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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou hoje (18), em Bruxelas, a "importância" da cúpula entre União Europeia e Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), mas afirmou que o acordo UE-Mercosul não deve ser definido no âmbito desse encontro.

Lula, que tem o comando pro temporario do bloco sul-americano até o fim do ano, manifestou recentemente a intenção de concluir o acordo com a UE ainda neste semestre.

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"[A cúpula UE-Celac] É a oportunidade não apenas de discutir ações conjuntas dos dois continentes, como é extremamente importante fazer reuniões bilaterais para que se discuta a aproximação do Brasil com o mundo", declarou o presidente em sua live semanal.

"Nós concluímos a pauta do Mercosul e já enviamos para os presidentes do Mercosul. Ela não vai ser discutida aqui porque não é a Celac que tem que fazer o acordo, é só o Mercosul", acrescentou.

Na última segunda (17), Lula já teve reuniões bilaterais com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, com a premiê de Barbados, Mia Mottley, com o rei da Bélgica, Philippe, e com o primeiro-ministro do país, Alexander De Croo, além da mandatária do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

Já a agenda desta terça começou com um café da manhã com lideranças progressistas, seguida por encontros com o premiê da Suécia, Ulf Kristersson, e o chanceler da Áustria, Karl Nehammer.

Lula também se reunirá com a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, e com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.

"Estou achando a reunião [UE-Celac] extraordinária, é uma reunião muito produtiva para o futuro das relações internacionais do Brasil", disse.

*Da Ansa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta terça-feira (18), de um café da manhã com lideranças progressistas e democratas latino americanas e europeias em Bruxelas, capital da Bélgica. Organizado pelo ex-primeiro ministro da Suécia Stefan Löfven, o encontro ocorre em paralelo à 3ª Cúpula Celac-União Europeia.

Celac é a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos. Ao final do encontro, os 60 líderes participantes do encontro devem publicar uma declaração conjunta sobre os avanços obtidos durante as reuniões. As negociações visando um acordo entre Mercosul e União Europeia prosseguem em reuniões bilaterais.

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Entre os temas discutidos durante o café da manhã organizado por Löfven estão defesa da democracia, combate à desigualdade, promoção do bem-estar social, respeito aos direitos humanos, ações pelo clima e meio ambiente. Temas que, segundo o Planalto, representam pontos de interesse comum, entre os participantes.

O encontro reuniu, além do presidente Lula, Alberto Fernández (Argentina), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Fredricksen, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, entre outros. O governo do México foi representado pela secretária de Relações Exteriores, Alícia Barcena.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca na noite deste sábado (15) com destino a Bruxelas, na Bélgica, onde participará da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia. O embarque está previsto para às 22h, na Base Aérea de Brasília. Haverá uma parada técnica para abastecimento, no Aeroporto Internacional do Recife. Pela agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, a previsão de chegada na capital belga é 16h10, horário local (11h10 pelo horário de Brasília).

Ao todo, cerca de 60 líderes estrangeiros dos países componentes dos blocos são esperados para o encontro, que ocorrerá oficialmente nos dias 17 e 18. A delegação brasileira levará à cúpula propostas de estímulo à cooperação mútua nas áreas ambiental, energética e de defesa, além do combate à fome e aos crimes transnacionais.

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Embora não figure entre os principais temas da 3ª Cúpula Celac-União Europeia, as negociações para conclusão do acordo de livre-comércio entre os países do bloco europeu e do Mercosul podem ser objeto das conversas. Compõem o Mercosul a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai.

Segundo o Itamaraty, Lula levará ao evento o posicionamento brasileiro em relação às últimas exigências do bloco europeu para aprovar a assinatura do tratado – que incluem, entre outras coisas, a previsão de multas em caso de descumprimento de obrigações ambientais.

Agenda

Embora ainda não esteja totalmente fechada, a agenda do presidente Lula prevê reuniões e encontros com líderes políticos e empresariais europeus.

O chefe do governo brasileiro terá encontros com o rei da Bélgica, Philippe Léopold Louis Marie, e com o primeiro-ministro do país anfitrião, Alexandre De Croo. Também já foram confirmados compromissos com os representantes da Áustria e da Suécia.

Na segunda-feira (17), Lula participa do Fórum empresarial União Europeia - América Latina, pela manhã. À tarde, ocorre a sessão de abertura da Celac. No dia seguinte, ocorre a Cúpula da Celac-União Europeia. O retorno a Brasília está previsto para quarta-feira (19).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou ao presidente da Espanha, Pedro Sánchez, que participará da abertura da Cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia, que ocorrerá entre os dias 17 e 18 de julho, em Bruxelas. A confirmação foi feita em telefonema com o espanhol nesta tarde.

