realidade do Santos, fortalecendo, para uma temporada abençoada de trabalho e sacrifício para buscarmos nossos objetivos", disse Carille, antes de projetar uma temporada melhor para a torcida.

"Vai melhorar. Podem ter certeza. Vão chegar peças, vai ser melhor, mas os reforços, proposta de jogo e tudo mais ainda vamos discutir. O primeiro passo era a continuidade. Agora vamos buscar com o Edu jogadores para potencializar o elenco. Vou comprar essa ideia com o presidente."

Passado o momento conturbado que o Santos viveu no Brasileirão, com risco real de rebaixamento, o técnico Fábio Carille começou a pensar no futuro. E passou a concentrar maior atenção às negociações com a diretoria do clube da Vila Belmiro, visando a temporada 2022.

"Houve algumas conversas, sim, sei que já ligaram para o meu empresário tanto o Edu Dracena como o presidente. Mas eu mesmo evitei (o assunto) para ficar totalmente voltado para esse momento delicado que o Santos estava", disse o treinador, em entrevista ao canal BandSports.

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Mas a situação mudou com o empate por 1 a 1 com o Internacional, no fim de semana. O resultado levou o Santos aos 46 pontos, pontuação considerada suficiente para evitar o rebaixamento, embora ainda exista chance matemática de queda.

Os resultados mais recentes fizeram a equipe da Vila deixar a zona de rebaixamento e até abrir certa distância da região de perigo na tabela. Ainda com dois jogos a disputar no Brasileirão, o Santos ocupa o 11º lugar na classificação.

"Na verdade, acredito que agora dá para falar um pouquinho mais (sobre permanecer), apesar de eu ainda não querer, mas acho que é o momento. Está passando da hora, falta uns nove dias para terminar a temporada e vamos ver o que vai acontecer, como serão as conversas", declarou Carille.

O treinador afirmou estar feliz no clube, confirmando seu desejo de permanecer no clube. "Já quero adiantar que não só eu como a comissão técnica toda está muito feliz. O Walmir (Cruz, preparador físico) já conhecia a casa e trabalhou antes no Santos e nós estamos muito felizes com o que aconteceu e com o que está acontecendo no ambiente", afirmou.

"Então, acredito que não vai ter dificuldade nenhuma (para seguir), vai ser muito fácil e eu vejo o time do Santos começando uma pré-temporada muito fácil para se ajeitar e se arrumar. Não precisa de muitas coisas. É o meu modo de ver", disse o técnico.

A permanência de Carille no Santos será definida de forma informal porque seu contrato é do tipo CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), sem qualquer prazo de validade, como nos contratos de trabalhadores comuns. Não haveria maiores custos para ambas as partes em caso de saída, na forma de demissão. Se permanecer, não será necessário "renovar" o contrato.

O "martelo" será batido pelo presidente Andres Rueda na companhia de Edu Dracena, executivo de futebol contratado pelo clube em outubro. Quando chegou ao Santos, o ex-zagueiro evitou falar sobre o futuro de Carille, mas indicou confiar no trabalho do treinador para acabar com as chances de rebaixamento do time.

Pela primeira vez desde que chegou ao Santos, em setembro, o técnico Fábio Carille vai poder repetir uma escalação da equipe. A oportunidade surgirá no clássico com o Palmeiras, marcado para domingo, na Vila Belmiro. O importante duelo contra o vice-líder do Brasileirão será o 12º jogo do treinador à frente do time santista.

A chance de repetir a escalação que Carille considera a ideal se deve aos retornos do meia Vinícius Zanocelo e do atacante Marinho. Ambos cumpriram suspensão na vitória sobre o Athletico-PR, por 1 a 0, no sábado. E, com a dupla de volta, o treinador poderá mandar a campo os mesmos 11 jogadores que começaram a partida contra o Fluminense, na rodada anterior.

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Não por acaso aquele jogo contra o time carioca marcou a retomada das vitórias santistas. Na ocasião, o triunfo foi acompanhado de boa atuação de um Santos ameaçado pelo rebaixamento. No fim de semana, o resultado sobre o Athletico marcou apenas a segunda vitória seguida da equipe da Vila neste Brasileirão.

