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Relatório elaborado pelo Polling Data, site agregador de pesquisas, disponibiliza uma previsão do segundo turno da eleição presidencial em cinco cenários distintos, com base em modelos estatísticos. Em três deles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresenta maior probabilidade de levar a corrida. Nos outros dois, o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece na liderança e com maior chance de vitória. O documento foi divulgado nesta quinta-feira (27).

No cenário denominado "presidente", no qual há uma previsão atualizada de todas as eleições acompanhadas pelo site Polling Data - de presidente nacional e estaduais, de governador e senador - Lula aparece com 51,3% dos votos válidos e Bolsonaro, 48,7%. A probabilidade do petista vencer neste caso é de 79,5%.

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No cenário "após primeiro turno", que faz uma previsão atualizada considerando as pesquisas publicadas após a primeira rodada da disputa, Lula tem 51,1% dos votos válidos e Bolsonaro, 48,9%. A probabilidade do petista vencer nesta situação é de 65,6%.

No cenário definido como "volátil", Bolsonaro aparece na liderança com 51,4% e Lula, 48,6%. A probabilidade do presidente é de 59,3%. Este cenário usa um modelo matemático que permite que as estimativas variem muito e ainda capta qualquer indício de subida ou de alteração do desempenho dos candidatos.

No cenário que compila todas as pesquisas realizadas de forma presencial com entrevistados, Lula tem maior probabilidade de vencer: 78,6%. Ele aparece com 51,6% dos votos válidos e Bolsonaro, 48,4%. Já no agregado de pesquisas telefônicas, Bolsonaro leva vantagem e tem 61,5% de chances de levar a corrida. Neste caso, o presidente soma 50,5% dos votos válidos e Lula, 49,5%.

De acordo com o diretor de pesquisas e fundador do site, Neale Ahmed ElDash, a escolha do modo de entrevista (presencial ou telefônica) pode ter impacto nos resultados por duas razões principais: uma pela forma de seleção das pessoas que respondem as perguntas e a outra pela logística da coleta das respostas.

"O mais óbvio aspecto (que explica a diferenciação entre as pesquisas) é o que chamamos de viés de cobertura. São pessoas que não podem ser entrevistadas por um método ou por outro. A telefônica não consegue falar com quem não tem telefone, que representa mais ou menos 10% da população adulta e são as pessoas mais pobres", explicou ElDash.

"A presencial também não fala com algum grupo de pessoas, que são pessoas que moram em local onde tem porteiro, como condomínio de luxo, apartamento e favelas com crime organizado. É mais difícil entender o viés da presencial, porque ele está um pouco espalhado, porém vai depender da geografia do voto", continuou o diretor.

Os dados usados para a produção do relatório são públicos e registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O estudo utiliza todas as pesquisas que foram publicadas e que consideram votos totais, e não apenas votos válidos.

A depender do resultado das eleições em outubro, o Ourinvest construiu dois cenários para a economia brasileira no ano que vem. Após traçar as possibilidades em caso de reeleição ou de vitória do ex-presidente Lula (PT) na corrida ao Planalto, a tendência apontada pelos economistas do banco é de contração econômica, com inflação e juros mais altos, se o presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguir mais um mandato.

Nos dois cenários, contudo, o banco prevê pouco controle de gastos, um cenário internacional difícil, dado o aumento dos juros nas economias desenvolvidas, e inflação acima do centro da meta: 3,25% em 2023.

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Com base na tendência, apontada pelas pesquisas de intenção de voto, de uma eleição polarizada entre Bolsonaro e Lula, sendo baixa a probabilidade de evolução de candidatura alternativa (terceira via), o Ourinvest considera que a vitória do atual presidente representaria a continuidade da política econômica atual, porém com tendência de mais gastos, o que pressionaria a inflação e, por extensão, os juros. Os efeitos da manutenção de um governo com imagem arranhada no exterior seriam negativos na confiança dos investidores, resultando em baixo ingresso de capital internacional no País, avaliaram os economistas do Ourinvest em apresentação à imprensa nesta quinta-feira.

Já se houver uma mudança de governo, ainda que com a volta de um partido que já governou o Brasil, os economistas do banco acreditam numa "onda de otimismo/esperança", ainda que a "lua de mel" não deva ser duradoura por conta do desarranjo das contas públicas provocado pelo aumento provavelmente "notório" dos gastos.

A avaliação, neste segundo cenário, é de que Lula iniciaria o governo com capital político "indiscutível" e uma equipe econômica pró-mercado, buscando também melhorar a imagem institucional do Brasil. Como resultado, haveria restabelecimento da confiança, atração de capital e investimentos, com consequente crescimento econômico e apreciação do real ajudando a conter a inflação no ano que vem.

No frigir dos ovos, a previsão do Ourinvest ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 vai de contração de 0,5%, em caso de segundo mandato de Bolsonaro, a crescimento de 2%, no cenário que considera a vitória de Lula.