Lula e Sánchez, que irá assumir o comando da União Europeia, conversaram por telefone nesta quarta-feira, 5, para tratar sobre o acordo em negociação entre o Mercosul e o bloco europeu. Na terça, 4, o petista assumiu a presidência pro tempore do Mercosul. Lula disse que quer fechar o acordo com a União Europeia durante à sua gestão à frente do bloco sul-americano.

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Ainda de acordo com o Palácio do Planalto, na conversa, Sánchez falou sobre o Fórum Empresarial, previsto para o dia 17, e convidou Lula para a realizar a abertura do evento ao seu lado e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. No Fórum, deverão ser anunciados novos investimentos europeus na América Latina.

Ao mesmo tempo que em que reiterou sua disposição em aprofundar a integração com países da América Latina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa de um diálogo extrarregional com China, União Europeia, ASIAN e União Africana. As declarações foram nesta terça-feira (24), feitas em discurso na VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que acontece em Buenos Aires. O encontro marca o retorno do Brasil ao fórum de 33 países, o que, para o presidente, traz uma sensação de "reencontro consigo mesmo".

Em uma decisão de ajuste de rota na política externa, Lula determinou em 5 de janeiro o retorno do Brasil à Celac, três anos após o País deixar o órgão por determinação do ex-presidente Jair Bolsonaro. No discurso feito aos líderes presentes, o petista chamou a decisão de inexplicável.

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"É com muita alegria e satisfação muito especiais que o Brasil está de volta à região e pronto para trabalhar lado a lado com todos vocês, com um sentido muito forte de solidariedade e proximidade", disse Lula na Celac. "Esse espírito - de solidariedade, diálogo e cooperação - em uma região do tamanho e da importância da América Latina e do Caribe não poderia ser mais atual e necessário", acrescentou.

O aprofundamento da integração regional, destacou Lula, não impede diálogos com outros blocos econômicos. "Julgamos essenciais o desenvolvimento e o aprofundamento dos diálogos com sócios extra regionais, como a União Europeia, a China, a Índia, a ASIAN e, muito especialmente, a União Africana", afirmou o presidente, no momento em que tenta barrar um acordo comercial unilateral entre Uruguai e China. "Estaremos associados aos nossos vizinhos bilateralmente, no Mercosul Unasul e Celac", seguiu.

Em defesa de um desenvolvimento sustentável que combata as desigualdades sociais, Lula afirmou que o mundo de hoje demonstra o valor da integração. "Nada deve nos separar, já que tudo nos aproxima", salientou Lula. "Contamos com capacidades para participar, de forma vantajosa, da transição energética global", disse, sobre o Brasil. "É crítico que valorizemos a nossa Organização do Tratado de Cooperação Amazônica".

Fernández

Mais cedo, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que "há poucos dias, a loucura invadiu as ruas de Brasília, pouco após a posse de Lula". Ele mencionou os distúrbios do dia 8 de janeiro na capital brasileira ao comentar sobre riscos à democracia na região e a necessidade de defendê-la, durante discurso na abertura da Celac, em Buenos Aires.

Fernández mencionou também, por exemplo, distúrbios políticos dos últimos anos na Bolívia. O presidente argentino começou seus discurso com pedido de "um enorme aplauso para celebrar o retorno do Brasil à Celac" e comentou a "alegria de ter o presidente" brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, entre os presentes.

Presidente de turno da Celac, Fernández defendeu seu papel à frente da instituição. Ele destacou que assumiu um compromisso de incorporar também as necessidades do Caribe na Celac, e disse que em várias ocasiões em cúpulas globais destacou os impactos das mudanças climáticas sobre essa região. Fernández ainda lembrou que Argentina e México criaram juntos um fundo de assistência ao Caribe, para mitigar os problemas gerados pelas mudanças climáticas.

Em outro momento, Fernández qualificou como "imperdoável" o "bloqueio de mais de seis décadas" vivido por Cuba. E também mencionou o bloqueio contra a Venezuela, acrescentando que "é preciso se posicionar contra isso".

Fernández ainda disse que foi possível "avançar na relação bilateral" com o Brasil, durante a visita de Lula, e defendeu a importância de se avançar do mesmo modo em todo o continente. Ao final de sua fala, o presidente argentino declarou aberta "a Cúpula das Américas", uma gafe logo corrigida. A Cúpula das Américas foi criada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e inclui a presença dos EUA.

Em discurso na VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu aos líderes internacionais do fórum que "perfilaram ao lado do Brasil e das instituições brasileiras" após os atos golpistas de 8 de janeiro. Para o presidente, a região dos 33 países integrantes da Celac é contra o terrorismo.