A formação ideal de Carille, a ser escalada pela segunda vez sob o seu comando, tem João Paulo; Robson Reis, Emiliano Velázquez e Danilo Boza; Madson, Vinicius Zanocelo, Marcos Guilherme e Felipe Jonatan; Diego Tardelli, Lucas Braga e Marinho.

Apesar de cogitar mudanças no esquema tático santista, o técnico já indicou que deve manter a formação com três zagueiros até o fim do campeonato. Isso só será possível graças ao retorno de Robson Reis, que estava machucado. No meio-campo, Carille mandou Vinicius Balieiro e o experiente Carlos Sánchez para o banco de reservas. Camacho se recupera de lesão e Jean Mota está perto de deixar o clube.

Vinicius Zanocelo e Felipe Jonatan ganharam elogios e espaço. O segundo, lateral-esquerdo de origem, vem se destacando com as novas funções no meio-campo. "Atuar no meio me agrada. O (Jorge) Sampaoli me colocava de ponta, de volante, meia. E agora voltei a atuar no meio com o professor Carille. O importante é ajudar e estar sempre atuando. E, sem deixar a parte defensiva de lado, mas eu sou um cara que gosto de atacar bastante", comentou o jogador.

No ataque, Carille oficializou Diego Tardelli e Lucas Braga como titulares. O primeiro ganhou chance com a lesão sofrida por Léo Baptistão, maior aposta ofensiva da equipe na temporada. E Lucas Braga conquistou o posto graças à versatilidade demonstrada nos últimos jogos, atuando como atacante e ponta.

Ainda na beira da zona de rebaixamento, o Santos encara o confronto de domingo como essencial para reduzir suas chances de queda. Será o último clássico do time jogando em casa nesta temporada. E possivelmente o jogo mais difícil como mandante nesta reta final do Brasileirão.

Fábio Carille deixou o comando do Corinthians neste domingo. O treinador não resistiu à goleada de 4 a 1 para o Flamengo em jogo disputado no Maracanã, no Rio de Janeiro, e foi demitido logo após a partida válida pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O treinador deixa o clube em sua segunda passagem, que teve início no começo desta temporada. Neste ano, foram 70 jogos, sendo 27 vitórias, 25 empates e 18 derrotas. No total, Carille tem pelo Corinthians 183 jogos, sendo 86 vitórias, 56 empates e 41 derrotas.

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O presidente Andres Sánchez deixou claro que Carille foi demitido e não entregou o cargo. "Nós tiramos. Foi uma conversa, toda conversa de demissão é triste, ainda mais de um treinador que tem história grande no Corinthians, mas tivemos de tomar essa decisão", disse o dirigente.

Carille tinha contrato com o Corinthians até dezembro do ano que vem e a multa para mandá-lo embora é de cerca de R$ 6 milhões. Andres admite a dívida, mas diz que depois vai resolver como pagá-la. "Como ele disse, se precisar vamos de Casas Bahia (pagar em prestação). O Corinthians tem suas dificuldades financeiras, mas não era uma multa que segurava", completou.

A tendência é que o Corinthians seja comandado na quarta-feira, contra o Fortaleza, pelo auxiliar Fabinho ou por Dyego Coelho. Os dois trabalhavam como auxiliares de Carille. Andres não quis adiantar quem irá dirigir o time na sequência da temporada. "Vamos atrás de um treinador, mas não dá para chegar essa semana. Vamos atrás, mas vai sair bastante gente", avisou.

Na primeira passagem, Carille conquistou o Campeonato Brasileiro de 2017 e o Paulistão de 2017 e 2018. No meio do ano passado, ele deixou o clube e foi trabalhar na Arábia Saudita. No fim do ano passado, retornou ao Corinthians e conquistou mais uma vez o Paulistão. Mas tudo mudou durante o Brasileirão, principalmente nas últimas rodadas. O treinador passou a criticar e cobrar publicamente o elenco corintiano, algo que desagradou os jogadores e membros da diretoria.

Autor do gol que garantiu o empate do Corinthians em 2 a 2 com o Goiás no Serra Dourada nesta quarta (16), o centroavante Gustavo rechaçou qualquer possibilidade de atrito entre o elenco e o técnico Fábio Carille. O jogador elogiou o trabalho do treinador e assegurou que ele tem a confiança dos atletas.

