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O Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo iniciou neste final de semana uma exposição que conta sua própria trajetória. Intitulada O Retorno da Coleção Tamagni: Até as Estrelas por Caminhos Difíceis, a mostra coloca em cena as obras que pertenceram ao acervo de Carlo Tamagni e foram doadas ao MAM em 1967.

Em 1963 todo o acervo do museu foi repassado à Universidade de São Paulo (USP), para a formação da coleção inicial do Museu de Arte Contemporânea (MAC). Sem o acervo original e existindo apenas como nome, o MAM fica à beira da extinção até 1967, quando Carlo Tamagni, então conselheiro da entidade, doa ao museu todo o seu acervo particular, com obras de artistas como Alfredo Volpi, Clóvis Graciano, Francisco Rebolo e Aldo Bonadei.

“Tivemos a ideia de revisitar esse período traumático do MAM e, depois com a nova coleção, que começa uma nova fase do museu. Vamos confrontar isso com as obras contemporâneas que mostram a vocação experimental da coleção do MAM hoje”, disse Felipe Chaimovich, que divide a curadoria com Fernando Oliva.

A Coleção Tamagni é predominantemente modernista, com obras de Tarsila do Amaral, Aldo Bonadei e Francisco Rebolo, mas também tem referência à vanguarda dos anos 1940-50, nos trabalhos de Fernando Lemos, Livio Abramo e Arnaldo Pedroso d’Horta.

Um destaque da mostra é a obra contemporânea A Máquina Curatorial, de Nicolás Guagnini, constituída por diversos painéis em forma de hélice. A peça é o suporte das obras e de documentos presentes na exposição. Ela permite a participação do público, que pode girar as estruturas da “máquina” e mudar a configuração das obras, fazendo novas combinações e permitindo novas interpretações.

A exposição fica aberta até 11 de março, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Parque do Ibirapuera.

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