"Quero aqui aproveitar para agradecer a todos e a cada um de vocês que se perfilaram ao lado do Brasil e das instituições brasileiras, ao longo destes últimos dias, em repúdio aos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília. É importante ressaltar que somos uma região pacífica, que repudia o extremismo, o terrorismo e a violência política", declarou Lula nesta terça-feira (24).

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Em defesa de uma postura globalista, o presidente brasileiro afirmou que não quer importar para a região "rivalidades e problemas particulares" dos países e reconheceu um quadro mundial de ameaças à democracia.

"O mundo vive um momento de múltiplas crises: pandemia, mudança do clima, desastres naturais, tensões geopolíticas, pressões sobre a segurança alimentar e energética, ameaças à democracia representativa como forma de organização política e social. Tudo isso em um quadro inaceitável de aumento das desigualdades, da pobreza e da fome", afirmou Lula na Celac.

Ao longo do discurso, o presidente ressaltou que o apoio dos países do fórum à vontade do Brasil de sediar a COP-30, em 2025, é "indispensável".

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cancelou sua ida à Argentina para participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), sob alegação de que haveria um plano de agressão contra sua delegação. Segundo analistas, o temor de ser preso pode ter influenciado sua decisão.

Os rumores sobre o cancelamento começaram nesta segunda (23) quando a reunião bilateral que teria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi cancelada e retirada da agenda do petista. A mudança de planos havia sido pedida por Caracas, já argumentando problemas de segurança.

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"Nas últimas horas fomos informados de um plano elaborado no cerne da direita neofascista cujo objetivo é realizar uma série de agressões contra nossa delegação liderada pelo presidente da República", afirmou o governo venezuelano, justificando a ausência de Maduro na reunião, que contará com a presença de Lula (Brasil), Luis Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Xiomara Castro (Honduras), Mario Abdo Benítez (Paraguai) e Gustavo Petro (Colômbia).

Ordem de captura

Analistas acreditam que o real motivo para Maduro deixar de viajar seja o medo do cerco legal. Existe uma ordem de prisão internacional contra o chefe de Estado chavista expedida pelos Estados Unidos e, justamente por isso, o presidente só viaja para outro país quando tem a certeza de que não será capturado pelas autoridades locais. Além disso, o Congresso argentino tem maioria opositora e isso pode aumentar o coro pelo pedido de prisão de Maduro.

"Se Maduro não viajar à Argentina é porque não teve garantias de que não seria capturado e enviado aos EUA. É preciso avaliar, também, a rota que o avião fará para chegar em território argentino e se vai atravessar outros países, para se ter a garantia desses países de que o avião pode passar e não será obrigado a aterrissar. É preciso ter tudo isso em conta para viajar", explicou ao Estadão o tenente venezuelano José Antonio Colina, que fugiu da Venezuela em 2004 e vive nos EUA.

Oposição

Na semana passada, quando foi anunciado que Maduro havia sido convidado a participar da cúpula da Celac, representantes da oposição argentina começaram a se manifestar contra a viagem e pediram a detenção do chavista por crimes de lesa-humanidade.

O comunicado do governo venezuelano aponta uma tentativa de prejudicar a imagem da Venezuela. "Pretendem montar um show deplorável, a fim de perturbar os efeitos positivos de um encontro regional tão importante e, assim, contribuir para a campanha de descrédito - e fracassada - que tem sido feita contra nosso país a partir do império americano."

A Argentina tem a presidência temporária da Celac e, por isso, a cúpula ocorrerá nesta terça, 24, em Buenos Aires. Em entrevista coletiva, Lula e o presidente argentino, Alberto Fernández, comentaram a situação da Venezuela e o convite a Maduro. "A cúpula da Celac reúne líderes de América Latina e do Caribe e, portanto, todos os países-membros estão convidados… Não temos nenhum poder de veto, nem queremos ter. A presença de presidentes de Cuba e Venezuela é mais uma inquietação dos meios de comunicação do que dos membros da Celac", afirmou Fernández.

Questionado sobre a situação de Maduro, Lula pediu o respeito à autodeterminação dos povos e disse que os problemas internos venezuelanos devem ser resolvidos com "diálogos, não com ameaças de invasão".

O chanceler venezuelano, Iván Gil, e mais três diplomatas, chegaram ontem a Buenos Aires para representar a Venezuela na cúpula. Para o analista político Erik Del Bufalo, professor da Universidade Simón Bolívar, o cancelamento acaba sendo "positivo para a Celac". "Ninguém quer ser retratado ao lado de Maduro, nem mesmo aqueles que supostamente são seus aliados. Para Venezuela é um desastre e agora precisamos ver os desdobramentos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta terça-feira (24), às 10h, em Buenos Aires, da sessão de abertura da VII Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O bloco, fundado no México em 2010, reúne 33 países.

Às 13h30, Lula será recebido pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, num almoço oferecido pelo argentino, no Hotel Sheraton, de acordo com a agenda do petista divulgada nesta noite.

