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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (22) que é muito cedo para tirar conclusões sobre se a Covid-19 teve origem na China, país ao qual enviou uma missão de investigação.

"Todas as hipóteses estão sobre a mesa. É claramente muito cedo para se chegar a uma conclusão sobre onde esse vírus nasceu, seja na China ou fora da China", explicou Michael Ryan, diretor responsável por emergências de saúde da OMS durante coletiva de imprensa em Genebra.

"Existem diferentes observações científicas em diferentes partes do mundo", acrescentou. "É um grande quebra-cabeça e você não pode ter uma imagem ampla olhando apenas para uma das 10.000 peças de um quebra-cabeça".

Uma equipe de especialistas da OMS chegou a Wuhan em 14 de janeiro para investigar as origens do novo coronavírus, cujos primeiros casos foram detectados no final de 2019 nesta cidade da China central.

Após a chegada, os membros da missão foram transferidos para um hotel para uma quarentena de duas semanas. Desde então, trabalham remotamente e, quando a quarentena terminar, poderão ir a campo e encontrar seus contatos chineses.

A China afirmou várias vezes que o coronavírus surgiu fora de suas fronteiras.

Até agora, a Covid-19 matou mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo, infectou dezenas de milhões e causou estragos na economia global.

"Nossa equipe está no campo, o trabalho com nossos colegas chineses está indo bem. Analisamos os dados", disse Ryan.

“É muito cedo para tirar quaisquer conclusões, mas sentimos que estamos fazendo alguns progressos e esperamos continuar assim pelo bem da saúde pública e do futuro”.

O Brasil vive duas novas "epidemias" relacionadas aos altos índices de cesárea - a de bebês prematuros (menos de 37 semanas de gestação) e a dos chamados "termo precoce", que nascem em uma fase posterior, com 37 e 38 semanas. Estudo feito pelas Universidades Católica e Federal de Pelotas mostra que 4 entre 10 crianças nascidas no Brasil em 2015 tinham menos de 39 semanas de gestação, considerado período ideal.

Bebês que nascem com essa idade gestacional têm maior risco de adoecer e, no futuro, de apresentar problemas de aprendizado. "Vivemos três epidemias interligadas. É um grave problema de saúde pública, que pode trazer impacto a curto, médio e longo prazo", afirma o coordenador do estudo, professor Fernando Barros.

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Publicado na revista científica BMJ Open, o trabalho alerta para as consequências desse fenômeno, sobretudo no momento em que o País enfrenta uma crise econômica, com cortes nos investimentos de saúde pública e educação. Ele tinha como objetivo mensurar o impacto das cesáreas na frequência de partos antes do período considerado mais seguro para o nascimento, compreendido entre a 39 e 41 semanas da gestação.

Há tempos especialistas suspeitam que a cesárea, sobretudo de data agendada, aumentava o risco de partos precoces. A pesquisa comprovou a hipótese. "Os dados são importantíssimos e mostram a necessidade de se tomar medidas para reduzir a cesáreas no País", avaliou Maria Albertina Santiago Rego, do Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Para fazer o estudo, pesquisadores analisaram individualmente 2,9 milhões de registros de nascimentos ocorridos em 2015. Além disso, os autores avaliaram municípios que apresentaram diferentes taxas de cesáreas e concentraram a atenção naqueles que tinham mais de mil registros de nascimento anuais. Ao todo 520 se encaixavam nessas características; juntos respondiam por 82% dos relatos.

Nas cidades que apresentavam taxas de cesárea superiores a 80%, o indicador de partos prematuros era 21% maior do que naquelas que registravam menor proporção (com 30% de cesáreas). Mas a diferença mais significativa foi identificada na frequência dos nascimentos a "termo precoce" (37-38 semanas). Nas cidades onde as taxas de cesárea superam os 80%, a prevalência dos nascimentos de bebês nesta fase da gestação foi 64% superior quando comparado com municípios que tinham menos de 30% de cesáreas.

