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A Índia teme que o retorno dos talibãs ao poder no Afeganistão represente uma injeção de ânimo para os rebeldes na Caxemira controlada por Nova Délhi, uma região de população majoritariamente muçulmana onde a tensão aumenta.

Durante a cúpula do G20 realizada esta semana em Roma, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, pediu que a comunidade internacional realize maiores esforços para garantir que o Afeganistão não se transforme em refúgio para "a radicalização e o terrorismo".

Desde a chegada dos talibãs ao poder, em meados de agosto, a Caxemira vive um aumento da tensão, com ataques de rebeldes contra civis, ataques das forças de segurança contra esconderijos dos insurgentes e infiltrações através da linha de cessar-fogo entre Índia e Paquistão.

Confrontos entre rebeldes e forças do governo deixaram hoje seis mortos na parte indiana da Caxemira, segundo autoridades. Dois militantes da Frente de Resistência, incluindo um comandante, foram mortos nos arredores da cidade de Srinagar.

Horas depois, homens armados mataram um vendedor ambulante e outro trabalhador, e dois soldados perderam a vida em um tiroteio perto da linha de separação entre as Caxemiras indiana e paquistanesa.

A administração da Caxemira é dividida por Índia e Paquistão desde a independência de ambos do Reino Unido em 1947. Os dois países, no entanto, reivindicam a totalidade da região, situada no Himalaia, como parte de seu território.

Há mais de três décadas, grupos rebeldes enfrentam o Exército indiano e reivindicam a independência da Caxemira, ou a sua fusão com o Paquistão.

A Índia não relaciona abertamente a responsabilidade pelo aumento da violência com a chegada dos talibãs ao poder no Afeganistão, mas aumentou suas patrulhas perto da Caxemira paquistanesa, disseram à AFP moradores da região e responsáveis das forças de segurança.

- Risco de infiltrações -

Modi, que também manifestou suas preocupações ao presidente dos Estados Unidos Joe Biden, declarou em setembro na Assembleia Geral da ONU que nenhum país deveria ser autorizado a utilizar o Afeganistão "para seus próprios interesses egoístas".

Esse comentário foi percebido como uma alusão ao Paquistão, o principal apoiador dos talibãs, desde quando estes comandaram o Afeganistão entre 1996 e 2001.

O Paquistão, no entanto, ainda não reconheceu o novo governo talibã, mas a Índia acusa Islamabad de ajudar os grupos islamistas paquistaneses Lashkar-e-Taiba e Jaish-e-Mohammad, responsáveis por numerosos ataques na Caxemira, uma acusação rejeitada pelo Paquistão.

A Índia apoiou o governo comunista afegão até sua derrubada pelos mujahedines (combatentes islamitas), em 1992. Em 2001, Nova Délhi ajudou os Estados Unidos e seus aliados a derrubar o regime talibã. Agora, com o retorno dos islamitas ao poder, a Índia teme novas infiltrações de armas e combatentes na Caxemira.

"Tirando lições do passado, podemos dizer que, quando o regime anterior dos talibãs estava no poder, tínhamos terroristas estrangeiros de origem afegã em Jammu-Caxemira", a região controlada pela Índia, declarou o chefe do Estado-Maior do Exército indiano, o general Manoj Mukund Naravane. "Agora, temos todos os motivos para pensar que isso irá acontecer novamente", acrescentou.

Milhares de paquistaneses saíram às ruas nesta sexta-feira (30) após o pedido do primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan para expressar sua rejeição à política de Nova Délhi na Caxemira, cuja autonomia foi revogada pelo poder central indiano no início de agosto.

Às 12h00 local, buzinas foram ouvidas em todo o país e as redes de televisão transmitiram hinos do Paquistão e da Caxemira. O tráfego foi interrompido nas estradas por vários minutos.

Na capital Islamabad, milhares de pessoas se reuniram em frente à sede do governo, onde Khan fez um discurso à nação em que ele prometeu continuar a luta na Caxemira até que seja "libertada".

Desde a independência em 1947, a Índia e o Paquistão disputaram o controle da Caxemira e entraram em conflito em duas guerras nessa região do Himalaia.

As manifestações nesta sexta-feira afirmam ser as primeiras de uma série de protestos antes que Khan participe no final de setembro na Assembleia Geral da ONU em Nova York, na qual ele prometeu abordar a questão da Caxemira.

As relações continuam muito tensas entre o Paquistão e a Índia, depois que as autoridades indianas aboliram a autonomia da Caxemira indiana no início de agosto.