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Às 15h, Lula tem uma audiência com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, e às 15h30, participa de um encontro com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Em seguida, às 16h, o presidente brasileiro se reúne com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, e às 16h30, com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

A cúpula da Celac é encerrada às 17h15, cerimônia da qual Lula participa, mas antes, às 17h, será firmada a adoção da Declaração de Buenos Aires, o documento final do encontro.

Nesta segunda-feira (23), Lula e Fernández discutiram, em reunião bilateral, em Buenos Aires, o nome do novo embaixador do Brasil no país vizinho. O diplomata Antônio José Ferreira Simões, que já foi embaixador no Uruguai, é cotado, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

A pandemia do novo coronavírus trará um aumento da fome e da pobreza nos países da América Latina, informou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em um relatório divulgado nesta terça-feira.

"A região viu sua segurança alimentar piorar nos últimos anos e essa nova crise pode ter um impacto particularmente severo em certos países e territórios", disse a agência no documento que o México encomendou como presidente pro tempore da Comunidade de Estados da América Latina e do Caribe (Celac).

A FAO destacou os países onde há aguda insegurança alimentar devido a fatores econômicos e climáticos: Venezuela, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Haiti.

Acrescentou que o maior risco no curto prazo é não conseguir garantir alimentos "à população que está cumprindo as medidas de segurança sanitária para impedir a propagação do vírus e que, em muitos casos, perdeu sua principal fonte de renda".

A agência sugeriu que os governos devem declarar alimentos e agricultura como atividades estratégicas de interesse público nacional.

"É essencial manter o sistema alimentar vivo para que a crise da saúde não se transforme em crise alimentar", disse Julio Berdegue, representante regional da FAO, citado em comunicado divulgado pelo governo mexicano.

A agência recomendou o reforço de programas de apoio nutricional para mães em idade fértil e menores de cinco anos, além de garantir alimentação escolar e expandir os programas de proteção social.

"Para garantir o suprimento de alimentos, a FAO recomenda facilitar o transporte e o acesso econômico a insumos produtivos (sementes, fertilizantes, alimentos para animais etc.) e a máquinas e infraestrutura", afirmou.

Também pediu apoio ao transporte e embalagem de produtos agrícolas e "solução de problemas logísticos das cadeias de valor alimentar". Disse que é necessário, por sua vez, garantir a operação de pontos de venda, como mercados e supermercados.

A América Latina ultrapassou os 150.000 casos de novas infecções por coronavírus que mataram mais de 7.400 pessoas na região, de acordo com um balanço da AFP com base em dados oficiais.

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, anunciou por sua conta no Twitter que o Brasil decidiu suspender sua participação da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac).

“A Celac não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco regimes não-democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua”, afirmou o titular do Itamaraty na rede social. O ministro também ressaltou que o Brasil tem a determinação de trabalhar com todas as democracias da região.

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A Celac é um bloco regional criado em 2010 na Cúpula da Unidade da América Latina e Caribe, em Playa del Carmen, cidade do México. Já o Prosul foi formado em março deste ano a partir da assinatura da Declaração de Santiago e conta com a participação de oito países: Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru.

 

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) pediram o fim do bloqueio americano em Cuba, com o argumento de que os Estados Unidos já provocaram consequências humanitárias indevidas para a população do país.

Na declaração assinada após a reunião dos titulares de Relações Exteriores da UE e da Celac em Bruxelas, na Bélgica, os ministros ressaltaram a rejeição à aplicação das medidas coercitivas de caráter unilateral com efeito extraterritorial da Lei Helms-Burton, aprovada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, que estabelece que qualquer instituição não americana que operar em Cuba pode ser submetida a represálias.

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Os representantes da UE e da Celac ainda destacaram que a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução contra o bloqueio e que só contou com os votos negativos dos EUA e de Israel. "Essas medidas estão prejudicando o desenvolvimento legítimo de laços comerciais entre Cuba, União Europeia e outros países".

A quarta edição da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) terminou nesta quarta-feira (27), em Quito, com muitas declarações protocolares, mas sem um rumo claro para o próximo período. Temas como alternativas para enfrentar as incertezas econômicas, no momento em que os países da Celac enfrentam queda no preço das commodities, baixo crescimento e alta da inflação ocuparam boa parte dos debates, mas foi o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, quem roubou a cena ao sugerir um "plano anticrise" para estimular o comércio da região.

"Vivemos uma situação de emergência", disse Maduro. "A bonança do preço do petróleo, se serviu para grande investimento social, também reafirmou a dependência do modelo rentista petroleiro. Em tempos de crise, as famílias se ajudam. É hora de um plano de solidariedade."