Barros avalia que as três epidemias interligadas preocupam igualmente. Crianças prematuras têm maior risco de morte e adoecimento nos primeiro período de vida e de problemas cognitivos mais tarde. Algo que acende o sinal de alerta, sobretudo quando se leva em consideração de que o Brasil tem o dobro da prevalência de prematuridade de países riscos. No caso de crianças nascidas entre 37-38 semanas, embora o impacto para saúde e desenvolvimento cognitivo seja menos acentuado, o número de crianças nessas condições é maior.

Prematuros respondem por 10% dos nascimentos no País e os pré-termo, por 30% (900 mil nascimentos por ano). "O risco é mais discreto, mas ele pode produzir uma carga de problemas importantes." Não menos significativa é a ameaça de problemas de saúdes para a mãe.

Grávida de gêmeos, a servidora pública Tatiana Malta há quatro anos pediu para fazer cesárea. "Fiquei com medo da dor. Não sabia qual seria meu limite, com dois partos seguidos", recorda. Ela, no entanto, fez questão de o procedimento ser feito só depois do início do trabalho de parto. "Queria que os bebês estivessem prontos para nascer. E acho que fez diferença."

Evidências

"As famílias têm de ser informadas. O direito de escolher a forma do parto não pode competir com o direito das crianças de nascerem depois das 39 semanas", afirma Barros. O coordenador cita uma série de estudos internacionais. Um deles, realizado em Belarus com crianças com 6 anos, mostra que o QI de crianças nascidas com 37 semanas é significativamente menor do que o daquelas nascidas entre 39 e 41 semanas de gestação.

Outro trabalho, da Escócia, mostra que crianças nascidas a termo precoce têm mais necessidades de recorrer a cursos especiais de educação do que as que nascem após 39 semanas. Por fim, taxas de suecos entre 23 e 29 anos que recebem algum auxílio por problemas de saúde ou incapacidade é maior entre aqueles que nasceram com 37 e 38 semanas de gestação do que entre aqueles que nasceram entre 39 e 41 semanas.

Partos por cirurgia

 

Dados preliminares do Ministério da Saúde - que ainda precisam ser confirmados - mostram que 55,75% dos partos em 2017 foram por cesáreas. Os números indicam que as taxas são maiores do que as registradas no ano anterior, quando foram 55,51%, e chamam a atenção sobretudo pelo fato de ocorrerem logo depois de uma série de iniciativas para tentar reduzir a epidemia de cesáreas no País.

O Brasil apresenta a segunda maior taxa de cesáreas do mundo, atrás da República Dominicana, com 56,4% de procedimentos em 2013. Diante de números tão expressivos, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Conselho Federal de Medicina lançaram ao longo dos últimos dois anos medidas para reduzir essa prática. O Ministério da Saúde não comentou o caso.

Já o CFM recomenda desde 2016 que a cesárea, a pedido do paciente, seja realizada a partir da 39.ª semana. "Justamente para evitar que partos ocorressem entre 37.ª e 38.ª. Muitos médicos tinham dúvidas se seria ético já realizar a cesárea a partir dessa fase", afirma a médica integrante da Câmara Técnica do Conselho Federal de Medicina, Adriana Scavuzzi. Ela diz que não há ainda condições de saber qual o impacto da medida.

Fernando Barros, coordenador do estudo sobre cesáreas, também diz não haver condições de mensurar. Mas observa que a prevalência de cesarianas pode ter chegado ao máximo no País. No entanto, é preciso que todos saibam que nascer antes de 39 semanas pode acarretar problemas.

Dados da ANS mostram que as medidas tomadas até agora trouxeram um aumento de 2% dos partos normais e redução de 5% das cesáreas entre 2016 e 2017. Mesmo assim, no ano passado, foram 432.675 cirurgias, quase cinco vezes mais do que os 87.947 partos normais em planos de saúde.

A pesquisa coordenada por Barros revela ainda que entre mulheres com mais de 12 anos de escolaridade a maior parte das cesáreas é antes da entrada no trabalho de parto: 49,2%. Outros 30,5% ocorrem em trabalho de parto. Nesse grupo, 20,3% são por parto normal.