Um "terrorista" e um policial morreram na Caxemira sob controle indiano em um tiroteio entre ativistas e as forças de segurança, informaram as autoridades nesta quarta-feira (21).

O incidente, que ocorreu no distrito de Baramulla, no norte da Caxemira, é o primeiro relatado pelas autoridades indianas desde a revogação do estatuto de autonomia por parte de Nova Délhi.

No início do mês, o governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi retirou por decreto presidencial a autonomia constitucional do estado de Jammu e Caxemira.

A decisão provocou revolta no vale de Srinagar, de maioria muçulmana, onde muitos habitantes desta região do Himalaia são hostis à Índia e estão comprometidos com sua autonomia, que prevalecia desde o início da república federal indiana, há sete décadas.

O conflito diplomático se acentua entre Índia e Paquistão, após a supressão da autonomia da Caxemira, tema que Nova Délhi disse nesta quinta-feira (8) se tratar de um "assunto interno", em resposta à expulsão de seu embaixador em Islamabad.

"Os recentes acontecimentos vinculados ao artigo 370 [da Constituição indiana] são um assunto interno da Índia", afirmou o Ministério indiano das Relações Exteriores, em um comunicado, no qual também denunciou "ações unilaterais" do Paquistão.

Na quarta-feira à noite, Islambad havia anunciado a expulsão do embaixador indiano no Paquistão e convocado seu representante diplomático em Nova Délhi para consultas.

O governo paquistanês também suspendeu o comércio bilateral, uma medida mais simbólica, considerando-se os limitados vínculos comerciais entre ambos. Estes dois países já se enfrentaram em três guerras, duas delas pela disputa de Caxemira.

"A intenção por trás desta medida é mostrar ao mundo uma imagem alarmante das nossas relações bilaterais", criticou a Chancelaria indiana.

Nesta quinta, em uma entrevista coletiva em Islamabad, o ministro paquistanês das Relações Exteriores, Shah Mehmood Qureshi, descartou uma ação militar imediata contra o país vizinha na disputa por Kashmir.

"O Paquistão não está procurando a opção militar. Estamos olhando preferencialmente para opções políticas, diplomáticas e legais para lidar com a situação predominante", afirmou o ministro.

Também nesta quinta, o premiê indiano, Narendra Modi, fará um discurso para explicar a decisão adotada na segunda-feira de revogar, de forma unilateral, a autonomia constitucional do setor indiano da Caxemira.

A maioria nacionalista hindu no Parlamento indiano também votou a divisão do estado da Caxemira em dois territórios administrados diretamente por Délhi, uma decisão que pode incendiar essa conflituosa região reivindicada pelo Paquistão.

No domingo, milhares de soldados indianos foram enviados para esta região do Himalaia, onde a Índia já contava com meio milhão de soldados. Desde então, a Caxemira está isolada do mundo, com as comunicações cortadas, lojas fechadas e ruas desertas.

- Malala pede 'paz' -

Mais de 500 pessoas foram detidas na Caxemira depois de explosão da crise, informou a imprensa indiana nesta quinta.

Empresários, ativistas e professores universitários estão entre as 560 pessoas presas nas cidades de Srinagar, Baramulla e Gurez, segundo a agência de notícias Press Trust of India e o jornal "India Express".

Um recurso judicial foi apresentado no Supremo Tribunal indiano para pedir a soltura dos detidos e a derrogação das medidas restritivas na Caxemira.

Desde a independência do império colonial britânico em 1947, a Caxemira se encontra dividida entre Índia e Paquistão, duas potências nucleares.

Uma insurreição militar contra Nova Délhi ganhou força na região na década de 1990 e voltou a recrudescer há três anos.

Seus habitantes temem que a supressão da autonomia favoreça o ressentimento na população local, majoritariamente hostil à Índia.

"Sabemos que a Caxemira está fervendo. Vai ter uma explosão violenta, mas não sabemos quando. Não sei como se pode suspender o confinamento sem que haja protestos violentos", disse esta semana à AFP uma autoridade de segurança do Vale do Srinagar.

A agência de Segurança Aérea indiana pediu aos aeroportos que reforcem seus dispositivos de segurança e os advertiu de que "a aviação civil pode ser um alvo fácil de ataques terroristas".

"Estou preocupada com a segurança das crianças e das mulheres, os mais vulneráveis na violência e no conflito", tuitou a Prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai.