"Não teve atrito com Carille e não vai ter. Ele sabe o que está fazendo. Tem toda a confiança não somente nossa, mas da diretoria toda também. Vem fazendo um belo trabalho. Ganhou títulos nessa formação. Corinthians é assim, ganhou muitos títulos com resultados simples, 1 a 0. Buscar a vitória. Correr, nos dedicar e buscar o resultado bom quando não dá para jogar bonito", disse Gustavo.

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O desacordo fora de campo se iniciou depois que Carille fez críticas públicas a alguns jogadores e reconheceu que a equipe não realizou mais do que dez jogos bons em toda a temporada. Antes da partida em Goiânia, o goleiro Cássio, um dos líderes do elenco, já havia colocado panos quentes no clima ruim no clube. A torcida chegou a se manifestar contra o treinador, que ironizou.

Gustavo comentou que as cobranças são normais, uma vez que o time não vence há quatro rodadas - empatou três e perdeu um neste período - e elogiar a postura dos jogadores no empate com o Goiás. "Nos cobramos muito porque sabemos que podemos dar muito mais. Conversamos antes do treino para mudar nossa postura. Isso faria a diferença. Hoje, cada um deu um pouco mais de si e fizemos um grande jogo", pontuou.

Gustavo também aproveitou para agradecer Fábio Carille pela oportunidade de voltar a ser titular e pela chance de poder bater o pênalti no final da partida. Ele entende que o momento pede pouca conversa e mais trabalho. "Pedi para bater porque treinei a semana toda. Agradeço a ele pela chance. Nosso ambiente é muito bom, muito tranquilo. Nada que acontece fora do clube vai para dentro de campo. Agora é assim: trabalhar quietinho buscando o resultado."

Um dos líderes do elenco do Corinthians, o goleiro Cássio negou qualquer tipo de atrito entre o grupo de jogadores com o técnico Fábio Carille. Em entrevistas recentes, o treinador chegou a dizer que o time sentiu falta de atletas mais "vividos" e precisava de reforços com ambição, além de ter falado que a equipe fez apenas dez bons jogos esta temporada. Para Cássio, as declarações não deixaram o elenco incomodado.

"Na verdade, para ser bem honesto, não tenho visto muito (o noticiário), acompanhado. Tentei me blindar um pouco sobre isso quando começou essa conversa sobre descontentamento de jogadores. É difícil porque o grau de comprometimento de todos é grande. Vocês não acompanham o que acontece ali dentro, não vejo ninguém incomodado, para ser bem honesto, mas sim todos comprometidos em ajudar. União é a marca forte entre jogadores, comissão e diretoria. Não vejo essa situação. Concordo que não estamos jogando grande futebol, estamos um pouco abaixo, mas com resultados bons, se pegar o ano geral", afirmou o goleiro.

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Cássio também analisou o momento vivido pelo Corinthians nesta temporada. Após cair na Copa do Brasil e na Sul-Americana, a equipe tenta uma vaga direta na fase de grupos da próxima Libertadores através do Campeonato Brasileiro. Atualmente, o Corinthians está em quarto lugar, mas viu o São Paulo encostar após a vitória no clássico do último domingo no Morumbi.

"O time foi campeão paulista, caiu da Copa do Brasil para o Flamengo, melhor time do Brasil, foi à semifinal da Sul-Americana e está em quarto no Brasileiro. Lógico que temos que melhorar, evoluir, são 13 rodadas pela frente. Temos que nos manter entre os quatro, confirmar a vaga, porque sabemos que se disputar a pré-Libertadores já começa o ano com pressão e dois mata-matas, isso acelera processo do time. É importante. Quando o time não está bem e perde clássico, a cobrança é maior, tem pressão. De dentro do clube eu converso com todos, me dou bem com todos e não vejo isso que estão falando, que há descontentamento. Jogador pode ter sua maneira de pensar, mas não vejo atrito. O nível de treinamento é muito bom", analisou Cássio.

O goleiro ainda deu um exemplo pessoal ao ser questionado sobre as críticas direcionadas aos jogadores. Carille, por exemplo, chegou a citar os meias do Corinthians ao dizer que eles não têm características de entrarem na área e se aproximarem do centroavante. Cássio falou sobre como o jogador pode dar a resposta: dentro de campo.

"Em 2016, ninguém falava que eu voltaria a ser o goleiro do Corinthians, diziam que eu estava mal, estava gordo. E estava mesmo (risos). A resposta do jogador tem que ser dentro de campo, treinando, se dedicando", disse.