Com Bolsonaro, a inflação oficial (IPCA) terminaria o ano que vem em 5% e a cotação do dólar subiria para R$ 5,20, impedindo o Banco Central (BC) de cortar a Selic para menos de 12,5%. Já no cenário em que Lula volta ao poder, as previsões do banco apontam para inflação em 4%, dólar a R$ 4,15 e Selic voltando a um dígito, para 9% até o fim do ano que vem.

A PlayStation Brasil divulgou um novo trailer do game “Horizon Forbidden West”, que dará sequência à jornada de Aloy, em um mundo pós apocalíptico dominado por máquinas selvagens. Acompanhe:http://https://www.youtube.com/watch?v=JZX8MTeAYN4&t=1s

 

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O trailer mostra um pouco dos novos cenários que estarão presentes no game, novas tribos e também um pouco dos inimigos que a heroína precisará encarar. Aloy percorrerá pelo Oeste Proibido, onde encontrará diversos povos e diferentes culturas.

O título é uma sequência direta do game de 2017 “Horizon Zero Dawn”, que mistura elementos de ação com RPG, em um vasto mundo que deve ser explorado pelo jogador. Durante a aventura, Aloy adquire novos equipamentos, como armas baseadas em flechas e armaduras.

“Horizon Forbidden West” chegará em 18 de fevereiro nos consoles Playstation 4 e Playstation 5. Ainda não foi confirmado pela Sony se o título também ganhará uma versão para computadores, assim como ocorreu com o capítulo anterior da franquia.

Na esteira da crise provocada pela pandemia no novo coronavírus, a taxa de desemprego deve chegar a 14,2% ao fim de 2020, segundo estimativa da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado. No ano passado, a taxa média de desocupação no País ficou em 11,9%, segundo dados do IBGE.

Num cenário pessimista, com piora das perspectivas de queda da atividade econômica em 2020, um número ainda maior de trabalhadores poderia perder o emprego. Nessa situação, a taxa de desocupação chegaria a 15,3%, segundo os cálculos da instituição.

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População ativa

O aumento da taxa de desemprego média esperada em 2020 só não é maior devido à queda da taxa de participação de trabalhadores no mercado, isto é, o número de pessoas buscando um emprego ativamente diminuiu.

Isso se deve às próprias restrições da pandemia, uma vez que autoridades sanitárias recomendam o isolamento social como forma de conter o avanço da doença.

Nos cálculos da IFI, o número de brasileiros empregados deve cair 4,8% em 2020, enquanto a massa salarial média (soma de remunerações recebidas pelos trabalhadores) deve diminuir 6,5% em relação ao ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta segunda-feira (13), o cientista político Adriano Oliveira faz uma projeção em relação aos cenários futuros em decorrência da pandemia de Covid-19 no Brasil. Segundo Adriano, há um consenso quanto a possibilidade do adiamento das eleições municipais, que estão marcadas para outubro deste ano, porque, de acordo com o Ministério da Saúde, o pico de infectados pelo novo coronavírus ocorrerá entre os meses de abril e maio, e a desaceleração no número de contaminados a partir de junho, tendo, portanto, a volta da normalidade em agosto. Ainda segundo o cientista político, se essa previsão se consolidar, as eleições tendem a ser adiadas para o meses de novembro ( primeiro turno) e dezembro (segundo turno).

Outra ponto levantado por Oliveira é acerca da crise econômica que o país deve atravessar por conta da Covid-19 e, consequentemente, irá elevar a taxa de desemprego no Brasil. Além disso, o cientista político analisa a oposição dos governadores em relação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e comenta que o mandato do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, está ameaçado.

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

Confira mais uma análise a seguir:

 

Nesta sexta-feira (8), o RioMar Shopping promove a abertura do seu Natal. A decoração, com investimento de mais de R$ 3 milhões, tem assinatura da empresa de cenografia M.Checon e conta com uma árvore de 20 metros com tecnologia de luzes de led e cenários interativos.

O evento tem início às 19h com um Musical Especial de Natal e reapresentações no sábado (9) e domingo (10) no mesmo horário. A encenação conta com 20 atores e a representante do natal do mall, já conhecida do público, Nina, que neste ano além da tecnologia 3D recebe sua versão humana.

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O shopping ainda mantém a escada interativa. A novidade fica por conta de um túnel de led, que acompanha os degraus que mudam de cor ao serem pisados. Mas o grande diferencial, além do cenário instagramável, é o espaço Click RioMar. Com estreia programada para dezembro, o local terá 10 caixas de presentes temáticas para fotos e o Lounge Pet, um espaço para os usuários fotografarem os pets com cenografia em 3D e imagens com temática natalina.