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Antes mesmo de discursar, Maduro já havia afirmado que "a Venezuela está em uma situação muito difícil", enfrentando problemas graves, como hiperinflação, escassez de produtos essenciais e queda acentuada das receitas. No plenário, ele recebeu apoio de seus pares.

Depois de dizer que chegaria à Celac disposto a "ir com tudo" para cima do presidente da Argentina, Maurício Macri, Maduro recuou. Macri não compareceu e enviou no seu lugar a vice-presidente Gabriella Michetti. Em vez de responder às críticas do país vizinho cobrando a liberdade dos presos políticos, Maduro pediu solidariedade à Argentina na batalha para recuperar os territórios das Ilhas Malvinas, sob controle britânico.

O vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, pediu apoio à presidente Dilma Rousseff, que enfrenta ameaça de impeachment. "Estendemos a Dilma Rousseff e ao povo brasileiro nossa solidariedade e apoio na batalha que enfrentam para defender as conquistas sociais e políticas dos últimos 13 anos", afirmou Canel, após elogiar Maduro e pedir a soltura dos prisioneiros de Guantánamo.

A reunião de Quito marcou a primeira cúpula da Celac após a retomada das relações entre Cuba e Estados Unidos. Dos 33 chefes de Estado e de governo que formam o grupo, porém, só 14 compareceram. Os outros 19 enviaram representantes.

Dilma ficou menos de 24 horas em Quito e retornou ao Brasil antes da sessão plenária da Celac. A defesa da unidade do bloco para o combate à crise global foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

O encontro terminou esvaziado, sem consenso sobre pontos considerados importantes pelo Equador, como a Agenda 2020, com metas de redução da pobreza e de mudanças climáticas.

"Lamentavelmente, por falta de consenso e diferentes visões sobre a Celac --que, pessoalmente, não considero excludentes--, não pudemos estabelecer metas quantificáveis", disse o presidente do Equador, Rafael Correa, que renovou as queixas à atuação da Organização dos Estados Americanos (OEA). "O mundo do futuro será de blocos. A Celac deve substituir a OEA, que nunca funcionou e é cada vez mais anacrônica. Fidel (Castro) a chamou adequadamente de ministério das colônias", provocou Correa.

Farc

A Celac firmou o compromisso de apoiar o acordo de paz entre Bogotá e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), previsto para este ano.

"Hoje estamos dando aqui um passo muito importante adicional para a busca da paz e o fim da guerra na Colômbia. Essa paz vai beneficiar todo o continente", disse o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. "É talvez o único conflito armado hoje que se está resolvendo de forma dialogada e exitosa."

A missão de observação para o cumprimento do acordo de cessar-fogo entre o governo colombiano e as Farc foi aprovada na segunda-feira pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Santos comemorou a decisão e disse que a Celac será "fonte de pessoal" para verificar o desarmamento.

Em nota divulgada ontem, o Ministério das Relações Exteriores saudou a adoção da missão política especial por parte do Conselho de Segurança da ONU para monitorar o acordo de paz na Colômbia. "Ao reiterar o compromisso do Brasil com a preservação da paz e a manutenção da estabilidade regional, o governo brasileiro expressa seu apoio aos esforços da Colômbia para a conclusão e plena implementação do Acordo Final, que trarão efeitos positivos para toda a região, e reafirma sua disposição de contribuir para esse fim", diz um trecho da nota do Itamaraty.

Santos observou que a partir de agora as Nações Unidas escolherão os participantes da missão. "Entregamos uma Celac com toda a capacidade de apoiar a verificação do acordo do cessar-fogo e de entrega de armas na Colômbia", observou Correa.

Uma disputa de bastidores marca agora a negociação para a presidência da Celac, a partir de 2017. A Bolívia é candidata a suceder a República Dominicana, que ontem assumiu o comando do grupo. O problema é que o Chile não aceita que a Bolívia presida o bloco. Motivo: avalia que, nessa condição, a Bolívia usaria a Celac para avançar na sua antiga demanda de recuperar o acesso ao Oceano Pacífico.

Na tentativa de impedir a Bolívia de chegar à presidência, o Chile agora estimula uma candidatura de Honduras para dirigir a Celac em 2017. (Vera Rosa)

Uma disputa de bastidores marca a negociação para a presidência da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a partir de 2017. A Bolívia é candidata a suceder a República Dominicana, que nesta quarta-feira (27), assume o comando da Celac, hoje com o Equador.

O problema é que o Chile não aceita que a Bolívia presida o bloco, pois avalia que, nessa condição, a Bolívia usaria a Celac para avançar na sua antiga demanda de recuperar o acesso ao Oceano Pacífico.