Nesta terça-feira, após a entrevista coletiva de Cássio, o Corinthians finalizou a preparação para enfrentar o Goiás. A partida será nesta quarta, às 21h30, no Serra Dourada, pelo Campeonato Brasileiro. A provável escalação tem: Cássio, Fagner, Manoel, Gil e Danilo Avelar; Gabriel (Ralf), Sornoza (Matheus Jesus), Pedrinho, Mateus Vital e Clayson; Boselli (Vagner Love).

Confira a lista de relacionados para a partida:

Goleiros: Caique e Cássio.

Laterais: Carlos, Danilo Avelar, Fagner e Michel.

Zagueiros: Bruno Méndez, Gil e Manoel.

Volantes: Gabriel, Matheus Jesus, Ramiro e Ralf.

Meias: Jadson, Mateus Vital, Pedrinho, Régis e Sornoza.

Atacantes: Boselli, Clayson, Gustavo, Janderson e Vagner Love.

O Corinthians venceu o Botafogo de Ribeirão Preto por 1 a 0, neste domingo (24), fora de casa, mas o resultado obtido no Paulistão não foi suficiente para o técnico Fábio Carille deixar de criticar sua equipe. Segundo o treinador, o resultado positivo não pode esconder a má atuação da equipe.

"Estou comemorando a vitória, mas o resultado não pode esconder o nosso baixo rendimento. O jogo foi muito ruim e a gente sabe o quanto é difícil jogar com um a mais sem entrosamento", destacou o treinador.

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De fato, o Corinthians não fez uma boa atuação e a fragilidade do Botafogo ajudou na piora da partida. Foram poucos lances de emoção e o time de Ribeirão Preto se complicou ainda mais no primeiro tempo, quando o zagueiro Plínio foi expulso por uma entrada violenta em Richard.

Carille destacou a falta de entrosamento pelo fato de o Corinthians ter ido a campo com uma formação mista. Fagner, Henrique, Manoel e Sornoza foram alguns dos titulares que não atuaram. Gustavo iniciou no banco de reservas e entrou no decorrer da partida.

A preocupação do treinador é com o jogo diante do Racing, quarta-feira, na Argentina, pela Copa Sul-Americana. No primeiro duelo, a partida acabou empatada em 1 a 1 e o time brasileiro precisa do resultado positivo para se classificar. Empate sem gols, os argentinos avançam. Se for 1 a 1 novamente, a decisão será nos pênaltis e empate com dois ou mais gols, é o Corinthians quem avança.

Embora tenha feito 12 contratações nesta temporada, o Corinthians está sentindo falta de um driblador. A avaliação é do próprio Fabio Carille. Para o treinador, o atacante Clayson é o único atleta de profundidade, mas ele está se recuperando de uma lesão no joelho. Por isso, ele entrou apenas no segundo tempo da derrota para o Novorizontino, no domingo.

"Temos o Clayson como jogador de profundidade, que vai para o drible e busca o fundo. Pedrinho é um meia que gosta de flutuar. Mateus (Vital) também", avaliou o treinador. "Clayson está voltando agora depois de recuperar do joelho e está precisando de ritmo de jogo. A característica dos nossos jogadores é para isso (pensar o jogo). Não temos jogadores de drible, de ir para cima a não ser o Clayson. Mas sei que ele precisa de um preparo melhor", completou o técnico.

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Sem o atacante em totais condições físicas, Carille está procurando alternativas. Diante do Ferroviário, em Londrina, ele apostou em Vagner Love como segundo atacante, saindo da área, e Gustavo como centroavante. Em Novo Horizonte, foi a vez de Boselli ser a referência na área - Love continuou como segundo atacante. "Aí você trabalha com um meia e dois atacantes para a bola chegar no pivô ou para que chegue numa infiltração. Essa está sendo a dificuldade. Mas também pela característica dos jogadores", explicou Carille.

As dificuldades que o treinador vem encontrando são reflexo das contratações. Até o momento, o Corinthians já anunciou dez reforços. Com Bruno Méndez e Lucão, que ainda não foram confirmados oficialmente, o clube chegará a 12 reforços. Nenhum deles é propriamente um jogador de drible, como observou Carille. Chegaram o zagueiro Manoel, o lateral-direito Michel Macedo, os volantes Júnior Urso, Ramiro e Richard, o meia Sornoza e os atacantes André Luis, Boselli, Gustavo Silva e Vagner Love.