Confira a programação de novembro:

Dia 8

19h - Abertura com Musical Especial de Natal

Dias 9 e 10

19h - Apresentações natalinas

Dia 11

19h - Coral Canto Livre

Dia 12

16 h - Grupo Musical Menina dos Olhos

Dia 13

19h - Coral Câmara Armada Figueiredo

Dia 14

18h - Coral Hope Esperança

Dia 16

16h - Contos de Natal com Ilana Ventura

Dia 17

16h - Contos de Natal com Tapete Voador

18h - Coral AFAG Olinda

Serviço

Surpresas de Natal

Sexta-feira (8) | 19h

RioMar Shopping (Av. República do Líbano, 251 - Pina)

Gratuito

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O que uma piscina de bolinhas, uma frase irreverente em néon e drinque com algodão-doce têm em comum? Uma aparência que permite fotos irreverentes. Essa característica também é conhecida por outro nome: "instagramável".

O conceito é presença cada vez mais frequente na decoração e nos produtos oferecidos em espaços de São Paulo - e de outras tantas cidades. Por enquanto, nem mesmo o recente anúncio de testes para ocultar as curtidas do Instagram desacelerou a tendência.

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"Já publiquei duas (fotos) daqui", contou o coordenador comercial Ederson Soares, de 36 anos, cerca de 30 minutos após entrar em um novo espaço instagramável de São Paulo. "As cores são muito convidativas, eu fico empolgado."

Soares estava na exposição temporária Museu Mais Doce do Mundo, que reúne 15 "espaço-instalações" coloridos e interativos em um casarão nos Jardins, zona sul de São Paulo. Em um mês, a hashtag da mostra foi usada mais de duas mil vezes apenas no Instagram. "É um lugar para passar um tempo bacana e compartilhar se você quiser", descreve Luzia Canepa, diretora da iniciativa no Brasil.

Com proposta semelhante à americana Museum of Ice Cream, a exposição basicamente é formada por cenários coloridos (muitos cor-de-rosa) e focados em diferentes tipos de doce. Nas paredes, somam-se frases como "donut worry" (trocadilho com don't worry, não se preocupe em inglês) e "a felicidade só é real quando compartilhada", dentre outros.

Em alguns pontos, é possível obter mais informações sobre os doces por meio de um aplicativo. Durante o tempo em que o Estado esteve no local, contudo, apenas uma família usou o recurso, enquanto os demais visitantes (a maioria formada por mulheres, jovens adultos e crianças) exclusivamente tiravam fotografias.

O espaço mais disputado era a piscina de marshmallows, em que as crianças aproveitavam para brincar com os doces falsos e os adultos faziam poses. O ambiente foi um dos preferidos da estudante de Medicina Veterinária Isabela Guerra, de 20 anos, que vestia um macacão preto com detalhes em laranja. "Queria uma coisa confortável e que ficasse bonita nas fotos."

Já a cinegrafista Vera Santos, de 32 anos, critica o limite de 10 minutos para tirar fotos na piscina. Ela tem o perfil Musa_Fatness, de comida. "É bacana, mas o tempo é curto. Nem deu tempo de focar direito", reclama Vera.

Consumo

"Comer com os olhos" é uma expressão que ganhou outro sentido com o "instagramável". Além do aspecto apetitoso, restaurantes, cafeterias e bares têm apostado em cardápios de aparência inusitada. Um dos casos é o Caulí Bar, em Pinheiros, na zona oeste, cuja carta de drinques é elaborada em conjunto por um bartender e um "criativo", responsáveis por aliar sabor e aparência. Eles sentam juntos, tentam associar um pouco as coisas, da experiência da pessoa com o sabor", diz Carolina Warzee, uma das sócias. Uma das opções autorais é o Dark Clouds Over the Sea, em que um pedaço de algodão-doce parece quase levitar como uma nuvem sobre a taça.

O local foi criado em 2018 por parte dos sócios do Olívio Bar, também conhecido pelos drinques de apresentação irreverente. "No Caulí, a gente já resolver trazer um pouco disso para o ambiente, criou frases, pensou até nos porta-guardanapos. Foi todo pensado, cada quadrinho."

Segundo Carolina, frequentadores resolvem visitar o espaço após verem fotos em redes sociais. "Hoje, a maior parte das reservas já entra pelo Instagram", conta. O público tem majoritariamente entre 25 e 35 anos. De acordo com ela, quando pedem o drinque, tiram a foto primeiro e, depois, experimentam.

Em todo canto

O "instagramável" tem potencializado também espaços mais tradicionais. O já tão fotografado Beco do Batman tem filas frequentes em um grafite com grandes asas. Outro caso é o do Theatro Municipal, que criou um momento específico para os visitantes tirarem fotos após as apresentações.

Professor da Mackenzie, o cientista político Marcio Juliboni pontua, contudo, que, em muitos casos, a experiência de tirar fotos se torna um fim em si, apenas para postar nas redes. "Estive na exposição da Tarsila do Amaral (no Masp). Na frente do (quadro) Abaporu, para cada pessoa que parava para ver o quadro, as cores, tinha 50 que paravam para bater selfies." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Retomada da alimentação, curso acelerado de mergulho, apesar do estresse de voltar à água... A operação de resgate de 12 meninos e seu jovem treinador presos há 10 dias em uma caverna na Tailândia é arriscada, e vários cenários são possíveis:

- Uma saída rápida -

Os socorristas estimam que o resgate imediato nesta terça-feira é improvável, mas eles aguardam a avaliação dos médicos-mergulhadores enviados à caverna.

