Tópicos | casa de boneca

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Aos 71 anos, o borracheiro Paulo Modesto de Araújo, dono da "Modesta Borracharia", localizada no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, oferta muito mais do que a venda de pneus novos e usados, ou os serviços de vulcanização - que reparam danos nos pneus -. O trabalhador constrói, no fundo de sua oficina, casas de bonecas que encantam quem ver.

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Ao LeiaJá, Modesto conta que a ideia de criar as casas de bonecas só começou há seis anos, quando sua neta, Beatriz, o chamava para brincar e criar pequenas casinhas. “Eu tenho uma netinha que pegava as caixas de sapato e fazia umas casinhas, um quarto, uma sala", recorda. Ele revela o que utilizou para fazer as primeiras casinhas quando brincava com ela: “Eu peguei caixas de papelão grande e comecei a fazer as casinhas, depois tive a ideia de fazer em PVC. Fui fazendo e pintando. Cada uma eu fazia de um jeito diferente”, comenta.

Quem conhece seu Modesto sabe que, antes das 5 da manhã, ele já está na borracharia pronto para empilhar os pneus, separá-los por numeração e colocar as calotas na fachada do estabelecimento. Após deixar tudo organizado e passar as tarefas para seu único funcionário, ele não perde tempo e já vai direto para uma sala no fundo da oficina planejar, criar e montar as casinhas de bonecas.

Para construir as casinhas, ele começa cortando tudo com uma serra e depois vai montando as paredes. Logo depois, planeja os andares e começa a fazer os móveis e eletrodomésticos com plástico e papelão, que em seguida são cobertos com emborrachado. Além disso, seu Modesto acrescenta em algumas casinhas mais luxuosas uma piscina feita de barca de plástico - usada para vender sushi - e iluminação com pequenas luzes de Natal.

Quem olha atentamente consegue perceber outros detalhes feitos cuidadosamente por ele a gosto dos clientes. Quando tudo não passava apenas de uma brincadeira, Modesto oferecia as casinhas na igreja, mas depois, com o incentivo da família, dos amigos e dos vizinhos, começou a vender na borracharia assim que aprimorou suas técnicas. “Eu mostro as casinhas à clientela e este ano me deu a ideia de fazer um quadrinho com uma criança no celular”, planeja.

O lado comerciante, às vezes, dá espaço à solidariedade. Emocionado, o borracheiro já presenteou, sem custo, uma criança que seus pais não tinham dinheiro para comprar a casinha. “Já bati na casa de uma menina só para entregar a casinha a ela porque os pais da menina não podiam comprar", revela.

O pequeno negócio está dando certo. A venda das peças está atraindo muitos clientes que tecem elogios ao seu trabalho. “As pessoas elogiam dizendo que nunca viram uma casa dessas, um negócio tão bem feito. As crianças quando veem as casinhas ficam eufóricas. Gritam sorrindo: ‘que casa bonita, que casa linda, compra painho, compra!’”, descreve Modesto.

Além da satisfação de ver as crianças felizes, o borracheiro vibra com o sucesso do empreendimento. As pequenas arquiteturas estão gerando um bom lucro para seu criador. Segundo Paulo, cada imóvel tem um custo de fabricação de R$ 120. Se for sem os móveis, sai por R$ 100. Para adquirir um exemplar, o público precisa desembolsar um valor que varia de R$ 150 a R$ 200.

As peças são expostas na calçada oposta à da borracharia e em parques e praças do Recife e Olinda. Somente às quartas-feiras, o público poderá encontrá-lo na praia de Casa Caiada, em Olinda. Os interessados também podem entrar em contato com ) Modesto: (81) 98717-9058.

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