"Representamos culturas, religiões, línguas, gastronomias e tradições distintas. Acredito que possamos viver em paz", acrescentou a jovem paquistanesa que sobreviveu a um ataque dos talibãs.

A Índia anunciou a detenção de três líderes políticos na Caxemira considerados uma ameaça para a paz, depois que o governo indiano decidiu revogar a autonomia constitucional desta região de maioria muçulmana reivindicada pelo Paquistão.

Os três foram levados para uma "residência" do governo, transformada em centro de detenção, na segunda-feira (5), obedecendo uma ordem judicial.

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Também na segunda-feira, Nova Délhi anunciou a decisão de eliminar o estatuto especial que a Caxemira tem desde a independência da Índia em 1947, quando a região foi dividida entre Índia e Paquistão.

"É provável que suas atividades provoquem uma violação da manutenção da paz", afirmava a ordem que permitiu a transferência dos líderes políticos.

Dois ex-chefes do Executivo de Jammu e Caxemira, Mehbooba Mufti e Omar Abdullah, assim como o líder do partido regional Sajad Lone, foram inicialmente colocados sob prisão domiciliar no fim de semana.

A ordem judicial não apresenta acusações criminais específica.

As autoridades temem que estes líderes políticos organizem um protesto contra a revogação da autonomia constitucional de Jammu e Caxemira e sua dissolução, medidas anunciadas na segunda-feira pelo governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Nerendra Modi.

As medidas sem precedentes, preparadas em segredo, podem provocar uma revolta violenta no vale de maioria muçulmana de Srinagar.

Muitos moradores da região himalaia são hostis à Índia e defensores da autonomia que prevalecia desde a criação da república federal indiana, há sete décadas.

A Caxemira estava isolada do mundo pelo segundo dia consecutivo, com linhas de telefone e a conexão de internet suspensas, além de milhares de soldados nas ruas para impor o toque de recolher.

Todas as formas de comunicação estão bloqueadas desde domingo à noite. Viagens e reuniões foram proibidas.

Nova Délhi organizou um grande esquema de segurança para impedir uma revolta.

Nesta terça-feira, a imprensa indiana celebra a revogação da autonomia da Caxemira, mas alguns meios de comunicação expressam preocupação pela maneira como a medida foi adotada, sem debate público ou parlamentar.

O governo da Índia anunciou nesta segunda-feira (5) a revogação da autonomia constitucional da Caxemira, uma decisão explosiva na região que é cenário de uma insurreição separatista e cujo território é reivindicado pelo Paquistão. Pouco depois, o governo paquistanês reagiu e chamou a decisão de "ilegal".

As autoridades nacionalistas hindus apresentaram um decreto presidencial que suprime o estatuto especial do Estado de Jammu e Caxemira (norte), que estava garantido pela Constituição indiana.

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O ministro do Interior, Amit Shah, anunciou a medida no Parlamento, o que provocou a revolta da bancada da oposição. "O decreto presidencial entra em vigor imediatamente e substitui de modo imediato" os artigos constitucionais relativos a Jammu e Caxemira, especialmente o 370, afirma o texto divulgado pelo governo.

O Artigo 370 da Constituição indiana concedia estatuto especial ao Estado de Jammu e Caxemira e autorizava o governo central de Nova Délhi a legislar apenas nas áreas de Defesa, Relações Exteriores e Comunicação nesta região. Os demais setores dependiam da Assembleia Legislativa local.

O governo do Paquistão chamou de "ilegal" a decisão da Índia de revogar a autonomia constitucional da Caxemira. "O Paquistão condena fortemente e rejeita o anúncio" feito nesta segunda-feira pelo governo indiano, afirma o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

"Nenhuma medida unilateral do governo indiano pode modificar este estatuto contestado", completa o texto. "Como parte desta divergência internacional, o Paquistão fará tudo o que estiver a seu alcance para contra-atacar as medidas ilegais."

Índia e Paquistão disputam o controle da Caxemira desde a divisão do subcontinente em 1947, região que também é palco desde os anos 1990 de um movimento insurgente separatista. Cerca de 70 mil pessoas, a maioria civis, morreram nos últimos 30 anos, de acordo com organizações que monitoram a situação. (Com agências internacionais)

Autoridades indianas acusaram tropas do Paquistão de realizar novos ataques na Caxemira neste sábado, deixando três mortos, sendo dois civis e um soldado.