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O impasse é mais um dos capítulos das divergências na Celac, que até agora não chegou a um consenso sobre a defesa da Agenda 2020 - com metas claras sobre redução de pobreza, desigualdade e mudanças climáticas - como bandeira do grupo. Na tentativa de impedir a Bolívia de ocupar a presidência da Celac, o Chile agora estimula uma candidatura de Honduras para dirigir o bloco em 2017.

Em setembro do ano passado, a Bolívia conseguiu uma vitória na disputa com o Chile na questão da saída para o mar, quando uma decisão da Corte Internacional de Justiça de Haia abriu caminho para o julgamento da causa.

Na ocasião, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, disse que a Bolívia não ganhou nada, porque o mérito da questão ainda não foi julgado. "Não tocaram na nossa integridade territorial", afirmou Bachelet à época. A Bolívia perdeu o acesso ao mar para o Chile em um tratado de 1904, assinado depois da Guerra do Pacífico.

A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (26) que o Brasil não conseguirá retomar o crescimento se os demais países da América Latina não se recuperarem. Em reunião de trabalho com o presidente do Equador, Rafael Correa, Dilma afirmou ser preciso "harmonizar as diferenças" para que os países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) saiam da crise em conjunto.

"Não haverá uma América Latina forte, e nós temos muito consciência de que o Brasil não retoma sua capacidade de crescer (…), não consegue restabelecer suas condições sustentáveis de crescimento nesse novo contexto internacional sem o crescimento dos demais países da América Latina, sem que os países da América Latina tenham também condição de se recuperar", disse a presidente a Correa, ao pregar a unidade do bloco.

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Dilma assinalou que a integração econômica é "crucial e estratégica" para os 33 países que compõem a Celac. "Enfrentamos uma situação bastante adversa no cenário internacional, com queda do preço do petróleo e das demais commodities. E assistimos uma desaceleração da segunda maior economia", argumentou ela, numa referência à China.

Dilma mencionou que a forte valorização do dólar afeta as economias da região. "Nós tivemos uma desvalorização significativa na metade do primeiro governo: o dólar correspondia a um e meio real. Hoje está um dólar para quatro reais", afirmou. "Nós iremos enfrentar essa conjuntura. Mas é claro que isso só pode ser feito se todos os países tiverem condição também de se adaptar."

Sem mencionar a crise que atinge a Venezuela, Dilma citou um tema que fará parte da declaração política da Celac: a democracia. "Somos países que respeitamos a democracia, respeitamos os direitos humanos e sabemos que isso é um valor fundamental", insistiu. Na conversa com Correa, Dilma também elogiou a Agenda 2020 proposta pelo colega equatoriano, com metas para a redução da pobreza e da desigualdade, educação e mudanças climáticas.

No entanto, pouco antes, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que essa agenda não era consenso na Celac. "Já existe uma agenda 2030 das Nações Unidas. Então, não faz sentido criar uma nova, com padrões próprios e mecanismos específicos para a região", argumentou. "Vamos aproveitar o que já existe e trazer para o nosso convívio."

Crise

Vieira também tentou ontem reduzir a tensão entre Venezuela e Argentina e disse ter certeza de que o tema não roubará a cena na 4.ª Cúpula da Celac, que será aberta oficialmente hoje em Quito.

"Tenho certeza de que o objetivo maior da Celac, que é a integração, vai se sobrepor a qualquer diferença", afirmou. "A Celac existe para criar consensos e concertação entre os países. Os temas são todos debatidos com muita clareza, transparência e espontaneidade."

Mesmo sem mencionar claramente a questão da Venezuela, no entanto, a Declaração Política da Celac terá um parágrafo em que os integrantes do bloco reforçam a defesa das regras democráticas.

"Os governos de direita que existem na América Latina estão se levantando contra a revolução bolivariana", disse o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciando a disposição de discutir com a Argentina na Celac. Em dezembro, o presidente argentino, Mauricio Macri cobrou da chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, que libertasse os opositores considerados presos políticos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Antes de viajar para a IV Cúpula da Comunidade dos Estados Latino Americanos e Caribenhos (Celac), em Quito, no Equador, a presidente Dilma Rousseff tem um encontro com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, nesta terça-feira (26), às 9h30, no Palácio do Planalto. Depois de passar a última semana no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, Barbosa teve nessa segunda-feira (25) apenas despachos internos.

Dilma deve embarcar no início da tarde desta terça para a capital equatoriana. Além de um encontro com o presidente do Equador, Rafael Correa, Dilma participará de uma reunião ampliada no Palácio de Carondelet e deve fazer uma declaração à imprensa.

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A presidente vai aproveitar a Celac para cobrar unidade do bloco no combate à crise global. Na tentativa de valorizar a cúpula, ela pedirá prioridade aos temas que aproximam os países do grupo, deixando de lado as divergências.