O primeiro passo é restabelecer a força, uma vez que as crianças não comem há dias. Mas a realimentação deve ser progressiva, porque de outro modo podem sofrer de náuseas, insistem os especialistas.

Em seguida, eles terão que ser treinados para percorrer mais de quatro quilômetros de veios estreitos, incluindo vários trechos inundados para as quais serão equipadas com cilindros de oxigênio.

"Fazer mergulho em cavernas é muito técnico e perigoso, especialmente para mergulhadores iniciantes. Por isso, pode ser melhor ajudá-los na caverna até que possam ser removidos por outros meios", analisa Anmar Mirza, coordenador da Comissão Nacional americana de Resgate Subterrâneo, entrevistado pela AFP.

Um mergulhador veterano leva seis horas para percorrer essa distância, indicaram as equipes de resgate.

- Outra saída -

As equipes de resgate detectaram vários poços na vertical da caverna. E nos últimos dias, a floresta foi desmatada perto de um deles para permitir o pouso de helicópteros em vista de uma possível evacuação por via aérea.

Mas, por enquanto, não foi provado que um desses poços esteja ligado ao trecho da caverna onde estão as crianças.

O caminho privilegiado continua sendo a entrada principal da caverna, onde especialistas, especialmente japoneses, ainda trabalham para drenar a água. Quanto mais baixo o nível de água, menos as crianças terão que percorrer com equipamento de mergulho.

No entanto, quanto mais o tempo passa, maior o risco de novas inundações nesta temporada de monções no Sudeste Asiático.

- Crianças mentalmente preparadas -

Além da condição física, o estado psicológico é crucial para a evacuação: imergir o corpo em água barrenta que se viu aumentar pouco a pouco ao seu redor não é fácil.

Especialmente desde que, como é frequentemente o caso no Sudeste Asiático, especialmente nas áreas rurais, muitos tailandeses não sabem nadar.

Nas imagens de vídeo filmadas pelas equipes de resgate na segunda-feira à noite, as crianças, bastante magras, não parecem estar em pânico.

"Eles estão mentalmente estáveis, o que é bom (...) O treinador teve a presença de espírito para mantê-los apertados uns contra os outros", o que teve um efeito tranquilizador, analisa para a AFP o mergulhador belga Ben Reymenants, envolvido nas operações de resgate.

A prática da meditação é comum neste país budista, o que também pode ter ajudado as crianças a não entrarem em pânico durante esses longos dias de espera.

A ocorrência dos feriados nos Estados Unidos (Dia do Presidente) e na China (ano-novo Lunar) reduziu a menos da metade o volume de negócios no mercado de câmbio brasileiro nesta segunda-feira, 19. O noticiário também foi escasso, principalmente à tarde, o que acabou por consolidar um ambiente de poucas referências para as transações. Nesse cenário, o dólar oscilou em um intervalo pequeno e fechou cotado a R$ 3,2347 no mercado à vista, em alta de 0,28%.

O viés de alta esteve em sintonia com a tendência majoritária de fortalecimento do dólar ante outras moedas pelo mundo, mas operadores ouvidos pelo Broadcast serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, citaram principalmente a cautela do investidor em relação ao cenário político doméstico. Segundo Alessandro Faganello, operador da Advanced Corretora, a decretação da intervenção federal no Rio de Janeiro fez cessar qualquer discussão em torno da reforma da Previdência, o que deve direcionar as atenções dos investidores a outras questões. "O cenário eleitoral ganha maior relevância, com o mercado atento às chances de eleição de um candidato reformista", disse.

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Outra razão para o comportamento cauteloso está relacionada às consequências da não aprovação da reforma. O Bank of America afirmou em relatório nesta segunda-feira que, se nada for feito para reduzir o ritmo de crescimento da dívida pública, a trajetória de piora da relação dívida/PIB vai prosseguir e superar em breve os 80% na maioria dos cenários traçados. Se a reforma não for aprovada, o BofA prevê que as agências Moody's e a Fitch podem rebaixar o rating soberano brasileiro, seguindo o movimento feito em janeiro pela S&P.

O dólar chegou a exibir leve baixa no início dos negócios, numa manhã marcada pela divulgação de indicadores favoráveis, como o IBC-Br e a prévia do IGP-M de fevereiro. À tarde, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulgou que a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 808 milhões na terceira semana de fevereiro (de 12 a 18). Com isso, fevereiro acumula superávit de US$ 3,434 bilhões até o dia 21.