De acordo com a polícia da Índia, soldados paquistaneses estão alvejando postos de fronteira e vilarejos com morteiros e armas automáticas pelo quarto dia seguido na região de Jammu. O Paquistão não comentou imediatamente as acusações, mas ambos os países já denunciaram um ao outro de iniciar conflitos e provocar mortes.

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Os dois civis morreram após a explosão de morteiros dentro de suas casas, de acordo com a polícia. Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas.

Já o soldado foi morto no setor de Poonch, na fronteira onde militares paquistaneses e indianos estavam trocando tiros. Na sexta-feira, o Paquistão acusou as tropas da Índia de atacarem vilarejos paquistaneses.

A Índia e o Paquistão têm um longo histórico de relações amargas sobre a Caxemira, território que ambos assumem como seu. Fonte: Associated Press.

Ao menos 17 pessoas, incluindo um policial, foram mortas e mais de centenas ficaram feridas em confrontos entre policiais e manifestantes na região da Caxemira, após a morte de um militante separatista por forças de segurança na última sexta-feira.

Autoridades colocaram restrições de acesso à internet e serviços de telefone em algumas regiões, como forma de prevenir as manifestações, que continuaram.

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Na sexta-feira, soldados e policiais mataram Burhan Wani, de 22 anos, do grupo militante Hizbul Mujahideen. Ele tinha diversos seguidores em redes sociais que são simpatizantes da causa separatista. Milhares compareceram ao seu funeral no sábado. Fonte: Dow Jones Newswires.

Militares da fronteira entre a Índia e o Paquistão trocaram tiros de artilharia na região da Caxemira, deixando dois mortos e oito feridos, afirmaram autoridades neste sábado (3). O incidente ocorreu na noite da sexta-feira, perto da cidade de Sialkot, após Islamabad acusar tropas indianas de matar dois de seus soldados durante a semana, em uma troca de tiros que também matou um militar da Índia. Os países trocaram acusações sobre a culpa pelo confronto de ontem.

O Exército do Paquistão afirma que forças indianas violaram o acordo de cessar-fogo entre os países e atiraram primeiro, matando uma garota de 13 anos e deixando outra criança ferida. Em comunicado, os militares de Islamabad dizem apenas terem respondido ao ataque trocando tiros de artilharia.

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Na Índia, o agente de polícia Rajesh Kumar afirmou que os disparos de soldados paquistaneses no setor de Kathua mataram uma mulher e feriram sete moradoras de uma vila.

Já um dos agentes da Força de Segurança da Fronteira da Índia, D. Parekh, disse que a troca de tiros prosseguiu no sábado em diversos locais. "Se um lugar fica em silêncio, os disparos recomeçam em outro local", afirma. Autoridades do país culpam o Paquistão por dar início ao confronto sem que houvesse provocação.

Na sexta-feira, o conselheiro do primeiro-ministro paquistanês para questões externas, Sartaj Aziz, escreveu uma carta à Índia para protestar contra a morte de dois soldados na quarta-feira, e pediu por "uma investigação imediata sobre o incidente para chamar os perpetradores à responsabilidade". O Paquistão defende que os dois soldados mortos haviam sido convocados para um encontro com militares indianos. Fonte: Associated Press.

Um ônibus transportando mais de 50 convidados de um casamento foi levado nesta quinta-feira (4) por uma enchente na parte indiana da região da Caxemira e 47 passageiros estão desaparecidos, informaram autoridades. O policial Rajesh Kumar disse que três pessoas nadaram até um local seguro e contaram a profissionais de resgate sobre os outros passageiros presos no ônibus.

A equipe de resgate ainda não o encontrou, apesar das buscas. Desmoronamentos e fortes chuvas bloquearam o acesso à região, informou Kumar.

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A agência Press Trust of India disse que os noivos estão entre os desaparecidos que retornavam para casa após uma cerimônia em um vilarejo na região de Rajouri, cerca de 180 km do sudeste de Srinagar, a maior cidade na parte indiana da Caxemira. Anteriormente, autoridades informaram que o ônibus carregava 70 pessoas. "Há muita confusão", respondeu Kumar.

A temporada de casamentos da região tem sido interrompida por fortes chuvas e pelas piores enchentes em 22 anos e várias cerimônias foram adiadas. Pelo menos 18 pessoas morreram nos últimos dois dias e as autoridades fecharam escolas e estações de trem no vale da Caxemira nesta quinta-feira. Os meteorologistas informaram que as tempestades devem continuar pelos próximos dois dias.