A presidente deve usar a crise como mote para a defesa da integração latino-americana, apesar das discordâncias entre os 33 países que compõem a Comunidade em torno das soluções e saídas para a estagnação econômica.

A presidente Dilma Rousseff comemorou o restabelecimento das relações entre Estados Unidos e Cuba e defendeu o fim do embargo econômico do país norte-americano à ilha. Ao discursar em sessão plenária da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nessa quarta-feira (28), ela também falou a favor da criação de um fórum composto por empresários dos países-membros como parte de um projeto de cooperação regional para enfrentar os problemas da economia internacional e retomar um crescimento “robusto”.

Ao iniciar a fala, Dilma elogiou a “coragem" e "responsabilidade histórica" dos presidentes Barack Obama e Raúl Castro pelas negociações. Para ela, com o gesto, “começa a se retirar da cena latino-americana e caribenha o último resquício da Guerra Fria”.

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"Não podemos esquecer, todavia, que o embargo econômico, financeiro e comercial dos EUA a Cuba, ainda continua em vigor. Essa medida coercitiva, sem amparo no direito internacional, que afeta o bem-estar do povo cubano e prejudica o desenvolvimento do país, deve, tenho certeza, do ponto de vista de todos países aqui representados, ser superada", declarou. Há exatamente um ano, e em outras ocasiões antes da normalização das relações, a presidenta se manifestou no mesmo sentido.

Dilma ressaltou ainda a "importante contribuição" do papa Francisco no restabelecimento das relações entre Cuba e EUA. O anúncio da normalização das relações entre os dois países é um dos temas que serão discutidos na cúpula, ao lado da aproximação do bloco com a China, que prometeu duplicar o intercâmbio comercial com a região e investir US$ 250 bilhões na próxima década.

Economia Mundial

 

A presidente também disse estar consciente de que a recuperação da economia mundial não ocorre com a força esperada e declarou que a situação de baixo crescimento, queda no preço das commoditties e apreciação do dólar vai exigir "cautela e esforço" dos países da América Latina e do Caribe para estimular a competitividade na região.

Na opinião de Dilma, alguns subsídios "distorcem o comércio internacional" e as reações provocam "escaladas tarifárias" que dificultam as exportações de países em desenvolvimento. "Diante desse quadro torna-se urgente nossa cooperação, priorizando o comércio intrarregional e, ao mesmo tempo, sempre que possível, estimulando o desenvolvimento e a integração de nossas cadeiras produtivas."

Após citar fóruns da comunidade com a China e com a União Europeia e pregar que a integração começa prioritariamente pelos vizinhos, a presidenta propôs a constituição de um fórum de empresários da Celac com a participação dos governos e das empresas. "Seu objetivo será desenvolver o comércio, aproveitar as oportunidades diversificadas que nossas economias oferecem, e estimular, quando possível, a integração produtiva, promovendo nossas relações com o resto do mundo.”

Agenda

Dilma permanece em San José, na Costa Rica, até esta quinta-feira (29). O evento reúne chefes de Estado, de Governo e chanceleres dos 33 países americanos, com exceção dos Estados Unidos e do Canadá (que não são de origem latina). Presidentes do Uruguai, José Pepe Mujica; de Cuba, Raúl Castro; da Venezuela, Nicolás Maduro e do Chile, Michele Bachelet, estão no país para o encontro.

Nessa quarta, após a reunião, Dilma se reuniu com os presidentes da Colômbia, Juan Manoel Santos, e do Panamá, Juan Carlos Varela, e participou de jantar em homenagem aos chefes de Estado e de Governo oferecido pelo anfitrião, Luis Guillermo Solis Rivera, presidente da Costa Rica. Nesta quinta, as lideranças se recolhem em um retiro e participam da transferência da presidência pro tempore do bloco, da Costa Rica ao Equador. Dilma deve chegar ao Brasil à noite.

Com informações da Agência Brasil.

A presidenta Dilma Rousseff embarca, nesta quarta-feira (28), para San Jose, na Costa Rica, com o objetivo de participar da 3ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). Ainda em Brasília, ela recebe os governadores de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, em audiência no Palácio do Planalto, em Brasília.

Na agenda divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República, estão previstos encontros com autoridades estrangeiras. Na Costa Rica, Dilma participará da 2ª Sessão Plenária da Celac, terá reuniões bilatérias com os presidentes da Colômbia, Juan Manoel Santos, e da República do Panamá, Juan Carlos Varela; além de estar presente no jantar em homenagem aos chefes de Estado e de Governo da Celac, oferecido pelo presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solis Rivera.

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Celac
Durante a cúpula, os chefes de Estado e de governo do bloco vão celebrar duas vitórias: a decisão dos Estados Unidos de normalizar as relações com Cuba, depois de meio século, e a aproximação com a China, que prometeu duplicar o intercâmbio comercial com a região e investir US$ 250 bilhões na próxima década. Outro tema do encontro é a erradicação da pobreza.