Além da falta de criatividade, o time vem se mostrando vulnerável na defesa. Só no Campeonato Paulista, o time levou seis gols em seis jogos. "A gente está se conhecendo, tenho certeza de que estamos em evolução, nosso sexto jogo. Em dois ou três jogos vamos estar 100% e vamos parar de tomar gol", promete o zagueiro Marllon, reserva de Manoel e Henrique.

Na quinta-feira, o time fará sua estreia na Copa Sul-Americana diante do Racing, líder do Campeonato Argentino com três pontos de vantagem sobre o Defensa y Justicia (42 a 39). Novamente nas palavras de Carille, será o maior desafio do Corinthians em 2019 até agora.

O técnico Fábio Carille, campeão brasileiro com o Corinthians, engrossa o coro daqueles que defendem a convocação do atacante Jô para a seleção brasileira. O corintiano divide a artilharia do Campeonato Brasileiro com Henrique Dourado, atacante do Fluminense, mas ainda não foi lembrado pelo técnico Tite.

"Eu levaria o Jô (para a seleção) porque não tem jogadores com essas características sendo chamados. Se ele disputar mais uma Copa do Mundo, será por merecimento", disse o treinador ao canal Fox Sports, na noite desta segunda-feira.

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Atualmente, Neymar e Gabriel Jesus são os únicos atacantes praticamente definidos na seleção brasileira para a Copa da Rússia. Tite tem feito experiências com Diego Souza (Sport), Douglas Costa (Juventus), Roberto Firmino (Liverpool) e Taison (Shakhtar Donetsk). Jô ainda não foi convocado pelo treinador.

O atacante tem como qualidades o embate físico e boa vantagem na disputa pelas bolas altas. Na seleção, no entanto, Jô teria de desempenhar funções diferentes daquelas praticadas pelo Corinthians. Ele teria de segurar mais a bola e depender menos dos contra-ataques.

Carille revela que tem contatos com o técnico Tite, da seleção brasileira, mas nega que tenha feito lobby para a convocação do corintiano. "Com o Tite, eu converso bastante, mas pouco sobre futebol", afirmou.

Com duas invasões de campo para abraçar os jogadores e pedir, claro, uma vitória neste domingo sobre o rival Palmeiras, os torcedores do Corinthians responderam em grande estilo ao convite do clube para acompanhar o treino do time neste sábado dentro do Itaquerão.

A entrada foi franca, até mesmo as vagas de estacionamento da arena não foram cobradas. Tudo para que o elenco sentisse o calor da torcida na partida contra o Palmeiras, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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Quem não conseguiu comprar seu ingresso para o jogo, pôde ao menos acompanhar um treino leve comandado pelo técnico Fábio Carille. Foi a primeira vez que isso aconteceu no estádio. A ‘invasão’ teve 32 mil pessoas, em clima de paz e confiança. Não havia um só corintiano capaz de admitir no treino a fase ruim do Corinthians.

A torcida espera que o time vença o Palmeiras, volte a marcar gols e quebre a sequência ruim de resultados no Nacional. O Corinthians lidera o Brasileiro com 59 pontos, cinco a mais do que o Palmeiras. Daí a necessidade de vencer em casa o seu mais duro rival no ano do Centenário do Dérbi. Se perder, a situação pode ficar complicada em relação ao título.

O dia foi incrível para o torcedor corintiano. Começou com o apoio da torcida aos jogadores, e terminou com o técnico Carille falando aos fãs e sendo aplaudido por eles.

ESCALADO - O treinador também aproveitou o treino para confirmar a escalação da equipe com duas novidades em relação à derrota para a Ponte Preta por 1 a 0, no último domingo. O volante Camacho e o atacante Clayson entram nas vagas de Maycon e Jadson.

A boa notícia é que o lateral-direito Fagner foi confirmado. Ele deixou o treino da última quinta-feira após uma pancada no tornozelo direito chegou a ser dúvida. Mas neste sábado participou normalmente da atividade e enfrentará o Palmeiras.

O provável Corinthians que entrará em campo para enfrentar o Palmeiras neste domingo, às 17 horas, em Itaquera, terá: Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel, Camacho, Romero, Rodriguinho e Clayson; Jô.

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