Para esta semana, um dos eventos mais esperados é a divulgação da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve. Do documento, os investidores buscarão novas pistas sobre a possibilidade de o Fed imprimir um ritmo mais intenso nas altas das taxas de juros locais.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, abriu nesta quarta-feira (1º) uma reflexão sobre o futuro da União Europeia (UE) após o Brexit apresentando cinco cenários como base. O "Livro Branco" sobre o futuro da Europa tem o objetivo de estabelecer uma base para uma discussão na cúpula em Roma, que acontece dia 25 de março, por ocasião do 60º aniversário do projeto europeu.

Juncker listou cinco diferentes opções sobre até onde pode caminhar a União Europeia de 27 países até 2025 e depois da eventual saída do Reino Unido, em meados de 2019. A primeira ideia é de manter a atual direção, ou seja, a UE continuaria com as atuais políticas, além de reforçar a segurança e a defesa exterior, assim como garantir a recuperação econômica.

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A segunda se concentra "apenas" sobre o "mercado único", que visa um projeto europeu centrado na cooperação econômica no âmbito do mercado único, o que facilitaria as tomadas de decisão, principalmente em temas como migração, segurança e a defesa. " Os direitos dos cidadãos derivados da legislação da UE (como a livre circulação dentro do bloco) poderiam ser restringidos com o tempo", afirma o Livro Branco. O terceiro cenário "quem quer mais faz mais" mostra uma Europa "a várias velocidades", no qual os países terão um aprofundamento de políticas específicas e os que desejarem poderão avançar para uma cooperação militar e até mesmo um combate ao terrorismo. Os direitos dos cidadãos dependeriam do local de origem.

A quarta ideia "fazer menos e melhor" prevê que os 27 países devem concentrar esforços nas áreas que definem como prioritárias. "Uma divisão mais clara das responsabilidades ajuda os cidadãos a compreender melhor o que se administra na UE", mas os 27 poderiam "ter dificuldades para definir que áreas devem priorizar", afirma o relatório da Comissão Europeia.

O último cenário "fazer mais unidos" estabelece que os países compartilhem mais poder, recursos e tomadas de decisão em todas os âmbitos desde a Eurozona até questões de defesa, imigração ou energia "para enfrentar os desafios do dia a dia".

No entanto, o documento adverte para o "risco de alienar partes da sociedade que sentem que falta legitimidade à UE ou que possui muitos poderes em detrimento das autoridades nacionais".

O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (21) durante discurso de abertura do 45ª Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto, que além do déficit nas contas públicas ao assumir o governo ele encontrou também "um certo déficit de verdade" e que não seria possível continuar neste caminho. "É preciso encarar os fatos tal como são", disse. "Agora a realidade bate a porta e cobra naturalmente o seu preço", disse.

Temer afirmou que "não há dialogo construtivo sem franqueza" e ressaltou que o diálogo é um dos suportes de seu governo "ao lado da ideia de que é preciso reformar para crescer". Disse ainda que seu objetivo de retomar o crescimento é gerar emprego e voltou a destacar que "o dialogo não deve ser mero acessório, é traço fundamental na democracia".

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Ao abrir a reunião, Temer comentou que "não nos falta determinação para agir, assim como não nos falta humildade para escutar" e afirmou que "humildade é menos para falar e mais para escutar". "Nesse conselho teremos canal privilegiado para interlocução com diversos setores", afirmou.

Antes de sua fala, Temer cumprimentou cada um dos conselheiros e disse que dava boas-vindas a novos 59 integrantes. O presidente destacou ainda que o grupo atual é mais representativo e destacou que há o dobro de mulheres nesse Conselhão. "A mulher hoje é produtora da riqueza nacional", disse. "Vejo nessa sala uma extraordinária soma de talento e espírito público. Vamos trabalhar para que vejam em nós um governo de abertura ao diálogo e união de esforços."

Ele voltou a destacar também a importância do legislativo para o governo. "É importante ter o apoio do parlamento para que tudo que nós produzimos a favor do país seja avaliado", disse.

O presidente afirmou ainda que a governabilidade significa o apoio da sociedade e que os conselheiros agora passam a fazer parte do governo e "serão os agentes da governabilidade".

Pacificação do Brasil

Temer disse que um dos principais objetivos do colegiado é pacificar o Brasil. Para ele, não pode haver uma "cisão raivosa" entre os brasileiros.

"Não há como continuar com o Brasil dividido. Dividido em ideias, não tem importância, dividido em conceitos, não tem importância, porque a democracia vive da controvérsia, da contrariedade, porém argumentativa. Não pode haver uma cisão raivosa entre os vários brasileiros, nós que sempre tivemos fama de ser conciliadores e amigáveis", disse o presidente.

Temer afirmou que, ao assumir o governo, em maio deste ano, encontrou o País imerso em uma das piores crises da história. Nesse contexto, disse, era necessário construir pontes e articular consenso. "Era necessário restabelecer relação harmônica entre os poderes", destacou o presidente da República.