Soldados e profissionais de resgate usam barcos para transportar milhares de pessoas para terras mais altas. Pelo menos cem vilarejos perto do vale da Caxemira foram inundados por lagos e rios que transbordaram, incluindo o Rio Jhelum, que passou um metro e meio acima do nível de alerta, informou o policial. Desmoronamentos e enchentes são comuns na Índia durante a temporada de monções, que acontece de junho a setembro. Fonte: Associated Press.

Centenas de manifestantes jogaram pedras contra locais de votação instalados no disputado território da Caxemira e gritaram "Abaixo a Índia!", em um importante dia de votação da eleição geral do país.

Forças indianas usaram gás lacrimogêneo e bastões de madeira para dispersar os manifestantes, mas não houve nenhuma interrupção na votação, afirmou um oficial de polícia local, que falou em condição de anonimato por não estar autorizado a dar entrevistas a meios de comunicação.

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Com 814 milhões de eleitores aptos a votar, a Índia está realizando a eleição em etapas, ao longo de seis semanas. Os resultados são esperados para o dia 16 de maio. Os protestos na Caxemira ocorreram em um dia em que milhões de pessoas foram às urnas em 11 Estados para o segundo maior dia de votação das eleições.

A Caxemira indiana elege apenas seis membros para o Parlamento do país, de 543 membros, mas a votação na região deverá ocorrer ao longo de vários dias devido a preocupações com segurança.

Rebeldes separatistas e políticos têm exortado as pessoas a boicotar o pleito para mostrar que não reconhecem a soberania da Índia. Mais de uma dezena de grupos rebeldes lutam desde 1989 pela independência da Caxemira da Índia ou união com o Paquistão. Fonte: Associated Press.

Militantes paquistaneses assassinaram 10 turistas estrangeiros e um guia local, em um ataque a uma base de montanhismo na remota região da Caxemira, no norte do país, disseram autoridades. Uma facção do Taleban paquistanês assumiu a autoria do ataque e disse que se tratou de vingança pela morte de um líder em ataque dos EUA por avião não tripulado (drone).

O ataque ocorreu no final do sábado (22) próximo à base de Nanga Parbat, uma das montanhas mais altas do mundo, no distrito de Diamer, na região de Gilgit-Baltistan, no norte do Paquistão. O policial de Diamer, Mahammed Naveed, disse que os assassinos tinham o grupo como alvo. "Eles vieram e abriram fogo contra eles", afirmou. "Está confirmado que foram assassinados", acrescentou.

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A mídia local informou que o grupo era composto por cinco ucranianos, três chineses e um russo. Os turistas faziam parte de uma expedição para subir a montanha, a nona mais alta do mundo. O Taleban paquistanês disse que seu grupo Janud Hafsa foi o responsável pelo ataque.

O porta-voz do grupo, Ishanullah Ihsan, disse que o ataque era uma vingança pelo assassinato de Wali ur Rehman, um líder do alto escalão do Taleban paquistanês, durante um ataque por aviões não tripulados (drone) dos Estados Unidos no norte do Waziristão, em maio, e para expressar a ira contra o apoio da comunidade internacional aos ataques feito por aviões desse tipo. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Uma jovem turista britânica de férias na Caxemira indiana foi encontrada esfaqueada, neste sábado (6), em uma barcaça e um holandês foi detido pouco depois, anunciou a polícia. O holandês de 43 anos, identificado como Richard De Wit, foi detido quanto tentava fugir do vale da Caxemira, nos contrafortes do Himalaia, declarou o comissário de polícia Tahir Sajjad à AFP.

"Encontramos uma poça de sangue em seu dormitório", declarou Sajjad. "Encontramos uma faca afiada perto de seu cadáver. A jovem foi esfaqueada várias vezes", acrescentou. Segundo a polícia, a vítima, de 24 anos, morava há dois meses em uma casa flutuante no lago Dal, em Srinagar, uma cidade turística da Caxemira indiana.

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Um porta-voz da embaixada britânica em Nova Délhi confirmou à AFP a morte da britânica, mas por enquanto negou-se a revelar sua identidade. Em seguida, a polícia indiana destacou em um comunicado que a vítima se chamava Sarah Groves e era originária de Manchester. Foi iniciada uma investigação para determinar se a vítima foi agredida sexualmente antes de ser morta.

Por enquanto não foi possível contatar a embaixada holandesa. A morte da jovem britânica é a mais recente de uma série de ataques contra turistas que viajam pela Índia. Todos os anos, milhares de turistas visitam a Caxemira, chamada de a "Suíça do Leste" devido a suas montanhas e picos nevados, seus lagos e belíssimas paisagens.