A situação é bem diferente quando se analisam mulheres com menos de 4 anos de estudo. Nesse grupo, 62,2% dos partos são normais, 24,6% das cesáreas ocorrem em trabalho de parto e 13,2% são feitos com data marcada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Seja pelo trânsito, para evitar virar meme na internet ou qualquer imprevisto, alguns candidatos que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) preferiram antecipar a chegada ao local de aplicação do segundo dia de provas, na manhã deste domingo (12). No Recife, estudantes aguardavam a abertura dos portões desde cedo. Em Pernambuco, a entrada só será liberada às 11h, os portões fecham ao meio dia e a avaliação inicia às 12h30.

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A estudante Fabiana Dias, de 17 anos, foi a primeira a chegar à Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), área central, um dos principais locais de prova do Recife. Ela, que mora em Olinda, saiu de casa por volta das 8h e às 8h30 já estava aguardando a abertura dos portões.

“Resolvi sair logo de casa para não correr nenhum risco e nem ficar presa no trânsito. É melhor esperar tranquila já no local de prova do que sair apressada e chegar já nervosa. Desse jeito a prova corre bem”, conta a jovem, que utilizou carro para chegar ao Exame.

Esta é a terceira vez que ela realiza o Enem para tentar ingressar no curso de psicologia. A expectativa da jovem é realizar uma boa prova com base nos assuntos revisados ao logo do ano para, enfim, poder dar início às férias. “Estou bem tranquila porque revisei os assuntos o ano todo e fiz várias provas anteriores também. Agora quero terminar a prova bem e ir para casa relaxar e aproveitar minhas férias”, complementa.

Assim como Fabiana, a estudante Alexandra Gomes também fez questão de chegar cedo ao local de prova. Mais uma vez, a principal intenção é evitar problemas para resolver todas as questões com a mente tranquila. Ela chegou à Unicap acompanhada do pai e conta que fez o percurso saindo do bairro Joana Bezerra a pé. “Prefiro chegar cedo porque ninguém sabe o que pode acontecer, não é? Mesmo chegando mais cedo e vindo a pé, eu consigo ficar relaxada para fazer uma prova tranquila. É um esforço que vale muito a pena”, explica a candidata ao curso de pedagogia.

A candidata ao curso de psicologia Joice Ferreira, por outro lado, resolveu chegar cedo á Unicap porque no primeiro dia de aplicação de provas quase deu de cara com os portões fechados. “Quase cheguei às 11h no primeiro dia. Foi horrível. Por isso resolvi chegar cedo e esperar com tranquilidade. É muito melhor. Não recomendo a ninguém sair às pressas para realizar uma prova como o Enem”, ressalta. Joice escolheu ir à prova de ônibus. 

Neste domingo, os candidatos respondem questões de Ciências da Natureza e matemática. Ao todo, as provas terão duração de quatro horas e 30 minutos. No domingo passado, primeiro dia do Enem, as questões foram de Ciências Humanas, Linguagens e redação.

Quatro horas antes de fechar os portões e iniciar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio 2016 (Enem), o candidato Erivelton Filho, de 17 anos, morador de Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR), foi o primeiro a chegar a seu local de prova, no bloco D da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), área central do Recife.

Ele, que pretende ingressar no curso de medicina, preferiu evitar contratempos que pudessem colocar em risco a realização da prova, dando exemplo de responsabilidade. “Cheguei mais cedo para evitar pegar engarrafamentos, ônibus quebrados ou qualquer outra circunstância. Muita gente não faz isso e acaba se prejudicando, por isso, resolvi optar em fazer dessa forma”.

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Erivelton revela ainda que não teme a concorrência para o curso pretendido, pois se preparou bastante durante todo o ano para ter um bom rendimento. “Eu estudei em escola integral, sacrificava os intervalos também para não perder tempo e, em casa, estudava de três a cinco horas por dia”.

Já Elivelton Melo, 18, foi o segundo candidato a chegar ao local para prestar o exame e tentar uma vaga no curso de publicidade e propaganda. Com o mesmo receio de perder a hora da prova, o estudante afirma que se preparou e sempre sonhou em passar no Enem, resolvendo então não perder tempo e garantir seu ingresso sem tumultos.

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Com informações de Nathan Santos

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