A nova equipe econômica fez as contas e calculou como pior cenário para a meta fiscal deste ano um déficit de R$ 150 bilhões nas contas públicas. A tendência é fixar a meta com o cenário que leva em consideração o maior risco para evitar uma nova mudança até o final do ano. A estratégia inverte a lógica da política fiscal adotada até agora de seguidas alterações da meta. Também permite depois ao governo apresentar um resultado melhor.

"Estamos discutindo uma convergência para a meta no pior cenário para apresentarmos um resultado fiscal melhor", informou na terça-feira, 17, um integrante da nova equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer. A definição da meta fiscal será feita até sexta-feira, informou também na terça, no Rio de Janeiro, o ministro do Planejamento, Romero Jucá. Junto com a nova meta será apresentada uma programação para se chegar novamente a um resultado superavitário das contas do governo.

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o prazo de até sexta-feira para publicação do relatório de receitas e despesas será cumprido, mas não antecipou um contingenciamento ou uma nova proposta de meta fiscal. O ministro disse que, até lá, terá mais informação sobre as contas. "Os prazos serão respeitados e obviamente, a partir daí, faremos a melhor avaliação possível dentro dos prazos necessários", disse.

Em meio à avaliação dos cenários, a área econômica já enfrenta pressões de ministros por liberação de recursos. Os titulares das pastas assumiram os cargos e encontraram recursos escassos por conta do último contingenciamento temporário feito pelo governo em março, de R$ 21,2 bilhões, até que a mudança da meta fosse aprovada pelo Congresso. A previsão é que a medida seja desfeita, dando alívio aos novos ministros.

Simplificação

Segundo fontes ligadas à equipe econômica, os cenários avaliados levam em conta um déficit entre R$ 120 bilhões e R$ 150 bilhões ao final deste ano. O governo vai propor também uma simplificação da meta. Será eliminada a possibilidade que existe hoje de deduções de um grupo de despesas e de receitas que forem frustradas até o final do ano.

O impacto da negociação da dívida dos Estados e do risco de o Tesouro Nacional ter de bancar o prejuízo da Eletrobras - que está em vias de ser punida na Bolsa de Nova York por descumprir exigências da SEC, órgão regulador do mercado de capitais americano - será considerado "por fora" da meta, segundo um integrante da área econômica, porque não é possível fazer estimativas desses valores.

Com isso, o modelo que está em estudo poderá manter uma forma de abatimento de meta. Não haverá valores definidos para esses abatimentos. A expectativa do governo, no entanto, é que o risco da estatal seja baixo, porque não há nenhuma cláusula específica de default nos bônus na companhia.

O ministro Jucá quer levar a votação direto da meta para o plenário do Congresso, sem passar pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). No entanto, o deputado Arthur Lira (PP-AL), eleito ontem, por aclamação, presidente da CMO, marcou para hoje à tarde uma sessão do colegiado para apreciar a revisão da meta fiscal.

O texto tinha sido encaminhado ao Congresso no final de março, ainda na gestão Dilma Rousseff, mesmo período em que a composição antiga da comissão encerrou os trabalhos. Colaborou Igor Gadelha As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou nesta sexta-feira (9), que a situação do setor "não é fácil" e que os cenários dos estoques e das vendas para o mercado externo "são extremamente preocupantes" em meio ao momento de ajuste da capacidade produtiva e do ritmo de vendas vivido pelo segmento.

Apesar do diagnóstico negativo, Moan relativizou a situação e disse que o Brasil continua como o quarto maior mercado automotivo do mundo em um cenário de muita competição. "O que temos é um descompasso entre as vendas e a nova capacidade de produção", disse, destacando que o segmento planeja grandes investimentos em novos modelos e na expansão da capacidade produtiva.

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Em abril, a venda de veículos leves, ônibus e caminhões apresentou recuo de 12,1%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já a produção teve retração 21,4% entre abril de 2013 e abril de 2014, segundo dados divulgados pela Anfavea hoje. Na comparação com março, houve avanço nos licenciamentos (21,8%), mas uma expansão mais tímida na produção (1,6%).

Exportação

Moan destacou que os dados referentes às exportações são "o exemplo mais clássico da volatilidade do mercado". Na passagem de março para abril, a quantidade de veículos exportados aumentou 55,7% e a receita com as vendas para outros países cresceu 17,1%. De acordo com o presidente da Anfavea, a alta expressiva registrada em abril se deve ao desempenho "ruim" de março, prejudicado pelos entraves nas vendas para a Argentina.

Argentina

"O processo de negociação entre os governos brasileiro e argentino e os setores privados dos dois países ao longo do mês de abril já mostrou melhoras (no desempenho das exportações)", afirmou o executivo. Entre os pleitos da Anfavea está a prorrogação do acordo automotivo com a Argentina por dois anos, "nos atuais moldes, em um cenário de livre-comércio e com o índice do flex em 1,95", destacou Moan.