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Disfarçados de praticantes de cricket, os rebeldes separatistas muçulmanos atiraram bombas contra os membros das forças paramilitares, matando cinco deles e deixando vários outros feridos. Na retaliação, dois rebeldes foram neutralizados.

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O atentado desta quarta-feira (13) ocorreu em Srinagar, principal cidade da Caxemira indiana. A região da Caxemira localiza-se ao norte do subcontinente indiano, e, desde o fim da colonização britânica, é alvo de disputas entre indianos e paquistaneses.

Soldados paquistaneses atravessaram a linha de cessar-fogo na disputada região da Caxemira, no Himalaia, e atacaram uma patrulha da polícia nesta terça-feira, matando dois soldados indianos antes de recuar para o território controlado pelo Paquistão, disseram oficiais do Exército indiano. O Exército do Paquistão negou ter feito o ataque. A chancelaria indiana disse que responderá ao "abominável" ataque, mas após "uma cuidadosa consideração".

Foi o segundo ataque em três dias na Caxemira, onde o cessar-fogo entre os dois países que tem armamentos nucleares, havia sido amplamente respeitado por uma década. Mortes de militares em disputas entre as duas nações se tornaram pouco comuns nos últimos anos. Ainda que a tensão diplomática por causa da disputada região esteja longe de ser amenizada, o incidente desta terça-feira não criou nenhum sinal de forte nervosismo nem no governo de Nova Délhi, nem em Islamabad, além de receber relativamente baixa atenção da mídia local.

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"Nós precisamos fazer algo a respeito e faremos, mas isso ocorrerá apenas após uma cuidadosa consideração de todos os detalhes em consultas com o Ministério da Defesa", disse o ministro das Relações Exteriores da Índia, Salman Khurshid.

Os países se combateram em duas guerras na disputa pela Caxemira, o único estado de maioria muçulmana da Índia.

Ainda na Índia, nesta terça-feira, a polícia afirma que trabalhadores de grupos rivais entraram em conflito no leste do país e usaram armas de fogo, pedras e pedaços de madeiras. Segundo as autoridades, pelo menos seis pessoas ficaram feridas no incidente.

O líder do Partido Comunista da Índia, de oposição ao governo, Kanti Ganguly disse que três trabalhadores de sua chapa foram alvejados por seguidores do Partido do Congresso de Trinamool durante uma manifestação de rua. O líder do Trinamool, A. Islam, culpou os comunistas pela violência.

Um policial que preferiu não se identificar disse que oito veículos foram queimados por grupos rivais nas arredores de Kolaata, capital do estado de Bengala Ocidental.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O general paquistanês Ashfaq Parvez Kayani visitou nesta quarta-feira um local no Himalaia, o Glaciar de Siachen, onde 140 pessoas foram mortas soterradas por uma avalanche na semana passada. Entre os 140 mortos, estavam 129 soldados paquistaneses. A tragédia ajudou a atrair a atenção para uma questão que os críticos afirmam ser um disputa fútil com a Índia, por um pequeno trecho de terra montanhosa e coberta de gelo, desabitada, onde mais soldados foram mortos por avalanches e pelo frio do que em combates.

Kayani disse que a Índia começou o conflito, quando suas tropas ocuparam o glaciar desabitado em 1984. O Paquistão enviou suas tropas e desde então soldados dos dois países estão no glaciar, que fica no norte do território disputado da Caxemira.

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As informações são da Associated Press.

Manifestantes revoltados incendiaram um veículo militar indiano pouco depois do atropelamento de um ciclista na porção da Caxemira controlada pela Índia, informou a polícia local.

O oficial de polícia Ramesh Jalla disse que milhares de pessoas saíram às de Anantnag depois do atropelamento, ocorrido neste sábado, e que as forças de segurança lançaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.

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A repressão policial não impediu, no entanto, que os manifestantes incendiassem o veículo militar. Anantnag situa-se a 55 quilômetros da Srinagar, principal cidade da Caxemira indiana.

A população da Caxemira se ressente do domínio indiano sobre parte da conturbada região e manifestações populares ocorrem com frequência ali.

Calcula-se que 68.000 pessoas tenham morrido em episódios de violência ocorridos no âmbito de uma insurgência islâmica duramente reprimida pelo exército indiano na Caxemira a partir de 1989. As informações são da Associated Press.

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