Os 33 países-membros da Celac - todos da América Latina, com exceção dos Estados Unidos e do Canadá - vão aprovar uma declaração exigindo o fim do bloqueio econômico a Cuba, que continua, apesar da decisão do presidente Barack Obama de normalizar as relações com a ilha. O presidente cubano, Raúl Castro, foi o primeiro a chegar para a reunião.

Com informações da Agência Brasil.

Líderes da América Latina e do Caribe assinaram nesta quarta-feira uma resolução declarando a região uma "zona de paz", com a promessa de solucionar suas disputas como vizinhos respeitosos, sem recorreram às armas.

A declaração conjunta foi divulgada em Havana, no dia de encerramento da reunião de cúpula Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac), que reúne todos os países das Américas, com exceção de Estados Unidos e Canadá.

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A Celac foi fundada em 2011, concebida como um organismo de integração regional independente da influência de Washington.

Os líderes dos 33 países reunidos em Havana comprometeram-se com a não intervenção em assuntos internos de seus vizinhos, a cultivar a cooperação e a amizade e a "respeita o direito inalienável de cada Estado escolher seu próprio sistema político".

O texto da resolução foi lido pelo presidente de Cuba, Raúl Castro, anfitrião da reunião de cúpula da Celac.

Mais cedo, Raúl Castro, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e outros líderes latino-americanos participaram da inauguração de um museu dedicado à memória de Hugo Chávez. O falecido presidente venezuelano foi um dos principais proponentes da Celac. Fonte: Associated Press.

Após participar do Fórum Econômico Mundial na Suíça, a presidenta Dilma Rousseff viaja neste fim de semana a Cuba para agenda bilateral e evento com países da América do Sul, Central e do Caribe. Os compromissos marcados para segunda (27) e terça-feira na ilha antecedem o anúncio da reforma ministerial, a ser feito por ela quando retornar ao Brasil. Alguns ministros deixarão o governo para disputar as eleições deste ano.

Na segunda-feira (27), Dilma se encontra com o presidente cubano Raúl Castro e na terça (28) representa o Brasil na reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O evento tem programação também para quarta-feira, mas a participação da presidenta deve se restringir ao primeiro dia.

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Criada oficialmente em 2011, a Celac visa ao diálogo político e à cooperação de todos os 33 países da América Latina e do Caribe. Esta é a segunda cúpula do órgão, e vai tratar de temas como a luta contra a fome, a pobreza e as desigualdades na região. O Chile foi a sede do primeiro encontro da Celac no ano passado.

No último dia 9, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que vai propor o ingresso na Celac de Porto Rico, território associado aos Estados Unidos. A agenda do evento tem programação durante todo o dia 28, incluindo fotografia oficial dos chefes de Estado no Palácio da Revolução. Durante a cúpula, a presidência pro tempore da organização será repassada por Cuba à Costa Rica.

Dilma terá ainda, na segunda-feira, encontro particular com o presidente cubano, Raúl Castro. Ao lado dele, participa também da inauguração da primeira fase do Porto de Mariel. A obra, segundo o Itamaraty, conta com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ao ser reeleito em 2013 para mais quatro anos à frente de Cuba, Raúl Castro assumiu a necessidade de transição política no país e de mudanças que consertem erros do passado. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o comércio entre o Brasil e Cuba aumentou quase sete vezes no período de 2003 a 2013, subindo de US$ 91,99 milhões para US$ 624,79 milhões. Os principais produtos brasileiros vendidos a Cuba são o óleo de soja, arroz e milho.

A presidente Dilma Rousseff (PT) vai passar parte desta semana em viagens nacionais e internacionais. A petista iniciará o roteiro passando por Natal, no Rio Grande do Norte, onde fará a inauguração da Arena Dunas, na quarta-feira (22). No mesmo dia ela seguirá para a Suíça, para participar do Fórum Econômico de Davos e de reunião na sede da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e encerra com a participação no  encontro da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac), em Cuba. 

Em Natal, a presidente deverá ser acompanhada pela governadora, Rosalba Ciarlini (DEM), o prefeito potiguar Carlos Eduardo (PDT) e o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke. Após a inauguração, que está marcada para às 16h, a petista segue para Zurique, na Suíça. Na quinta (23) Dilma tem uma reunião com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e na sexta (24) fará uma palestra no Fórum Econômico Mundial de Davos. 

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Segundo a assessoria de imprensa da Presidência, a petista deve voltar na sexta para Zurique, onde passará a noite. De lá, Dilma viaja para Havana, em Cuba, ainda não se sabe se ela irá no sábado (25) ou no domingo (26).

 

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