Pela proposta da Anfavea, para cada US$ 1 milhão em veículos argentinos exportados para o Brasil, as montadoras brasileiras teriam direito a exportar US$ 1,95 milhão ao país vizinho sem incidência de imposto de importação. A Argentina propõe a volta do sistema de "flex", mas com um índice menor, de 1,30. Nesta quinta-feira, 8, o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, anunciou que o acordo será estendido provisoriamente por um ano sem limitação de comércio.

O presidente da Anfavea destacou que o impasse com o país vizinho é a prioridade nas discussões com o governo, a ponto de outros assuntos, como a recomposição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não ter tido espaço nas reuniões. "Todas as sinalizações que tenho são de que o IPI vai voltar às alíquotas originais em julho", comentou o executivo.

Crédito

O setor aguarda ainda mais flexibilidade na concessão de crédito. "Neste momento o governo está discutindo com a rede bancária quais mecanismos seriam factíveis para reduzir o grau da seletividade do crédito", disse Moan. De acordo com o presidente da Anfavea, é necessário aguardar as possíveis medidas adotadas tanto no tocante à situação creditícia quanto ao impasse das exportações para a Argentina, para que as projeções do setor para este ano sejam revisadas. "Apesar de haver um viés de baixa, não estamos revisando estimativas neste momento", disse.

Um dia depois de bater enfaticamente na posição de que manteria os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para as contas públicas de 2013, o Banco Central (BC) decidiu apresentar, de forma inédita, três cenários para o setor fiscal no fim do ano.

A autarquia mostra que seu cenário central contempla uma avaliação idêntica à do Ministério da Fazenda, de fazer economia para pagar juros proporcionais a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), mas também apresenta projeções que consideram um superávit até inferior a 2% do PIB.

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O primeiro cenário descrito pelo chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, contempla o cumprimento da meta cheia de R$ 155,9 bilhões (cerca de 3,2% do PIB), o que está praticamente descartado pelo governo, já que a própria LDO considera o abatimento de até R$ 65 bilhões desse total. Por esse cenário, a projeção para a dívida líquida em relação ao PIB ficaria em 33,7%, a dívida bruta em relação ao PIB em 59,7% e o resultado nominal ante o PIB em 1,5%, além de 4,7% de despesas com juros.

O técnico explicou que o cenário central da instituição passa a ser o de o governo fazer uma economia de 2,3% do PIB para o pagamento de juros este ano, assim como adiantou o ministro Guido Mantega. Com esse parâmetro, a projeção para dívida líquida é de 34,6%; para a dívida bruta, de 60,2%; e para o déficit nominal, de 2,4%.

Na véspera, também em entrevista à imprensa, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton de Araújo, salientou que ainda considerava a meta de superávit fiscal de R$ 155,9 bilhões este ano. "Consideramos esse valor e os abatimentos. O mesmo vale para 2014", disse. Ele afirmou que, conforme for obtendo novas e melhores informações, o BC as acrescentará ao seu cenário. Sem citar a Fazenda, Hamilton disse que as autoridades fiscais têm manifestado compromisso com o cumprimento fiscal equivalente a 2,3% do PIB. "Essas declarações são positivas, encorajadoras."

Ousadia

Além dos cenário convencional e central, Maciel apresentou as projeções para o fim do ano baseadas em um superávit primário de 1,95% do PIB. A relação tem como referência a taxa acumulada em 12 meses até maio, dado que foi divulgado nesta manhã pelo BC. Se esse quadro prevalecer no fim do ano, a dívida líquida deve ficar em 34,9% do PIB; a dívida bruta chegará em 60,4% do PIB e o déficit nominal em 2,7% do PIB.

Em todos os casos, o BC considerou um crescimento do PIB de 2,7% em 2013, que constou do Relatório Trimestral de Inflação divulgado na véspera. As demais variáveis são da última pesquisa Focus: dólar cotdo a R$ 2,13 no fim do ano, IPCA de 5,86%, IGP-DI de 4,72% e Selic média de 8,19% ao ano.

As pesquisas eleitorais importam para a construção de cenários eleitorais. Através destes, é possível criar estratégias políticas e eleitorais. As estratégias políticas representam a ação do ator no âmbito político – alianças, busca de apoios. E as estratégias eleitorais têm o objetivo de conquistar o eleitor.

Variados atores políticos e, em particular, candidatos, não utilizam das pesquisas eleitorais para construir cenários. A não utilização das pesquisas ocorre em razão do desinteresse por parte dos candidatos ou das incipientes informações trazidas por dadas pesquisas eleitorais.

A construção de cenários não representa o ato de adivinhar o futuro. Mas de construir hipóteses plausíveis quanto ao que pode ocorrer no futuro. Cenários eleitorais são construídos a partir de informações, as quais são advindas de pesquisas eleitorais, de informações presentes na imprensa e de fatos informais publicizados por atores políticos.

O estrategista e o candidato têm a missão de reunir as informações disponíveis e por meio da Teoria dos Jogos e do exercício lógico construir cenários eleitorais. A construção dos cenários deve partir do cenário mais plausível ao implausível.

