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Com a presença de vários realizadores, produtores e uma gama de profissionais da sétima arte nacional durante o Festival de Cinema de Triunfo, realizado pela Secretaria de Cultura do Estado e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), o município sertanejo se transforma naturalmente em um ambiente propício para o surgimento de novas parcerias e trocas de experiências entre os cinéfilos. O resultado deste networking espontâneo fica visível em cada encontro, como nas sessões e nos debates realizados todas as manhãs, além dos momentos de happy hours dos participantes que não param de trocar impressões sobre os filmes exibidos no festival.

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Segundo Carla Francini, coordenadora de Audiovisual da Fundarpe, esse é um dos objetivos do Festival de Cinema de Triunfo. “A gente só acredita em festival assim. Festival de cinema que não tem debate, oficina e diálogo não teve nada. Tem que trazer o povo e fazer essa sinergia acontecer. O objetivo é esse mesmo, deixar as pessoas circulando e trocando ideias”, comenta.

'Tatuagem' marcada na pele do cinema de Triunfo

A cinegrafista Carla Osório, do Espírtio Santo, mas representante do filme carioca Cidade de Deus – 10 anos depois, que conta a história dos atores que participaram do longa de Fernando Meireles uma década depois do sucesso mundial, elogiou a postura do Festival de Cinema de Triunfo em manter um diálogo horizontal entre realizadores e público. “Essa é uma experiência que alguns festivais andam adotando, mas sempre naquele formato ‘mesa e cadeira’, realizadores de um lado e público de outro. O formato que Triunfo escolheu, um grande círculo onde todo mundo interage de forma livre, é muito interessante porque as parcerias se estabelecem de formas naturais. E o ambiente maravilhoso propicia esse ambiente criativo que a gente vive durante o festival”, comenta a realizadora.

Licor e doces artesanais adoçam festival em Triunfo

Responsável pelo Cinema na Estrada em Triunfo, que rodou esse ano por quatro bairros do município, e pelo projeto Curta DozeMeia, realizado no Recife, Amanda Ramos pontua esse fenômeno como um dos pontos alto do festival. “Essa é uma das coisas que eu acho mais interessante no Festival de Cinema de Triunfo. Desde o primeiro ano que eu acompanhei sempre rolou isso, de inclusive nas festinhas a galera se conhece e conversa sobre seus filmes. Eu como cineclubista também nesses momentos consigo várias autorizações pra exibir os trabalhos do pessoal, que chegam a me dar cópias. A gente termina se reencontrando nos outros festivais e isso é bem legal, porque se cria uma relação.

Quem também valoriza essa sinergia natural durante o festival é Rodrigo Almeida, realizador do curta Casa Forte, filme que trata de uma herança colonial que ainda permanece impregnada no bairro. “Acho isso massa porque são pessoas que chegam do país todo, e a maioria não conhecia a cidade. Eu mesmo nunca tinha vindo e estou bem encantado com Triunfo. E o legal é que quando você compartilha as visões com as pessoas você sai da ditadura de si mesmo e alcança um ponto de vista que você jamais alcançaria sozinho”, reflete.

 

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