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Começa nesta quarta-feira (9) o bloqueio de celulares piratas no Brasil pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A medida passa a valer, inicialmente, no estado de Goiás e no Distrito Federal, onde os usuários que possuem aparelhos irregulares começaram a deixar de receber sinal das redes de operadoras.

A entidade reguladora diz que estes dispositivos podem ser perigosos por apresentarem grande quantidade de chumbo e cádmio, não possuírem garantias em relação a limites de radiações eletromagnéticas e utilizarem materiais de baixa qualidade, como baterias e carregadores mais sujeitos a quebras.

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Além disso, segundo a Anatel, os celulares irregulares tendem a apresentar problemas de queda de chamadas e falhas na conexão de dados. A estimativa é de que um milhão de novos aparelhos piratas entrem nas redes das prestadoras mensalmente.

É importante ressaltar que os celulares comprados no exterior vão continuar funcionando no Brasil, desde que sejam certificados por organismos estrangeiros equivalentes à agência reguladora. Também não serão apontados como irregulares os equipamentos adquiridos no exterior que, apesar de ainda não certificados no Brasil, tenham por origem fabricantes legítimos.

Essa é a primeira etapa de aplicação do sistema da Anatel, que, até o ano que vem, estará disponível em todo o território brasileiro. A medida vale apenas para os celulares que já estavam em funcionamento na data da operação da ferramenta, em 22 de fevereiro.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira (23) o cronograma de bloqueio de celulares piratas no país. A medida começará a ser aplicada a partir de 9 de maio de 2018 e afetará, numa primeira etapa, apenas os aparelhos irregulares em operação no Distrito Federal e Goiás. Nas demais regiões, o processo terá início no dia 8 de dezembro de 2018.

O projeto tem por objetivo coibir o uso de telefones móveis não certificados pela Anatel, com IMEI adulterado, clonado ou outras formas de fraude. Esses celulares não seguem normas de qualidade e segurança. A regra prevê um período em que usuários desses aparelhos comecem a ser notificados por SMS sobre a medida. 

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É por isso que, segundo a Anatel, o bloqueio não afetará os terminais exclusivos para dados. De acordo com a entidade, não seria possível encaminhar as mensagens informativas aos aparelhos.

A Anatel informou que o consumidor pode fazer uma checagem do IMEI para identificar se o aparelho é irregular ou não. Para isso, é preciso verificar o número que aparece na caixa, o que consta do adesivo no próprio celular e o que aparece ao se discar no equipamento o código *#06# e realizar uma chamada. Eles devem ser iguais. Caso sejam diferentes, há uma grande chance de o dispositivo ser irregular.

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A partir desta segunda-feira (17), começa a ser testado um sistema criado pelas operadoras brasileiras para identificar e bloquear aparelhos “piratas”, não homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Com a implementação do Sistema Integrado de Gestão de Aparelhos (Siga), os aparelhos continuarão funcionando (realizando chamadas, enviando e recebendo mensagens) até o início do segundo semestre deste ano, um período que será utilizado pelas operadoras para a criação de um banco de dados com informações sobre esses dispositivo, e só então o bloqueio entra em vigor.

Os donos dos aparelhos não homologados, comumente chamados de “xing ling” (uma referência a aparelhos falsificados geralmente importados ilegalmente da China), receberão uma mensagem avisando sobre a razão de o celular estar bloqueado. O sistema, presente em novos cartões SIM, ao ser inserido em um aparelho celular identifica o seu IMEI (sigla para International Mobile Equipment Identity, que funciona como um “RG” do aparelho). Se o código encontrado for um dos eletrônicos listados pela Anatel, o cartão habilita seu uso.

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A prática além de inibir o uso de produtos pirateados, no entanto, pode afetar usuários de telefonia móvel que compraram dispositivos recentes no exterior e que ainda não tiveram tempo de ser homologados pela reguladora nacional. Os donos desse tipo de celulares teriam que aguardar homologação para poderem utilizá-los. Em teoria, esse tipo de inconveniência não deve ocorrer.

No ano passado, o presidente do sindicato das empresas do setor de telecomunicações, Sinditelebrasil, Eduardo Levy, havia afirmado que as empresas envolvidas estariam desenvolvendo um sistema que não barraria o uso de celulares importados e ainda não homologados pela Anatel. Em nota, a Anatel disse que “o sistema, gerido pelas prestadoras de telecomunicações, está em fase experimental” e que ele “permitirá a realização de um diagnóstico sobre a regularidade dos aparelhos conectados às redes das prestadoras” nesta primeira fase.

“A partir desta informação, serão anunciadas as próximas medidas com vistas a assegurar o acesso às redes tão somente de aparelhos regulares. Neste momento, não há nenhuma definição quanto a prazo de implementação das medidas ou se haverá bloqueio de aparelhos atualmente em funcionamento. Quaisquer medidas a serem adotadas serão objeto de ampla divulgação aos usuários oportunamente.”

A agência ainda aproveita para recomendar que os brasileiros “não comprem aparelhos de telefone, fixos ou celulares, sem o selo da Agência”. Para checar a legitimidade de dispositivos adquiridos, basta pegar o código presente nos selos da Anatel (colados internamente nos dispositivos) e conferir sua veracidade no site da Anatel (para mais detalhes, veja cartilha da entidade). O sistema, no entanto, será administrado pela Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom), a mesma que administra atualmente o sistema de portabilidade numérica. A entidade não se manifestou sobre o assunto.

Até o fim de 2012, brasileiros terão adquirido 11,6 milhões de celulares piratas. A informação é da consultoria Strategy Analytics. 

Aparelhos não homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) representam hoje 12,7% dos 91,2 milhões de telefones móveis que foram vendidos em 2012. 

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Em média, o mercado pirata representa 9,2% do setor de celulares no Brasil, colocando o país num lugar de destaque nesse setor, porém abaixo de lugares como Oriente Médio e África, cujas vendas piratas alcançam até 16% do total. 

No próximo ano, operadoras irão implantar um sistema que irá barrar a ativação de chips de celulares que não foram homologadas no país. A iniciativa também terá suporte de fabricantes de aparelhos, inclusive, já foi assinado por empresas como Sony e Samsung um acordo relacionado a medida. 

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