Construindo um exercício simples de construção de cenários, constato, por exemplo, que é plausível o governador Eduardo Campos apoiar João da Costa na disputa eleitoral de 2012. É plausível também, o governador lançar outro candidato. Não vejo como cenário plausível, o governador Eduardo Campos apoiar de modo informal um candidato da oposição – DEM, PPS e PMDB.

Considerando 2014, é possível vislumbrar a candidatura a reeleição de Dilma Roussef contra duas forças políticas, quais sejam: Aécio Neves e Eduardo Campos. E é possível prognosticar também a possibilidade de Eduardo ser vice de Aécio. Embora, o governador de Pernambuco possa a ser vice de Dilma. Mas neste momento, considero improvável este cenário.

Saliento que os cenários mostrados foram construídos com base em pesquisas eleitorais, informações da imprensa e de atores políticos. Com base nos cenários propostos, é possível orientar as escolhas dos atores, pois, as ações dos oponentes ou aliados já foram previamente identificadas. Friso que o ato de construir cenários é uma atividade cotidiana, pois os atores fazem escolhas diárias.

Portanto, a construção de cenários possibilita que candidatos montem estratégias eficientes e conquistem sucesso eleitoral.        

As eleições presidenciais brasileiras têm três características fundamentais desde 1994, quais sejam: 1) Eventos econômicos possibilitam o sucesso eleitoral do competidor; 2) Boas administrações elegem candidatos; 3) Presidente bem avaliado, em razão do bem-estar econômico dos eleitores, tem condições de eleger seu sucessor.

Em 1994, FHC foi eleito em razão do Plano Real, o qual gerou expectativas positivas junto aos eleitores quanto ao futuro do Brasil. Em 2002, FHC apoiou José Serra para presidente da República. A administração de FHC não estava bem avaliada e o momento econômico era ruim. Com isto, Lula foi eleito. O presidente Lula é reeleito em 2006, já que a sua administração estava bem avaliada e o momento econômico do País era bom.

Dilma é eleita presidenta da República com o apoio de Lula em 2010. O que motivou o sucesso eleitoral de Dilma? Presidente bem avaliado e bem-estar econômico do eleitor em razão do momento econômico.

Existe uma relação de causalidade e de correlação entre as seguintes variáveis: bem-estar econômico do eleitor e Avaliação da administração do presidente. Portanto, eleitores aprovam a administração do presidente quando estão satisfeitos com o seu bem-estar econômico.

Considerando o raciocínio simplista de quem bem-estar econômico possibilita a aprovação da administração dos presidentes da República, e em razão desta relação, presidentes podem ser reeleitos, adquiro condições de afirmar que: caso a administração de Dilma esteja bem avaliada em 2014, ela certamente será reeleita. Hipótese factível. Portanto, necessária, mas não suficiente para prognosticar o resultado da disputa presidencial de 2014.

Em 2014, o bem-estar econômico do eleitor importará. A aprovação do governo Dilma também. Mas outros fatores estarão presentes, os quais influenciarão a escolha do eleitor, quais sejam: 1) A ressaca do PT; 2) O fator Aécio Neves; 3) O fator Eduardo Campos; 4) O fator José Serra; 5) O fator Lula.

Considerável parte dos eleitores, mesmo diante do bem-estar econômico de uma administração bem avaliada, pode não mais desejar o PT no poder. Denomino este fenômeno de ressaca eleitoral. A ressaca eleitoral surge do longo tempo de um partido no poder. Em razão disto, os eleitores podem optar por um ator que venha a representar o novo, mas que não anule as conquistas do passado. Neste caso, Aécio Neves pode ser este novo ator.

Qual será a escolha de Eduardo Campos? O governador de Pernambuco pode ser vice de Dilma (Cenário remoto neste instante); Eduardo pode ser candidato à presidente (Cenário remoto neste instante); Eduardo pode vir a ser vice de Aécio (Cenário remoto neste instante).

Observem que não consigo definir, ainda, qual será a escolha de Eduardo Campos. Ressalto, entretanto, que se Eduardo for vice de Aécio, o candidato do PSDB ganha musculatura eleitoral, em razão das estratégias que podem ser criadas com o objetivo de explorar a associação entre Aécio e Eduardo.

Se José Serra for para o PSD? A possível candidatura de Aécio Neves será enfraquecida. Pois Aécio e Serra dividirão o mesmo universo de eleitores. Por isto, Serra precisa continuar no PSDB para fortalecer a candidatura de Aécio.

E Lula? Desconfio de que Lula teria a coragem, diante do possível não favoritismo de Dilma para reeleição, de apoiar uma terceira via na disputa presidencial. Quem pode representar a terceira via? Eduardo Campos. Caso isto venha a ocorrer, Dilma e Aécio perdem votos para Eduardo. Mas a indagação que surge é: é possível Eduardo desbancar eleitoralmente Aécio e Dilma? Neste instante não. Mas Cisnes Negros (Fatos não previsíveis) podem surgir.

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